Não sei vocês, mas há momentos em que eu associo certos alimentos a determinados momentos da minha vida e isso faz com que eu queira comê-los sempre ou evitá-los a todo custo.
Arroz doce, por exemplo: antes do problema com a lactose eu fazia sempre, pois é algo que me lembra minha mãe. Quando a saudade batia forte demais daquele jeito que o coração não aguenta eu fazia arroz doce e comia quente, com uma chuvinha de canela.
Nem só de boas associações se fazem as minhas lembranças: dias atrás eu comprei feta pela primeira vez em mais de um ano. Depois de uma crise forte de enxaqueca em que fui parar no hospital, fiquei séculos sem querer nem olhar para este queijo que é um dos meus favoritos. Havia comido uma salada com feta na noite anterior à crise e mesmo sabendo que o coitado do queijo nada havia tido a ver com o modo como fiquei não conseguia mais sentir vontade de comer nada com ele. Demorou, mas passou, e uma das receitas em que mais gosto de usá-lo é nesta salada: lentilhas são um alimento tão maravilhoso que deveríamos consumir com mais frequência, não somente para dar sorte na noite de Réveillon.
Leitores maravilhosos já esvaziaram uma boa parte da minha estante, mas ainda tenho livros ótimos à venda: a lista está aqui para quem quiser dar uma espiada.
Salada de lentilha, feta e tomate cereja
receita minha
- xícara medidora de 240ml
1 xícara (200g) de lentilha seca
½ cebola
1 dente de alho descascado e cortado ao meio
1 folha de louro
3 colheres (sopa) de azeite extra-virgem
1 colher (sopa) de vinagre de vinho tinto
1 colher (chá) de cominho em pó
sal e pimenta do reino moída na hora
3 cebolinhas, somente a parte clara, em fatias finas
¼ xícara de folhas de coentro – aperte-as na xícara na hora de medir
¼ xícara de folhas de salsinha – aperte-as na xícara na hora de medir
1 xícara de tomates cereja
50g de queijo feta esmigalhado ou picadinho – pode ser substituído por outro tipo de queijo da sua preferência
Lave bem a lentilha e coloque-a em uma panela de fundo grosso média com a cebola, o alho e o louro. Junte 1 litro de água fria e leve ao fogo médio-alto, mexendo ocasionalmente, até começar a ferver. Cozinhe por cerca de 15 minutos, mexendo algumas vezes, ou até as lentilhas ficarem macias, mas sem desmanchar.
Enquanto isso, misture em uma tigela grande o azeite, o vinagre, o cominho, o sal, a pimenta e as cebolinhas. Escorra a lentilha e descarte a cebola, o alho e o louro. Transfira a lentilha para a tigela com o molho e misture para incorporar. Pique o coentro e a salsinha, corte os tomates ao meio no sentido do comprimento e junte-os à lentilha. Acrescente o feta e misture. Sirva morna ou fria – esta salada fica bem saborosa depois de uma noite na geladeira.
Rend.: 6 porções
terça-feira, setembro 25, 2018
Salada de lentilha, feta e tomate cereja e o que eu associo a certos alimentos
terça-feira, fevereiro 06, 2018
Tagine de legumes e um pouco de planejamento na cozinha
Há vezes em que o ritmo no trabalho fica tão intenso (como semana passada, por exemplo) e o que tenho feito nestas épocas é deixar refeições prontas ou quase prontas na geladeira ou no freezer – faz uma diferença enorme. Planejamento é mesmo tudo.
Almôndegas, molho de tomate, pesto (que agora faço vegano e fica delicioso), ensopados de carne: estes tem sido os meus aliados ultimamente. Agora posso incluir outro prato na lista: esta tagine de legumes. É deliciosa e congela super bem – é só não adicionar o coentro fresco e deixar para incorporá-lo à tagine só na hora de servir. Já fiz a receita algumas vezes e acrescentei azeitonas verdes em rodelas – fica ainda mais gostosa, com um toque salgadinho interessante. Eu não tinha azeitona na geladeira no dia da foto, mas quem gosta delas como eu precisa considerar a minha sugestão.
Tagine de legumes
receita minha, inspirada por diversas que vi na Internet
- xícara medidora de 240ml
1 ½ colheres (sopa) de azeite de oliva
½ pimentão amarelo, picadinho
½ cebola grande, picadinha
3 dentes de alho amassados e picadinhos
1 ½ colheres (chá) de cominho em pó
1 colher (chá) de cúrcuma em pó
½ colher (chá) de páprica picante – use a doce se não gostar de comida apimentada
1 colher (chá) de pimenta síria
¼ xícara de vinho branco seco
1 cenoura média, descascada e cortadas em moedas de ½cm (as da foto estão muito grossas, demoraram mais para cozinhar)
1 batata doce (cerca de 250g), descascada e cortada em cubos de 2cm
200g de abóbora menina ou pescoço, descascada e cortada em cubos de 2cm
1 lata (400g) de tomates pelados picados
2 xícaras de água fervente + um pouquinho extra se for necessário
2 folhas de louro
1 berinjela pequena (cerca de 250g) cortada em cubos de 3 cm
sal e pimenta do reino moída na hora
1 xícara de ervilhas frescas congeladas (não precisa descongelar antes de usar)
1 punhado de folhas de coentro fresco
Aqueça o azeite em uma panela grande ou frigideira funda em fogo alto. Junte o pimentão e a cebola e refogue, mexendo de vez em quando, até a cebola ficar transparente. Junte o alho e refogue por 1 minuto – não deixe o alho queimar para não amargar a tagine. Acrescente as especiarias e refogue por 1 minuto. Junte o vinho e raspe os queimadinhos do fundo da panela com uma colher de pau ou espátula de silicone – eles dão mais sabor à comida. Acrescente a cenoura, a batata doce e a abóbora e cozinhe, mexendo algumas vezes, por 5 minutos. Junte o tomate pelado e quebre os pedaços com as contas da colher. Junte a água, o louro, a berinjela, tempere com sal e pimenta do reino e cozinhe, parcialmente tampado, por 30-35 minutos ou até que os legumes estejam macios – dê uma olhadinha de vez em quando e se o molho estiver secando junte mais água. Junte as ervilhas, cubra, retire do fogo e aguarde 5 minutos. Misture o coentro e sirva.
Rend.: 4-5 porções
domingo, fevereiro 26, 2017
Ensopado de peixe fácil, fácil e lembranças trazidas pela comida
Sei que comida traz lembranças a muita gente e não sou exceção: certas pratos me lembram certas pessoas.
Penso na minha mãe sempre que cozinho ou como peixe, é impossível não lembrar: ela fazia peixe toda semana, fizesse chuva ou sol, e me dizia, to-da vez, o quão bom era para o cérebro. :)
Minha mãe nunca chegou a preparar peixe do jeito que lhes trago hoje, mas tenho certeza de que ela aprovaria: o peixe fica macio e úmido ao ser cozido neste molho saboroso, enriquecido tanto com a doçura dos tomates frescos quanto com o azedinho leve do tomate pelado de lata. Faço este prato com bastante frequência já que meu marido adora e por causa dele sempre, sempre sirvo com arroz, porém ficaria bem gostoso também com cuscuz marroquino. Fácil de preparar, delicioso e na mesa em menos de meia hora.
Ensopado de peixe fácil, fácil
criação minha
1 colher (sopa) de azeite de oliva
1 pimentão amarelo pequeno (cerca de 200g), sem as sementes, picado em cubinhos
½ cebola, picadinha
2 dentes de alho, amassados e picadinhos
1 tomate italiano maduro, sem as sementes, em cubinhos
sal e pimenta do reino moída na hora
1 lata (400g) de tomates pelados
1/2 lata de água
350g de peixe branco de carne firme, em pedaços – já fiz com pintado e namorado e gosto mais do segundo; eu particularmente não gosto de cação, mas também funciona
1 punhado de folhas de coentro fresco
Aqueça o azeite em uma panela grande em fogo médio-alto – usar uma panela grande é importante para que você tenha espaço para mexer os pedaços de peixe sem que eles desmanchem.
Junte o pimentão e a cebola e refogue, mexendo algumas vezes, até que amaciem, cerca de 5 minutos. Acrescente o alho e refogue por 1 minuto, até perfumar – não deixe o alho queimar para que não amargue. Junte os tomates frescos, tempere com sal e pimenta e refogue por mais 5 minutos, mexendo algumas vezes, até os tomates amolecerem e começarem a virar um purê. Junte os tomates pelados em lata e a àgua e cozinhe por 15 minutos, mexendo ocasionalmente para que o molho não grude no fundo da panela. Junte o peixe, tempere novamente com sal e pimenta do reino e cozinhe por 8-10 minutos ou até que o peixe esteja cozido. Junte o coentro, cheque o tempero e sirva imediatamente.
Rend.: 2 porções
sexta-feira, outubro 03, 2014
Bolinhos de cenoura (com farinha de grão de bico)
Acho bolinhos uma ótima maneira de adicionar legumes, verduras e grãos às refeições: eles são deliciosos servidos sozinhos, como um petisco ou entrada, ou com uma salada para um almoço ou jantar leve. Considero cenouras um legume meio que universal: acho que mesmo quem não gosta muito de vegetais come cenoura, pois elas são tão docinhas. Por isso, bolinhos de cenoura fazem todo o sentido do mundo. :)
Encontrei esta receita na revista Bon Appétit e adorei o fato de os bolinhos levarem farinha de grão de bico, o que os torna ainda mais saudáveis: nada melhor do que comida gostosa e que faz bem para a saúde, não?
Servi os bolinhos com uma salada de rúcula temperada com uma vinaigrette simples – a ideia era preparar o iogurte salgado da receita, mas quando abri a geladeira percebi que o iogurte acabara. Fica para a próxima vez. :)
Bolinhos de cenoura (com farinha de grão de bico)
da sempre deliciosa revista Bon Appétit
2 ovos grandes, batidos levemente com um garfo
250g de cenouras, descascadas e raladas no ralador grosso
2 colheres (sopa) de coentro picadinho (pique, depois meça)
¼ xícara de farinha de grão de bico*
sal e pimento do reino moída na hora
azeite de oliva
Em uma tigela, misture os ovos, a cenoura, o coentro e a farinha de grão de bico (a mistura é ralinha). Tempere com sal e pimenta do reino.
Aqueça ½ colher (sopa) de azeite em uma frigideira antiaderente grande em fogo médio-alto. Coloque 2 colheres (sopa) da mistura por bolinho na frigideira, deixando espaço entre as porções, e achate levemente até conseguir uma panquequinha de aproximadamente 1cm de espessura. Frite por 3 minutos de cada lado ou até que dourem.
* apesar de eu ter feito meia receita (as quantidades colocadas aqui) precisei usar a quantidade toda de farinha de grão de bico, pois a mistura estava rala demais
Rend.: 6 unidades
quarta-feira, agosto 13, 2014
Berinjela apimentada - com berinjela na cabeça
Ando com a cabeça em berinjela ultimamente: tenho usado o legume em sopas, empanadas e meu marido e eu adoramos berinjela à parmigiana – sempre faço uma porção bem generosa pois as sobras são uma delícia.
Quando não estou cozinhando com berinjela, o Universo conspira para que eu o faça: meu "Save with Jamie" chegou e há nele uma receita de daal de berinjela (com chapatis caseiros, ainda por cima) – quase babei sobre o livro. :)
Enquanto procurava por algo bacana na TV outro dia, dei de cara com o Paul Hollywood fazendo maneesh com baba ganoush. :)
E finalmente, dias depois disso, enquanto folheava a edição de agosto da revista Delicious britânica vi uma receita de berinjela apimentada servida com arroz que estava com uma cara tão boa que tinha de experimentar. A receita é mesmo uma delícia e fácil de fazer: só é necessário ter um tempinho nas mãos para assar as berinjelas antes de cozinhá-las com os outros ingredientes – a polpa macia carrega todos os outros sabores lindamente.
As sobras desta receita são ótimas, também, e o prato pode ser servido com quinua em vez de arroz (eu o comeria até com pão, se vocês querem mesmo saber). :)
Berinjela apimentada
um tiquinho adaptada da maravilhosa Delicious UK
2 berinjelas médias
azeite de oliva
2 dentes de alho bem picadinhos
½ cebola bem picadinha
½ colher (sopa) de gengibre fresco ralado
½ pimenta vermelha, sem as sementes, picadinha
1 tomate grande bem maduro, sem as sementes, processado até virar um purezinho
1 colher (chá) de óleo de gergelim torrado
1 colher (sopa) de molho de soja
½ colher (sopa) de açúcar cristal
sal e pimenta do reino moída na hora
1 ½ colheres (sopa) de gergelim
coentro fresco, para servir
Pré-aqueça o forno a 200°C. Forre uma assadeira grande, de beiradas baixas, com papel alumínio.
Corte as berinjelas no sentido do comprimento e arrume-as sobre o papel alumínio com o lado cortado para cima. Faça alguns cortes na polpa, regue com azeite e salpique com sal e pimenta. Asse por 35 minutos, deixe esfriar completamente e então corte em fatias.
Em uma panela grande, aqueça 1 colher (sopa) de azeite e junte o alho, a cebola, o gengibre e a pimenta. Refogue até amaciar. Junte o tomate e cozinhe por 1 minuto. Acrescente a berinjela, o óleo de gergelim, o molho de soja e o açúcar, junte ½ xícara (120ml) de água e deixe chegar à fervura. Abaixe o fogo e cozinhe destampado por 10-15 minutos, mexendo de vez em quando, até que o molho engrosse e fique brilhante. Cheque o tempero, acrescente sal e pimenta se necessário, misture o gergelim e sirva salpicado com as folhas de coentro.
Rend.: 2 porções (com sobras)
sexta-feira, agosto 08, 2014
Frango assado com alho, castanha de caju e coentro, e curiosidade
Meu amor por frango assado é tão notório que quando digo ao meu marido que não tenho ideia do que preparar para o final de semana ele diz “que tal um franguinho assado?” :D
Se não estou muito inspirada, faço o frango com chorizo da Donna Hay, pois sei que é uma delícia e meu marido e eu adoramos, mas na maioria das vezes gosto de variar porque há tanta receita boa por aí só esperando para ser preparada (e devorada).
Quando vi que a receita de frango na churrasqueira da Amanda Hessler incluía castanha de caju na marinada fiquei curiosíssima, especialmente porque não conseguia imaginar qual seria o resultado – algumas receitas me parecem familiares, mesmo que novas, e com outras tento imaginar o sabor mesmo que nunca as tenha preparado, mas com essa não consegui: fiquei encafifada pra saber como as castanhas dariam sabor ao frango, e como elas se comportariam com o coentro e o molho de soja.
O único jeito de descobrir era fazendo a receita, e foi exatamente isso que fiz.
(se alguém lhes disser que escorpianos são curiosos, acreditem). :)
As castanhas de caju tornam a marinada bem cremosa e também deixam o franguinho úmido e dourado sem a adição de muito óleo. O coentro e o molho de soja dão um sabor ótimo (peguem leve no sal: o shoyu e as castanhas já são salgados). Se eu faria esse frango novamente? Sim, achei bem gostoso, mas usaria um pouco mais de alho numa próxima vez (o nome da receita original é “garlicky chicken”, mas não achei “garlicky” o suficiente).
Só para vocês saberem, meu marido continua preferindo o franguinho da Donna Hay. :)
Frango assado com alho, castanha de caju e coentro
um nadinha adaptado do maravilhoso The Essential New York Times Cookbook: Classic Recipes for a New Century
- xícara medidora de 240ml
1/3 xícara de castanha de caju torrada e salgada
1 punhado de folhas de coentro fresco +um pouquinho extra para servir
1 colher (sopa) de óleo de canola
2 dentes de alho grandes, picados
½ colher (sopa) de molho de soja
½ colher (chá) de açúcar mascavo – aperte-o na colher na hora de medir
suco de 1 limão taiti grande
sal e pimenta do reino moída na hora
4 pedaços de frango – use os seus preferidos
Em um processador ou liquidificador, junte a castanha de caju, o coentro, o óleo, o molho de soja, o açúcar e o suco de limão. Processe até obter uma pasta. Prove e tempere com sal e pimenta.
Espalhe generosamente a marinada nos pedaços de frango. Coloque em uma tigela, cubra com filme plástico e leve à geladeira por pelo menos 3 horas (melhor ainda de um dia para o outro).
Pré-aqueça o forno a 200°C. Forre uma assadeira com uma camada dupla de papel alumínio e pincele-o com um pouquinho de óleo.
Arrume os pedaços de frango sobre o papel e regue com o que sobrar da marinada. Asse por cerca de 1 hora ou até ficar a seu gosto.
Sirva salpicado com o coentro.
Rend.: 2 porções
sexta-feira, janeiro 24, 2014
Panquequinhas de milho com salada de tomate e uma série que vocês precisam ver
Faltando ainda mais de um mês para “Hannibal” e com a Sony enrolando séculos para levar ao ar os últimos dois episódios de “The Blacklist” comecei a ver outro seriado, um bem curtinho – apenas seis episódios para a primeira temporada – mas imenso em qualidade: “Rectify” foi uma maravilhosa surpresa, e cheguei à série graças à Amanda (obrigada, querida).
O seriado é sobre Daniel Holden – interpretado lindamente por Aden Young –, um homem que passou dezenove anos no corredor da morte e é libertado por causa de um exame de DNA. Um assunto definitivamente difícil e que poderia ser tratado de maneira tola ou piegas, mas não aqui; o texto é sublime e o elenco, idem, e a ótima notícia é que haverá uma segunda temporada com quatro episódios a mais. \0/
Outra boa notícia é que o uma vez enjoadinho Sr. Scarpin continua provando comidinhas novas (graças ao universo não foi algo efêmero ligado às viagens para a China e NY) e ele adorou estas panquequinhas de milho, mesmo não sendo muito fã do legume. A ideia era servi-las com uma salsa de abacate, mas o que comprei (aquele menorzinho, chamado também em português de avocado) não amadureceu nunca, então acabou sendo uma saladinha simples de tomate e cebola, mesmo, meio que uma vinagrete – e ficou uma delícia.
Panquequinhas de milho com salada de tomate
um tiquinho adaptadas da sempre apetitosa Delicious Australia
- xícara medidora de 240ml
Salada:
3 tomates maduros, sem as sementes, em cubinhos
1 cebola grande, bem picadinha
suco de 1 limão siciliano
2 colheres (sopa) de azeite extra-virgem, ou a gosto
sal e pimenta do reino moída na hora
Panquequinhas:
150g de farinha de trigo
1 colher (chá) de fermento em pó
1 colher (chá) de açúcar cristal ou refinado
½ colher (chá) de sal
½ xícara (120ml) de leite integral, temperatura ambiente
2 ovos
2 espigas de milho grandes, debulhadas
½ cebola pequena, bem picadinha
1 pimenta vermelha, sem as sementes se for muito ardida, bem picadinha
¼ xícara de folhas de salsinha picadas – meça, depois pique
2 colheres (sopa) de folhas de coentro picadas – pique, depois meça
sal e pimenta do reino moída na hora
óleo de canola, para fritar
Salada: coloque os tomates e a cebola em uma tigela média. Junte o suco de limão e o azeite, tempere com sal e pimenta e misture. Cubra com filme plástico e leve à geladeira enquanto prepara as panquequinhas.
Panquecas: peneire a farinha, o fermento, o açúcar e o sal em uma tigela grande. Em uma tigelinha, misture com um garfo o leite e os ovos, e então despeje sobre os ingredientes secos, misturando para incorporar. Acrescente o milho, a cebola, a pimenta vermelha, a salsinha e o coentro, tempere com pimenta do reino e misture gentilmente, de baixo para cima, para incorporar.
Aqueça um fio de óleo em uma frigideira antiaderente em fogo médio-alto. Em etapas, forme panquequinhas na frigideira com 2 colheres (sopa) cheias de massa por panqueca e frite por 1-2 minutos ou até dourar. Vire as panquecas e frite por mais alguns minutos para dourar o outro lado e cozinhá-las por dentro. Mantenha-as aquecidas enquanto frita o restante da massa.
Sirva as panquequinhas imediatamente com a salada.
Rend.: 4 porções
quarta-feira, outubro 16, 2013
Almôndegas chilli con carne, ou o dia em que meu marido comeu coentro
Achei que seria necessária outra viagem à China para mudar o apetite do meu marido, mas aparentemente não tivemos de ir tão longe: Nova York deu conta do recado. :)
Depois de provar diversas coisas pela primeira vez nos lugares ótimos em que comemos na cidade que nunca dorme ele se convenceu de que sim, há muita comida boa por aí só esperando para ser descoberta e que sim, as minhas sugestões valem a pena. :D
De volta das férias sugeri estas almondeguinhas para o almoço e pacientemente esperei pelo pedido de trocar o coentro por salsinha – para minha surpresa, isso não só não aconteceu como ele mesmo trouxe o maço de coentro do supermercado. :D
Esta receita saiu do "Jamie's 15-Minute Meals" e como não me cronometro na cozinha não sei lhes dizer quanto tempo levei para preparar a refeição (servi as almôndegas com arroz), mas lhes garanto que foi comidinha rápida.
Almôndegas chilli con carne
um nadinha adaptadas do delicioso Jamie's 15-Minute Meals (comprei o meu aqui)
400g de carne moída magra
2 dentes de alho bem picadinhos
algumas gotinhas de Tabasco
1 colher (chá) cheia de garam masala
1 colher (chá) de sal (ou a gosto)
pimenta do reino moída na hora
azeite de oliva
3 pimentões assados em conserva
½ cebola pequena picada
1 dente de alho (para o molho)
1 colher (chá) de páprica defumada
700g de passata
1 pitada de açúcar
1 punhado de coentro + umas folhinhas para servir
1 lata de 400g de feijão roxo, enxaguado e escorrido (usei 200g de feijão carioca que cozinhara um dia antes)
4 colheres (sopa) de iogurte desnatado
1 limão tahiti
Em uma tigela média, junte a carne, os dois dentes de alho, o Tabasco, o garam masala, o sal e a pimenta e misture com as mãos. Divida a mistura em quatro porções iguais, e cada uma dela em quatro porções novamente. Com as mãos úmidas, enrole cada porção como uma almôndega. Aqueça uma frigideira em fogo alto, adicione um fio de azeite seguido das almôndegas e cozinhe-as, sacudindo a panela ocasionalmente, até que as almôndegas dourem.
No liquidificador, bata os pimentões, a cebola, o alho, a páprica, a passata, o açúcar, o coentro e uma boa pitada de sal e outra de pimenta do reino até obter um creme homogêneo. Despeje em uma panela média e leve ao fogo médio-alto, mexendo ocasionalmente. Quando as almôndegas estiverem douradas, transfira-as para o molho, cubra parcialmente a panela e deixe cozinhar por 8-10 minutos em fogo médio-baixo por 8-10 minutos ou até que as almôndegas estejam cozidas por dentro e o molho engrosse ligeiramente. Coloque os feijões na frigideira em que estavam as almôndegas e cozinhe-os por 2-3 minutos em fogo alto. Retire do fogo e adicione ao molho (eu preferi servir os feijões separadamente). Prove o molho e corrija o tempero se necessário. Sirva com as folhinhas extras de coentro, o iogurte e gotinhas de limão.
Sobrou bastante molho de tomate depois que terminamos de comer as almôndegas (servi com arroz); servi com macarrão no dia seguinte (o molho ficou ainda mais saboroso depois de uma noite na geladeira).
Rend.: 4 porções
sexta-feira, novembro 27, 2009
Salada de macarrão oriental com frango teriyaki
Ter uma irmã bem mais jovem é uma delícia, mas também traz um forte senso de responsabilidade.
Um dia, quando ela tinha 3 aninhos, estávamos no McDonald’s – o horror, o horror – porque ela queria um hambúrguer. Enquanto eu pedia a comida, ela virou pro atendente e disse que queria o seu sanduíche “sem calne!” :) Eu havia parado de comer carne vermelha mas nem imaginava que ela soubesse disso – até aquele dia, nunca havia me passado pela cabeça que eu pudesse influenciar outras pessoas. É por isso que me esforço ao máximo para ser um bom exemplo para ela.
Devo confessar que nunca me interessara por comida oriental – por pura ignorância – mas isso mudou depois de passar um tempo com a minha querida amiga Valentina; nós comemos tanta coisa gostosa que voltei para casa decidida a acrescentar um toque asiático à minha comida. Esta salada foi a minha primeira tentativa – uma maravilhosa influência sua, Tina. :)
Salada de macarrão oriental com frango teriyaki
da Donna Hay magazine
- xícara medidora de 240ml
1/3 xícara (80ml) de molho de soja
¼ xícara (44g) de açúcar mascavo
½ xícara (120ml) de vinho branco seco
6 filés de coxa de frango – usei peito
270g de macarrão oriental, cozido e escorrido
2 pepinos japoneses, em fatias finas
2 cebolinhas, em fatias – use a parte branca também
1 xícara de folhas de coentro
¼ xícara (60ml) de vinagre de arroz
sal
Coloque o molho de soja, o açúcar mascavo e o vinho numa tigela não-metálica e misture para dissolver o açúcar. Acrescente o frango, virando para cobrir todos os lados.*
Aqueça uma frigideira antiaderente grande em fogo alto. Coloque o frango na frigideira, reservando a marinada, e cozinhe por 1-2 minutos de cada lado. Acrescente a marinada à panela e cozinhe por mais 3-4 minutos ou até que o frango esteja cozido por dentro e caramelizado por fora – adicione um pouquinho de água se necessário. Fatie o frango e reserve.
Coloque o macarrão, o pepino, a cebolinha, o coentro, o vinagre e o sal numa tigela e misture bem. Divida a salada em pratos ou tigelas e cubra com as fatias de frango para servir.
* recomendo marinar o frango por mais tempo – 30 minutos, mais ou menos – para que fique mais saboroso
Rend.: 4 porções