segunda-feira, setembro 02, 2019

Um post para minha avó


Um post para a minha avó

A primeira receita que fiz na vida me foi ensinada pela minha tia-avó Angélica, quem lê o blog sabe e alguns de vocês já provaram o bolo de fubá da tia. Minha tia-avó e minha avó foram as minhas primeiras professoras na cozinha, mas confesso que minha avó e eu nunca tivemos um relacionamento muito calmo, e por isso eu sempre recorri muito mais à tia Angélica, que era infinitamente menos brava.

A vó Iza começou a cuidar da gente quando minha mãe foi diagnosticada com câncer: eu tinha 3 anos e meu irmão tinha 6 meses de idade. Ela continuou com a gente depois que a minha mãe faleceu e ficou até o meu pai cagar, ops, casar de novo. Eu e a vó brigávamos quase todos os dias, ela me chamando de “boca dura” e me pondo de castigo – nunca bateu, isso quem fazia era meu pai –, eu retrucando a torto e a direito. Um dos castigos era lavar louça, vejam só, o outro era ir à feira com ela às sextas comprar os legumes e frutas para a semana – quem diria que no futuro eu me tornaria turista de supermercado, não é mesmo? Mas quando eu respondia demais ia para o quarto escuro, logo. :D

Passei muitos anos da minha vida chateada com a minha avó, pois para mim foi sempre clara a sua preferência por meu irmão (até escrevi sobre isso aqui no blog tempos atrás). Eu achava que era por ele ser mais novo, mas quando meu sobrinho nasceu tive uma epifania: o amor que eu tinha por ele era muito maior do que eu imaginava que sentiria quando soube que meu irmão seria pai: ao ver a primeira foto do meu pequeno, ainda pelo Facebook, eu o amei ali, naquele momento – me senti inundada por um sentimento imensamente maior do que qualquer coisa que havia sentido antes. Conforme o tempo foi passando e fui ajudando minha cunhada e meu irmão a cuidarem do pequeno – eu estava desempregada quando ele nasceu e a família da minha cunhada não mora em São Paulo – fui entendendo que o que minha avó tinha pelo meu irmão não era amor de avó, e sim de mãe, por ter cuidado dele quando minha mãe não pôde. E foi assim, sentindo esse amor imenso dentro do peito, que fui compreendendo minha avó e a perdoando por todos aqueles anos. Fui deixando todo aquele amargor para trás e encarando tudo de uma forma totalmente diferente.

Mas por que estou lhes contando tudo isso hoje? Porque minha avó está com Alzheimer e ela não se lembra mais de mim, ela não se lembra de quase ninguém. Ela pede para falar comigo e quando me vê não acredita que sou eu e briga dizendo que a Patricia tem que estar na escola, pois é dia de aula. Meu irmão está arrasado, pois ela também não se lembra dele. É uma tristeza muito grande. Eu queria tanto poder abraçá-la e dizer-lhe o quanto eu a entendo agora, e que não tenho mais mágoa do amor dela pelo João Paulo, e que sou grata por tudo o que ela fez, mas não adianta mais. A minha epifania veio tarde demais. Sinto uma dor enorme por ter perdido a oportunidade de lhe dizer todas estas coisas, e por isso as escrevo aqui, para que fique gravado de alguma forma. Vó, eu respondi e briguei com você, quebrei várias louças de pirraça, amassei vários mamões e derrubei muitas sacolas de compras, pois eu queria ser a preferida, viu? Era só isso. Deixo aqui o meu amor por você com uma foto de um dos pratos que você me ensinou a fazer, o seu feijão delicioso, que a gente chamava feijãozinho do dia-a-dia, mas que era sempre incrementado com bacon, paio, e às vezes, costelinha. Quando a fase “chato para comer” do Pingo passar eu vou preparar este feijão para ele e contar que foi a bisa que me ensinou. Te amo, vó. Obrigada por tudo.

quarta-feira, agosto 28, 2019

Bolo de iogurte, limão siciliano e alecrim e o meu obrigada


Bolo de iogurte, limão siciliano e alecrim

Obrigada a todas as leitoras incríveis que comentaram no meu último post, me mandaram e-mails e mensagens no Instagram: adorei saber um pouquinho da rotina culinária de vocês e amei as sugestões e ideias. Não me sinto mais tão solitária nesta busca de equilíbrio entre um trabalho que demanda demais, falta de tempo e vontade de comer comida boa. Obrigada por me compartilhar comigo um pedacinho da vida de vocês: fico feliz demais e agradecida com esta troca maravilhosa que temos por causa do blog. <3


O bolo de hoje é receita antiga, esquecida no caderninho. Dei de cara com as fotos no pen drive enquanto procurava uma receita para postar e me lembrei que adorei o resultado: macio, perfumado, saboroso. Confesso que não sou uma fã ferrenha de alecrim, acho o sabor um pouco potente demais, e minha erva favorita é mesmo o tomilho, que uso em tudo, inclusive neste bolo que é um dos meus favoritos da vida, receita do Nigel Slater, mas no bolo de hoje o alecrim combinou muito bem com sabor do limão siciliano. Recomendo para quem gosta de sair um pouco do óbvio e provar novas combinações de sabores.

Bolo de iogurte, limão siciliano e alecrim
um nadinha adaptado do lindo blog da Bree

- xícara medidora de 240ml

Bolo:
1 ½ xícaras (210g) de farinha de trigo
2 colheres (chá) de fermento em pó
¼ colher (chá) de sal
1 xícara (200g) de açúcar cristal ou refinado
raspas da casca de 2 limões sicilianos pequenos, o 1 grandão
¾ xícara (170g) de manteiga sem sal, temperatura ambiente
3 ovos, temperatura ambiente
2 colheres (sopa) de suco de limão siciliano
1 colher (chá) de extrato de baunilha
½ xícara de iogurte natural integral
½ colher (sopa) de folhas de alecrim fresco picadinhas – pique, depois meça

Glacê:
¾ xícara (105g) de açúcar de confeiteiro peneirado – meça, depois peneire
1-2 colheres (sopa) de suco de limão siciliano
1 galhinho de alecrim fresco, para decorar - opcional

Preaqueça o forno a 180C. Unte com manteiga uma forma de bolo inglês com capacidade para 6 xícaras de massa, forre-a com papel manteiga deixando sobras em dois lados opostos, para facilitar na hora de desenformar o bolo. Unte o papel também.
Em uma tigela média misture com um batedor de arame a farinha, o fermento e o sal. Reserve.

Na tigela da batedeira, junte o açúcar e as raspas de limão e esfregue com as pontas dos dedos até o açúcar ficar aromatizado. Junte a manteiga e então bata em velocidade média-alta por 3-4 minutos ou até a mistura ficar clara e fofa – raspe as laterais da tigela com uma espátula de silicone algumas vezes durante todo o preparo da receita. Acrescente os ovos, um a um, batendo bem a cada adição. Junte o suco de limão, a baunilha e o alecrim e bata para incorporar.
Com a batedeira em velocidade baixa, junte os ingredientes secos em três adições, alternando com o iogurte em duas adições. Bata somente até incorporar – não bata demais para não desenvolver o glúten da farinha ou o bolo ficará duro e seco. Despeje a massa na forma preparada e alise a superfície. Leve ao forno por cerca de 45 minutos ou até que cresça e doure (faça o teste do palito). Deixe esfriar na forma por 15 minutos e então desenforme, usando as alças de papel, e transfira para uma gradinha. Deixe esfriar completamente.

Enquanto isso, faça o glacê: misture o açúcar e o suco de limão em uma tigelinha, acrescentando o suco aos poucos até obter a textura do glacê desejada. Espalhe sobre o bolo já completamente fio. Decore com o raminho de alecrim se desejar.

Rend.: 8-10 fatias

quarta-feira, agosto 21, 2019

Barrinhas de maçã e geleia e algumas perguntas para vocês


Barrinhas de maçã e geleia de framboesa

Hoje trago uma receita deliciosa, perfeita para um lanche da tarde caprichado ou para adoçar um momento do dia: adoro maçãs e quando não como tudo de uma vez faço as barrinhas. Também dá para fazer com pera no lugar da maçã e geleia de damasco no lugar da de framboesa – fica bom demais!

Mas além das barrinhas tenho perguntas para vocês: vocês cozinham todos os dias? Ou compram comida pronta vez ou outra? Se cozinham, começam do zero todo dia ou já tem algo no freezer/geladeira preparado no final de semana para adiantar? Quando eu trabalhava em um emprego em que saía no meu horário todos os dias eu tinha pique para cozinhar o jantar todos os dias, começando do zero. Infelizmente esta não é mais a minha realidade e muitas vezes chego super tarde em casa, esgotada, e a falta de energia é maior do que a fome. Há dias em que tenho algo já no jeito na geladeira ou no freezer, mas nem sempre.

Tenho pensado muito nisso, pois como contei para vocês tempos atrás melhorar a minha alimentação é um dos meus projetos atuais. Portanto, adoraria ouvir as experiências de vocês, conselhos e dicas, e agradeço desde agora. xx

Barrinhas de maçã e geleia
receita minha

Recheio:
1 colher (sopa) – 14g – de manteiga sem sal
1 rama de canela pequena
2 maçãs médias, descascadas e em cubinhos de 1cm
3 colheres (sopa) de açúcar cristal ou refinado

Base/cobertura:
1 ½ xícaras (210g) de farinha de trigo
1 pitada de sal
¼ xícara + 2 colheres (sopa) – 75g – de açúcar cristal ou refinado
180g de manteiga sem sal, gelada e em cubinhos
1 colher (chá) de extrato de baunilha
1/3 xícara de geleia de frutas – usei framboesa, mas use a que você preferir
¼ xícara (30g) de amêndoas em lâminas

Em uma frigideira grande em fogo médio, aqueça a manteiga e a canela até a manteiga derreter. Junte as maçãs e o açúcar e cozinhe, mexendo algumas vezes, por 5-7 minutos ou até que as maçãs fiquem ligeiramente macias e o líquido da panela seque. Desligue e deixe esfriar completamente.

Preaqueça o forno a 180°C e coloque uma assadeira rasa para aquecer dentro do forno. Forre uma forma quadrada de 20cm com papel alumínio, deixando sobrar em lados opostos, e unte o papel com manteiga. No processador de alimentos, pulse a farinha, o sal e o açúcar para misturar bem. Junte a manteiga e a baunilha e pulse somente até obter uma farofa grossa – não processe demais. Transfira 2/3 da mistura para a forma preparada e aperte no fundo, formando a base das barrinhas. Espalhe a geleia sobre a base, arrume as maçãs por cima da geleia. Junte as amêndoas à farofinha restante e então salpique a mistura sobre as maçãs, espalhando de maneira uniforme. Leve ao forno por 25-30 minutos ou até a cobertura dourar bem - coloque a forma dentro da assadeira que já estava aquecendo no forno, assim a base das barrinhas ficará bem assada e dourada. Deixe esfriar completamente na forma sobre uma gradinha. Corte em quadradinhos para servir.

Rend.: 16 unidades

quinta-feira, agosto 08, 2019

Palitos de polenta com espinafre e gorgonzola


Palitos de polenta e espinafre com gorgonzola

Ter me tornado intolerante à lactose anos atrás foi uma paulada: eu amo queijo, de tudo quanto é tipo, aliás, de acordo com o João quanto mais fedido o queijo, mais eu gosto. :D

Quando bolava receitas para o livro geralmente havia algum queijo envolvido nelas, porque tudo fica mais gostoso com queijo, né, meus amores? Gorgonzola é um dos meus favoritos, então sempre que dava eu já ia logo botando o danado pra jogo, deixando tudo mais fedido, opa, quero dizer, gostoso. :D Teve risoto, torta, grissini e barquinha de abobrinha, tudo “perfumado” de gorgonzola. E teve também estes palitos de polenta, adaptados nos que postei há anos e que sempre repetia em casa.

Que a minha musa Donna Hay me perdoe, mas os meus palitos de polenta ficaram mais gostosos do que os dela. ;)

Aproveito para lembrá-los de que ainda tenho livros ótimos à venda – se estiver interessado, clique aqui.

Palitos de polenta com espinafre e gorgonzola

- xícara medidora de 240ml

3 xícaras (720ml) de caldo de legumes
1 xícara (175g) de polenta instantânea
75g de gorgonzola, esmigalhado ou ralado grosseiramente
1 xícara (75g) de folhas de espinafre fresco – aperte beeeem na xícara na hora de medir
2 colheres (sopa) de manteiga sem sal
sal e pimenta do reino moída na hora
óleo de canola, para pincelar

Unte com o óleo uma forma quadrada de 20cm. Reserve.
Coloque o caldo em uma panela grande e leve ao fogo médio até começar a ferver. Aos poucos, junte a polenta, mexendo sempre por 2-3 minutos. Retire do fogo e junte o gorgonzola, o espinafre, a manteiga, o sal e a pimenta e misture para incorporar. Espalhe a mistura na forma preparada e aperte para moldar a polenta. Leve à geladeira até firmar, cerca de 1 hora.

Pré-aqueça o forno a 200°C. Forre uma assadeira grande, de beiradas baixas, com papel alumínio e pincele-o levemente com óleo.
Retire a polenta da forma e corte em palitos grossos. Arrume-os na forma preparada, deixando 1cm de distância entre eles. Asse por 20 minutos, vire-os com cuidado e asse por mais 20 minutos ou até que dourem e fiquem crocantes por fora.
Sirva imediatamente

Rend: 4-5 porções

quinta-feira, julho 11, 2019

Espaguete com molho de berinjela e escarola


Espaguete com molho de berinjela e escarola

Cresci em uma casa em que se comiam vegetais todos os dias, em todas as refeições: minha mãe sempre fez questão disso e minha avó, depois dela, também. Acostumada com variedade desde pequena nunca achei estranho o picante da rúcula ou o amargo do almeirão – são sabores com os quais sempre convivi e de gosto muito.

A receita de hoje é inspirada na pasta alla Norma, que até já postei aqui, entretanto sai a ricota e entra a escarola para dar um toque diferente ao macarrão - nem todo mundo gosta de escarola, mas eu adoro. Também não resisto a receitas com berinjela e sempre quero usar o ingrediente das mais variadas formas, e qualquer coisa mistura a macarrão é sucesso quase certo.

Espaguete com molho de berinjela e escarola
receita minha

3 colheres (sopa) de azeite de oliva extra virgem
2 berinjelas pequenas (400g no total), em cubos de 2cm
½ cebola grande, picadinha
2 dentes de alho grandes, picadinhos
1 colher (sopa) de extrato de tomate
¼ xícara (60ml) de vinho tinto seco
1 garrafa de passata (690g)
½ xícara (120ml) de água
sal e pimenta do reino moída na hora
1 colher (sopa) de açúcar
2 folhas de louro
1 pé de escarola, só as folhas (100g no total depois de limpo), rasgadas com as mãos
1 punhado de folhas de manjericão fresco
400g de espaguete
parmesão ou pecorino ralados, para servir

Comece pelo molho: aqueça metade do azeite em uma panela grande. Doure os cubos de berinjela no azeite até murcharem levemente (se a sua panela não for grande o suficiente, trabalhe em etapas). Transfira um prato. Acrescente o restante do azeite à panela e refogue a cebola até que ela fique transparente, cerca de 5 minutos, mexendo de vez em quando. Junte o alho e refogue somente até perfumar, 1 minuto – não deixe o alho queimar ou vai amargar a receita. Acrescente o extrato de tomate e cozinhe por 2 minutos, misturando bem. Junte o vinho e cozinhe por mais 1 minuto. Junte a passata e a água, tempere com sal e pimenta, junte o açúcar, as berinjelas e o louro e misture bem. Deixe cozinhar em fogo brando por 30-40 minutos, mexendo de vez em quando para não grudar no fundo da panela. Ao final, acrescente a escarola e o manjericão, misture bem para murchá-los e retire do fogo.

No final do tempo de cozimento do molho, cozinhe o macarrão em bastante água salgada até que fique al dente. Escorra. Incorpore ao molho, misturando bem. Sirva imediatamente polvilhado com parmesão ou pecorino.

Rend.: 4-5 porções

quarta-feira, junho 26, 2019

Bolo de doce de leite


Bolo de doce de leite

Quando estive em Buenos Aires, em setembro de 2016, trouxe alguns vidros de doce de leite de lá – impossível resistir, não?  Poucas semanas depois, minha ex-chefe, tão querida, que voltou para a Suíça no final de 2017, me trouxe mais doce de leite de Buenos Aires. Minha despensa era praticamente o paraíso. :D

Com tanto doce de leite gostoso em casa resolvi fazer esta receita da Delicious Australia e aproveitar para fotografar o bolo no prato lindo da minha querida Cris (cliquem aqui para conhecer o trabalho maravilhoso dela).

O bolo fica super úmido e delicioso. A receita original tem uma calda, mas sinceramente o bolo já é doce o suficiente e só precisa de uma chuvinha de açúcar de confeiteiro para deixá-lo mais bonito.

Bolo de doce de leite

Bolo de doce de leite
um nadinha adaptado da sempre ótima Delicious Australia

- xícara medidora de 240ml

185g de manteiga sem sal, em temperatura ambiente
¾ xícara (130g) de açúcar mascavo claro – aperte-o na xícara na hora de medir
¾ xícara de doce de leite
1 colher (chá) de extrato de baunilha
3 ovos grandes, temperatura ambiente
2 ¼ xícaras (315g) de farinha de trigo
1 ½ colheres (chá) de fermento em pó
¼ colher (chá) de bicarbonato de sódio
¼ colher (chá) de canela em pó
¾ xícara (180ml) de buttermilk*, temperatura ambiente

Preaqueça o forno a 180°C e unte com manteiga e enfarinhe uma forma de furo central com capacidade para 10 xícaras de massa.
Em uma tigela grande, peneire juntos a farinha de trigo, o fermento, o bicarbonato, a canela e o sal. Reserve.
Na batedeira, bata a manteiga e o açúcar em velocidade média-alta até obter um creme claro – raspe as laterais da tigela com uma espátula de silicone algumas vezes durante todo o preparo do bolo.
Junte o doce de leite e a baunilha, batendo bem. Em seguida, junte os ovos, um a um, batendo bem a cada adição.

Com a batedeira em velocidade baixa, acrescente os ingredientes secos reservados em três adições, alternando com o buttermilk em duas adições (comece e termine com os ingredientes secos). Misture bem com a espátula para que a massa fique homogênea. Despeje na forma preparada e alise a superfície. Leve ao forno por 45-50 minutos ou até que o bolo cresça e doure (faça o teste do palito). Transfira a forma para uma gradinha e deixe esfriar por 20 minutos. Em seguida, desenforme com cuidado na gradinha e deixe esfriar completamente. Se desejar, polvilhe com açúcar de confeiteiro antes de servir.

*para fazer 1 xícara de buttermilk em casa: coloque 1 colher (sopa) de suco de limão em uma xícara medidora de 240ml, complete com leite integral em temperatura ambiente e aguarde 10 minutos para sorar; use a quantidade pedida na receita

Rend.: 8-10 porções

quarta-feira, junho 19, 2019

Galette de abobrinha, cebola e queijo com massa de azeite

Galette de abobrinha, cebola e queijo com massa de azeite

Falei para vocês outro dia de como fiquei feliz com a foto da galette de maçã e coco, lembram? Pra ser sincera, galettes são tão bonitas que eu adoro fotografá-las – e comê-las também. :D A de aspargos com massa de fubá é o meu xodó: tão linda e tão deliciosa.

A de hoje é salgada e a inspiração para ela foi a abobrinha amarela que encontrei em uma feira muito tempo atrás e que rendeu também este macarrão delicioso. Como a combinação abobrinha + cebola roxa funcionou deliciosamente no macarrão, repeti a dose na galette, dando uma incrementada com queijo Canastra, ingrediente que adoro.

Eu lhes contei que diminuí o consumo de lácteos, mas de vez em quando eu me permito e me esbaldo, apesar de depois ficar parecendo a grávida de Taubaté, mesmo tomando lactase. :D

A massa de azeite é uma delícia e eu recomendo vocês usarem a receita mesmo com outros recheios – aposto que vão gostar.

Galette de abobrinha, cebola e queijo com massa de azeite
receita minha

Massa:
1 ½ xícaras (210g) de farinha de trigo
½ xícara (70g) de farinha de trigo integral
½ colher (chá) de sal
2 colheres (sopa) de parmesão ralado fininho
1 ovo grande
1/3 xícara (80ml) de azeite de oliva extra virgem
¼ xícara (60ml) de água gelada

Recheio:
1 ½ colheres (sopa) de manteiga sem sal
½ colher (sopa) de azeite de oliva extra virgem
2 cebolas roxas médias, cortadas em meias-luas
½ colher (chá) de sal
pimenta do reino moída na hora
½ colher (sopa) de açúcar mascavo – aperte-o na colher na hora de medir
1/3 xícara (75g) de cream cheese, temperatura ambiente
¾ xícara de queijo Canastra ralado no ralador grosso (60g), uso dividido – rale, depois meça
3 colheres (sopa) de salsinha picada
1 abobrinha grande (400g), em fatias de 3mm de espessura – eu usei a amarela para a torta da foto porque é linda, mas já fiz a receita com a comum e fica muito boa também

Para pincelar:
1 ovo, batido com 1 colher (chá) de água fria

Em uma tigela grande, misture com um batedor de arame as farinhas, o sal e o parmesão. Em uma tigelinha, misture bem com um garfo o ovo, o azeite e a água gelada. Despeje sobre os ingredientes secos e misture até que uma massa comece a se formar. Faça uma bola com a massa, achate até formar um disco e embrulhe em filme plástico. Leve à geladeira por 1 hora.

Enquanto isso, prepare o recheio: em uma frigideira antiaderente grande, aqueça a manteiga e o azeite (o azeite vai impedir que a manteiga queime). Baixe o fogo para o mínimo, junte as cebolas, tempere com o sal e a pimenta, junte o açúcar e vá refogando, mexendo algumas vezes, até que a cebola fique caramelizada. Transfira para uma tigela ou prato e deixe esfriar completamente. Em uma tigela, misture o cream cheese com ½ xícara (40g) do queijo Canastra. Tempere com sal e pimenta, junte a salsinha e misture. Reserve fora da geladeira – se o cream cheese estiver gelado fica difícil espalhar de maneira uniforme.

Pré-aqueça o forno a 200°C. Transfira o disco de massa para um pedaço grande de papel manteiga. Cubra com outro pedaço de papel e vá abrindo a massa com um rolo, até obter um oval de aproximadamente 40x30cm. Espalhe a mistura de cream cheese sobre a massa, deixando uma borda de cerca de 4cm. Espalhe as cebolas já frias sobre o cream cheese e então arrume as fatias de abobrinha sobre as cebolas de uma maneira bem bonita. Com cuidado, vá dobrando a massa da beirada sobre parte do recheio. Pincele a massa com o ovo batido, salpique as abobrinhas com um pouquinho de pimenta do reino, em seguida salpique o queijo restante sobre toda a torta. Leve ao forno por 35-40 minutos ou até que doure bem. Sirva quente ou morna.

Rend.: 4 porções, servidas com salada ou como entradinha


terça-feira, junho 18, 2019

Almôndegas veganas de berinjela, abobrinha e grão de bico


Almôndegas veganas de berinjela, abobrinha e grão de bico

Quem visita o blog sabe que não sou vegana, mas há dias em que faço refeições sem nada de origem animal e a comida fica muito gostosa. Depois do problema da intolerância à lactose diminuí muito os lácteos e algumas variações veganas me salvam a vida, como o leite e a ricota de castanhas, o iogurte de leite de coco... São meus aliados.

Faço estas almôndegas quase que mensalmente há mais de um ano: são deliciosas e duram um bom tempo no freezer. Há dias em que as levo de marmita para o trabalho acompanhadas de arroz integral e salada e fico saciada a tarde toda. Também ficam ótimas com molho de tomate para acompanhar macarrão. A receita é da Laura Wright e há outras várias receitas boas no blog dela – recomendo a leitura para quem entende inglês.

Almôndegas veganas de berinjela, abobrinha e grão de bico

Almôndegas veganas de berinjela, abobrinha e grão de bico
levemente adaptadas do lindo The First Mess

1 colher (sopa) + 1 colher (chá) de azeite de oliva
1 berinjela grande (350g), em cubos de 1,5cm
1 abobrinha grande (400g), em cubos de 1,5cm
1 dente de alho grande, picadinho
1 lata de grão de bico, escorrida (peso drenado: 200g)
2 colheres (sopa) de tahine
3 colheres (sopa) de folhas de salsinha picadas – pique, depois meça
¼ xícara de salsinha picada
raspas da casca de 1 limão taiti
2 colheres (chá) de suco de limão taiti
1 xícara de farelo de pão (não use farinha de rosca comprada pronta, ela resseca a receita)
½ xícara de aveia em flocos grossos
2 colheres (chá) de sumac
sal e pimenta do reino moída na hora

Para empanar as almôndegas:
1 ½ xícaras de farelo de pão

Aqueça 1 colher (sopa) do azeite em uma frigideira antiaderente grande em fogo médio – eu uso a wok, pois assim não sai voando legume pelo fogão quando preciso mexer o refogado; caso não tenha uma frigideira grande o suficiente, prepare os legumes em etapas. Junte a berinjela e a abobrinha e refogue por uns 10 minutos, mexendo algumas vezes para não queimar, até que elas estejam macias. Empurre os legumes para as beiradas da frigideira, regue o centro da panela com o azeite restante e nele refogue o alho por 1 minuto, ou até perfumar. Misture o alho com os legumes na panela, retire do fogo e deixe esfriar. Transfira para o processador de alimentos e junte todos os outros ingredientes. Processe até obter uma mistura macia, mas não muito mole – se precisar, junte um pouquinho mais de farelo de pão. Leve a mistura à geladeira por 30-40 minutos para firmar – assim ficará mais fácil modelar as bolinhas. Com as palmas das mãos levemente úmidas, forme bolinhas com a massa (ela é molinha mesmo, mas dá para moldar) usando 2 colheres (sopa) de massa por almôndega.

Se for consumir na hora, passe as almôndegas pelo farelo de pão extra e então as transfira para uma assadeira forrada com papel alumínio pincelado com azeite. Leve ao forno a 200°C por 30 minutos, virando as almôndegas com cuidado na metade do cozimento. Se preferir, congele em aberto (sem passar pelo farelo de pão) e depois transfira para saquinhos. As almôndegas duram até 3 meses no freezer.

Rend.: cerca de 28 unidades

terça-feira, junho 04, 2019

Muffins de coco e maçã


Muffins de maçã e coco

Quando estava produzindo receitas para o livro uma das minhas favoritas, tanto no resultado quanto na foto, foi a galette de maçã e coco: ficou linda, deliciosa e eu consegui dar um ar outonal à foto, como eu queria.

Nem sempre fazer fotos para o blog é uma diversão, pois há dias em que nada parece funcionar: a luz não está boa, minha criatividade é ZERO para criar a foto, nenhum paninho, louça ou copinho me agrada. Mas a tal galette foi uma delícia de fotografar e também de comer. :D

Pensando naquela combinação de sabores, maçã e coco, criei estes muffins: fofinhos, com uma camadinha crocante de coco por fora e molhadinhos por dentro por causa da maçã ralada. Novamente, maçã e coco ficaram tão bons juntos que tempos depois fiz este bolo invertido, igualmente delicioso. Recomendo que vocês provem logo as três receitas. :D

Muffins de coco e maçã
receita minha

2 xícaras (280g) de farinha de trigo
1 colher (sopa) de fermento em pó
1 colher (chá) de canela em pó
1 pitada de sal
2/3 xícara (66g) de coco em flocos, sem adição de açúcar
½ xícara (113g) de manteiga sem sal, derretida e fria
½ xícara (100g) de açúcar demerara
2 ovos grandes, temperatura ambiente
200ml de leite integral, temperatura ambiente
1 colher (chá) de extrato de baunilha
2 maçãs grande (cerca de 200g cada), descascadas e passadas pelo ralador grosso
¼ xícara (25g) de coco em flocos, sem adição de açúcar, para polvilhar sobre os muffins

Preaqueça o forno a 200°C. Forre uma forma de muffins com 12 cavidades com forminhas de papel.

Em uma tigela grande, peneire a farinha de trigo, o fermento, o bicarbonato, a canela e o sal. Incorpore o coco e reserve. Em uma tigela média, junte a manteiga, o açúcar, os ovos, o leite e a baunilha e misture com um garfo. Incorpore a maçã. Despeje sobre os ingredientes secos e misture levemente com o garfo até incorporar, mas sem misturar demais – massa de muffin é empelotada mesmo, se mexer demais os muffins ficarão duros. Divida a massa entre as forminhas e polvilhe o topo de cada muffin com um pouquinho do coco restante, apertando levemente com a mão para que ele grude na massa. Asse por 20-25 minutos ou até que os muffins cresçam e dourem (faça o teste do palito). Deixe esfriar na forma por 5 minutos e então remova os muffins com cuidado, transferindo para uma gradinha. Sirva mornos ou em temperatura ambiente.

Rend.: 12 unidades

sexta-feira, maio 31, 2019

Granola de laranja e azeite de oliva para um lanchinho gostoso


Granola de laranja e azeite de oliva

O plano de me alimentar melhor inclui, além do pão caseiro e do leite vegetal para o café da manhã, lanchinhos entre refeições menos bagaceiras do que eu andava consumindo nos últimos meses - quem nunca se jogou num pacote de bolacha na hora do desespero, não é mesmo? :D

O meu lanchinho preferido é banana: adoro e acho que é a única fruta que realmente mata a fome – quando como pera ou maçã, por exemplo, minha barriga já está roncando pouco tempo depois. Mas nem sempre a banana está madura e por isso acabo tendo outras opções como plano B – um punhadinho de granola com leite vegetal funciona muito bem, ou se a banana é muito pequenina amasso e polvilho uma colherada de granola sobre ela.

A minha granola preferida é a de chocolate, mas quando consumo cacau e chocolate demais sinto muita dor de cabeça (é um dos alimentos que cortei por causa da minha enxaqueca, junto com café e chás estimulantes), por isso faço outros sabores para dar uma variada. Quem me lê sabe que sou a louca dos cítricos, então divido com vocês hoje a minha granola de laranja e azeite – quando não tenho damasco seco em casa troco por 1 punhado de passas claras.

Granola de laranja e azeite de oliva
receita minha

200g de aveia prensada/ em flocos grossos
raspas da casca de 1 laranja
1 pitada de noz-moscada ralada na hora
1 pitada de sal
¼ xícara (60ml) de mel ou agave
1/3 xícara (80ml) de suco de laranja espremido na hora
2 colheres (sopa) de azeite extra virgem
8 damascos secos cortados em cubinhos

Preaqueça o forno a 180C. Forre uma assadeira grande e rasa com papel alumínio.
Em uma tigela grande, junte a aveia, as raspas de casca de laranja, a noz-moscada e o sal, misturando bem. Reserve.
Em uma panelinha, junte o mel/agave, suco de laranja e azeite e leve ao fogo médio, mexendo, apenas até dissolver bem a mistura. Derrame sobre os ingredientes restantes e misture bem. Espalhe por toda a assadeira preparada formando uma camada homogênea e leve ao forno por 30 – retire do forno e remexa toda a granola com uma espátula de silicone (cuidado para não rasgar o papel alumínio), na metade do tempo, espalhando novamente em uma camada homogênea antes de voltar ao forno – a granola sai do forno ainda molinha e vai ficando crocante conforme esfria. Incorpore o damasco.
Deixe esfriar completamente e guarde em um vidro hermético em temperatura ambiente por até 2 semanas.
Rend: 4-6 porções

quarta-feira, maio 29, 2019

Pãezinhos de centeio e provolone - mais do que uma receita


Pãezinhos de centeio e provolone

Hoje a receita é meio receita, meio tática para tirar pensamentos ruins da cabeça. :)

Estes pãezinhos, absolutamente lindos e deliciosos (olha a modéstia), não são a receita mais rápida que vocês verão aqui no TK, confesso, mas é bárbara para aqueles dias em que a gente está pooota/triste com alguma coisa e quer mais é desanuviar os pensamentos, mesmo. Ter que dividir a massa em várias porções iguais, rechear cada uma delas com queijo, depois fazer bolinhas, em seguida amontoar as bolinhas na forma... Isso sem contar ter que cortar o provolone em 54 pedacinhos enquanto a massa cresce – é meditação pura esse pão, gente. :D

Não se preocupe se não tiver a farinha de centeio – dá pra fazer a receita usando 2 ½ xícaras de farinha de trigo comum, sem problema. Mas se for possível, experimente a versão com centeio, pois o sabor amendoado da farinha combina de maneira deliciosa com o salgadinho do provolone.

Pãezinhos de centeio e provolone

Pãezinhos de centeio e provolone
receita minha

Massa:
2 colheres (chá) de fermento biológico seco
½ colher (chá) de açúcar
½ xícara (120ml) de leite integral morno
¼ xícara (60ml) de água morna
½ xícara (70g) de farinha de centeio fina (compro aqui)
2 xícaras (280g) de farinha de trigo comum (gosto da Mirella)
1 colher (chá) de sal
1 ovo
3 colheres (sopa) – 42g – de manteiga sem sal, amolecida

Recheio e cobertura:
85g de provolone, cortado em 56 pedacinhos iguais
1 ½ colheres (sopa) – 21g – de manteiga sem sal, derretida e fria
3 colheres (sopa) de provolone passado no ralador grosso – rale, depois meça

Comece preparando a massa: na tigela da batedeira, junte o fermento, o açúcar, o leite e a água, misturando com um garfo. Reserve por 5 minutos até que a mistura borbulhe. Acrescente as farinhas, o sal, o ovo e a manteiga e misture com o batedor para massas pesadas por 8-10 minutos ou até obter uma massa lisa e macia, que se desprende das laterais da tigela (ou sove na mão por 14-18 minutos). Forme uma bola com a massa, transfira para uma tigela levemente untada com manteiga e cubra com filme plástico. Deixe crescer em um lugar livre de correntes de vento por cerca de 1 ½ horas, ou até a massa dobrar de volume.

Dê um soquinho na massa e retire o excesso de ar. Divida em 54 porções iguais (eu uso a balança para que todas as porções tenham o mesmo peso). Achate cada bolinha de massa até obter um disco, coloque dentro do disco um pedacinho de provolone e feche, apertando bem as emendas, e em seguida enrole a massa até obter uma bolinha. Repita o processo com toda a massa e todo o provolone. Unte uma forma de muffins com manteiga. Coloque 6 bolinhas de massa em cada cavidade (a receita rende 9 pãezinhos). Pincele cada montinho de massa com a manteiga derretida e polvilhe com o provolone ralado. Cubra a forma de maneira frouxa com um pano de prato limpo e seco e deixe os pãezinhos crescerem novamente por 40 minutos – enquanto isso, preaqueça o forno a 200C.

Leve os pãezinhos ao forno por cerca de 25 minutos ou até dourarem bem. Retire do forno, transfira para uma gradinha e deixe esfriar por 5 minutos. Com cuidado, remova os pãezinhos da forma e transfira para a gradinha. Sirva mornos ou em temperatura ambiente. Os pãezinhos ficam ótimos por até 2 dias se reaquecidos no forno antes de serem servidos – depois de frios, guarde em um recipiente hermético bem tampado em temperatura ambiente.

Rend.: 9 unidades

domingo, maio 26, 2019

Frango à milanesa de forno com salada de berinjela e tomate e comer fora de casa


Frango à milanesa de forno com salada de berinjela e tomate

Acho que para quem tem o hábito de cozinhar comer fora de casa acaba sendo uma grande loteria – quem estiver me lendo me diga se concorda comigo ou não. Eu trabalho em escritório e muitas vezes como fora na hora do almoço – nem sempre tenho tempo ou vontade de levar marmita – e olha, é decepcionante na grande maioria das vezes. O tempo todo eu fico pensando em como a comida que estou comendo – seja ela qual for – poderia ser melhorada. É automático: eu às vezes tento não pensar nisso e geralmente não falo nada para não ser a chata do rolê – ninguém quer almoçar com o Pernalonga de batom, né, gente – mas nem sempre consigo, é mais forte do que eu. :D

Quando, por exemplo, alguém vira para mim e diz que adoooora o Outback e tenho vontade de sair gritando pela rua – a comida é ruim, o lugar é barulhento, o atendimento é horroroso... Todo um alarde por uma cebola gigante encharcada de gordura e um pão que eu faço melhor em casa. Mas na maioria das vezes eu sorrio, coloco a minha poker face em ação e apenas digo: “não é muito do meu gosto, sabe?” :D

Eu tô chata hoje, relevem: TPM está me rondando faz alguns dias. :) Mas toda a reclamação aí de cima foi pra dizer que eu já gostei mais de frango na minha vida e sei que quase não consumo mais este tipo de carne por causa dos tantos frangos horríveis que provei fora da minha casa. Cortei bastante o consumo, mas quando bate a vontade, de vez em quando, faço este franguinho aqui: fica delicioso e sequinho. As azeitonas assadas são uma receita à parte e ficam uma delícia como belisquetes para acompanhar uma cerveja gelada ou uma taça de espumante.

Aproveito para contar que os meus livros ainda estão à venda, e peço desculpas pelos emails que não respondi - tive uns momentos complicados com excesso de trabalho e não consegui responder meus emails pessoais.

Frango à milanesa de forno com salada de berinjela e tomate

Frango à milanesa de forno com salada de berinjela e tomate
receita minha

Para o frango:
4 filés de peito de frango, com aproximadamente 1,5 cm de espessura cada
¾ xícara (180ml) de iogurte natural integral – se o iogurte for muito firme, dilua com um pouquinho de água fria
½ colher (sopa) de azeite de oliva
sal e pimenta do reino moída na hora
½ colher (chá) de páprica defumada
½ colher (chá) de cominho em pó
½ colher (sopa) de mel
algumas gotas de molho inglês
2 dentes de alho amassados até virar uma pastinha
sal

Para empanar:
1 xícara (140g) de farinha de trigo
2 ovos, ligeiramente batidos com um garfo
1 ½ xícaras de farelo de pão ou farinha de rosca – eu gosto do farelo para que a casquinha fique mais rústica
¼ xícara de parmesão ralado fininho
1 colher (sopa) de folhas de orégano fresco picadinhas
pimenta do reino moída na hora

Azeitonas assadas:
1 xícara (165g) de azeitonas pretas, com os caroços – eu prefiro usar as com caroço, acho mais saborosas e menos ressecadas, mas se preferir usar sem não tem problema
1 colher (sopa) de azeite de oliva
pimenta do reino moída na hora
1 dente de alho descascado e cortado ao meio no sentido do comprimento
½ colher (chá) de cominho em pó

Salada:
2 berinjelas grandes, cortadas em cubos de 2cm
2 colheres (sopa) de azeite de oliva
sal e pimenta do reino moída na hora
4 galhinhos de orégano fresco
3 dentes de alho, sem descascar
1 ½ xícaras de tomates cereja, cortados ao meio – meça, depois corte

Molho:
1 ½ colheres (sopa) de azeite de oliva extra virgem
2 colheres (chá) de vinagre balsâmico
sal

Tempere o frango: em uma tigela grande, junte o iogurte, o azeite, a pimenta do reino, o cominho, a páprica, o mel, o molho inglês e o alho, misturando bem. Junte o frango e envolva bem os filés na marinada. Cubra com filme plástico e leve à geladeira por 2 horas.

Enquanto isso, prepare a salada: preaqueça o forno a 200°C. Coloque as azeitonas em um refratário pequeno e raso (como o da foto), junte o azeite, o alho, a pimenta do reino e o cominho. Reserve. Em uma assadeira grande e rasa, forrada com papel alumínio, junte as berinjelas, o azeite, o sal, a pimenta do reino, o orégano fresco e os dentes de alho. Leve tudo ao forno, sendo as azeitonas por 15 minutos, dando uma boa mexida no meio do cozimento, e as berinjelas por 20-25 minutos, mexendo também no meio do cozimento – as berinjelas devem assar até ficar macias. Remova os dentes de alho e transfira as berinjelas e as azeitonas para uma tigela média. Acrescente os tomates cereja e misture. Em um pilãozinho, amasse 1 dos dentes de alho sem a casca até obter um purê (você pode guardar os outros dentes de alho e usar em outra preparação se quiser), junte o azeite, o vinagre e o sal (não coloco pimenta do reino neste molho de salada, pois os legumes já foram assados com pimenta – também tome cuidado com o sal). Regue a salada com o molho e misture bem.

Com o forno ainda ligado, forre uma assadeira média e rasa com papel alumínio e pincele-o com azeite. Coloque a farinha de trigo em um prato raso, os ovos em outro e o farelo de pão em um terceiro prato. Tempere o farelo de pão com a pimenta do reino, junte o parmesão e o orégano picadinho e misture bem. Retire os filés de frango da marinada, tirando bem o excesso. Tempere os filés com um pouquinho de sal, e em seguida passe-os pela farinha de trigo, depois pelo ovo batido e em seguida pelo farelo de pão, cobrindo bem ambos os lados – aperte levemente com as mãos para que o empanado grude bem no frango. Arrume os filés já empanados sobre o papel alumínio pincelado com azeite e leve ao forno por 40 minutos, virando os filés na metade do tempo de cozimento, com bastante cuidado para não arruinar a casquinha.
Sirva em seguida com a salada.

Rend.: 4 porções


quarta-feira, maio 22, 2019

Pão 100% integral e pequenas metas

English version

Pão 100% integral

Levanta a mão quem, como eu, faz resoluções de ano novo e depois de um tempo percebe que deu o passo maior que a perna, prometendo coisas que não consegue cumprir, estabelecendo metas que só causam frustração? :\

Temos que escolher nossas batalhas, e as que escolhi e tenho conseguido lutar são as de voltar a ver prazer em cozinhar e comer melhor, e uma está bastante ligada à outra, é bem verdade. Voltei a fazer meu leite vegetal em casa (confesso que às vezes dá uma preguiça gigante, mas tudo bem) depois de passar alguns meses tomando leite sem lactose: é prático demais abrir a caixinha de leite e despejar na xícara, claro, mas já percebo a pança menos inchada. Pequenas vitórias que comemoro todos os dias. Também tenho feito meu pão para levar na marmita do café da manhã para o trabalho e me sinto virtuosa ao comer meu pãozinho caseiro, delicioso, e que me deixa saciada até perto da hora do almoço (quando comia o pão na chapa comprado no térreo do prédio sentia fome pouco tempo depois). Faço um filão de pão no domingo, congelo em fatias e elas me rendem o suficiente para a semana inteira.

Andei fazendo um pão que levava farinha branca + farinha de centeio e ficou uma delícia – qualquer hora divido a receita com vocês. Quando vi um pão feito com 100% de farinha integral no site da King Arthur Flour tive que testar: amo pães integrais e os comentários eram bem positivos (aliás, se você entende inglês e gosta de baking, o site deles é imperdível). Adaptei um nada da receita, diminuindo a quantidade de mel, omitindo o leite e jogando uns flocos de aveia por cima, pra deixar bem lindo. Espero que gostem tanto quanto eu.

UPDATE
: fiz o pão substituindo 50g da farinha integral por flocos de quinoa e ficou delicioso, incrivelmente macio!

Pão 100% integral


Pão 100% integral
Um nadinha adaptado daqui

1 xícara (240ml) de água morna
2 ½ colheres (chá) de fermento biológico seco
¼ xícara (60ml) de óleo vegetal – usei canola
2 colheres (sopa) de mel
400g de farinha de trigo integral – prefiro usar uma farinha fina, como a Mãe Terra; geralmente uso a Mirella refinada em tudo, mas a Mirella integral acho grosseira demais
1 ¼ colher (chá) de sal
1 colher (sopa) de aveia em flocos grossos

Coloque a água e o fermento na tigela da batedeira (ou em uma tigela grande se for sovar na mão). Espere espumar, cerca de 5 minutos. Adicione o óleo, o mel, a farinha e o sal e misture com uma espátula. Sove na batedeira com o gancho para massas pesadas por 10 minutos, ou na mão por 15-17 minutos, ou até obter uma massa homogênea, lisa e sedosa, que descola nas laterais da tigela/das mãos. Cubra com filme plástico e deixe crescer por 1 ½ horas a 2 (se estiver muito frio a massa demora mais para crescer).

Unte muito levemente com óleo uma forma de bolo inglês com capacidade para 6 xícaras de massa.
Dê um soquinho no centro da massa para retirar o excesso de ar. Em uma superfície levemente enfarinhada, abra a massa até obter um retângulo de aproximadamente 30x20cm. Enrole-o como um rocambole, formando um cilindro, e ajeite com as mãos para que ele caiba na forma, deixando a emenda virada para baixo. Cubra com filme plástico ou um pano de prato limpo e seco e deixe crescer novamente por 40 minutos. Enquanto isso, preaqueça o forno a 200°C.
Quando o pão terminar de fermentar, pincele a superfície dele com um pincel embebido em água e polvilhe com a aveia, pressionando bem de leve para que os grãos grudem (alguns vão se desprender quando o pão estiver assado, não se preocupe). Leve ao forno for 30 minutos ou até dourar bem – para verificar se o pão está pronto dê batidinhas na superfície com os nós dos dedos: o som deve ser de algo oco. Deixe esfriar na forma sobre uma gradinha por 5 minutos e então desenforme com cuidado sobre a gradinha. Deixe esfriar completamente.

Rend.: 8-10 fatias

sábado, maio 04, 2019

Risoto de abóbora assada, espinafre e manjerona para uma amiga


Risoto de abóbora assada, espinafre e manjerona

Quem acompanha o blog percebe que há uma grande quantidade de louças, talheres e paninhos nesta casa: eu realmente não sei mais onde vou enfiar tanta coisa. :D Quem me lê também sabe que fiquei muito tempo de teto baixo, quando nada referente à cozinha me interessava. E neste período não comprei nada novo. O

Outro dia, ao sair para almoçar com uma amiga, demos uma voltinha pela Tok&Stok, pois ela precisava de capas de almofada. Fui xeretar as louças e vi estas tigelinhas, tão lindas, e logo já fui imaginando o que serviria nelas – só como um exercício, não pensava em comprá-las. Comentei com a Vi: “nossa, um prato de arroz, como risoto ou arroz doce, ficaria incrível nesta louça”. Ela responde: “compra logo, estão em promoção. Quero ver uma foto bem bonita depois”.

Minha amiga tem segurado a minha mão nos últimos meses, que tem sido barra, e é tão incrível comigo que resolvi seguir o seu conselho: trouxe as tigelinhas para casa e fiz um risoto bem delicioso.

Espero que minha amiga goste da receita e da foto, pois fiz pensando nela. <3


Risoto de abóbora assada, espinafre e manjerona

receita minha

Abóbora assada:

300g de abóbora japonesa (cabotiá)
1 colher (sopa) de azeite
sal e pimenta do reino moída na hora

Risoto:

2 colheres (sopa) de azeite
½ cebola, picadinha
¾ xícara (165g) de arroz arbóreo ou carnaroli
¼ xícara (60ml) de vinho branco seco
3 xícaras (720ml) de caldo de legumes caseiro
70g de espinafre congelado, já descongelado
sal e pimenta do reino moída na hora
2 colheres (sopa) de manteiga
3 colheres (sopa) de parmesão ralado bem fininho
1 colher (sopa) de folhas de manjerona fresca

Preaqueça o forno a 200°C. Forre uma assadeira grande e rasa com papel alumínio e pincele-o levemente com azeite – se usar assadeira antiaderente não precisa forrar com papel.
Coloque os pedaços de abóbora em uma tigela, regue com o azeite, tempere com sal e pimenta e misture bem para envolver todos os pedacinhos. Espalhe os cubos de abóbora sobre o papel e leve ao forno por 25-30 minutos, virando os cubinhos na metade do tempo – asse até que estejam dourados. Reserve.

Comece o risoto: aqueça uma panela média em fogo médio-alto. Junte o azeite e quando aquecer adicione a cebola, refogando até que fique transparente. Junte o arroz e refogue por 2-3 minutos, mexendo, até que todos os grãos fiquem cobertos de azeite. Junte o vinho e refogue até que evapore. Acrescente 1 concha de caldo quente e vá mexendo até que o caldo quase seque. Acrescente outra concha de caldo e vá mexendo novamente até que ele quase seque – vá repetindo o processo até que o arroz fique al dente, o que vai levar cerca de 20 minutos (talvez você não use todo o caldo). Na metade do processo acima, junte o espinafre e ¾ dos cubos de abóbora. Tempere com sal e pimenta, mas cuidado com o sal, pois a abóbora já está temperada.

Acrescente o parmesão, a manteiga e a manjerona e misture. Prove e acerte o sal se necessário, tampe a panela e aguarde 2 minutos. Transfira o risoto para os pratos de servir e salpique com a abóbora restante. Sirva imediatamente.

Rend.: 2 porções

quarta-feira, março 20, 2019

Picolés de brigadeiro e um post sobre amor


Picolés de brigadeiro

Final de semana passado assisti ao documentário “Jane Fonda em Cinco Atos” e fiquei um bom tempo pensando no que Jane disse sobre sua relação com a mãe, com o pai, com os filhos, sobre amor. Ela conta que nunca se sentiu amada pela mãe e como isso influenciou seu relacionamento com a primeira filha. É um documentário interessante e recomendo muito para quem gosta não só de cinema, mas de relacionamentos e História também.

Mas vocês vão me perguntar “Patricia, o que é que Jane Fonda tem a ver com picolés de brigadeiro?” A princípio, nada, se bem que acho que Jane iria gostar de prová-los. :)

O que me fez ligar a receita ao documentário foi ver o meu pequeno em casa, no mesmo final de semana, tomando picolé, receita que ele me ajudara a fazer, segurando o palito com as mãos fofinhas, tentando em vão não se sujar todo de chocolate enquanto o picolé derretia e pingava sobre sua barriga. Corri para pegar um pratinho, para proteger o picolé caso despencasse do palito, e ao final Pingo me disse, com chocolate desde a testa até o umbigo: “Dedé, me dá aqui o prato, eu adoro esse caldinho de sorvete”. :)

O post de hoje é sobre sorvete, mas também é sobre amor. Espero que vocês provem a receita (é muito boa e dá pra fazer em saquinho de gelinho, também, como o outro picolé que postei tempos atrás) e também que a vida lhes traga muito amor. Eu fiquei anos sedenta por este sentimento e hoje me sinto inundada por ele.

Picolés de brigadeiro
receita minha

1 receita de brigadeiro - faça do jeito que mais gostar; como eu queria um brigadeiro menos doce, usei 50g de chocolate 70% cacau picado no lugar do cacau/chocolate em pó
600ml de leite semidesnatado gelado (usei leite sem lactose e deu muito certo)

Deixe o brigadeiro esfriar completamente e então bata no liquidificador com o leite até obter uma mistura homogênea. Transfira para a forma de picolé. Leve ao freezer por 30 minutos (ou um pouco mais, dependendo do seu freezer – você quer os picolés ligeiramente firmes, para que os palitos não fiquem dançando), insira os palitos e então gele por mais 6 horas ou de um dia para o outro. Eu polvilhei os picóles com chocolate granulado para fazer graça na foto, mas eles ficam bem mais gostosos sem isso.

Rend.: 10 picolés de 80ml cada

segunda-feira, março 11, 2019

Bolo de fubá, laranja e coco - um bolo com um significado muito especial


Bolo de fubá, laranja e coco

Eu poderia dizer que o post de hoje é um desabafo, mas seria dramático demais - enquanto escrevo isso, lembro da minha chefe suíça Raffaella, tão querida, que voltou para Zurique e que brincava me chamando de "drama queen". :)
Havia muito tempo que não fazia receitas novas - andava mesmo só cozinhando o basicão, por necessidade, sem sentir prazer nenhum. Cozinhava porque precisava comer, pronto - assim mesmo, bem sem graça. Não me lembrava de quando me sentira assim da última vez, talvez nunca? Desde a adolescência eu sempre me sentia feliz na cozinha e fazia bem mais de um ano que isso não acontecia. Todas as receitas que vocês tem visto aqui são as que desenvolvi para o livro, coisa antiga que eu não queria deixar guardada, receitas tão boas que precisavam ser compartilhadas com quem ainda sente alegria ao cozinhar, mas coisa nova mesmo, não havia. Eu pensava no que seria do blog quando o estoque de receitas do livro acabasse...

Mas o Universo tem jeitos muito particulares de agir e o meu pequenino, que não é mais tão pequenino assim - fez 4 anos mês passado - estava aqui em casa outro dia e como já tínhamos brincado de tudo o que vocês puderem imaginar eu não sabia mais como distrair a criança que não para um minuto sequer. Com o horário do jantar chegando, me deu uma luz de repente e perguntei se ele queria fazer pizza comigo - a ideia foi rapidamente aceita e para a cozinha nós fomos. Fizemos a massa juntos, para depois deixar a batedeira sovar, e algumas colheres-medida e punhados de farinha espalhados depois nossa massinha estava na tigela, coberta com plástico e crescendo. A alegria do Pingo ao saber que estava fazendo algo que comeria mais tarde me deu uma energia completamente nova. Depois do tempo de descanso, abrimos a massa juntos, ele apertando o rolo com suas mãos fofinhas, espalhando molho com as costas da colher (e furando a massa, mas tudo bem, fui grudando tudo de novo, beliscando a massa), jogando queijo por cima... Senti uma felicidade como havia muito não sentia. Ele me ajudou a tirar as folhas de manjericão dos galhinhos, feliz da vida, para que eu as espalhasse sobre a pizza ao tirá-la do forno. E depois comemos o resultado do nosso trabalho e ele disse que a pizza da Dedé era mais gostosa do que a pizza da pizzaria.

Ele voltou outro dia, fizemos pizza novamente, e também picolé e bolo. Ele amou fazer bolo e me dizia que o cheirinho vindo da cozinha era muito gostoso. Fizemos juntos o bolo que lhes trago hoje e só agora, escrevendo o post, é que me dou conta de que é um bolo com fubá, por uma coincidência. O meu primeiro bolo da vida foi de fubá e quem é leitor veterano do blog sabe disso.

Para vocês terem uma ideia de quanto tempo fazia desde a minha última foto de comida, a bateria da câmera estava completamente descarregada quando a peguei para fotografar o bolo. Fiquei um tempão tentando encontrar um jeito de fazer uma foto bonita: bolo inteiro, bolo cortado, paninho de uma cor, paninho de outra, prato este, prato aquele. Não sei bem se as fotos me agradaram - vai ver, perdi o meu mojo -, mas para sempre vou me lembrar deste bolo como o primeiro bolo que fiz com o Pingo. O bolo que me tirou do estupor de mais de um ano sem querer sequer ligar o forno.

Bolo de fubá, laranja e coco

Bolo de fubá, laranja e coco
receita minha

Bolo:
1 xícara (140g) de farinha de trigo
3/4 xícara (105g) de fubá
1 1/2 colheres (chá) de fermento em pó
1 pitada de sal
1/2 xícara (50g) de coco ralado sem adição de açúcar
raspas da casca de 1 laranja grande
1 xícara + 1 colher (sopa) - 212g - de açúcar cristal ou refinado
1/2 xícara + 2 colheres (sopa) - 140g - de manteiga sem sal, temperatura ambiente
1 colher (sopa) de óleo de canola
3 ovos grandes, temperatura ambiente
1 colher (chá) de extrato de baunilha
3/4 xícara (180ml) de leite, temperatura ambiente

Glacê:
1/2 xícara (70g) de açúcar de confeiteiro, peneirado - meça, depois peneire
2-3 colheres (chá) de suco de laranja

Preaqueça o forno a 180°C. Unte com manteiga e enfarinhe uma forma de furo central com capacidade para 8 xícaras de massa.
Em uma tigela média, misture bem com um batedor de arame a farinha, o fubá, o fermento, o sal e o coco. Reserve.
Na tigela da batedeira, junte o açúcar e as raspas de laranja e esfregue-os juntos com as pontas dos dedos até perfumar o açúcar. Junte a manteiga e o óleo e bata em velocidade média até obter um creme claro e fofo - raspe as laterais da tigela ocasionalmente durante todo o preparo da receita. Junte os ovos, um a um, batendo bem a cada adição. Junte a baunilha e bata bem. Com a batedeira em velocidade baixa, junte os ingredientes secos reservados em três adições, alternando com o leite em duas adições, começando e terminando com os ingredientes secos. Misture bem, mas não bata em excesso para não desenvolver demais o glúten da farinha de trigo.
Transfira a massa para a forma preparada e alise a superfície. Asse por 40-45 minutos ou até que o bolo cresça e doure (faça o teste do palito). Deixe esfriar na forma sobre uma gradinha por 20 minutos e então desenforme com cuidado. Esfrie completamente.

Glacê: misture os ingredientes em uma tigelinha até obter a consistência desejada. Despeje sobre o bolo.

Rend.: 8-10 fatias

sexta-feira, fevereiro 22, 2019

Picolés de iogurte, coco e morango para dias de trinta (e muitos) graus

Picolés de iogurte, coco e morango

Fico até meio sem jeito de voltar aqui depois de tanto tempo com uma receita tão besta como a de hoje (4 ingredientes apenas!), mas no calor que anda fazendo aqui em São Paulo estes picolés vem bem a calhar.
Dá para trocar os morangos por pedaços de manga, por exemplo, para usar uma fruta que está na época agora. E quem não tem forma de picolé pode apelar para o bom e velho saquinho de gelinho (ou geladinho, ou sacolé, dependendo de onde você me lê agora).

Quando eu tinha os meus 12-13 anos fazia dezenas de gelinhos e enchia o freezer da casa da minha tia – os mais populares eram os de doce de leite (leite condensado cozido na panela de pressão + leite) e o de chocolate (chocolate dos padres + leite + açúcar). Eu fazia uns gelinhos de fruta também, com suco Maguary (#quemnunca), mas eles sempre acabavam sobrando no fundo do freezer enquanto os outros acabavam em um piscar de olhos. ;)

Picolés de iogurte, coco e morango
receita minha

1 ½ xícaras (390g) de iogurte natural integral
1 xícara (240ml) de leite de coco
3 colheres (sopa) de açúcar (ou a gosto)
20 morangos sem os cabinhos e cortados em fatias finas

Em uma tigela grande, misture bem o iogurte, o leite de coco e o açúcar. Vá despejando a mistura aos poucos nos moldes de picolé, intercalando com pedacinhos de morango – desta forma eles ficarão distribuídos pelo picolé em vez de ir para o fundo do molde (os que eu tenho tem 80ml cada).
Leve ao freezer por 30 minutos, insira os palitos e então gele por mais 6 horas ou de um dia para o outro.

Rend.: 10 picolés de 80ml cada

sexta-feira, fevereiro 08, 2019

Cookies de laranja e chocolate branco e a minha previsão furadíssima para o Oscar

Cookies de laranja e chocolate branco

Janeiro chegou e passou, as indicações para o Oscar saíram e uma das atrizes mais maravilhosas do mundo vai, muito provavelmente, levar a estatueta para casa, prêmio este que ela já deveria ter ganhado duas vezes. Vi “A Esposa” e Glenn está simplesmente esplêndida – e, para ser justa, Jonathan Pryce também está.

Da última vez que postei cookies por aqui fiz uma previsão para o Oscar de Melhor Ator deste ano e, opa, errei feio. Joaquin injustamente não está na lista, ninguém deu a mínima para “O Primeiro Homem”, portanto só acertei Rami Malek, que é forte candidato a levar o prêmio: ele ganhará com uma dentadura assim como Nicole ganhou com um nariz postiço.

Trago cookies novamente, mas desta vez não vou fazer nenhuma previsão: aguardemos até o dia 24 de fevereiro. Enquanto isso, quem, como eu, gosta de cítricos pre-ci-sa experimentar esta receita deliciosa e perfumada de laranja.

Aproveito para avisar que quem me pediu orçamento dos livros a venda que responderei os emails nos próximos dias. Desculpem-me pela demora. x

Cookies de laranja e chocolate branco
receita minha

1 ½ xícaras + 1 colher (sopa) – total de 220g – de farinha de trigo
½ colher (chá) de bicarbonato de sódio
1 pitada de sal
1/3 xícara (65g) de açúcar cristal
raspas da casca de 1 laranja grande
½ xícara (88g) de açúcar mascavo (aperte-o na xícara na hora de medir)
2/3 xícara (150g) de manteiga sem sal, temperatura ambiente
1 ovo grande, temperatura ambiente
1 colher (chá) de extrato de baunilha
200g de chocolate branco picado ou em gotas

Preaqueça o forno a 180°C e forre duas assadeiras grandes e rasas com papel manteiga. Em uma tigela média, misture com um batedor de arame a farinha, o bicarbonato e o sal. Reserve.

Na tigela da batedeira, junte o açúcar cristal e as raspas de laranja e esfregue com as pontas dos dedos até o açúcar ficar aromatizado. Junte o açúcar mascavo e a manteiga e bata até obter um creme claro – raspe as laterais da tigela ocasionalmente durante todo o preparo da receita.
Junte o ovo e a baunilha e bata para incorporar. Acrescente a mistura de ingredientes secos de uma vez e misture em velocidade baixa somente até incorporar e uma massa se formar. Com uma espátula de silicone, incorpore o chocolate branco.

Faça bolinhas usando 2 colheres (sopa) niveladas de massa por biscoito e coloque-as nas assadeiras preparadas deixando 5cm de distância entre elas. Asse por 12-14 minutos ou até que os biscoitos dourem bem nas extremidades. Deixe esfriar nas assadeiras por 5 minutos e então deslize o papel com os biscoitos para uma gradinha e deixe esfriar completamente.

Rend.: cerca de 25 unidades

quarta-feira, janeiro 30, 2019

Frango assado com limão siciliano e alho


Frango assado com limão siciliano e alho

Será que ainda há alguém por aqui? :) Uma leitora me perguntou no Instagram se o blog havia parado - faz mesmo tempo que não o atualizo, não tem me sobrado tempo e confesso que depois de passar o dia inteiro trabalhando em um computador a vontade de sentar à frente de outro quando chego em casa é zero. Portanto, não, o blog não parou, mas os posts não são mais tão frequentes quanto eram em um passado distante. Aproveito para pedir desculpas para quem andou me mandando email: não consegui responder todos.

Eu tenho alguns filmes preferidos que revejo de vez em quando, mesmo quando a lista de filmes e séries “para assistir” está grande – são filmes tão bons e/ou queridos que não tem jeito: se estiverem passando na TV eu paro para ver.

No feriado eu assisti novamente a “Os Suspeitos” e mesmo vinte e três anos depois e sabendo o plot twist do final o filme ainda é uma delícia de ver. É incrível o que um bom diretor faz com um ator pobrinho como Stephen Baldwin: ouso dizer que McManus é provavelmente seu único papel decente na carreira (já escrevi aqui no blog antes sobre atores ruins que entregaram performances ótimas nas mãos de bons diretores: é algo que sempre me fascina).

Frango assado é um negócio que pode se tornar chato e sem graça num piscar de olhos: se a marinada não for saborosa, o bichinho fica sem gosto. Pouco tempo no forno também não ajuda: deos me dibre de frango branquelo com cara de isopor. Mas a gente pode caprichar no tempero e transformar o Stephen Baldwin, ops, o frango em algo espetacular: na receita de hoje, muito simples, alho, alecrim e limão siciliano transformam o franguinho sem graça em almoço saboroso.

Lembrando que ainda há muitos livros bacanas à venda e a lista está aqui.

Frango assado com limão siciliano e alho
receita minha

5 dentes de alho bem amassados, até formarem uma pasta – se tiver um pilãozinho, junte parte do sal com o alho dentro do pilão e bata até obter a pasta
raspas da casca e o suco de 2 limões sicilianos
1/3 xícara (80ml) de vinho branco seco
2 colheres (chá) de sal
pimenta do reino moída na hora
4 galhinhos de alecrim fresco
8 coxas de frango, ou os pedaços que preferir

Em uma tigela grande misture bem o alho, as raspas e o suco de limão, o vinho, o sal e a pimenta. Junte o alecrim e o frango e misture bem para cobrir bem todos pedaços com a marinada. Cubra com filme plástico e leve à geladeira por no mínimo 4 horas (de um dia para o outro é melhor ainda).
Preaqueça o forno a 190°C. Forre uma assadeira com uma camada dupla de papel alumínio e pincele com azeite – se preferir, use uma assadeira antiaderente e não use o papel. Retire o frango da marinada e arrume sobre o papel, deixando espaço entre um pedaço e outro. Leve ao forno por cerca de 1 hora – o tempo pode variar dependendo do tamanho dos pedaços de frango e do quão queimadinho você gosta do seu frango.

Rend.: 4 porções

segunda-feira, novembro 12, 2018

Conchinhas recheadas com berinjela e ricota, dormindo sentada e descobertas da madrugada


Conchinhas recheadas com berinjela e ricota

De uns anos para cá eu geralmente durmo sentada no sofá se insisto em assistir a algum programa depois das dez da noite – simplesmente não tenho mais energia para ficar vendo TV até tarde. Lembro dos meus anos de adolescente em que ficava assistindo a clipes na MTV ou filmes até a madrugada, e foi assim que descobri “More than Words” antes de virar hit chiclete nas rádios do Brasil (babava litros no cabelão do Nuno Bettencourt). Foi em uma noite insone que vi pela primeira vez o clipe do Kansas, “Dust in the Wind”, com o tiozão esquisito tocando violino, e em outra noite em claro que conheci a mistura de Drácula, Fantasma da Ópera e Fera do Meat Loaf (aliás, adoro o clipe até hoje e a música está em uma das playlists do meu Spotify). :)

As minhas descobertas videoclípticas nada tem a ver com a receita de hoje, mas como eu lembrei tanto disso estes dias resolvi escrever sobre isso. Uma das coisas mais legais do blog é “conversar” com vocês. Quem aí dorme sentada no sofá toca aqui – e quem gosta de berinjela também: high five. :)

Lembrando que ainda tenho livros ótimos à venda, lista aqui.

Conchinhas recheadas com berinjela e ricota
receita minha, uma variação desta receita aqui

- xícara medidora de 240ml

Molho de tomate:
1 colher (sopa) de azeite de oliva
½ cebola grande bem picadinha
2 dentes de alho grandes, amassados e picadinhos
1 vidro de passata (680g)
½ colher (sopa) de açúcar
sal e pimenta do reino moída na hora
1 punhado de manjericão fresco

Macarrão e recheio:
36 unidades de macarrão concha (6cm)*
1 ½ colheres (sopa) de azeite de oliva
½ cebola grande bem picadinha
2 dentes de alho grandes, amassados e picadinhos
1 berinjela grande (300g), em cubos pequenos
2 tomates bem maduros, sem as sementes, passados pelo processador até virarem um purê espesso
sal e pimenta do reino moída na hora
1 pitada de noz-moscada ralada na hora
2 colheres (sopa) de manjericão fresco picado - pique, depois meça
1 xícara de ricota – usei caseira
¼ xícara de queijo parmesão ralado bem fininho – rale, depois meça

Prepare o molho: em uma panela média, aqueça o azeite em fogo médio-alto. Junte as cebolas e refogue até que estejam transparentes. Junte o alho e refogue por mais 1-2 minutos – não deixe queimar para não amargar o molho. Acrescente os tomates e o açúcar. Encha ¼ do vidro com água, tampe a garrafa e agite para remover todos os restinhos de tomate e junte à panela. Tempere com sal e pimenta e cozinhe, mexendo ocasionalmente, por cerca de 15 minutos ou até que o molho fique mais espesso. Junte o manjericão, misture, tampe e retire do fogo.

Cozinhe o macarrão em água fervente com sal até que fique al dente. Escorra e deixe esfriar. Pré-aqueça o forno a 200°C.

Recheio: em uma panela grande, aqueça o azeite em fogo médio-alto. Junte a cebola e refogue, mexendo algumas vezes, até ficar transparente. Junte o alho e refogue por cerca de 1 minuto ou até perfumar – novamente, não deixe queimar para não amargar o recheio. Junte a berinjela e refogue, mexendo algumas vezes, até dourar e ficar macia. Acrescente os tomates, tempere com sal, pimenta e noz-moscada e cozinhe, mexendo de vez em quando, até que quase todo o líquido da panela evapore. Junte o manjericão e retire do fogo. Deixe esfriar por 5 minutos e então incorpore a ricota e o parmesão.

Espalhe o molho em uma tigela refratária grande. Com o auxílio de uma colher, recheie generosamente as conchinhas de macarrão com o recheio de berinjela. Arrume as conchinhas sobre o molho, pressionando-as levemente para que fiquem mergulhadas nele. Leve ao forno até que borbulhe, cerca de 30 minutos. Sirva em seguida.

* algumas conchinhas podem quebrar ao serem cozidas na água, por isso é uma boa ideia cozinhar algumas a mais

Rend.: 4-5 porções

segunda-feira, outubro 29, 2018

Madeleines de maracujá para um dia cinza e um obrigada pelo afeto de vocês


Madeleines de maracujá

Escrevi um post semana passada reclamando de falta de ânimo e quem me segue nas redes sociais sabe que hoje estou um trapo. Levantar da cama foi difícil, só levantei mesmo por causa do montão de boletos para pagar todo o mês – não fossem eles, eu estaria deitada embaixo do edredom até agora.

Ontem recebi um email malcriado de leitora zombando de mim por causa das eleições. Fiz algo que nunca fizera antes: bloqueei no gmail. Vou fazer a minha bolha de amor e nela não há espaço para ódio. Não há espaço para gente preconceituosa, racista, machista, homofóbica, fascista. Na minha bolha tem muito afeto, carinho e sim, tem comida boa, também. Porque precisamos estar fortes para a luta que vem aí. E tem que ter beleza e ternura para que aguentemos o que está vindo por aí. Por isso lhes trago hoje madeleines, tão pequeninas e delicadas, e ainda assim tão deliciosas.

Obrigada pela avalanche de carinho no Instagram: vocês são simplesmente maravilhosos. <3

Aproveito para agradecer quem comprou livros comigo – obrigada! E quem ainda não comprou pode clicar aqui para ver a lista das unidades disponíveis.

Madeleines de maracujá
um tiquinho adaptadas da sempre lindíssima Australian Gourmet Traveller

- xícara medidora de 240ml

1 tablete (100g) de manteiga sem sal + um pouquinho extra para untar as forminhas
1 colher (sopa) de mel
½ colher (chá) de extrato de baunilha
1/3 xícara (80ml) de polpa de maracujá – eu uso com as sementinhas pois adoro o visual e a crocância, mas quem quiser pode passar pela peneira
1 xícara + 1 colher (sopa) – 150g – de farinha de trigo
½ xícara (100g) de açúcar cristal
1 pitada de sal
2 ovos grandes

Coloque a manteiga em uma panelinha e leve ao fogo médio-alto até derreter e começar a dourar. Retire do fogo, acrescente o mel, a baunilha e a polpa de maracujá, misture e deixe chegar à temperatura ambiente.
Enquanto isso, coloque a farinha, o açúcar, o sal e os ovos em uma tigela média e misture com um batedor de arame até obter um creme homogêneo. Aos poucos, incorpore a mistura de manteiga à mistura de farinha e bata bem até ficar homogêneo. Cubra com filme plástico e leve à geladeira de um dia para o outro – se estiver com pressa, refrigere a massa por pelo menos 40 minutos.

Pré-aqueça o forno a 200°C. Unte com a manteiga derretida extra 24 forminhas de madeleine com capacidade para 1 colher (sopa) de massa cada. Enfarinhe e remova o excesso. Coloque uma colherada de massa em cada forminha e asse até que as madeleines dourem, cresçam e firmem, 10-12 minutos. Ao retirar do forno, remova-as das forminhas e deixe esfriar completamente sobre uma gradinha.

Rend.: 24 unidades

segunda-feira, outubro 22, 2018

Tabule de quinoa


Tabule de quinoa

Há mais de doze anos escrevo aqui e este blog me trouxe muita alegria. Entretanto, ultimamente, com o que está acontecendo no Brasil, não tenho mais energia ou vontade de fazer muitas coisas, entre elas escrever aqui. O futuro que vislumbro é sombrio demais.

Trago hoje um tabule que faço de vez em quando trocando o trigo para quibe por quinoa. Só junto pepino, tomate, cebola e ervas frescas (geralmente uso manjericão, salsinha e/ou hortelã) à quinoa cozida, escorrida e fria, tempero com azeite, limão, sal e pimenta do reino moída na hora e sirvo. Quando não quero ficar com bafinho faço sem cebola mesmo. :) No verão costumo comer esse tabule toda semana. É fresquinho e delicioso.

Não tem receita, faço a olho mesmo, e nunca tempero a porção toda, pois o que sobra dá para guardar na geladeira e levar de marmita, com o molho levado separadamente. Recomendo bastante.

Ainda tenho livros muito bacanas à venda, e aqui está o link para quem tiver interesse em comprá-los.


terça-feira, setembro 25, 2018

Salada de lentilha, feta e tomate cereja e o que eu associo a certos alimentos


Salada de lentilha, feta e tomate cereja

Não sei vocês, mas há momentos em que eu associo certos alimentos a determinados momentos da minha vida e isso faz com que eu queira comê-los sempre ou evitá-los a todo custo.

Arroz doce, por exemplo: antes do problema com a lactose eu fazia sempre, pois é algo que me lembra minha mãe. Quando a saudade batia forte demais daquele jeito que o coração não aguenta eu fazia arroz doce e comia quente, com uma chuvinha de canela.

Nem só de boas associações se fazem as minhas lembranças: dias atrás eu comprei feta pela primeira vez em mais de um ano. Depois de uma crise forte de enxaqueca em que fui parar no hospital, fiquei séculos sem querer nem olhar para este queijo que é um dos meus favoritos. Havia comido uma salada com feta na noite anterior à crise e mesmo sabendo que o coitado do queijo nada havia tido a ver com o modo como fiquei não conseguia mais sentir vontade de comer nada com ele. Demorou, mas passou, e uma das receitas em que mais gosto de usá-lo é nesta salada: lentilhas são um alimento tão maravilhoso que deveríamos consumir com mais frequência, não somente para dar sorte na noite de Réveillon.

Leitores maravilhosos já esvaziaram uma boa parte da minha estante, mas ainda tenho livros ótimos à venda: a lista está aqui para quem quiser dar uma espiada.

Salada de lentilha, feta e tomate cereja
receita minha

- xícara medidora de 240ml

1 xícara (200g) de lentilha seca
½ cebola
1 dente de alho descascado e cortado ao meio
1 folha de louro
3 colheres (sopa) de azeite extra-virgem
1 colher (sopa) de vinagre de vinho tinto
1 colher (chá) de cominho em pó
sal e pimenta do reino moída na hora
3 cebolinhas, somente a parte clara, em fatias finas
¼ xícara de folhas de coentro – aperte-as na xícara na hora de medir
¼ xícara de folhas de salsinha – aperte-as na xícara na hora de medir
1 xícara de tomates cereja
50g de queijo feta esmigalhado ou picadinho – pode ser substituído por outro tipo de queijo da sua preferência

Lave bem a lentilha e coloque-a em uma panela de fundo grosso média com a cebola, o alho e o louro. Junte 1 litro de água fria e leve ao fogo médio-alto, mexendo ocasionalmente, até começar a ferver. Cozinhe por cerca de 15 minutos, mexendo algumas vezes, ou até as lentilhas ficarem macias, mas sem desmanchar.

Enquanto isso, misture em uma tigela grande o azeite, o vinagre, o cominho, o sal, a pimenta e as cebolinhas. Escorra a lentilha e descarte a cebola, o alho e o louro. Transfira a lentilha para a tigela com o molho e misture para incorporar. Pique o coentro e a salsinha, corte os tomates ao meio no sentido do comprimento e junte-os à lentilha. Acrescente o feta e misture. Sirva morna ou fria – esta salada fica bem saborosa depois de uma noite na geladeira.

Rend.: 6 porções

sexta-feira, setembro 14, 2018

Flammkuchen de cogumelo, alho poró e queijo


Flammkuchen de cogumelo, alho poró e queijo

Há muito tempo (muito mesmo), eu vi um programa de TV falando sobre flammkuchen, a tal pizza alemã. Fiquei animada para experimentar: a massa era fininha, crocante, dourada, e o recheio igualmente delicioso, com bacon, cebola, queijo e aliche (lembrava o recheio de uma pissaladière).

Tratei logo de fazer a receita e ficou realmente muito gostosa, mas como eu queria um recheio vegetariano fui de cogumelos, alho poró e queijo, inspirada no recheio desta torta que eu amo tanto – o Canastra entrou para dar um toque brasileiro à receita germânica. Depois disso fiz a receita algumas outras vezes, muitas delas só com queijo e orégano mesmo (antes do problema com a lactose), pois fica deliciosa, leve e crocante. Hoje é sexta-feira e acho que esta receita tem tudo a ver com final de semana.

Lembrete: ainda tenho livros interessantes à venda - a lista está aqui.

Flammkuchen de cogumelo, alho poró e queijo
massa adaptada de várias fontes, recheio receita minha

- xícara medidora de 240ml

Massa:
½ colher (chá) de fermento biológico seco
¼ colher (chá) de açúcar
1/3 xícara (80ml) de água morna
1 colher (sopa) de azeite de oliva extra virgem
1 xícara (140g) de farinha de trigo comum
3 colheres (sopa) de farinha de centeio fina
¼ colher (chá) de sal

Cobertura:
2 colheres (sopa) de azeite de oliva
200g de cogumelos de Paris, limpos e cortados em fatias no sentido do comprimento
sal e pimenta do reino moída na hora
2 alhos-porós pequenos, somente a parte mais clara, em fatias finas
2 colheres (sopa) de vinho branco seco
100g de queijo Canastra ralado grosseiramente
10 tomatinhos cereja cortados ao meio no sentido do comprimento

Massa: coloque o fermento e o açúcar em uma tigela média. Junte a água e misture com um garfo para dissolver o fermento. Reserve por 2-3 minutos ou até que o fermento espume. Adicione o azeite, as farinhas e o sal e misture para incorporá-los. Transfira a massa para uma superfície limpa e seca (não é preciso enfarinhar) e sove até obter uma massa homogênea e elástica (acrescente farinha caso seja necessário, mas evite fazê-lo em excesso ou a massa ficará dura) – se preferir, sove a massa na batedeira planetária por 5-6 minutos. Forme uma bola com a massa. Unte levemente com azeite a mesma tigela e transfira a massa para ela. Cubra com filme plástico e deixe crescer em um lugar morno e livre de correntes de ar por 40 minutos (se o dia estiver muito frio deixe mais tempo).

Enquanto isso, faça o recheio: aqueça metade do azeite em uma frigideira antiaderente grande. Junte os cogumelos e doure dos dois lados – não encha demais a panela ou os cogumelos vão soltar água. Tempere com sal e pimenta do reino - dependendo do tamanho da panela, doure os cogumelos em levas. Transfira para um prato. Volte a frigideira para o fogo, regue com o azeite restante e refogue o alho poró, mexendo algumas vezes até murchar levemente. Volte os cogumelos à panela, acrescente o vinho branco e refogue por 1 minuto, somente até o vinho evaporar. Tempere com sal e pimenta do reino e retire do fogo.

Pré-aqueça o forno a 250°C. Com o auxílio de um rolo, abra a massa em uma superfície levemente polvilhada com farinha até obter um retângulo de aproximadamente 35x25cm – a massa do flammkuchen tem que ficar bem fininha. Transfira para uma assadeira – se preferir, forrada com papel alumínio. Espalhe os cogumelos e o alho-poró sobre a massa e cubra com o queijo e os tomates. Leve ao forno por cerca de 5 minutos ou até a massa dourar. Sirva imediatamente.

Rend.: 2 porções

terça-feira, setembro 04, 2018

Brownies básicos para ganhar corações


Brownies básicos

Eu não sou chocólatra, mas sei que muita gente é, e a minha tese se confirma toda vez em que posto uma foto de receita com chocolate no Instagram: é chuva de <3. :)

Como estou querendo chuva de <3 esses dias e ensopado de peixe não vai me dar isso, lhes trago uma receita de brownie bem fácil e bem saborosa. A textura destes brownies é uma delícia, bem molhadinha, quase cremosa: fico com água na boca só de lembrar.


Ah, quem quiser dar uma olhada nos livros à venda a lista está aqui (estou sendo um disco furado com esse assunto, eu sei, mas a propaganda é a alma do negócio). :D

Brownies básicos
receita minha

- xícara medidora 240ml

½ xícara (113g) de manteiga sem sal, picada
2/3 xícara (60g) de cacau em pó, sem adição de açúcar
1 xícara (200g) de açúcar cristal
2 ovos grandes
1 colher (chá) de extrato de baunilha
2/3 xícara (93g) de farinha de trigo
½ colher (chá) de fermento em pó
1 pitada de sal
½ xícara (85g) de gotas de chocolate meio-amargo ou chocolate em barra picadinho

Preaqueça o forno a 180°C. Unte levemente com manteiga uma forma quadrada de 20cm, forre-a com papel alumínio deixando sobrar papel em dois lados opostos. Unte o papel com manteiga.
Em uma panela média, derreta a manteiga em fogo médio. Retire do fogo e adicione o cacau, mexendo bem para dissolvê-lo. Misture o açúcar e deixe esfriar.
Acrescente os ovos, um a um, misturando bem a cada adição. Junte a baunilha.
Adicione a farinha, o fermento e o sal e misture até a farinha sumir. Incorpore as gotas de chocolate.
Espalhe a massa na forma preparada e leve ao forno por 20 minutos ou até que a superfície do brownie pareça seca e um palito enfiado no centro saia com um pouquinho de massa grudado nele.
Deixe esfriar completamente na forma sobre uma gradinha. Corte em quadradinhos para servir.

Rend.: 16 unidades

quinta-feira, agosto 30, 2018

Bolo de iogurte e maracujá para matar a saudade dos bolos

English version

Bolo de iogurte e maracujá

Há tanto tempo que não posto um bolo por aqui, e sempre tenho a impressão de que as receitas mais queridas pelos leitores do blog são as de bolo: vira e mexe recebo comentários sobre elas ou então as vejo nas redes sociais (e isso me deixa super feliz, vocês sabem). :)

O de hoje é adaptado de diversas receitas de bolo preparadas usando-se o copinho do iogurte como medidor. Dei uma padronizada nas medidas para que a receita fique mais “certinha” (eu e minhas manias). O maracujá adicionado tanto à massa quanto à calda deixa o bolo muito saboroso – eu mantive as sementes, pois acho que o bolo fica mais bonito assim, mas se elas lhe incomodam é só passar a polpa pela peneira.

Bolo de iogurte e maracujá
adaptado de diversas receitas já vistas por aí

- xícara medidora de 240ml

Bolo:
2 ¼ xícaras (315g) de farinha de trigo
2 colheres (chá) de fermento em pó
1 pitada de sal
¾ xícara (1 potinho de 180ml) de iogurte natural integral
¾ xícara (180ml) de óleo de canola
1 ¾ xícaras (350g) de açúcar cristal
3 ovos grandes, temperatura ambiente
½ xícara (120ml) de polpa fresca de maracujá, com as sementes
1 colher (chá) de extrato de baunilha

Calda:
¼ xícara (60ml) de polpa fresca de maracujá, com as sementes
2 colheres (sopa) de açúcar cristal
1 colher (sopa) de água

Comece pelo bolo: preaqueça o forno a 180°C. Unte uma forma de furo central com capacidade para 10 xícaras de massa.
Em uma tigela grande peneire a farinha, o fermento e o sal. Junte os outros ingredientes e misture com uma colher de pau somente até obter uma massa lisa – não bata demais para não ativar o glúten da farinha, senão o bolo ficará duro.
Transfira a massa para a forma e alise a superfície. Asse por 40-50 minutos ou até que o bolo cresça e doure (faça o teste do palito). Deixe esfriar na forma sobre uma gradinha por 20 minutos e então desenforme na gradinha, com cuidado.

Nestes 20 minutos, prepare a calda: junte os ingredientes em uma panelinha e leve ao fogo alto, mexendo até dissolver o açúcar. Deixe cozinhar por 4-5 minutos ou até espessar levemente e ficar com consistência de calda. Pincele a calda sobre todo o bolo ainda quente. Deixe esfriar completamente e sirva.

Rend.: 10-12 porções