sexta-feira, maio 30, 2014

Cookies de gengibre e chocolate ao leite e escolhendo receitas

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Ginger and milk chocolate cookies / Cookies de gengibre e chocolate ao leite

Para mim, escolher uma receita é difícil às vezes, mas basicamente gira em torno de: a) se eu quero algo doce ou salgado, b) os ingredientes que tenho em casa, c) o tempo disponível naquele momento, d) se tenho alguém específico em mente e/ou e) se há algo novo/incomum na receita que quero muito experimentar.

Os cookies de gengibre da Libbie Summers me chamaram a atenção por que amei a ideia dela de rolar os biscoitos em gengibre cristalizado bem picadinho antes de assá-los – genial! Eu tinha de provar. Daí lembrei de que tinha o ingrediente no armário, junto com um pouco de melado que teria de ser usado em um mês, e a escolha foi feita – desta vez não tinha ninguém em mente além de mim, já que a única pessoa que ama gengibre cristalizado tanto quanto eu mora do outro lado do Atlântico. :)

Estes biscoitos tem aquele calorzinho picante do gengibre, que é suavizado bem de leve pelo chocolate ao leite (minha adição), e passá-los pelo gengibre cristalizado é mesmo uma ótima ideia. Eles seriam uma adição maravilhosa à minha série de Natal, mas se eu não consegui esperar os biscoitos esfriarem para comer alguns como seria capaz de esperar até dezembro para dividir a receita com vocês? :D

Cookies de gengibre e chocolate ao leite
um nadinha adaptados do lindão Sweet and Vicious: Baking with Attitude

- xícara medidora de 240ml

2 ¼ xícaras (315g) de farinha de trigo
3 colheres (chá) de gengibre em pó
1 colher (chá) de bicarbonato de sódio
¼ colher (chá) de sal
¾ xícara (170g) de manteiga sem sal, temperatura ambiente
1 xícara (175g) de açúcar mascavo claro – aperte-o na xícara na hora de medir
1 ovo grande
¼ xícara de melado de cana
1 colher (chá) de extrato de baunilha
½ xícara de gengibre cristalizado bem picadinho, uso dividido – pique, depois meça
200g de chocolate ao leite, em gotas ou pedacinhos
½ xícara (100g) de açúcar demerara

Em uma tigela média, misture com um batedor de arame a farinha, o gengibre em pó, o bicarbonato e o sal. Reserve.
Usando a batedeira, bata a manteiga e o açúcar mascavo até obter um creme. Junte o ovo, o melado e a baunilha e bata. Aos poucos e em velocidade baixa, junte os ingredientes secos seguidos de metade do gengibre cristalizado. Com uma espátula, incorpore as gotas de chocolate. Cubra com filme plástico e leve à geladeira por pelo menos 2 horas (ou de um dia para o outro).
Pré-aqueça o forno a 180°C. Forre duas assadeiras grandes, de beiradas baixas, com papel manteiga.
Em uma tigelinha, misture o açúcar demerara e o gengibre cristalizado restante.
Usando 2 colheres (sopa) de massa niveladas por cookie, faça bolinhas e role-as pela mistura de açúcar e gengibre. Coloque-as nas assadeiras preparadas deixando 5cm de distância entre uma e outra. Asse por 10-12 minutos ou até que os biscoitos dourem nas extremidades. Deslize o papel para uma gradinha e deixe esfriar completamente.

Rend.: cerca de 35 unidades

quarta-feira, maio 28, 2014

Bolo de lavanda e limão siciliano

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Lemon and lavender loaf cake / Bolo de lavanda e limão siciliano

Os dias tem estado friozinhos por aqui ultimamente – algo que amo demais – mas isso faz com que a manteiga demore séculos para amolecer na minha cozinha gelada, tornando as minhas sessões de baking matinais um tantinho mais complicadas. Somem a isso o fato de eu ter apenas algumas colheradas de farinha de amêndoa na geladeira e a ideia de fazer o bolo de limão divino do Nigel Slater teve de ser adiada.

O bolo do Nigel é atualmente o meu bolo de limão favorito – seguido de perto pelo simples porém delicioso bolo da Alisa Huntsman – e o meu planos era fazê-lo novamente, troando o tomilho por alguma outra coisa, como lavanda ou sementes de alcarávia. Foi quando lembrei de que vira um bolo de limão siciliano e lavanda no livro lindo do Paul Hollywood, e como no método dele a manteiga entrava derretida a receita foi ideal para aquela manhã gelada. A adição de iogurte e a calda espalhada sobre o bolo ainda quente o tornaram muito úmido e saboroso.

Se vocês tiverem tempo de esperar a manteiga ficar molinha e também tiverem 100g de farinha de amêndoa por perto, façam o bolo do Nigel; caso contrário, a receita do Paul é exatamente do que vocês precisam – além disso, podem usar a criatividade e trocar a lavanda por qualquer outra coisa que preferirem.

Bolo de lavanda e limão siciliano
um nadinha adaptado do delicioso Paul Hollywood's Pies and Puds

- xícara medidora de 240ml

Bolo:
250g de farinha de trigo
½ colher (chá) de fermento em pó
½ colher (chá) de bicarbonato de sódio
1 pitada de sal
125g de açúcar cristal
1 ½ colheres (sopa) de lavanda seca comestível
2 ovos grandes
200g de iogurte natural integral*
raspas da casca de 2 limões sicilianos
100g de manteiga sem sal, derretida e fria
1 colher (chá) de extrato de baunilha

Calda:
suco dos 2 limões sicilianos usados no bolo
¼ xícara (50g) de açúcar cristal

Pré-aqueça o seu forno a 180°C. Unte com manteiga uma forma de bolo inglês com capacidade para 1kg (aproximadamente 10x20cm medindo pela base), forre-a com papel manteiga e unte o papel também.
Em uma tigela grande, misture com um batedor de arame a farinha, o fermento, o bicarbonato, o sal, o açúcar e a lavanda.
Em uma tigelinha, misture com o batedor os ovos, o iogurte, as raspas de limão, a manteiga e a baunilha. Despeje sobre os ingredientes secos e misture apenas até incorporar e obter uma massa – não mexa demais.
Despeje na forma preparada e asse por 40 minutos ou até que cresça e doure (faça o teste do palito).
Retire do forno e fure o bolo várias vezes com um palito de dente. Em uma tigelinha, misture os ingredientes da calda e derrame aos poucos sobre o bolo quente, esperando até que cada porção seja absorvida antes de derramar mais. Deixe esfriar completamente na forma.

* usei 1 potinho de iogurte de 170g e completei com 30g de leite integral em temperatura ambiente

Rend.: 8 porções

sexta-feira, maio 23, 2014

Cookies de amendoim, chocolate e canela e risada de monte

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Chunky peanut, chocolate, and cinnamon cookies / Cookies de amendoim, chocolate e canela

Sou uma boba, bobona mesmo, e rir não é problema – às vezes rio tanto que meus olhos se enchem de lágrimas e eu mal consigo terminar de ler/ver a causa de todas as risadas. :D

Semana passada este link me fez chorar de tanto gargalhar por mais de 10 minutos sem parar – meu marido achou que eu já estava rindo de outra coisa, mas não, ainda eram as crianças (e agora que fui atrás do link para publicar aqui estou rindo feito uma idiota novamente).

Ontem foi o quadro hilário do programa do Jimmy Kimmel em que celebridades leem tweets ruins sobre eles, com Sofia Vergara e o meu amado Gary Oldman dando as melhores respostas, e a razão pela qual fui parar nesse link foi por que duas colegas se lembraram de mim quando viram Gary no vídeo. <3

Adoro quando lembram de mim ao verem coisas legais assim, e outra coisa que adoro é ganhar comida de presente: uma amiga me deu um pote de manteiga de amendoim há algumas semanas e eu o transformei nestes biscoitos deliciosos – é uma receita da Martha Stewart, e a gente sabe que no quesito comida D. Martha sempre acerta.


Cookies de amendoim, chocolate e canela
um nadinha adaptado do maravilhoso Martha Stewart's Cookies: The Very Best Treats to Bake and to Share

- xícara medidora de 240ml

2 xícaras (280g) de farinha de trigo
1 colher (chá) de bicarbonato de sódio
½ colher (chá) de sal
½ colher (chá) de canela em pó
¾ xícara (170g) de manteiga sem sal, temperatura ambiente
½ xícara de manteiga de amendoim do tipo smooth
1 xícara (175g) de açúcar mascavo claro – aperte-o na xícara na hora de medir
½ xícara (100g) de açúcar cristal
2 ovos grandes
2 colheres (chá) de extrato de baunilha
1 ½ xícaras (250g) de chocolate meio amargo em gotas
1 xícara de amendoim torrado e salgado, picado grosseiramente

Em uma tigela média, misture com um batedor de arame a farinha, o bicarbonato, o sal e a canela.
Na batedeira, bata a manteiga e a manteiga de amendoim até incorporar bem, cerca de 2 minutos. Junte os açúcares, bata por 2 minutos. Junte os ovos, batendo a cada adição, e a baunilha (raspe as laterais da tigela ocasionalmente). Aos poucos, em velocidade baixa, junte os ingredientes secos, misturando apenas até incorporá-los. Com uma espátula, misture o chocolate e o amendoim. Leve a massa à geladeira por 20 minutos – enquanto isso, pré-aqueça o forno a 180°C e forre duas assadeiras grandes, de beiradas baixas, com papel manteiga.

Coloque porções de 2 colheres (sopa) niveladas de massa por biscoito nas assadeiras deixando 5cm de distância entre uma e outra. Asse por cerca de 13 minutos ou até que dourem (enquanto assa os cookies, mantenha o restante da massa na geladeira).
Deslize o papel com os biscoitos para uma gradinha e deixe esfriar.

Rend.: cerca de 40 unidades

quarta-feira, maio 21, 2014

Almôndegas de carne e alho-poró e o que "Breaking Bad" e "Sons of Anarchy" tem em comum

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Leek meatballs / Almôndegas de carne e alho-poró

Uma das várias razões pelas quais amo “Breaking Bad” é que a série nunca fez concessões – nunca senti que algo estava sendo feito para agradar a audiência, ou que algo fora repentinamente alterado para nos dar um final feliz. Adoro quando os seriados de TV não tomam o caminho da covardia só para que os espectadores se sintam menos chocados – por exemplo, posso não gostar de “Game of Thrones”, mas admiro muito a coragem das pessoas por trás da série.

Agora que terminei a primeira temporada do excelente “Sons of Anarchy” sinto que não se trata de um seriado do tipo covarde, o que me faz adorá-lo mais ainda – aparentemente as pessoas responsáveis por ele também não são de fazer concessões, por isso temporada 2, aí vou eu, e o mais rapidamente possível.

Estas almôndegas, com uma quantidade enorme de alho-poró combinada com carne bovina, foram uma ótima surpresa: absurdamente leves na textura, fáceis de fazer, deliciosas e ótimas para ter no freezer (elas podem ir ao forno ainda congeladas, apenas asse-as por um pouco mais de tempo), elas não são as típicas almôndegas, mas são uma receita que vale a pena provar.

Posso não gostar de seriados que fazem concessões, mas estou disposta a fazer uma e aceitar almôndegas que tem mais alho-poró do que carne, especialmente quando elas são gostosas assim. :)

Almôndegas de carne e alho-poró
um tiquinho adaptadas do mais do que lindo Jerusalem: A Cookbook

450g de alho-poró, sem a parte verde
300g de carne moída (usei patinho)
1 dente de alho grande, amassado e picadinho
1 ovo
90g de farelo de pão - não use farinha de rosca; torre pão amanhecido e passe pelo processador ou liquidificador
sal e pimenta do reino moída na hora
1 punhado de folhas de salsinha picadas

Corte os alhos-porós em rodelas, lave bem, e cozinhe no vapor por 20 minutos ou até que estejam bem macios (se não tiver a panela própria para isso, coloque o alho-poró em um escorredor de macarrão e este dentro de uma panela com água fervendo. Tampe o escorredor). Escorra e deixe esfriar. Depois de frios, aperte os pedacinhos de alho-poró em uma peneira para eliminar qualquer excesso de água. Pulse-os em um processador até picar bem, mas não deixe virar uma papa. Transfira para uma tigela grande, junte a carne, o alho, o ovo, o farelo de pão, o sal, a pimenta e a salsinha. Misture para incorporar os ingredientes. Faça bolinhas compactas com porções de massa – mãos úmidas tornam o trabalho mais fácil. Se a mistura estiver úmida demais, junte 1 colher (sopa) de farelo de pão e misture novamente. Leve as almôndegas à geladeira por 30 minutos.
Pré-aqueça o forno a 200°C. Forre uma assadeira grande, de beiradas baixas, com papel alumínio e pincele-o levemente com óleo ou azeite. Arrume as almôndegas sobre o papel alumínio e asse até que dourem e estejam cozidas por dentro (cerca de 30 minutos). Sirva imediatamente.

As almôndegas cruas podem ser congeladas por até 1 mês.

Rend.: cerca de 25 unidades

segunda-feira, maio 19, 2014

Bolo de chocolate e cerveja stout e um trailer decepcionante

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Chocolate stout cake / Bolo de chocolate e cerveja stout

“Interstellar” foi anunciado em novembro do ano passado, exatamente um ano antes de seu lançamento, e por ser um filme do Christopher Nolan eu fiquei imediatamente interessada – não havia muito sobre o filme para ler e mesmo o teaser não revelava tanto assim, por isso minha curiosidade foi ao céu.

Cortem para meses depois – seis, para ser mais exata – quando o trailer oficial foi finalmente lançado e, pela primeira vez desde que assisti ao maravilhoso “Amnésia” não senti vontade de correr para o cinema para ver um filme de Christopher Nolan – o trailer simplesmente não me agradou. Não sei se foi Matthew McConaughey, as cenas familiares piegas ou o fato de que depois do que Alfonso Cuarón fez com “Gravidade” acho que será difícil alguém chegar naquele nível quando o assunto é filmes no/sobre o espaço – eu não consegui gostar do trailer, mesmo com Michael Caine nele.

“Foxcatcher” e “Garota Exemplar” tem me mantido bastante curiosa neste ano de 2014 e antes de ver o trailer de “Interstellar” eu achava que Nolan estaria facilmente na lista, mas não, não desta vez.

Favoritos podem nos desapontar, mesmo que uma vez em mil, exceto por Nigella: este bolo incrivelmente úmido, denso e delicioso – um dos melhores bolos de chocolate que já fiz ou provei – vai direto para a lista de ótimas receitas que Ms. Lawson tem nos trazido ao longo dos anos. E se isso não fosse suficiente, a cobertura com um leve azedinho é irresistível, também, e complementa o sabor do bolo de maneira perfeita.

Bolo de chocolate e cerveja stout
um nadinha adaptado do delicioso Feast: Food to Celebrate Life

Bolo:
1 xícara (240ml) de cerveja tipo stout
250g de manteiga sem sal, temperatura ambiente, picada
75g de cacau em pó
2 xícaras (400g) de açúcar cristal
150ml de creme azedo (sour cream)*
2 ovos grandes
1 colher (sopa) de extrato de baunilha
275g de farinha de trigo
2 ½ colheres (chá) de bicarbonato de sódio
1 pitada de sal

Cobertura:
220g de cream cheese, temperatura ambiente
100g de açúcar de confeiteiro
1 colher (chá) de extrato de baunilha
1/3 xícara (80ml) de creme de leite fresco

Pré-aqueça o forno a 180°C. Unte com manteiga uma forma de aro desmontável de 23cm de diâmetro, forre o fundo com um círculo de papel manteiga e unte o papel também (eu usei uma forma de fundo removível).
Junte a cerveja e a manteiga em uma panela grande e leve ao fogo até que a manteiga derreta. Deixe esfriar por alguns minutos. Acrescente o cacau e o açúcar e misture com um batedor de arame. Em uma tigelinha, misture o creme azedo, os ovos e a baunilha e incorpore à mistura da panela. Por fim, junte a farinha, o bicarbonato e o sal e misture. Despeje na forma preparada e asse por 45-60 minutos (faça o teste do palito). Deixe esfriar completamente na forma sobre uma gradinha.
Desenforme com cuidado, remova o papel e transfira o bolo para um prato de servir.

Cobertura: na batedeira, bata o cream cheese até que fique homogêneo. Peneire o açúcar sobre o cream cheese, junte a baunilha e bata até obter uma mistura cremosa. Junte o creme de leite e bata novamente até que a mistura fique com uma consistência boa para espalhar. Espalhe sobre o topo do bolo.

* creme azedo (sour cream) caseiro: para preparar 1 xícara de creme azedo, misture 1 xícara (240ml) de creme de leite fresco com 2-3 colheres (chá) de suco de limão ou limão siciliano em uma tigela. Vá mexendo até que comece a engrossar. Cubra com filme plástico e deixe em temperatura ambiente por 1 hora ou até que engrosse um pouco mais (geralmente faço o meu na noite anterior e deixo sobre a pia – com exceção de noites extremamente quentes – coberto com filme plástico; na manhã seguinte o creme fica bem cremoso – leve à geladeira para ficar mais espesso ainda)

Rend.: 10-12 porções

sexta-feira, maio 16, 2014

Biscotti de pinoli e Marsala e tornando um conto de fadas bem interessante

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Pine nut and Marsala biscotti / Biscotti de pinoli e Marsala

Sob o risco de vocês me chamarem de coração peludo (depois de eu lhes contar que não gosto de filmes de animação) vou confessar que também não sou muito fã de contos de fada – eu adorava “Alice no País das Maravilhas” quando era pequena, mas depois fui pra faculdade e aprendi coisas nada legais sobre Lewis Carroll, por isso nunca mais senti o mesmo pela história.

Porém, assim como com histórias bíblicas, adicione gente boa ao projeto e eu me interesso na mesma hora: hoje de manhã li que “Cinderella” é dirigido por Kenneth Branagh – quem eu adoro tanto como ator quanto como diretor – e Cate Blanchett será a Madrasta Má – se Charlize Theron quebrou tudo (maravilhosa!) como vilã naquele filme bestinha da Branca de Neve, já pensaram o que Cate Musa fará? E dirigida pelo Sr. Branagh? E tem mais: Helena Bonham Carter será a Fada Madrinha e eu aposto que ou eles a tirarão completamente de sua zona de conforto ou será a Fada Madrinha mais louca de todos os tempos. :D

Adoro biscotti, como vocês sabem, e os de amêndoa são uma paixão minha – entretanto, quando abri o freezer para pegá-las não havia nenhuma. Ô tristeza. Dei de cara com os pacotinhos de pinoli que trouxera de viagem (já que aqui eles custam uma fortuna) e resolvi usá-los no lugar das amêndoas – fiquei pensando que ou seria uma grande ideia ou um desperdício dos preciosos ingredientes – por sorte, os biscotti ficaram uma delícia.

Já no caso de Heleninha, o que vocês acham que acontecerá? :D

Biscotti de pinoli e Marsala
adaptados do Dolci: Italy's Sweets

385g de farinha de trigo
150g de açúcar cristal
½ colher (chá) de fermento em pó
1/8 colher (chá) de sal
3 colheres (sopa) cheias de mel
2 ovos grandes
2 gemas grandes
2 colheres (sopa) de manteiga sem sal, temperatura ambiente
raspas da casca de 1 laranja grande
1 colher (chá) de extrato de baunilha
100ml de vinho Marsala
120g de pinoli, levemente tostados e frios – a receita original levava amêndoas, substitua se preferir

Pré-aqueça o forno a 180°C. Forre uma assadeira grande, de beiradas baixas, com papel alumínio.
Em uma tigela grande, misture a farinha, o açúcar, o fermento, o sal, o mel, os ovos, as gemas, a manteiga, as raspas de casca de laranja, a baunilha e o Marsala. Usando a batedeira, misture apenas até obter uma massa, e então misture os pinoli – a massa é grudenta, mas se estiver grudenta demais acrescente um pouquinho de farinha.
Divida a massa em três porções iguais e, usando as mãos úmidas, formate cada porção em um cilindro de 25x5cm. Coloque-os na assadeira preparada deixando 5cm de distância entre um e outro e asse por 25 minutos ou até que dourem e firmem ligeiramente.
Com cuidado, deslize o papel alumínio com os cilindros de biscotti para uma gradinha e deixe esfriar por 8 minutos. Forre a assadeira com papel manteiga. Com uma faca afiada e com um movimento único de guilhotina, corte os cilindros na diagonal em fatias de 1,5cm e arrume-os na assadeira forrada. Asse por 8 minutos ou até que dourem, vire-os e asse-os até dourarem do outro lado também. Deixe esfriar completamente na assadeira.
Os biscotti podem ser guardados em um recipiente hermético por até 2 semanas.

Rend.: cerca de 35 unidades

quarta-feira, maio 14, 2014

Previsões e picadinho de carne - ou de acordo com o meu marido, O picadinho de carne

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Beef stew / Picadinho de carne

Anos atrás li um artigo sobre como o Oscar de 2012 seria palco da batalha entre Glenn Close e Meryl Streep, por “Albert Nobbs” e “A Dama de Ferro”, respectivamente. Meses se passaram, nem todo mundo se animou com a interpretação de Glenn (eu a adoro, acho que ela já deveria ter dois Oscars, mas não vi o filme ainda), Viola Davis apareceu na competição, tornando-se a principal oponente de Meryl, e a última levou a estatueta para casa, quando na verdade deveria ter ido parar nas mãos de Rooney Mara.

Há meses li outro artigo sobre previsões de Oscar e como em 2014 o duelo seria entre Naomi Watts e Nicole Kidman. Bem, isso nunca chegou a acontecer: “Diana” foi um fracasso retumbante e aparentemente “Grace of Monaco” está indo pelo mesmo caminho.

No momento em que vi pela primeira vez a foto de Daniel Day Lewis caracterizado como Lincoln eu soube com toda a certeza de que ele faria a rapa em todas as premiações, e agora tenho a sensação de que Steve Carell fará o mesmo com “Foxcatcher” – vocês podem voltar aqui em alguns meses e me dar os parabéns ou me trollar. :D

Prever os vencedores do Oscar é algo muitas vezes complicado, mas prever se um prato ficará bom ou não é bem mais fácil: conforme fui preparando este picadinho, tostando primeiro o bacon, depois dourando a carne e na sequência refogando os legumes – construindo camadas de sabor, como diria Jamie Oliver – eu soube que ficaria maravilhoso, e ficou mesmo. O que eu não imaginei, porém, foi que meu marido o consideraria o melhor picadinho que ele já comera – foi uma surpresa, e muito boa, por sinal. <3


Picadinho de carne, ou de acordo com o meu marido, O picadinho de carne
um tiquinho adaptado do Do-Ahead Dinners: How to Feed Friends and Family Without the Frenzy

- xícara medidora de 240ml

½ cebola grande
1 cenoura média descascada
1 talo pequeno de salsão
2 dentes de alho descascados
azeite de oliva
70g de bacon em cubinhos ou picadinho
500g de coxão mole em pedaços pequenos (mas não minúsculos)
1 colher (sopa) de farinha de trigo
sal e pimenta do reino moída na hora
1 colher (sopa) de manteiga sem sal
2 colheres (sopa) de tomates pelados batidos no liquidificador ou bem amassados com um garfo
2/3 xícara (160ml) de vinho tinto – nem o melhor, nem o mais porcaria
2 colheres (sopa) de água
1 folha de louro
3 galhinhos de tomilho fresco
1 galhinho de orégano fresco + algumas folhas para servir

Pré-aqueça o forno a 150°C. Coloque a cebola, a cenoura, o salsão e o alho em um processador de alimentos e processe até que os legumes fiquem bem picadinhos. Reserve.
Aqueça um fio de azeite em uma panela que possa ir ao forno (e que tenha tampa) e frite o bacon até ficar crocante. Retire com uma escumadeira e reserve. Coloque a carne e a farinha em um saco plástico, junte uma pitada de sal e pimenta do reino e misture bem para cobrir todos os pedacinhos de carne com a farinha. Doure a carne na panela (em etapas, se for preciso) até que os pedaços fiquem corados de todos os lados (se necessário, coloque um fio de azeite na panela para dourar a segunda leva). Retire a carne da panela e transfira para uma tigela (a mesma do bacon, para economizar na hora de lavar a louça). :)
Reduza o fogo e junte a manteiga, seguida dos legumes e mais uma pitada de sal e pimenta. Refogue, mexendo ocasionalmente, até amaciar – cerca de 10 minutos. Volte a carne e o bacon à panela, junte o tomate, o vinho, a água e as ervas. Deixe ferver, cubra e coloque no forno por 2 horas (dê uma olhadinha depois de 1 hora e adicione água se necessário). Prove, acerte o tempero e sirva salpicado com algumas folhas de orégano fresco – se não for servir imediatamente, não adicione o orégano, deixe esfriar completamente e leve à geladeira.

Fiz o picadinho de véspera, deixei na geladeira de um dia para o outro e ficou ainda mais gostoso; apenas deixe a panela chegar à temperatura ambiente, adicione um pouquinho de água e aqueça em fogo baixo para servir

Rend.: 2 porções (com sobras)

segunda-feira, maio 12, 2014

Bolo de vinho do Porto e canções visuais

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Port cake / Bolo de vinho do Porto

Algumas das minhas canções favoritas, além de serem ótimas no quesito musical, também me são bastante visuais – consigo imaginar as cenas conforme se passa a letra muito mais facilmente do que em outras canções, e é como fazer um videoclipe particular dentro da minha cabeça. :)

Por causa da riqueza dos detalhes, posso facilmente imaginar as ações retratadas nas letras de “Am I Right?”, “Say Hello, Wave Goodbye” ou “The Golden Path”, assim como é impossível não pensar em dois homens conversando quando Morten Harket canta o primeiro verso de “Manhattan Skyline”.

Entretanto, não me foi possível imaginar como seria um bolo com meia xícara de vinho fortificado na massa (neste as passas se encarregaram de “beber” praticamente todo o Marsala), por isso fiquei bem curiosa com a receita de bolo de xerez que vira na revista Delicious. Acabei fazendo a receita usando vinho do Porto e o resultado foi um bolo de sabor inusitado – mas não de um jeito frescurento – e tão macio que foi difícil cortá-lo.

Talvez não seja a praia de todo mundo, mas acho que é algo que vale a pena provar pelo menos uma vez, especialmente quando, ao se pensar em bolos, somente os sabores de sempre (limão, laranja, maçã) lhe veem à mente. ;)

Bolo de vinho do Porto
um nadinha adaptado da sempre fantástica revista Delicious UK

225g de farinha de trigo
1 ½ colheres (chá) de fermento em pó
1 colher (chá) de bicarbonato de sódio
1 pitada de sal
125g de manteiga sem sal, amolecida
125g de açúcar cristal
2 ovos
1 colher (chá) de extrato de baunilha
200ml de vinho do Porto Ruby
açúcar de confeiteiro, para polvilhar

Pré-aqueça o forno a 180°C. Unte com manteiga uma forma quadrada de 20cm, forre o fundo com papel manteiga, unte-o e depois enfarinhe tudo, removendo o excesso.
Em uma tigela média, misture com um batedor de arame a farinha, o fermento, o bicarbonato e o sal.
Na batedeira, bata a manteiga e o açúcar até obter um creme claro e fofo. Junte os ovos, um a um, batendo a cada adição (raspe as laterais da tigela ocasionalmente). Junte a baunilha.
Com uma espátula de silicone, gentilmente incorpore metade dos ingredientes secos, misturando de baixo para cima. Junte o vinho e o restante dos ingredientes secos e incorpore da mesma maneira (neste ponto eu não estava satisfeita com a consistência da massa e adicionei 20g de farinha de trigo).
Despeje a massa na forma preparada e asse por 35-40 minutos ou até que o bolo cresça e doure (faça o teste do palito).
Deixe esfriar na forma sobre uma gradinha. Desenforme com cuidado, remova o papel manteiga, transfira para um prato de servir e polvilhe com o açúcar de confeiteiro.

Rend.: 16 quadradinhos

sexta-feira, maio 09, 2014

Linguine com bolonhesa de legumes e porcini, simplicidade tranquila e complexidade contundente

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Linguine with porcini and vegetable bolognese / Linguine com bolonhesa de legumes e porcini

“Sweet Sixteen” não é a única canção que ouço cinco, seis vezes seguidas – tenho outras velhas favoritas, canções que para mim são tão perfeitas que aperto o botão repeat assim que começam a tocar.

Nem todas, entretanto, são simples como a linda criação de Billy Idol: há vezes em que tudo o que quero ouvir são os vocais poderosos de Marc Almond, amparados por aqueles arranjos vibrantes e nada discretos.

Amo “Loving You, Hating Me” (como alguns de vocês já sabem) e acho que a canção fica ainda mais fantástica em seu minuto e meio finais, com os arranjos enlouquecendo e a voz de Marc fazendo o mesmo – dependendo do meu humor tenho que tomar cuidado para não acompanhá-lo a plenos pulmões (o que pode ser complicado se houver gente por perto). :D

Há dias para a simplicidade tranquila de Billy e dias para a complexidade contundente de Marc, assim como há dias para o bom e velho molho à bolonhesa tradicional e dias para esta deliciosa versão vegetariana: demorei nove anos para convencer meu marido a comer cogumelos e foi assim que consegui – ele adorou o molho e ficou impressionado com o quão saboroso estava mesmo sem conter um grama sequer de carne. :)

Linguine com bolonhesa de legumes e porcini
um tiquinho adaptado da excelente Delicious Australia

- xícara medidora de 240ml

15g de cogumelos porcini secos
400g de linguine
2 cenouras pequenas, picadas grosseiramente
1 cebola grande, picada grosseiramente
200g de cogumelos-de-Paris
2 dentes de alho, picados grosseiramente
2 colheres (sopa) de azeite de oliva
1 punhado de manjericão fresco rasgado ou picado
2 colheres (sopa) de orégano fresco
½ xícara de molho de tomate – usei caseiro
½ xícara (120ml) de vinho tinto seco
3 colheres (sopa) de água
½ xícara de creme azedo (sour cream)*
parmesão ou pecorino ralado, para servir

Coloque os porcini de molho em ½ xícara (120ml) de água fervente por 10 minutos. Escorra, reservando o líquido, e pique.
No processador de alimentos, processe as cenouras, a cebola, os cogumelos-de-Paris e o alho até ficarem bem picadinhos.
Em uma panela grande, aqueça o azeite e refogue os legumes processados por 3-4 minutos ou até que amaciem. Junte as ervas, o molho de tomate e os porcini picado e cozinhe, mexendo de vez em quando, por 1 minuto ou até perfumar.
Acrescente o vinho, a água e o líquido reservado dos porcini, tempere com sal e pimenta do reino, reduza o fogo e deixe cozinhar por 5 minutos ou até que engrosse ligeiramente (parte do líquido vai evaporar). Junte o creme azedo e cozinhe por mais 2 minutos.
Enquanto isso, cozinhe o linguine em uma panela grande de água salgada até ficar al dente (siga as instruções da embalagem). Escorra, reservando um pouco da água do cozimento, e transfira o linguine para a panela com o molho, misturando para cobrir a massa com ele. Adicione um pouco da água do cozimento se necessário (eu não precisei fazer isso). Sirva com o parmesão ou pecorino ralado (usei o último).

* creme azedo (sour cream) caseiro: para preparar 1 xícara de creme azedo, misture 1 xícara (240ml) de creme de leite fresco com 2-3 colheres (chá) de suco de limão ou limão siciliano em uma tigela. Vá mexendo até que comece a engrossar. Cubra com filme plástico e deixe em temperatura ambiente por 1 hora ou até que engrosse um pouco mais (geralmente faço o meu na noite anterior e deixo sobre a pia – com exceção de noites extremamente quentes – coberto com filme plástico; na manhã seguinte o creme fica bem cremoso – leve à geladeira para ficar mais espesso ainda)

Rend.: 4 porções



quarta-feira, maio 07, 2014

Bolo de chocolate e marzipã e um trailer que me fez mudar de ideia

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Cocoa-marzipan pound cake / Bolo de chocolate e marzipã

Hoje de manhã fiquei sabendo que será lançada uma série sobre a vida do Comissário Gordon na era pré-Batman e confesso que logo de cara não me interessei muito, não; entretanto, depois de ver o trailer mudei de ideia completamente (ah, a alegria de um trailer bem montado!).

Estou ansiosa para ver como os vilões serão interpretados e fiquei especialmente impressionada com Robin Taylor – acho que nunca vi nada com ele, mas a cara de louco, o nariz e o cabelo são tão perfeitos para o Pinguim que o menino ganhou o meu coração na hora. Vou esquecer que Jada Pinkett Smith conseguiu ser péssima em menos de cinco segundos na tela e considerar este trailer perfeito. :)

E se estou disposta a esquecer um ou dois detalhes que não são tão bacanas no que vi até agora de “Gotham”, não faria o mesmo com a pasta de amêndoa que estava no meu freezer: sobrara um pouquinho depois de fazer os biscoitos da Sarah Carey e usei para preparar o bolo do David Lebovitz – como podem ver, assim como um seriado de TV a minha cozinha está cheia de celebridades. ;)

Bolo de chocolate e marzipã
um nadinha adaptado daqui

- xícara medidora de 240ml

1 ½ xícaras (210g) de farinha de trigo
½ xícara (45g) de cacau em pó sem adição de açúcar
1 colher (chá) de fermento em pó
¼ colher (chá) de sal
¾ xícara (200g) de pasta de amêndoa – usei caseira, receita aqui
1 xícara (200g) de açúcar cristal
1 xícara (226g) de manteiga sem sal, temperatura ambiente
2 colheres (chá) de Amaretto
1 colher (chá) de extrato de baunilha
4 ovos grandes, temperatura ambiente
½ xícara (120ml) de leite integral, temperatura ambiente
½ xícara de amêndoas em lâminas (opcional)

Pré-aqueça o forno a 160°C; unte com manteiga e enfarinhe duas formas de bolo inglês de 21cm.
Em uma tigela média, peneire juntos a farinha, o cacau, o fermento e o sal.
Na batedeira, bata a pasta de amêndoa e o açúcar até que a pasta fique em pedacinhos bem pequenos. Junte a manteiga e bata até obter um creme claro e fofo. Acrescente os ovos, um a um, batendo bem a cada adição e raspando as laterais da tigela. Junte o Amaretto e a baunilha.
Com uma espátula de silicone, misture metade dos ingredientes secos. Misture o leite, seguido do restante dos ingredientes secos.
Divida a massa entre as duas formas e alise a superfície. Salpique com as amêndoas. Asse por cerca de 45 minutos ou até que cresçam e firmem (faça o teste do palito)
Deixe esfriar completamente nas formas.

Os bolos podem ser guardados em temperatura ambiente por até três dias ou embalados com uma camada dupla de filme plástico e congelados por até 1 mês.

Rend.: 2 bolos, 8 porções cada – um conselho meu: não dividam a receita para fazer apenas um bolo; façam os dois, porque o danado é tão gostoso que vai acabar rapidinho e vocês se arrependerão de não ter feito os dois bolos de uma vez. :D

segunda-feira, maio 05, 2014

Cookies de Milky Way e chocolate amargo e um filme que oscila demais

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Milky Way and chocolate chip cookies / Cookies de Milky Way e chocolate amargo

Apesar de filmes e música serem vícios meus eu não gosto de musicais – com pouquíssimas exceções (o que me vem à mente agora é “Moulin Rouge”), me parece impossível curtir esse tipo de filme, não importa o quanto eu tente, como as quatro vezes em que tentei assistir a “Chicago”, sem sucesso (caí no sono em todas e nem cansada estava).

Ontem à noite, entretanto, dei uma chance a “Ritmo de Um Sonho” por me lembrar de todo o auê em torno do filme na época do lançamento e do quão elogiado Terrence Howard foi; ele está mesmo fantástico como Djay – e nunca esperei muito dele como ator – e foi maravilhoso ver um filme com um elenco basicamente todo negro (isso é tão raro!), mas no final fiquei meio dividida, naquelas de gostei/não gostei, e a razão para isso foi o filme ter oscilado demais: há cenas ótimas permeadas de cenas que não acrescentam nada à história ou foram escritas/encenadas de maneira pobre, e isso foi até o final. Não é um filme ruim, mas eu certamente esperava mais.

Cookies de gotas de chocolate, por outro lado, dificilmente desapontam e os da Jo Wheatley não são exceção – crocantes nas extremidades, macios no centro, eles são gostosos do começo ao fim, sem oscilação à vista.
A receita original pede por chocolate amargo apenas, mas depois de ter adicionado candy bars a brownies com este resultado achei que já era hora de fazer o mesmo com outro clássico, e ao provar um biscoito ainda morninho do forno soube que fizera a coisa certa. :D

Cookies de Milky Way e chocolate amargo
um nadinha adaptados do tão lindo A Passion for Baking

185g de manteiga sem sal, temperatura ambiente
200g de açúcar mascavo claro
125g de açúcar demerara
2 ovos grandes
2 colheres (chá) de extrato de baunilha
400g de farinha de trigo
1 colher (chá) de fermento em pó
1 colher (chá) de bicarbonato de sódio
1 pitada de sal
100g de chocolate amargo, picado – usei um com 70% de cacau
4 Milky Ways, picados – Snickers também servem

Pré-aqueça o forno a 180°C. Forre duas assadeiras grandes, de beiradas baixas, com papel manteiga*.
Com a batedeira, bata a manteiga e os açúcares até obter uma mistura cremosa e clara. Junte os ovos, batendo, e então raspe as laterais da tigela a cada adição. Junte a baunilha.
Em velocidade baixa, acrescente a farinha, o fermento, o bicarbonato e o sal e misture somente até incorporá-los. Ainda em velocidade baixa, incorpore o chocolate picado e os Milky Ways (se necessário, termine de misturar com uma espátula de silicone).
Coloque porções de 2 colheres (sopa) niveladas de massa por biscoito nas assadeiras deixando 5cm de distância entre uma e outra. Asse por 5 minutos, retire do forno e bata com a assadeira sobre a pia uma vez para achatar os biscoitos. Volte-os ao forno e asse por mais 6-8 minutos ou até que fiquem dourados nas extremidades.
Deixe esfriar nas assadeiras sobre uma gradinha.

* alguns pedacinhos de caramelo/nougat podem derreter e grudar no papel manteiga ao esfriar – para evitar isso, enquanto os biscoitos ainda estiverem quentinhos desgrude-os do papel com cuidado (se algum pedacinho escorrer para fora do biscoito agora é a hora de reformatá-los como círculos). Em um primeiro momento pensei em usar papel alumínio e assim evitar o problema, mas mudei de ideia pois o papel alumínio conduziria mais calor aos biscoitos tornando-os achatados demais

Rend.: cerca de 38 cookies grandes

sexta-feira, maio 02, 2014

Batatas hasselback com crostinha de limão siciliano e orégano, uma canção linda e coisas simples

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Hasselback potatoes with oregano and lemon crumbs / Batatas hasselback com crostinha de limão siciliano e orégano

Algumas canções tem sido favoritas minhas há tanto tempo que nem lembro mais e nunca me canso de ouvi-las.

Ouvia “Sweet Sixteen” ontem e fiquei pensando na beleza do arranjo da canção e do quão simples é, com poucos instrumentos. Ouvi a música, então, mais quatro ou cinco vezes seguidas, saboreando os acordes. É realmente linda (apesar da história triste por trás dela), uma canção que ouvi pela primeira vez quando ainda era menina e que tenho certeza de que ainda ouvirei quando for velhinha.

De tempos em tempos escrevo aqui sobre coisas simples e do quanto gosto delas. Acho que não é preciso muito para criar algo bonito como a canção do Billy Idol, e isso pode se aplicar à comida. Assim como bolos, adoro pratos salgados simples e os quero todos os dias, e acredito que dar um toque diferente a eles não altera sua essência – apenas os torna ainda mais gostosos.

Na receita de hoje a humilde batata, esse tubérculo que amo (o sangue alemão em minhas veias provavelmente tem alguma culpa por isso) é transformada em uma flor, com pétalas cheias de sabor. As batatas já ficariam uma delícia apenas assadas com azeite, sal e pimenta, mas a farofinha cítrica as deixa ainda mais especiais e irresistíveis.

Batatas hasselback com crostinha de limão siciliano e orégano
um nadinha adaptadas da sempre deliciosa revista Olive

8 batatas pequenas
azeite de oliva
1 colher (sopa) de orégano fresco, picadinho
2 colheres de (sopa) de farelo de pão – não use farinha de rosca; moa ou rale pão amanhecido
raspas da casca de 1 limão siciliano

Pré-aqueça o forno a 200°C.
Coloque cada batata dentro de uma colher de pau (por isso elas precisam ser pequenas) e corte fatias fininhas, parando quando a faca tocar a colher (não corte até o fim para não separar as pétalas de batata).
Coloque as batatas em uma assadeira e pincele com azeite – certifique-se de que o azeite escorra por entre as pétalas – e tempere com sal e pimenta do reino. Asse por 50 minutos.
Misture o orégano, o farelo de pão e as raspas de casca de limão e tempere com sal e pimenta do reino. Espalhe a farofinha sobre as batatas e volte-as ao forno por mais 10 minutos ou até que estejam macias e a crostinha doure.

Rend.: 4 porções