Quem acompanha as minhas receitas, seja aqui no blog ou pelo Instagram, já percebeu que não faço muitas receitas orientais: não é por não gostar, é apenas por falta de hábito, mesmo.
Para tentar remediar isso, dei um pulo na Liberdade antes da pandemia e comprei molho de soja da marca Daimaru (não contém glutamato monossódico, dica da minha nutricionista), mirin e óleo de gergelim torrado. Também comprei aqueles arrozinhos caramelados viciantes e acabei com todos eles em uma sessão de cinema: saindo da Liberdade, peguei o metrô e fui direto para o Reserva Cultural – que saudade de ir ao cinema, gente, ainda mais ao Reserva, que não tem gente babaca falando nem adolescente cretino dando risada durante o filme todo. Amo aquele cinema. <3
O meu freezer tem sido um bom aliado durante a pandemia, e ao descongelar os filés de frango planejando o almoço pensei em fazer o meu milanesa de forno, que fica tão gostoso. Só que mudei a rota no meio do caminho e resolvi colocar minhas compras na Liberdade para jogo: usei duas receitas da Rita Lobo como base, uma de carne e outra de frango, e o almoço ficou simplesmente delicioso – como eu já tinha arroz pronto do dia anterior, a refeição ficou pronta em um piscar de olhos.
Frango oriental com cenoura e escarola
receita minha, usando duas receitas da Rita Lobo como base
Marinada:
½ colher (sopa) de amido de milho
1 colher (sopa) de molho de soja (shoyu)
200g de filé de peito de frango, em cubos de aproximadamente 2cm
Restante da receita:
1 ½ colheres (sopa) de óleo, uso dividido
½ cebola grande, em meias-luas não muito finas
1 cenoura pequena (100g), descascada e passada no mandolim
1 dente de alho grande, bem picadinho
5 folhas de escarola (70g no total), em fatias médias
2 colheres (sopa) de shoyu
1 colher (sopa) de mirin
½ colher (chá) de óleo de gergelim torrado
3 colheres (sopa) de castanhas de caju torradas, picadas – meça, depois pique
Marinada: em uma tigela média, junte o amido de milho e o shoyu e misture bem. Junte o frango e envolva bem os pedaços na marinada. Deixe em temperatura ambiente por 15 minutos.
Aqueça uma wok ou uma frigideira antiaderente grande em fogo alto. Junte o óleo. Quando estiver bem quente, acrescente o frango e deixe selar, mexendo uma vez apenas para virar os pedacinhos. Com uma espátula de silicone ou colher de pau, empurre os pedacinhos de frango para as extremidades da panela e, no centro, refogue a cebola por 1 minuto, mexendo algumas vezes. Junte a cenoura e refogue por mais 2 minutos, mexendo algumas vezes.
Abra novamente um espaço no centro da panela e nele despeje o óleo restante. Coloque o alho neste óleo e refogue por 1 minuto – não deixe o alho queimar para não amargar a receita. Misture bem todos os ingredientes na panela e acrescente a escarola. Regue tudo com o shoyu e o mirin e misture bem. Refogue por mais 1 minuto e certifique-se de que o frango esteja cozido por dentro. Desligue o fogo, incorpore o óleo de gergelim e a castanha de caju e sirva imediatamente.
Rend.: 2 porções
sexta-feira, maio 22, 2020
Frango oriental com cenoura e escarola e saudades de ir ao cinema
terça-feira, março 31, 2020
Sopa de legumes da quarentena
Como está sendo a quarentena de vocês?
Aqui em casa tenho cozinhado bastante, o que é geralmente terapêutico para mim, mas ao mesmo tempo fico fazendo contas para não desperdiçar absolutamente nada e fazer os ingredientes renderem ao máximo, para não ter que sair de casa e ir ao mercado. O que tenho sentido falta é de verduras e ervas frescas – infelizmente elas não duram tanto quanto os legumes.
O que também tenho feito é caprichar nas porções ao cozinhar, para garantir pelo menos 2 ou 3 refeições com o mesmo preparo – eu já fazia isso esporadicamente, para levar a minha comida para o trabalho, mas agora tento fazer com mais frequência. Preparei um caldeirão de sopa ontem, para que dure dois jantares – João é meio esganado, senão até daria para três dias. :D
Para (tentar) relaxar um pouco a mente, fotografei a sopa para dividir a receita com vocês – é uma variação da minha sopa de alho-poró, batata e cenoura. Espero que vocês gostem.
Sopa de legumes da quarentena
receita minha
1 ½ colheres (sopa) de azeite
½ cebola grande, picadinha
1 alho-poró, somente a parte clara, em rodelinhas
1/3 xícara de salsão em cubinhos – usei congelado, direto do freezer, dica da Rita Lobo
2 dentes de alho graúdos, amassados e picadinhos
1 tomate maduro, sem as sementes, picadinho
3 cenouras grandes, descascadas, em cubinhos
3 batatas grandes, descascadas, em cubinhos
1 abobrinha grande, em cubinhos
água fervente o suficiente para cobrir os legumes
sal e pimenta do reino moída na hora
2 folhas de louro
5 porções (montinhos) de espinafre congelado, direto do freezer
Aqueça o azeite em uma panela grande em fogo médio-alto. Acrescente a cebola e refogue, mexendo de vez em quando, por 2 minutos. Junte o alho-poró e refogue por 1 minuto. Acrescente o salsão e refogue por 2 minutos, mexendo algumas vezes – se usar salsão congelado, como eu usei, refogue por 4 minutos, pois ele vai resfriar um pouco o fundo da panela e os ingredientes que já estavam lá. Junte o alho e refogue até perfumar, rapidamente – não deixe queimar o alho, ou a receita vai amargar. Acrescente o tomate e uma pitada de sal e refogue até que comece a murchar e soltar seu suco, uns 2 minutos.
Acrescente as cenouras, as batatas e a abobrinha e misture. Cubra com água fervente e tempere com sal e pimenta. Junte o louro. Quando a sopa começar a ferver, abaixe o fogo, cubra parcialmente e cozinhe até que os legumes estejam macios, cerca de meia hora – o tempo pode variar dependendo do tamanho dos legumes; eu sempre testo com a cenoura, pois é a que mais demora para cozinhar: se estiver macia, a sopa está pronta. Verifique a sopa durante o cozimento e misture algumas vezes: se estiver secando depressa demais, junte mais água.
Desligue o fogo e, com um mixer, bata a sopa por alguns segundos – a textura tem de ficar meio cremosa, meio pedaçuda – a minha ficou bem cremosa, acho que dá para perceber na foto, mas é claro que você pode deixar do jeito que preferir. Acrescente o espinafre e vá misturando, para que ele descongele e se incorpore à sopa – é ótimo, porque ele já vai dando uma esfriadinha nela para que possamos comer. Sirva.
Rend.: 5-6 porções
segunda-feira, outubro 22, 2018
Tabule de quinoa
Há mais de doze anos escrevo aqui e este blog me trouxe muita alegria. Entretanto, ultimamente, com o que está acontecendo no Brasil, não tenho mais energia ou vontade de fazer muitas coisas, entre elas escrever aqui. O futuro que vislumbro é sombrio demais.
Trago hoje um tabule que faço de vez em quando trocando o trigo para quibe por quinoa. Só junto pepino, tomate, cebola e ervas frescas (geralmente uso manjericão, salsinha e/ou hortelã) à quinoa cozida, escorrida e fria, tempero com azeite, limão, sal e pimenta do reino moída na hora e sirvo. Quando não quero ficar com bafinho faço sem cebola mesmo. :) No verão costumo comer esse tabule toda semana. É fresquinho e delicioso.
Não tem receita, faço a olho mesmo, e nunca tempero a porção toda, pois o que sobra dá para guardar na geladeira e levar de marmita, com o molho levado separadamente. Recomendo bastante.
Ainda tenho livros muito bacanas à venda, e aqui está o link para quem tiver interesse em comprá-los.
segunda-feira, fevereiro 19, 2018
Macarrão com molho de tomate e cebola e a mudança no meu jeito de cozinhar
Outro dia estava conversando com meu marido sobre o quanto o meu jeito de cozinhar mudou no último ano: não faço mais tantos doces como antes (falta de tempo + a minha intolerância à lactose) e também não testo tantas receitas novas como antigamente. Há vezes em que folheio meus livros e revistas de culinária e as fotos me dão uma vontade doida de experimentar, mas de uns tempos para cá tenho sentido mesmo a necessidade de comer receitas com as quais estou familiarizada.
Volto toda hora às receitas que chamo de “clássicas” na minha casa, comida que conforta e alimenta tanto o corpo quanto a alma. Faço molho de tomate com bastante frequência (inclusive para ter sempre uma porção no freezer para emergências ou dias/noites de preguiça), mas há vezes em que eu o vario um pouco (quando tenho mais tempo) com a receita que lhes trago hoje: é deliciosa e um sucesso comigo e com o meu marido, ambos fãs de cebola. Além de parafuso, gosto de usar orecchiette nesta receita, pois são como piscininhas de molho. :)
Macarrão com molho de tomate e cebola
um nadinha adaptado do maravilhoso Antonio Carluccio
2 colheres (sopa) de azeite de oliva
2 cebolas médias (300g), descascadas e cortadas em meias-luas finas
1 colher (sopa) de vinho tinto seco
1 lata de 400g de tomates pelados picados
1 colher (sopa) de extrato de tomate
1 colher (chá) de açúcar cristal
1 folha de louro
sal e pimenta do reino moída na hora
1 punhado de folhas de manjericão fresco, rasgadas
200g de macarrão do tipo curto
parmesão ou pecorino ralados, para servir
Aqueça o azeite em uma frigideira antiaderente grande em fogo médio-baixo. Junte as cebolas e refogue até que fiquem transparentes e macias, cerca de 20 minutos – mexa algumas vezes para que a cebola não queime e não grude no fundo da panela. Junte o vinho e raspe os queimadinhos no fundo da panela. Acrescente o tomate pelado, o extrato de tomate, 1/3 da lata de água, o açúcar, o louro e tempere com sal e pimenta do reino. Abaixe o fogo para o mínimo e cozinhe, mexendo algumas vezes, por 15 minutos. Junte o manjericão e desligue o fogo.
Enquanto o molho apura, cozinhe o macarrão em água fervente com sal até ficar al dente (siga o tempo descrito na embalagem). Escorra bem e incorpore o macarrão ao molho. Sirva imediatamente com parmesão ou pecorino.
Rend.: 2 porções
terça-feira, novembro 14, 2017
Tarte tatin de cebola roxa com massa de centeio
Nunca fui muito de fazer tortas (uma olhadela no índice de receitas do blog prova isso), apesar de adorá-las: acho que o problema mesmo é arrumar tempo para prepará-las. Duas coisas que tem me ajudado com isso são preparar a massa em um dia e montar e assar a torta em outro, e também ter sempre uma porção de massa no freezer – nada como já ter a base pronta quando encontramos legumes e frutas bonitos na feira: meio caminho andado para o almoço, jantar ou sobremesa.
Esta massa é deliciosa e leve, parecida com a massa de fubá que postei tempos atrás. As cebolas não só deixam a torta linda, como também saborosa: o tempo na chama do fogão e depois no forno transformam o sabor ácido em algo adocicado e suave.
Tarte tatin de cebola roxa com massa de centeio
receita minha
- xícara medidora de 240ml
Massa:
¾ xícara (105g) de farinha de trigo
3 colheres (sopa) – 30g – de farinha de centeio fina
¼ colher (chá) de sal
¼ xícara (56g) de manteiga sem sal, gelada e em cubinhos
3 colheres (sopa) de creme azedo (sour cream) gelado*
1 colher (sopa) de água gelada
Recheio:
2 cebolas roxas (aproximadamente 250g)
2 colheres (sopa) de manteiga sem sal
1 fio de azeite de oliva
5 galhinhos de tomilho
½ colher (sopa) de açúcar demerara
2 colheres (chá) de vinagre balsâmico
2 colheres (chá) de vinho tinto seco
sal e pimenta do reino moída na hora
Comece pela massa: no processador de alimentos, junte a farinha de trigo, a farinha de centeio e o sal. Pulse algumas vezes para misturar bem os ingredientes secos. Junte a manteiga e pulse algumas vezes até obter uma farofa grossa. Em uma tigelinha, misture o creme azedo e a água. Aos poucos, junte estes ingredientes ao processador e vá pulsando algumas vezes até que uma massa comece a se formar. Retire do processador e forme um disco com a massa – trabalhe rapidamente para manter a massa fria. Embrulhe em filme plástico e leve à geladeira por 1 hora.
Quando faltarem 20 minutos para terminar o tempo de descanso da massa, preaqueça o forno a 180°C e comece a preparar as cebolas: descasque as cebolas e corte-as ao meio. Em seguida, fatie em meias-luas de 1cm – se cortar em fatias muito finas elas derreterão antes de a torta ficar pronta. Reserve.
Aqueça uma frigideira de 22cm de diâmetro em fogo médio – para esta receita você precisa de uma frigideira que possa ir ao forno. Derreta a manteiga com o fio de azeite e junte os galhinhos de tomilho – desta forma eles ficarão no topo da torta quando você desenformar. Retire a frigideira do fogo por alguns minutos e então arrume as meias-luas de cebola por toda ao fundo, com jeitinho, para que a torta fique bem bonita – deixe-as bem juntinhas, pois elas diminuirão levemente ao cozinhar. Volte ao fogo e então cozinhe por 10 minutos, dando leve sacudidas na frigideira de vez em quando, mas sem mexer demais para que as fatias de cebola não saiam do lugar. Salpique com o açúcar demerara, regue com o balsâmico e o vinho tinto, tempere com sal e pimenta, cozinhe por mais 1 minuto e desligue o fogo. Reserve.
Coloque o disco de massa entre duas folhas de papel manteiga e abra usando o rolo até obter um círculo de aproximadamente 24cm – novamente, trabalhe de maneira rápida para manter a massa gelada, assim ela não vai grudar no papel. Se a massa começar a grudar, polvilhe-a com um pouquinho de farinha de trigo, porém evite o excesso para que a massa não resseque. Com o auxílio do rolo, transfira a massa para a frigideira e cubra as cebolas, e rapidamente arrume o excesso de massa para dentro da frigideira, usando o cabo de um garfo ou colher para não se queimar. Faça um furinho no centro da massa para que o vapor possa sair e leve ao forno por 30-35 minutos ou até que a massa doure bem.
Retire do forno e, com jeitinho, solte a massa das laterais da frigideira usando uma faquinha sem ponta ou o cabo de uma colher ou garfo. Coloque um prato sobre a frigideira e vire – cuidado para não se queimar. Se algum pedacinho de cebola ficar grudado na frigideira, não se preocupe: retire e arrume sobre a torta.
Sirva com salada verde.
* creme azedo (sour cream) caseiro: para preparar 1 xícara de creme azedo, misture 1 xícara (240ml) de creme de leite fresco com 2-3 colheres (chá) de suco de limão ou limão siciliano em uma tigela. Vá mexendo até que comece a engrossar. Cubra com filme plástico e deixe em temperatura ambiente por 1 hora ou até que engrosse um pouco mais (geralmente faço o meu na noite anterior e deixo sobre a pia – com exceção de noites extremamente quentes – coberto com filme plástico; na manhã seguinte o creme fica bem espesso – leve à geladeira para ficar mais espesso ainda)
Rend.: 4 porções
quarta-feira, agosto 02, 2017
Frittata de brócolis, cebola caramelizada e mozarela fresca, ou ovos são os meus heróis na cozinha
Posso dizer com certeza que ovos são um dos meus ingredientes favoritos no mundo: deliciosos, saudáveis e extremamente versáteis. Não importa o quão pobrinhas estejam a sua despensa e geladeira, se houver ovos em casa o jantar está garantido – e quase sempre de maneira rapidíssima.
Faço frittatas com frequência, já que nelas posso usar o que estiver sem destino certo na geladeira. A que lhes trago hoje tem uma das minhas combinações de sabores mais adoradas em frittatas e há vezes em que compro brócolis e/ou mozarela só para prepará-la: os brócolis ficam ótimos combinados com os pedacinhos molinhos de queijo derretido, mas para mim o que faz mesmo o prato brilhar é a doce e saborosa cebola caramelizada, por isso, lhes peço que tenham paciência e insistam neste passo, mesmo que lhes pareça uma tarefa chata e ingrata – vale muito a pena. Já usei algumas vezes orégano fresco no lugar do tomilho e ficou muito gostoso também.
Frittata de brócolis, cebola caramelizada e mozarela fresca
receita minha
- xícara medidora de 240ml
½ cebola grande, em fatias finas
1 colher (sopa) de azeite de oliva
½ colher (chá) de açúcar cristal
sal
1 ½ xícaras (60g) de floretes de brócolis
3 ovos grandes, temperatura ambiente
pimenta do reino moída na hora
2 colheres (chá) de folhas de tomilho fresco
1/3 xícara (60g) de mozarela fresca
Preaqueça o forno a 200°C. Aqueça o azeite em uma frigideira de 20cm de diâmetro e que possa ir ao forno. Junte a cebola e misture para cobri-las com o azeite. Salpique com o açúcar e 1 pitada de sal, baixe o fogo e cozinhe, mexendo de vez em quando, por cerca de 20 minutos ou até que as cebolas estejam douradas e macias.
Junte os floretes de brócolis e cozinhe, mexendo ocasionalmente, por 2 minutos. Enquanto isso, quebre os ovos em uma tigela média, tempere com sal e pimenta do reino e bata com um batedor de arame. Junte o tomilho.
Dê uma boa misturada na cebola e nos brócolis na frigideira antes de cobrir com os ovos, para evitar que a cebola fique toda no fundo. Despeje os ovos sobre os ingredientes. Rasgue a mozarela em pedaços e espalhe-os sobre os ovos. Cozinhe a frittata em fogo baixo por 2 minutos, sem misturar, e então leve ao forno por 8 minutos, ou até que estufe e doure. Sirva imediatamente.
Rend.: 2 porções
terça-feira, fevereiro 14, 2017
Salada morna de grão-de-bico e chorizo e um cérebro cheio de fotos de comida
Geralmente, quando estou muito cansada – o que tem acontecido com certa frequência, pois as últimas semanas no trabalho foram bem intensas – fico folheando livros e revistas de receita e dando uma espiada no Instagram, talvez tentando dar um tranco no cérebro com fotos bonitas de comida (é isso ou rever alguns episódios de “Sex and the City” pela enésima vez – também ajuda bastante). :)
Esta quantidade enorme de fotos de comida no cérebro de alguém pode ser útil: estava dando uma olhada na geladeira para fazer a lista de compras da semana e vi meia lata de grão-de-bico que sobrara de uma salada do final de semana. Minutos antes disso eu vira um chorizo no armário e a conexão se formou na minha cabeça: grão-de-bico com chorizo e xerez. Eu só não lembrava exatamente onde tinha visto este prato espanhol – em um livro? Revista? Instagram? Blog? Todas as anteriores? :) –, então decidi improvisar mesmo e ficou uma delícia. Comi como uma salada morna, mas tenho certeza de que funciona bem como acompanhamento, também.
Salada morna de grão-de-bico e chorizo
criação minha, inspirada por diversas receitas
1 colher (chá) de azeite de oliva
70g de chorizo
½ cebola grande, em meias-luas finas
2 dentes de alho bem picadinhos
200g de grão-de-bico cozido – se usar o enlatado, enxague e escorra bem
sal e pimenta do reino moído na hora
2 colheres (sopa) de xerez
1 punhado de salsinha fresca picada
Aqueça o azeite em uma frigideira antiaderente em fogo alto. Junte o chorizo e frite, mexendo de vez em quando, até que fique sequinho e crocante por fora. Junte a cebola e refogue até que a cebola fique macia – vá mexendo ocasionalmente para que a cebola não grude no fundo da panela. Acrescente o alho e refogue por 1 minuto ou até perfumar – não deixe o alho queimar ou ficará amargo. Junte o grão-de-bico e cozinhe por 3 minutos, misturando algumas vezes. Junte o xerez, cozinhe por 2 minutos ou até que o xerez reduza. Desligue o fogo e misture a salsinha. Sirva morno.
Rend.: 2 porções
terça-feira, junho 30, 2015
Focaccia de queijo e cebola caramelizada e o excelente "Bloodline"
Agora que eu trouxe o meu marido para o lado negro da força – o lado dos viciados em seriados de TV – ele fica me perguntando o que veremos em seguida: adoro, acho um barato e espero que ele continue assim. :)
Terminamos a primeira temporada de “The Americans” e enquanto o Netflix ainda não traz mais episódios – mal posso esperar! – eu sugeri que víssemos “Bloodline” por causa do elenco incrível e porque Ben Mendelsohn me impressionara muito no ótimo “Reino Animal”. Uma leitora (obrigada, Andreza!) me dissera que o seriado era excelente e ela estava certa: é bem escrito, bem dirigido e no quesito atuações também não fica nada a dever – meu marido também adorou e conforme íamos vendo os episódios as coisas iam ficando mais e mais interessantes, ao ponto de meu marido dizer que esperava que houvesse uma segunda temporada (boa notícia: haverá, sim). \0/
Se vocês gostam de dramas como aqueles sobre os quais geralmente escrevo aqui no blog recomendo fortemente “Bloodline”, e se vocês gostam de fazer pães e gostam de algo gostoso para beliscar acompanhando uma taça de espumante geladinho ou uma cerveja corram para a cozinha e preparem esta focaccia: não é difícil de fazer e fica uma delícia!
Focaccia de queijo e cebola caramelizada
um nadinha adaptada do delicioso e lindo Home Baked Comfort (Williams-Sonoma) (revised): Featuring Mouthwatering Recipes and Tales of the Sweet Life with Favorites from Bakers Across the Country
- xícara medidora de 240ml
Massa:
2 ¼ colheres (chá) - 7g - de fermento biológico seco
1 colher (chá) de açúcar cristal
1 xícara (240ml) de água morna
3 1/3 xícaras (465g) de farinha de trigo comum
¼ xícara (60ml) de azeite de oliva
1 colher (chá) rasa de sal
150g de queijo gruyere ralado no ralador grosso
Cobertura:
3 colheres (sopa) de azeite de oliva
2 cebolas grandes, cortadas em meias-luas fininhas
1 colher (chá) de açúcar cristal
sal
Na tigela da batedeira planetária, dissolva o fermento e o açúcar na água morna. Reserve até espumar, uns 5 minutos. Junte a farinha, o azeite, o sal e o queijo. Com o batedor para massas pesadas (o de gancho na Kitchen Aid), bata a massa até que ela fique lisa e elástica, cerca de 10 minutos. Faça uma bola com a massa e transfira para uma tigela grande levemente pincelada com azeite, cubra com filme plástico e deixe crescer em um lugar livre de correntes de ar até que dobre de volume, cerca de 1 hora.
Enquanto isso, prepare as cebolas: aqueça 1 colher (sopa) do azeite em uma frigideira grande em fogo médio-baixo. Junte as cebolas e refogue até que elas comecem a murchar, cerca de 3 minutos. Acrescente o açúcar e 1 pitada de sal e continue refogando até que as cebolas fiquem bem douradas e caramelizem, cerca de 20 minutos. Retire do fogo e deixe esfriar.
Unte uma assadeira rasa com 1 ½ colheres (sopa) do azeite. Vire a massa sobre o azeite e, usando as mãos, formate-a em um retângulo de aproximadamente 20x30cm. Cubra frouxamente com um pano de prato limpo e seco e deixe crescer novamente em um lugar morninho até que cresça levemente, cerca de 1 hora.
Preaqueça o forno a 220°C – você vai assar a focaccia no centro do forno. Faça furinhos na focaccia com as pontas dos dedos e pincele gentilmente com o restante do azeite. Arrume a cebola sobre a focaccia e asse por aproximadamente 20 minutos ou até que fique dourada. Corte em quadrados e sirva quente/morna.
Rend.: 1 focaccia grande (rende 6-8 porções)
domingo, janeiro 04, 2015
Caponata - fácil e saborosa
Demorei séculos para fazer caponata em casa, talvez porque seja algo extremamente ligado à comida de minha avó, mas o marido pediu e decidi experimentar, especialmente depois de uma pesquisa em alguns dos meus livros e encontrar esta receita do Andrew Carmellini em um dos meus livros favoritos – é dele o melhor nhoque que já fiz e além disso comi no Lafayette e no Locanda Verde quando estive em NYC, por isso confio no cara. ;)
A caponata do Andrew é bem fácil de fazer e ficou bem saborosa, sem contar que fica ainda melhor depois de um ou dois dias na geladeira – adoro receitas preparadas com antecedência, por isso esta se tornou parte do meu repertório e espero que se torne parte do seu, também.
um tiquinho adaptada do delicioso Urban Italian: Simple Recipes and True Stories from a Life in Food
- xícara medidora de 240ml
1/3 xícara (80ml) de azeite de oliva extra-virgem
1 cebola roxa, picada grosseiramente
1 pimentão amarelo, picado grosseiramente
1 berinjela, picada grosseiramente
3 talos de salsão, picados grosseiramente
1 abobrinha, picada grosseiramente
½ colher (chá) de sal
¼ colher (chá) de pimenta do reino moída na hora
½ colher (chá) de pimenta calabresa
2 dentes de alho, em fatias bem fininhas
1 lata de 400g de tomates pelados picados
1 colher (sopa) de vinagre balsâmico
2 colheres (sopa) de folhas de tomilho fresco
3 colheres (sopa) de vinagre de vinho tinto – usei vinagre de xerez
Aqueça o azeite em uma panela grande em fogo alto. Junte a cebola, o pimentão e a berinjela. Quando os legumes estiverem levemente macios (cerca de 5 minutos), junte o salsão e a abobrinha. Tempere com metade do sal e da pimenta do reino. Misture e continue cozinhando.
Depois de dez minutos, junte a pimenta calabresa e o alho. Tampe, reduza o fogo para médio e cozinhe por 5 minutos. Junte os tomates, reduza para fogo baixo e cozinhe assim por 10 minutos, até os legumes amaciarem, mas sem desmanchar e os tomates incorporarem bem. Acrescente o vinagre balsâmico e cozinhe por 2 minutos.
Retire a panela do fogo, junte o tomilho e tempere com o restante do sal e da pimenta do reino (adicione mais sal de julgar necessário). Misture o vinagre.
A caponata pode ser guardada em um recipiente hermético na geladeira por 4-5 dias (eu achei mais saborosa no dia seguinte ao preparo).
Rend.: 8-10 porções
sexta-feira, outubro 31, 2014
Quibes de peixe - um jeito gostoso e saudável de comer peixe
Uns posts atrás lhes disse que em minha opinião há dias para chocolate, creme de leite e mais outras coisinhas doces e realmente acredito nisso, mas nem mesmo eu consigo comer esse tipo de comida todo dia: eu sinto falta de saladas, legumes, peixe e grãos sempre e me sinto muito bem quando os consumo.
Sempre fico interessada em novos jeitos de cozinhar peixe diferentes de como minha mãe fazia quando eu era criança: empanado em fubá e frito, o que é uma delícia, mas não muito saudável (evito fritura aqui em casa a qualquer custo, e não somente por razões de saúde).
Meu marido também adora o peixinho no fubá, mas ele se dispõe a provar peixe de outros jeitos e final de semana passado preparei uma das receitas do Hugh Fearnley-Whittingstall em que o peixe é coberto com especiarias como páprica e cominho e refogado com ervilhas – foi um sucesso. Semanas antes disso, eu preparara o quibe de peixe da Rita Lobo e este foi igualmente bem aceito: eu sendo eu mudei um pouquinho a receita, adicionando mais raspas de limão, trocando as nozes por amêndoas e modelando a mistura em quibinhos em vez de apertá-la na assadeira.
Meu marido e minha irmã adoraram os quibes e eu achei um ótimo jeito de consumir peixe.
Quibes de peixe
um nadinha adaptados do lindíssimo Pitadas da Rita
- xícara medidora de 240ml
1 colher (sopa) de azeite de oliva
2 cebolas pequenas, cortadas em meias-luas bem fininhas
sal e pimenta do reino moída na hora
1 pitada de açúcar
1 xícara de trigo para quibe
500g de filé de pescada branca
1 punhado de folhas de salsinha
raspas da casca de 2 limões taiti
1/3 xícara de amêndoas em fatias, bem picadinhas
1/3 xícara (80ml) de água
¼ colher (chá) de pimenta síria
azeite de oliva extra-virgem, para regar
fatias de limão taiti, para servir
Pré-aqueça o forno a 180°C. Forre uma assadeira grande com papel alumínio e unte-o com azeite.
Em uma frigideira antiaderente grande, aqueça 1 colher (sopa) do azeite e junte as cebolas. Salpique com sal e com o açúcar e refogue, mexendo ocasionalmente, até que as cebolas caramelizem, cerca de 15 minutos. Deixe esfriar.
Forre um escorredor com um pano de prato limpo e seco e despeje nele o trigo. Enxague com água fria, escorra e esprema o pano até remover todo o excesso de água do trigo.
No processador, processe o peixe e a salsinha até ficarem bem picadinhos. Transfira para uma tigela grande, junte as cebolas, o trigo, as raspas de limão, as amêndoas e a água e misture. Tempere com a pimenta síria, o sal e a pimenta do reino.
Usando 1 ½ colheres (sopa) de mistura por quibe, molde-os com as mãos e arrume-os na assadeira preparada, deixando 5cm de distância entre um e outro. Regue generosamente com o azeite extra-virgem e leve ao forno por 20-25 minutos, virando-os na metade do tempo, ou até que dourem e estejam cozidos por dentro. Sirva imediatamente com as fatias de limão.
Rend.: cerca de 20 unidades
quinta-feira, outubro 23, 2014
Pasta e fagioli (sopa de feijão e macarrão)
Fiz essa sopa semanas atrás – duas vezes, na verdade – e ficou tão gostosa que eu me esbaldei com ela, mas desde então os dias tem sido tão quentes aqui em São Paulo que não publiquei a receita no blog: é difícil até mesmo pensar em sopa quente quando faz 35°C lá fora. :S
Agora que a temperatura está mais razoável, lhes trago, feliz da vida, a pasta e fagioli do Antonio Carluccio, e tenho certeza de que quem estiver no Hemisfério Norte vai gostar de uma receita boa de sopa agora. :)
Esta receita se tornou uma das minhas sopas favoritas, tão fácil de fazer – especialmente se vocês tiverem feijão cozido no freezer, o que eu recomendo muito –, tão saborosa e reconfortante, e fica mais gostosa ainda no dia seguinte: o que fiz diferente da receita abaixo na segunda vez foi cozinhar o macarrão separadamente e adicioná-lo às tigelas na hora de servir, evitando assim que o macarrão inchasse demais na sopa que sobrou.
Pasta e fagioli
um nadinha adaptado do delicioso e lindo Pasta: The Essential New Collection from the Master of Italian Cookery
400g de feijão carioca, colocado de molho de um dia para outro
1 ½ colheres (sopa) de azeite de oliva
100g de bacon em cubinhos pequenos
½ cebola bem picadinha
1 cenoura pequena, bem picadinha
2 dentes de alho, amassados e picadinhos
2 tomates maduros picados
100g de tomates cerejas cortados ao meio
1 litro de caldo de legumes
150g de macarrãozinho miúdo (tipo Ave-Maria)
sal e pimento do reino moída na hora
1 punhado de salsinha picada
pecorino ou parmesão, para servir – rale na hora
Escorra os feijões, transfira para uma panela média e cubra com água fria (não adicione sal). Cozinhe por 1 hora e meia ou até os feijões estejam macios. Escorra e processe metade dos feijões no processador até obter uma pasta.
Em uma panela grande, aqueça o azeite em fogo médio-alto. Junte o bacon e frite até ficar crocante. Junte a cebola e a cenoura e cozinhe até a cebola ficar translúcida. Junte o alho e refogue até perfumar. Acrescente os tomates picados e os tomates cereja, o caldo e deixe começar a ferver. Junte os feijões (em creme e inteiros) e o macarrão e cozinhe por cerca de 10 minutos ou até que o macarrão esteja macio (mas não mole demais). Tempere com sal e pimenta e misture a salsinha.
Divida a sopa em tigelinhas e sirva polvilhada com queijo ralado na hora.
Rend.: 4 porções
sexta-feira, agosto 22, 2014
Espaguete integral com molho de legumes - comida com sugestão do marido
Sempre acreditei que o amor de alguém por comida é algo crescente: quanto mais comemos, mais amamos a comida (se ela é boa, obviamente).
Minha irmã, por exemplo, cresceu comendo diferentes tipos de comida, de salada a bolo, e hoje ela não tem medo de provar coisas novas – ela pode até não gostar, mas pelo menos experimenta antes de dizer não. Gosto de pensar que ela puxou a mim, que tive um papel importante no passado para que ela não se tornasse um adulto enjoado.
Meu marido, por outro lado, foi enjoado por muitos e muitos anos, e fico feliz por ele estar deixando isso para trás. Fico contente por isso ter sido algo natural para ele e por eu não ter forçado nada – acho que é o tipo de descoberta que a pessoa deve fazer sozinha.
Admito, entretanto, que cozinhar hoje em dia é infinitamente mais gostoso.
Ele passou de “eu não gosto de peixe” e “tem coentro nisso???” a fazer sugestões às receitas: enquanto eu folheava o livro do Carluccio outro dia mostrei a ele uma foto linda de espaguete com molho de legumes (não sou a única pessoal visual na família) e esperei por sua reação: ele disse “esse macarrão parece bom – por que você não coloca uns tomatinhos cereja junto?”
Isso vindo de alguém que fugia de qualquer tipo de tomate como o diabo foge da cruz. :)
Então fiz o macarrão e segui a sugestão do João, mas assei os tomatinhos para que eles ficassem macios e se misturassem ao espaguete mais facilmente – a ideia dele foi deliciosa, tenho de dizer. :)
Espaguete integral com molho de legumes
um tiquinho adaptado do excelente e delicioso Pasta: The Essential New Collection from the Master of Italian Cookery
200g de tomates cereja
azeite extra-virgem, para regar
sal e pimenta do reino moída na hora
300g de espaguete integral seco
1 punhado de folhas de manjericão fresco, rasgadas
60g de parmesão ralado fininho
Molho:
6 colheres (sopa) de azeite de oliva
2 cebolas, bem picadinhas
4 dentes de alho graúdos, bem picadinhos
2 cenouras médias, descascadas e bem picadinhas
2 talos de salsão, bem picadinhos
4 tomates médios maduros, sem as sementes, picadinhos
Pré-aqueça o grill do forno. Corte os tomates cereja ao meio no sentido do comprimento e coloque-os em uma assadeira rasa com o lado cortado para cima. Regue com um pouco de azeite extra-virgem, salpique com sal e pimenta e asse no grill por 10 minutos ou até que amaciem. Reserve.
Enquanto isso, faça o molho: em uma panela grande, aqueça o azeite e refogue todos os ingredientes, mexendo de vez em quando, até amaciarem, 10-15 minutos – tempere com sal e pimenta do reino na metade do tempo.
Cozinhe o espaguete em uma panela grande de água salgada por 8-10 minutos (siga as instruções da embalagem) ou até ficar al dente. Escorra e reserve um pouco da água do cozimento. Misture o espaguete com o molho, adicione o manjericão e o parmesão e misture (o queijo vai deixar o molho mais cremoso) – junte um pouquinho da água do cozimento se necessário. Transfira para pratos aquecidos, cubra com os tomatinhos cereja e sirva imediatamente.
Rend.: 4 porções
sexta-feira, janeiro 24, 2014
Panquequinhas de milho com salada de tomate e uma série que vocês precisam ver
Faltando ainda mais de um mês para “Hannibal” e com a Sony enrolando séculos para levar ao ar os últimos dois episódios de “The Blacklist” comecei a ver outro seriado, um bem curtinho – apenas seis episódios para a primeira temporada – mas imenso em qualidade: “Rectify” foi uma maravilhosa surpresa, e cheguei à série graças à Amanda (obrigada, querida).
O seriado é sobre Daniel Holden – interpretado lindamente por Aden Young –, um homem que passou dezenove anos no corredor da morte e é libertado por causa de um exame de DNA. Um assunto definitivamente difícil e que poderia ser tratado de maneira tola ou piegas, mas não aqui; o texto é sublime e o elenco, idem, e a ótima notícia é que haverá uma segunda temporada com quatro episódios a mais. \0/
Outra boa notícia é que o uma vez enjoadinho Sr. Scarpin continua provando comidinhas novas (graças ao universo não foi algo efêmero ligado às viagens para a China e NY) e ele adorou estas panquequinhas de milho, mesmo não sendo muito fã do legume. A ideia era servi-las com uma salsa de abacate, mas o que comprei (aquele menorzinho, chamado também em português de avocado) não amadureceu nunca, então acabou sendo uma saladinha simples de tomate e cebola, mesmo, meio que uma vinagrete – e ficou uma delícia.
Panquequinhas de milho com salada de tomate
um tiquinho adaptadas da sempre apetitosa Delicious Australia
- xícara medidora de 240ml
Salada:
3 tomates maduros, sem as sementes, em cubinhos
1 cebola grande, bem picadinha
suco de 1 limão siciliano
2 colheres (sopa) de azeite extra-virgem, ou a gosto
sal e pimenta do reino moída na hora
Panquequinhas:
150g de farinha de trigo
1 colher (chá) de fermento em pó
1 colher (chá) de açúcar cristal ou refinado
½ colher (chá) de sal
½ xícara (120ml) de leite integral, temperatura ambiente
2 ovos
2 espigas de milho grandes, debulhadas
½ cebola pequena, bem picadinha
1 pimenta vermelha, sem as sementes se for muito ardida, bem picadinha
¼ xícara de folhas de salsinha picadas – meça, depois pique
2 colheres (sopa) de folhas de coentro picadas – pique, depois meça
sal e pimenta do reino moída na hora
óleo de canola, para fritar
Salada: coloque os tomates e a cebola em uma tigela média. Junte o suco de limão e o azeite, tempere com sal e pimenta e misture. Cubra com filme plástico e leve à geladeira enquanto prepara as panquequinhas.
Panquecas: peneire a farinha, o fermento, o açúcar e o sal em uma tigela grande. Em uma tigelinha, misture com um garfo o leite e os ovos, e então despeje sobre os ingredientes secos, misturando para incorporar. Acrescente o milho, a cebola, a pimenta vermelha, a salsinha e o coentro, tempere com pimenta do reino e misture gentilmente, de baixo para cima, para incorporar.
Aqueça um fio de óleo em uma frigideira antiaderente em fogo médio-alto. Em etapas, forme panquequinhas na frigideira com 2 colheres (sopa) cheias de massa por panqueca e frite por 1-2 minutos ou até dourar. Vire as panquecas e frite por mais alguns minutos para dourar o outro lado e cozinhá-las por dentro. Mantenha-as aquecidas enquanto frita o restante da massa.
Sirva as panquequinhas imediatamente com a salada.
Rend.: 4 porções
sexta-feira, janeiro 10, 2014
Linguiça assada com tomate, pimentão e cebola, um filme, muitas lágrimas e um desejo
A ideia de viajar no tempo já rendeu alguns filmes, alguns interessantes, outros pavorosos. Ontem assisti a outro filme sobre o assunto, de longe o mais bonito: um filme que me fez chorar feito um bebê (eram tantas lágrimas que tive de secá-las na manga do cardigã), que me fez pensar sobre várias coisas da vida e que me fez desejar o poder de voltar no tempo.
Fiquei pensando no quão incrível seria voltar ao meu passado e comecei a imaginar minha mãe e eu na nossa cozinha – com a mesa de fórmica azul na qual eu fazia a lição de casa enquanto ela lavava a louça do almoço – e nos vi cozinhando juntas: eu cortava cebolas, ela grelhava um bife. E o engraçado é que na minha cabeça eu não era uma criança: eu era uma adulta de 35 anos, como sou hoje, em pé, ao lado dela, que estava igualzinha a quando eu tinha cinco anos. E outra coisa engraçada é que não sei por que razão pensei nela fritando bife, algo que eu odiava quando pequena: eu geralmente comia os meus bifes frios e duros como pedra depois de sentar à mesa por horas, proibida de me levantar enquanto ainda houvesse comida no prato. :)
Já que Richard Curtis me fez pensar em minha mãe muito mais do que já faço diariamente, decidi dividir com vocês hoje esta receitinha deliciosa: como boa descendente de alemães minha mãe adorava carne de porco (e repolho – nossa, como ela amava repolho) e tenho certeza de que ela adoraria este modo de preparar linguiça – as porções de carne ficam douradas e sequinhas por fora e macias e suculentas por dentro, e o tomilho dá um toque maravilhoso.
Linguiça assada com tomate, pimentão e cebola
do programa de TV “Bill’s Notting Hill Kitchen”
2 cebolas, descascadas, cortadas ao meio, cada metade cortada em 4
1 pimentão vermelho grande, sem as sementes, em pedaços graúdos
6 dentes de alho ainda na casca
200g de tomates cereja
azeite de oliva extra-virgem, para regar
sal e pimenta do reino moída na hora
4 linguiças frescas
5-6 raminhos de tomilho fresco
1 punhado de azeitonas pretas
Pré-aqueça o forno a 200°C. Coloque as cebolas, o pimentão, o alho e os tomates em uma assadeira ou refratário médio. Regue com um pouquinho de azeite, tempere com sal e pimenta e misture. Retire a carne das linguiças de dentro das tripas, formando porções do tamanho de uma almôndega grande, e espalhe-as sobre os legumes. Cubra com os raminhos de tomilho, regue com mais um pouquinho de azeite e asse por cerca de 1 hora, virando os pedaços de linguiça na metade do tempo para que dourem dos dois lados. Retire do forno, espalhe as azeitonas sobre o prato e sirva.
Rend.: 2 porções generosas
quinta-feira, janeiro 03, 2013
Torta de cebolas assadas e os ganhadores do sorteio
Olá, pessoal!
Um novo ano se inicia e para começar com o pé direito lhes trago a lista de vencedores do sorteio! Os comentários foram sorteados usando o Random.com. Peço que os sorteados me enviem um email (patricia [ponto] scarpin [arroba] gmail.com) com seus primeiros e últimos nomes e a revista escolhida até o dia 10 de janeiro de 2013:
- Fê Dayrell
- Clarissa Archanjo
- Feitosa
- Simone Moreira
- Bruna Rafaela Moeller
Parabéns!
***
Não sei como é com vocês, mas os meus começos de ano são geralmente bem atarefados – por isso, lhes deixo com uma torta fácil e deliciosa, uma receita que já preparei duas vezes.
Torta de cebolas assadas
da sempre ótima e deliciosa Australian Gourmet Traveller
- xícara medidora de 240ml
¼ xícara (60ml) de azeite de oliva
2 colheres (sopa) de vinagre de vinho tinto
1 colher (sopa) de folhinhas de tomilho fresco
raspas da casca de 1 limão siciliano
2 cebolas roxas, em fatias fininhas
2 cebolas, em fatias fininhas
350g de massa folhada ou a massa folhada da Ana
1 ovo, levemente batido com um garfo, para pincelar
85g de queijo de cabra cremoso*
Pré-aqueça o forno a 180°C; forre uma assadeira grande, de beiradas baixas, com papel manteiga.
Em uma tigelinha, misture o azeite, o vinagre, o tomilho e as raspas de limão. Tempere a gosto. Arrume as fatias de cebola na assadeira preparada, mantendo as fatias intactas (não as separe em anéis). Regue com metade do molhinho e leve ao forno até que estejam bem macias e levemente douradas (20-25 minutos). Deixe esfriar.
Aumente a temperatura do forno para 200°C.
Abra a massa folhada e corte-a em um retângulo de 20x25cm. Com uma faquinha, risque uma margem de 1cm no retângulo, sem cortar totalmente, e faça furinhos com um garfo dentro de toda a margem. Pincele as bordas com o ovo batido. Espalhe o queijo dentro das margens, e arrume as fatias de cebola sobre ele. Asse até que a massa cresça e doure, cerca de 20 minutos. Regue com o molho restante e sirva quente com uma salada de folhas.
* já fiz esta torta duas vezes e em uma delas substituí o queijo de cabra por ricota caseira levemente temperada com sal, pimenta do reino moída na hora e suco de limão siciliano – funcionou bem
Rend.: 4 porções
quinta-feira, agosto 23, 2012
Pãezinhos de cebola e queijo e mudando de idéia após a primeira mordida
Na hora em que tirei estes pãezinhos do forno decidi que não iria publicar a receita no blog: eles não estavam bonitos como os da revista, e sendo esta louca perfeccionista fiquei bem desapontada com a aparência dos pães. Mas o cheirinho na minha cozinha estava tão bom que senti uma vontade enorme de provar um dos pãezinhos e foi aí que mudei de idéia completamente: estava tão saboroso que eu tinha que dividir a receita com vocês. Peguei a câmara na mesma hora porque os pãezinhos estavam tão bons que achei que não sobraria nenhum para as fotos depois. :D
A massa é super macia e por isso foi difícil formatas os rolinhos, mas os aconselho a não adicionarem mais farinha, mesmo que se sintam tentados a fazê-lo: vocês vão amar a textura ultra macia dos pãezinhos, e esta textura ótima se mantém mesmo depois de frios.
Pãezinhos de cebola e queijo
adaptados da sempre lindíssima e deliciosa Australian Gourmet Traveller
- xícara medidora de 240ml
1 cebola, cortada ao meio no sentido do comprimento e depois em fatias bem fininhas
1 colher (sopa) de azeite de oliva
1 ¾ xícaras + 1 colher (sopa) - 255g - de farinha de trigo
¾ xícara (105g) de farinha integral
1 ½ colheres (sopa) de açúcar mascavo claro – aperte-o na colher na hora de medir
2 ¼ colheres (chá) - 7g - de fermento biológico seco
2 colheres (sopa) de cebolinha miúda picadinha – pique e depois meça
150g de queijo fontina, ralado no ralador grosso, uso dividido
1 colher (chá) de sal
½ xícara (120ml) de leite integral + um pouquinho extra para pincelar
1/3 xícara (80ml) de água
Coloque a cebola e o azeite em uma panela média, leve ao fogo médio-alto e refogue, misturando ocasionalmente, até a cebola ficar macia (4-5 minutos). Retire do fogo e reserve.
Na tigela grande da batedeira, junte as farinhas, o açúcar, o fermento, a cebolinha, 50g do queijo Fontina, a cebola refogada e o sal. Aqueça o leite e a água juntos até amornar e despeje sobre os ingredientes na tigela. Usando o batedor em formato de gancho, misture a massa e sove até que fique homogênea e elástica, 4-5 minutos – ou sove na mão por cerca de 8 minutos. Transfira a massa para uma tigela grande levemente pincelada com óleo, cubra com filme plástico e deixe em um lugar morninho, livre de correntes de ar, até dobrar de volume (45 minutos a 1 hora).
Pré-aqueça o forno a 180°C; forre uma forma de 20x30cm com papel alumínio, deixando sobras em dois lados opostos, formando “alças”.
Em uma superfície levemente enfarinhada, abra a massa em um retângulo de aproximadamente 20x40cm. Espalhe o queijo Fontina restante sobre a massa e enrole-a como um rocambole, formando um longo cilindro. Corte em 8 fatias iguais e coloque-as com o lado cortado virado pra cima na forma preparada, deixando 1cm de distância entre uma e outra. Cubra e deixe crescer levemente por 10-15 minutos. Pincele o topo dos pãezinhos com leite e asse até que dourem, 20-25 minutos. Sirva mornos (achei deliciosos também em temperatura ambiente).
Rend.: 8 unidades
sexta-feira, maio 25, 2012
Salada de batata-doce assada e queijo de cabra
Fui uma criança que adorava salada e agradeço minha mãe por isso – nunca fui a criança que empurrava as folhas de rúcula para o canto do prato, muito pelo contrário: eu era a criança que comia um tomate entre as refeições como quem como uma maçã. Mas um mundo completamente novo se abriu para mim quando comecei a colecionar livros de receita: foi aí que me dei conta de que as saladas que eu já amava poderiam ser ainda mais interessantes e deliciosas, e que eu poderia acrescentar frutas e queijos e castanhas a elas, tornando-as não somente mais saborosas como também mais nutritivas.
Esta salada linda, gostosa e super completa foi levemente adaptada do lindíssimo livro do Lucas Hollweg – livro esse que pretendo usar à exaustão.
Tente colocar um pedacinho de cada elemento nas garfadas, criando assim um bocado perfeito - bem ao estilo Rose Morgan. :)
Salada de batata-doce assada e queijo de cabra
um nadinha adaptada do lindíssimo Good Things to Eat (comprei o meu aqui)
- xícara medidora de 240ml
1 xícara de amêndoas inteiras, sem a pele
750g de batatas-doces
2 cebolas, descascadas e cortadas em 8 partes no sentido do comprimento
2 colheres (chá) de sementes de cominho
2 dentes de alho, ainda na casca
raspas da casca de 1 laranja
suco de ½ laranja
4 colheres (sopa) de azeite de oliva extra-virgem
sal e pimenta do reino moída na hora
2 colheres (chá) de suco de limão siciliano
4 xícaras de folhas de rúcula – aperte-as na xícara na hora de medir
200g de queijo de cabra macio, sem casca
Pré-aqueça o forno a 180°C. Coloque as amêndoas em uma assadeira de beiradas baixas e toste até que dourem, mexendo uma ou duas vezes, 6-8 minutos. Retire do forno e deixe esfriar completamente (mantenha o forno aceso).
Descasque as batatas-doces e corte em pedaços de 2cm. Coloque-as em uma assadeira, junte as cebolas, o cominho, o alho e as raspas da casca da laranja. Regue com 2 colheres (sopa) de azeite, salpique com sal e pimenta e misture bem. Asse por 35-40 minutos, mexendo os ingredientes uma vez na metade do cozimento, ou até que as batatas-doces e as cebolas estejam macias. Deixe esfriar completamente.
Retire a polpa do alho da casca e coloque em uma tigelinha. Amasse bem com um garfo, junte o suco de laranja, de limão siciliano, sal, pimenta e misture bem. Acrescente 2 colheres (sopa) de azeite e misture bem.
Arrume as folhas de rúcula em 4 pratos e salpique com a mistura de batata-doce. Salpique com as amêndoas e arrume por cima pedacinhos do queijo de cabra. Regue com o molho e sirva imediatamente.
Rend.: 4 porções
terça-feira, agosto 30, 2011
Pão de cebola e semente de erva-doce
Fiquei imaginando um jeito de convencê-los a preparar este pão mas só consegui pensar no seguinte: ele é uma delícia e vai super bem com uma cerveja bem gelada (o que para mim é sempre um bom motivo). ;)
Ah, e as fatias que sobrarem ficam deliciosas untadas com um tiquinho de manteiga e grelhadas em uma frigideira antiaderente. Pronto – espero que o experimentem. :)
Pão de cebola e semente de erva-doce
um nadinha adaptado da sempre maravilhosa Australian Gourmet Traveller
- xícara medidora de 240ml
¼ xícara + 2 colheres (sopa) - 90ml - de azeite de oliva, uso dividido
1 cebola, bem picadinha
2 colheres (chá) de sementes de erva-doce + um pouquinho extra para polvilhar
3 ½ xícaras (490g) de farinha de trigo + um pouquinho extra para polvilhar
4 colheres (chá) - 12g - de fermento biológico seco
2 colheres (chá) de açúcar refinado
¾ colher (chá) de sal
1 xícara (240ml) de água morna
leite, para pincelar
sal grosso moído ou sal em flocos (tipo Maldon), para polvilhar
Aqueça ¼ xícara (60ml) do azeite de oliva em uma panelinha em fogo médio, junte a cebola e refogue até que fique bem macia (6-8 minutos). Junte as sementes de erva-doce, refogue até que soltem seu perfume (1 minuto), retire do fogo e deixe esfriar completamente.
Na tigela grande da batedeira, usando o batedor em formato de pá, misture a farinha, o fermento, o açúcar, a mistura de cebola e o sal e misture para combinar. Com a batedeira ligada, acrescente a água e o azeite restante – 2 colheres (sopa) – e bata em velocidade baixa até obter uma massa homogênea e elástica (6-8 minutos). Transfira a massa para uma tigela grande levemente untada com óleo, vire-a para untá-la, cubra com plástico e deixe crescer em um lugar morninho, longe de correntes de ar, até dobrar de volume (30-45 minutos).
Pré-aqueça o forno a 180°C; forre uma assadeira grande, de beiradas baixas, com papel alumínio.
Dê um soquinho na massa para desinflá-la, divida em duas partes iguais e forme um cilindro de 35cm de comprimento com cada metade de massa. Coloque os cilindros de massa na assadeira preparada, cubra de maneira frouxa com plástico e deixe crescer novamente em um lugar morninho por 15-20 minutos. Pincele com leite e salpique com um pouquinho de farinha, sementes de erva-doce e o sal grosso/em flocos. Asse até que doure e esteja assado por dentro (25-30 minutos), deixe esfriar completamente na forma, sobre uma gradinha.
Guarde em um recipiente hermético em temperatura ambiente.
O pão é mais gostoso quando consumindo no dia em que foi preparado.
Rend.: 6 porções
quinta-feira, junho 16, 2011
Sopa de cebola – comida clássica para um outono gelado
Clássicos não se tornam clássicos por nada: eles têm algo especial, diferente, incomum para que sejam considerados assim; sou fã de alguns deles: filmes, bandas, peças de roupa, e por essa razão não sei por que demorei tanto para experimentar um prato clássico como esta sopa; é deliciosa, encorpada e reconfortante, além de simples e fácil de preparar – tudo que comida clássica deveria ser.
Sopa de cebola
adaptada dos ótimos Feed Me Now e Jamie at Home
- xícara medidora de 240ml
¼ xícara (60ml) de azeite de oliva
3 dentes de alho amassados
6 cebolas grandes, cortadas ao meio no sentido do comprimento e depois finamente fatiadas em meias-luas
sal
15 folhinhas de sálvia, picadas
3 colheres (sopa) de vinagre balsâmico
1 litro de caldo de legumes, galinha ou carne
4 fatias de pão firme (ciabatta, italiano, etc.)
manteiga sem sal, a gosto
150g de queijo fontina, cheddar ou gruyère, ralado – usei mozarela mesmo
Aqueça o azeite em uma panela grande*, de fundo grosso, em fogo alto. Junte o alho e refogue por30 segundos ou até perfumar. Acrescente as cebolas, um tiquinho de sal e a sálvia e cozinhe por 7 minutos, mexendo sempre. Reduza o fogo para médio e cozinhe por mais 25 minutos, mexendo ocasionalmente, até as cebolas dourarem bem.
Acrescente o vinagre balsâmico e cozinhe até que ele evapore. Adicione o caldo e ferva em fogo baixo por 10 minutos.
Pré-aqueça o forno a 200°C. Espalhe um pouquinho de manteiga em cada fatia de pão e leve ao forno por 5-7 minutos ou até que dourem. Retire do forno, espalhe o queijo sobre cada fatia de pão e volte ao forno até que o queijo derreta, 2-3 minutos.
Divida a sopa entre potinhos individuais e coloque uma fatia de torrada de queijo sobre cada uma delas. Sirva.
* fiz metade da receita acima e ainda assim precisei de uma panela grande para que toda a cebola coubesse; se optar por fazer a receita inteira, capriche no tamanho da panela. :)
Rend.: 4 porções
sexta-feira, junho 19, 2009
Tortinhas de cebola
Duas pessoas muitíssimo queridas vão virar a cara ao deparar com este post: meu irmão e minha amiga C. – eles ODEIAM cebola! :D
Não sou fã de cebola crua, mas a adoro assada/cozida. Nestas tortinhas as fatias de cebola são refogadas em manteiga por um bom tempo e, em seguida, misturadas aos outros ingredientes do recheio para finalmente irem ao forno; depois disso tudo a cebola fica super macia e quase adocicada. Bem suave, mesmo.
A massa da torta encolheu no forno, o que resultou em menos espaço para o recheio (por isso este vazou um pouquinho pois usei forminhas de fundo removível). Mas o ótimo sabor me fez esquecer dos problemas. :D
Tortinhas de cebola
da Australian Gourmet Traveller
Massa:
250g de farinha de trigo
125g de manteiga sem sal, fria e cortada em cubinhos
1 colher (chá) de sal
1 ovo
Recheio de cebola:
60g de manteiga sem sal
600g de cebola (cerca de 2 grandonas), cortadas ao meio e então em fatias bem fininhas, para formar meias-luas
3 ovos batidos
200ml de crème fraîche*
½ colher (chá) de noz-moscada moída na hora
sal e pimenta do reino moída na hora
Comece pela massa: junte a farinha, a manteiga e o sal num processador de alimentos e processe até obter uma farofa grossa. Junte o ovo e pulse algumas vezes, acrescentando 2 a 3 colheres (sopa) de água gelada – vá pulsando até a mistura formar uma bola. Sove levemente por 30 segundos sobre uma superfície enfarinhada, embrulhe em plástico/filme PVC e leve à geladeira por 30 minutos.
Pré-aqueça o forno a 200ºC. Numa superfície enfarinhada, abra a massa com um rolo até que ela fique com 5mm de espessura. Corte quatro círculos de massa de 16cm de diâmetro cada e forre com eles quatro forminhas para tortas de 12cm, removendo o excesso de massa com uma faquinha. Faça furinhos na massa com um garfo e leve as forminhas ao freezer por 10 minutos. Em seguida, asse por 12 minutos ou até que dourem. Reserve.
Agora, o recheio: derreta a manteiga numa panela grande em fogo baixo. Adicione as cebolas e cozinhe, mexendo de vez em quando, por cerca de 30 minutos ou até que elas estejam macias (mas não devem dourar). Transfira para uma tigela e deixe esfriar. Em outra tigela, misture os ovos, o crème fraîche e a noz-moscada com a ajuda de um fuê. Tempere com sal e pimenta. Junte as cebolas e misture bem. Divida o recheio entre as forminhas e leve ao forno novamente, por cerca de 15 minutos, ou até dourarem. Sirva mornas ou frias.
* nunca vi crème fraîche por aqui, por isso acrescentei suco de limão a creme de leite fresco e deixei em temperatura ambiente até ficar espesso; a proporção é a seguinte: coloque 1 colher (sopa) de suco de limão numa xícara medidora (240ml) e complete com creme de leite
Rend.: 4 porções – fiz meia receita e consegui 6 tortinhas de 9cm cada