Como vocês estão, queridos?
Aqui continuamos em casa, isolamento quase que total, só saindo mesmo para o supermercado, pouquíssimas vezes (a cada dez dias, se minha memória não me prega peças) - tenho trabalhado de casa, mas mesmo tendo uma rotina até que normal de segunda à sexta às vezes me perco nos dias. Semana passada, com o feriado na terça, meu cérebro fez um bololô e na quinta eu já nem lembrava que dia era.
O fato de não poder ir ao supermercado tanto quanto gostaria e também a falta de produtos tem ditado o ritmo das comidas aqui em casa: havia anos só usava farinha de trigo orgânica em minhas receitas, tive que ceder e comprar farinha comum, de marcas de que não gosto, porque eram as únicas que pude encontrar – se João e eu ficarmos sem pizza o mau humor vai reinar aqui em casa, sem contar que ele viciou no pão sem sova do Jim Lahey e tenho feito toda semana (alô, Marcinha, minha querida!). :) Houve um dia em que precisei do delivery de um supermercado e percebi o quanto sou chata, pois os legumes e frutas que vieram eu jamais teria escolhido para comprar. Encontrei uma cesta orgânica que entrega aqui em São Caetano, está ajudando bastante e assim precisamos sair ainda menos.
Desculpem as frivolidades, mas é tanta notícia ruim, tanta merda acontecendo neste país que eu precisava desopilar um pouco e compartilhar com vocês o meu momento #classemédiasofre, dar uma reclamadinha básica – quando eu falo essas coisas para o João ele só ri. :D
Em uma das duas compras do delivery pedi brócolis, estava aguada para comer e não encontrava nem congelado, nem na cesta orgânica. Os brócolis vieram já indo pro amarelo (subi no elevador xingando muito, haha), então tive que consumir logo. Fiz um leva assada, que postei no Instagram e ficou deliciosa – recomendo muito! – e o resto virou macarrão. Eu vejo tanta gente, incluindo a Rica Wolf, comentando que o cheiro do brócolis cozinhando é ruim e tal, mas confesso que não ligo – para mim, não é um problema, pois eu simplesmente amo brócolis de tudo quanto é jeito. Só não deixei um restinho dos floretes para colocar na pizza porque ia amarelar totalmente antes disso.
Macarrão com brócolis
receita minha
- xícara medidora de 240ml
3 colheres (sopa) de azeite de oliva
½ cebola grande, picadinha
2 dentes de alho grandes, bem picadinhos
4 tomates maduros, sem pele e sem as sementes, em cubos
sal e pimenta do reino moída na hora
3 raminhos de tomilho fresco, só as folhas, ou a erva que você quiser/tiver em casa
1 maço de brócolis, só os floretes – eu gosto do ramoso, mas quem preferir o ninja pode substituir
400g de macarrão – use a massa curta da sua preferência; com orecchiette fica muito gostoso também
2 colheres (chá) de vinagre balsâmico – também fica gostoso com molho inglês
¼ xícara de parmesão ou pecorino, passados pelo ralador fininho ou triturados no processador (rale, depois meça)
Em uma panela grande, aqueça água até ferver. Acrescente sal.
Enquanto a água ferve, aqueça o azeite em uma frigideira ou panela grande em fogo médio-alto. Junte a cebola e refogue, mexendo às vezes, até murchar. Junte o alho a refogue por 1 minuto – não deixe o alho queimar para não amargar a receita.
Acrescente os tomates, tempere com sal e pimenta, e junte as folhinhas do tomilho (ou da erva que quiser). Refogue, mexendo algumas vezes, até que os tomates comecem a desmanchar e formar um molho, cerca de 5 minutos – se a mistura de tomates estiver sequinha demais, junte 1 ou 2 colheres (sopa) da água do cozimento do macarrão.
Enquanto isso, cozinhe os brócolis na água por 2 minutos – escorra os floretes, transfira para a tábua e corte grosseiramente com a faca. Ao retirar os brócolis da água, coloque o macarrão para cozinhar pelo tempo indicado na embalagem.
Transfira os brócolis picados para o molho (depois dos 5 minutos necessários para ele encorpar). Acrescente o vinagre balsâmico e cheque o tempero. Reserve ½ xícara da água do cozimento e então escorra o macarrão. Incorpore ao molho. Acrescente o queijo ralado, misturando bem – ele deve deixar o molho mais cremoso. Se estiver muito sequinho, junte um pouco da água do cozimento reservada, misturando sempre. Sirva imediatamente polvilhado com mais parmesão ou pecorino.
Rend.: 4 porções
terça-feira, abril 28, 2020
Macarrão com brócolis e meu momento #classemédiasofre
terça-feira, novembro 14, 2017
Tarte tatin de cebola roxa com massa de centeio
Nunca fui muito de fazer tortas (uma olhadela no índice de receitas do blog prova isso), apesar de adorá-las: acho que o problema mesmo é arrumar tempo para prepará-las. Duas coisas que tem me ajudado com isso são preparar a massa em um dia e montar e assar a torta em outro, e também ter sempre uma porção de massa no freezer – nada como já ter a base pronta quando encontramos legumes e frutas bonitos na feira: meio caminho andado para o almoço, jantar ou sobremesa.
Esta massa é deliciosa e leve, parecida com a massa de fubá que postei tempos atrás. As cebolas não só deixam a torta linda, como também saborosa: o tempo na chama do fogão e depois no forno transformam o sabor ácido em algo adocicado e suave.
Tarte tatin de cebola roxa com massa de centeio
receita minha
- xícara medidora de 240ml
Massa:
¾ xícara (105g) de farinha de trigo
3 colheres (sopa) – 30g – de farinha de centeio fina
¼ colher (chá) de sal
¼ xícara (56g) de manteiga sem sal, gelada e em cubinhos
3 colheres (sopa) de creme azedo (sour cream) gelado*
1 colher (sopa) de água gelada
Recheio:
2 cebolas roxas (aproximadamente 250g)
2 colheres (sopa) de manteiga sem sal
1 fio de azeite de oliva
5 galhinhos de tomilho
½ colher (sopa) de açúcar demerara
2 colheres (chá) de vinagre balsâmico
2 colheres (chá) de vinho tinto seco
sal e pimenta do reino moída na hora
Comece pela massa: no processador de alimentos, junte a farinha de trigo, a farinha de centeio e o sal. Pulse algumas vezes para misturar bem os ingredientes secos. Junte a manteiga e pulse algumas vezes até obter uma farofa grossa. Em uma tigelinha, misture o creme azedo e a água. Aos poucos, junte estes ingredientes ao processador e vá pulsando algumas vezes até que uma massa comece a se formar. Retire do processador e forme um disco com a massa – trabalhe rapidamente para manter a massa fria. Embrulhe em filme plástico e leve à geladeira por 1 hora.
Quando faltarem 20 minutos para terminar o tempo de descanso da massa, preaqueça o forno a 180°C e comece a preparar as cebolas: descasque as cebolas e corte-as ao meio. Em seguida, fatie em meias-luas de 1cm – se cortar em fatias muito finas elas derreterão antes de a torta ficar pronta. Reserve.
Aqueça uma frigideira de 22cm de diâmetro em fogo médio – para esta receita você precisa de uma frigideira que possa ir ao forno. Derreta a manteiga com o fio de azeite e junte os galhinhos de tomilho – desta forma eles ficarão no topo da torta quando você desenformar. Retire a frigideira do fogo por alguns minutos e então arrume as meias-luas de cebola por toda ao fundo, com jeitinho, para que a torta fique bem bonita – deixe-as bem juntinhas, pois elas diminuirão levemente ao cozinhar. Volte ao fogo e então cozinhe por 10 minutos, dando leve sacudidas na frigideira de vez em quando, mas sem mexer demais para que as fatias de cebola não saiam do lugar. Salpique com o açúcar demerara, regue com o balsâmico e o vinho tinto, tempere com sal e pimenta, cozinhe por mais 1 minuto e desligue o fogo. Reserve.
Coloque o disco de massa entre duas folhas de papel manteiga e abra usando o rolo até obter um círculo de aproximadamente 24cm – novamente, trabalhe de maneira rápida para manter a massa gelada, assim ela não vai grudar no papel. Se a massa começar a grudar, polvilhe-a com um pouquinho de farinha de trigo, porém evite o excesso para que a massa não resseque. Com o auxílio do rolo, transfira a massa para a frigideira e cubra as cebolas, e rapidamente arrume o excesso de massa para dentro da frigideira, usando o cabo de um garfo ou colher para não se queimar. Faça um furinho no centro da massa para que o vapor possa sair e leve ao forno por 30-35 minutos ou até que a massa doure bem.
Retire do forno e, com jeitinho, solte a massa das laterais da frigideira usando uma faquinha sem ponta ou o cabo de uma colher ou garfo. Coloque um prato sobre a frigideira e vire – cuidado para não se queimar. Se algum pedacinho de cebola ficar grudado na frigideira, não se preocupe: retire e arrume sobre a torta.
Sirva com salada verde.
* creme azedo (sour cream) caseiro: para preparar 1 xícara de creme azedo, misture 1 xícara (240ml) de creme de leite fresco com 2-3 colheres (chá) de suco de limão ou limão siciliano em uma tigela. Vá mexendo até que comece a engrossar. Cubra com filme plástico e deixe em temperatura ambiente por 1 hora ou até que engrosse um pouco mais (geralmente faço o meu na noite anterior e deixo sobre a pia – com exceção de noites extremamente quentes – coberto com filme plástico; na manhã seguinte o creme fica bem espesso – leve à geladeira para ficar mais espesso ainda)
Rend.: 4 porções
segunda-feira, janeiro 19, 2015
Almôndegas alla Norma
Como alguém que adora qualquer coisa relacionada a comida, adoro ler sobre o assunto, fazer e comer (claro!), mas também acho fascinante conversar sobre comida com diferentes pessoas e aprender do que gostam, do que não gostam e como seus gostos e paladares mudam com o tempo.
Tenho estas conversas com meu marido sempre, e ele me conta sobre a comida de sua infância, as coisas de que gostava e as coisas que não suportava, sobre como ele demorou tanto para aprender a apreciar todos os legumes e de como sua mãe ficaria feliz vendo que ele finalmente come como um adulto (ela faleceu em 2011).
Toda vez que eu e o João falamos sobre essas coisas me sinto mais inspirada a cozinhar, e outro dia, quando ele me pediu para fazer almôndegas – um de seus pratos favoritos – eu me lembrei das almôndegas alla Norma do Jamie Oliver e achei que um pouquinho de berinjela não faria mal algum às bolinhas de carne.
Eu amo berinjela, gente. ;)
O molho com a berinjela ficou divino com as almôndegas – o Jamie serve as dele com polenta, mas com esse calor dos infernos eu fui de espaguete e um pouco de pão para limpar aquele molhinho que sobra no prato: uma refeição simples, porém deliciosa e que posso repetir a qualquer momento com as almôndegas que tenho no freezer.
Almôndegas alla Norma
um tiquinho adaptadas do sempre delicioso Save with Jamie: Shop Smart, Cook Clever, Waste Less (para quem preferir, o livro já foi traduzido para o português!)
Almôndegas – receita aqui
Molho:
1 berinjela grande
azeite de oliva
2 dentes de alho picadinhos
2 colheres (sopa) de molho de pimenta doce (sweet chili sauce, vocês encontram em alguns supermercados e na Liberdade)
2 colheres (sopa) de vinagre balsâmico
1 lata de 400g de tomates pelados picados
sal e pimenta do reino moída na hora
1 punhado de manjericão fresco
Corte a berinjela em cubinhos de 1,5cm, tempere com sal e coloque em um escorredor. Reserve por 15 minutos.
Preaqueça o forno a 200°C. Forre uma assadeira rasa com uma camada dupla de papel alumínio e pincele-o com azeite ou óleo. Arrume as almôndegas sobre o papel e asse por cerca de 30 minutos ou até que estejam cozidas por dentro – asse quantas quiser, a receita rende aproximadamente 25 almôndegas. Você pode congelar o restante por até 2 meses e assá-las direto do freezer quando quiser.
Enquanto as almôndegas assam, continue com o molho: aperte porções da berinjela com as mãos para retirar o excesso de líquido. Aqueça um pouquinho de azeite em uma panela média em fogo médio e junte a berinjela, mexendo ocasionalmente e refogando até dourar, cerca de 10 minutos. Junte o alho e refogue até perfumar. Acrescente o molho de pimenta doce e o balsâmico, junte o tomate pelado e 3 colheres (sopa) de água. Tempere com sal e pimenta do reino, abaixe o fogo e cozinhe por 10-15 minutos, mexendo ocasionalmente, ou até o molho engrossar. Junte o manjericão e retire do fogo.
Junte as almôndegas e sirva imediatamente.
Rend.: 4 porções
domingo, janeiro 04, 2015
Caponata - fácil e saborosa
Demorei séculos para fazer caponata em casa, talvez porque seja algo extremamente ligado à comida de minha avó, mas o marido pediu e decidi experimentar, especialmente depois de uma pesquisa em alguns dos meus livros e encontrar esta receita do Andrew Carmellini em um dos meus livros favoritos – é dele o melhor nhoque que já fiz e além disso comi no Lafayette e no Locanda Verde quando estive em NYC, por isso confio no cara. ;)
A caponata do Andrew é bem fácil de fazer e ficou bem saborosa, sem contar que fica ainda melhor depois de um ou dois dias na geladeira – adoro receitas preparadas com antecedência, por isso esta se tornou parte do meu repertório e espero que se torne parte do seu, também.
um tiquinho adaptada do delicioso Urban Italian: Simple Recipes and True Stories from a Life in Food
- xícara medidora de 240ml
1/3 xícara (80ml) de azeite de oliva extra-virgem
1 cebola roxa, picada grosseiramente
1 pimentão amarelo, picado grosseiramente
1 berinjela, picada grosseiramente
3 talos de salsão, picados grosseiramente
1 abobrinha, picada grosseiramente
½ colher (chá) de sal
¼ colher (chá) de pimenta do reino moída na hora
½ colher (chá) de pimenta calabresa
2 dentes de alho, em fatias bem fininhas
1 lata de 400g de tomates pelados picados
1 colher (sopa) de vinagre balsâmico
2 colheres (sopa) de folhas de tomilho fresco
3 colheres (sopa) de vinagre de vinho tinto – usei vinagre de xerez
Aqueça o azeite em uma panela grande em fogo alto. Junte a cebola, o pimentão e a berinjela. Quando os legumes estiverem levemente macios (cerca de 5 minutos), junte o salsão e a abobrinha. Tempere com metade do sal e da pimenta do reino. Misture e continue cozinhando.
Depois de dez minutos, junte a pimenta calabresa e o alho. Tampe, reduza o fogo para médio e cozinhe por 5 minutos. Junte os tomates, reduza para fogo baixo e cozinhe assim por 10 minutos, até os legumes amaciarem, mas sem desmanchar e os tomates incorporarem bem. Acrescente o vinagre balsâmico e cozinhe por 2 minutos.
Retire a panela do fogo, junte o tomilho e tempere com o restante do sal e da pimenta do reino (adicione mais sal de julgar necessário). Misture o vinagre.
A caponata pode ser guardada em um recipiente hermético na geladeira por 4-5 dias (eu achei mais saborosa no dia seguinte ao preparo).
Rend.: 8-10 porções
quinta-feira, junho 16, 2011
Sopa de cebola – comida clássica para um outono gelado
Clássicos não se tornam clássicos por nada: eles têm algo especial, diferente, incomum para que sejam considerados assim; sou fã de alguns deles: filmes, bandas, peças de roupa, e por essa razão não sei por que demorei tanto para experimentar um prato clássico como esta sopa; é deliciosa, encorpada e reconfortante, além de simples e fácil de preparar – tudo que comida clássica deveria ser.
Sopa de cebola
adaptada dos ótimos Feed Me Now e Jamie at Home
- xícara medidora de 240ml
¼ xícara (60ml) de azeite de oliva
3 dentes de alho amassados
6 cebolas grandes, cortadas ao meio no sentido do comprimento e depois finamente fatiadas em meias-luas
sal
15 folhinhas de sálvia, picadas
3 colheres (sopa) de vinagre balsâmico
1 litro de caldo de legumes, galinha ou carne
4 fatias de pão firme (ciabatta, italiano, etc.)
manteiga sem sal, a gosto
150g de queijo fontina, cheddar ou gruyère, ralado – usei mozarela mesmo
Aqueça o azeite em uma panela grande*, de fundo grosso, em fogo alto. Junte o alho e refogue por30 segundos ou até perfumar. Acrescente as cebolas, um tiquinho de sal e a sálvia e cozinhe por 7 minutos, mexendo sempre. Reduza o fogo para médio e cozinhe por mais 25 minutos, mexendo ocasionalmente, até as cebolas dourarem bem.
Acrescente o vinagre balsâmico e cozinhe até que ele evapore. Adicione o caldo e ferva em fogo baixo por 10 minutos.
Pré-aqueça o forno a 200°C. Espalhe um pouquinho de manteiga em cada fatia de pão e leve ao forno por 5-7 minutos ou até que dourem. Retire do forno, espalhe o queijo sobre cada fatia de pão e volte ao forno até que o queijo derreta, 2-3 minutos.
Divida a sopa entre potinhos individuais e coloque uma fatia de torrada de queijo sobre cada uma delas. Sirva.
* fiz metade da receita acima e ainda assim precisei de uma panela grande para que toda a cebola coubesse; se optar por fazer a receita inteira, capriche no tamanho da panela. :)
Rend.: 4 porções
sexta-feira, outubro 23, 2009
Lingüiças assadas com tomate, pimentão e batata
Acho que a maioria de vocês lendo o blog gosta de cozinhar tanto quanto eu. Mas nesta época de dias ocupadíssimos e horários apertados fica difícil encontrar tempo para se aventurar na cozinha.
Este prato é uma ótima escolha para uma refeição rápida: o preparo leva minutos – dá para cortar os legumes enquanto a lingüiça pega uma corzinha na frigideira e as batatas tomam um banho ligeiro em água quente; depois disso, é só colocar tudo no forno e esquecer por meia hora.
Lingüiças assadas com tomate, pimentão e batata
desta revista
1 colher (sopa) de azeite de oliva
800g de lingüiça – daquela boa para churrasco
500g de batata bolinha
2 pimentões amarelos grandes, fatiados
2 cebolas roxas, descascadas e fatiadas
4 tomates maduros, sem as sementes, em pedaços graúdos
2 colheres (sopa) de vinagre balsâmico
sal e pimenta do reino moída na hora
um punhado de folhas manjericão fresco, rasgadas
Pré-aqueça o forno a 200ºC; aqueça o azeite numa frigideira grande e doure as lingüiças de todos os lados. Cozinhe as batatas em água fervente por 5 minutos; escorra.
Arrume as lingüiças e as batatas numa assadeira, acrescente os pimentões, as cebolas e os tomates. Regue com o vinagre balsâmico, tempere com sal e pimenta e misture bem. Leve ao forno por 25-30 minutos ou até que as lingüiças estejam assadinhas por dentro – o tempo de forno vai depender do tamanho das lingüiças.
Na hora de servir, salpique com as folhas de manjericão.
* a receita original pedia 1 lata de 400g de tomates pelados, picados
Rend.: 6 porções
sexta-feira, agosto 28, 2009
Salada com tomate, bacon e queijo assados
Outro dia lhes contei que a sobremesa é a minha parte favorita de uma refeição – e é, mesmo. Mas as receitas salgadas da revista DH são irresistíveis – gosto especialmente das sopas e saladas, como esta aqui.
Dei uma mudadinha na receita, usando rúcula e vinagre balsâmico em vez de espinafre e vinagre de vinho tinto, respectivamente; alterações simples – nada tolo como trocar o Hugh Laurie pelo John Malkovich. :D
Salada com tomate, bacon e queijo assados
ligeiramente adaptada da Donna Hay magazine
250g de queijo coalho, em fatias finas
4 fatias de bacon, grosseiramente picadas
200g de pão Italiano, picado
2 colheres (sopa) de azeite de oliva
250g de tomates cereja
100g de rúcula
Molho:
3 colheres (sopa) de vinagre balsâmico
2 colheres (sopa) de azeite de oliva
1 dente de alho, amassado*
Pré-aqueça o forno a 220ºC. Prepare o molho juntando os ingredientes numa tigelinha e misturando bem. Reserve.
Coloque o queijo coalho, o bacon, o pão e o azeite numa assadeira e misture. Leve ao forno por 5-6 minutos. Retire, vire as fatias de queijo e acrescente os tomates. Leve ao forno novamente, por mais 6-8 minutos, ou até os tomates amaciarem e os croutons dourarem. Transfira para uma tigela, junte a rúcula, regue com o molho e misture.
* usei azeite aromatizado com alho e omiti o dente de alho
Rend.: 4 porções
quinta-feira, maio 29, 2008
Lagarto recheado com pimentão assado e mozarela
Descobrir novos blogs de comida é sempre interessante. Adoro ler os arquivos, ver as fotos, textos, receitas, conhecendo assim um pouquinho sobre aquele foodie – que provavelmente se tornará um amigo blogueiro.
Uma das minhas mais recentes “descobertas” é cheia de fotos lindas e receitas deliciosas e, além disso, a autora do blog é fãzoca da Martha Stewart, como eu. Estou falando da Mimi.
Ela está hosting um evento chamado “Martha Mondays” e gostei muito da idéia. Uma das regras era preparar algo desta galeria e, para agradar o marido – que tem comido muito frango e peixe por minha causa – escolhi uma receita com carne.
Se eu continuar fazendo pratos assim, o João vai entrar pro fã-clube da Martha Stewart, também. :)
Lagarto recheado com pimentão assado e mozarela
- xícara medidora de 240ml
680g de pacu – usei lagarto
2 colheres (sopa) de azeite de oliva
2 colheres (sopa) de vinagre balsâmico
2 dentes de alho, amassados
½ xícara (57g) de mozarela fresca ralada – usei a nossa mozarela amarela, mesmo
4 cebolinhas, fatiadas
¼ xícara (57g) de pimentão vermelho assado, em tirinhas finas
sal e pimenta do reino moída na hora
Pré-aqueça o forno a 220ºC – você vai usar a grade central para assar a carne. Coloque a carne entre dois pedaços de plástico e bata com um martelo até obter um “bifão” de aproximadamente 1,25cm de espessura.
Misture o azeite, vinagre balsâmico e alho numa tigela grande e coloque a carne na marinada por pelo menos 20 minutos (pode ser deixada de um dia para o outro) – mantenha na geladeira.
Retire o filé da marinada. Coloque-o numa tábua de carne e cubra com o queijo, a cebolinha e o pimentão, deixando 1,25cm de borda dos lados mais longos e 5cm na ponta mais estreita. Tempere com sal e pimenta. Começando pelo lado mais próximo a você, enrole firmemente a carne como se fosse um rocambole. Amarre bem com barbante e tempere novamente com sal e pimenta.
Coloque a carne numa assadeira pincelada com óleo, deixando a emenda virada para baixo. Leve ao forno por 35-40 minutos para que fique ao ponto (ou mais, dependendo do seu gosto e do tamanho do seu filé). Retire do forno, deixe descansar por 10 minutos e retire o barbante antes de fatiar.
Rend.: 4 porções – usei um pedaço de carne de 400g e o João comeu 80% dele. :)
segunda-feira, março 31, 2008
Salada com crocante de parmesão
Donna Hay de novo. Tenham paciência comigo, por favor. :)
Esta salada foi publicada na revista dela #29, em 2006, e fazia parte de um artigo em que Donna mostrava aos leitores algumas receitas do livro que ela lançava na época. Escolhi a saladinha porque amo cada um dos ingredientes nela; entretanto, tenho de admitir que ver a receita na capa do livro me fez pensar no quão especial ela seria.
Se você quer uma refeição leve, diferente e saborosa, aqui está.
Esta é a minha participação no Weekend Herb Blogging, desta vez hosted pela adorável Kalyn, a mente por trás deste original evento.
Salada com crocante de parmesão
da Donna Hay magazine
- xícara medidora de 240ml
1 xícara de queijo parmesão ralado
2 maçãs vermelhas, em fatias fininhas
80g de folhas de rúcula – remova os cabos grandes
1 ½ colheres (sopa) de vinagre balsâmico
1 colher (sopa) de azeite de oliva extra virgem
sal e pimenta do reino moída na hora
150g de queijo de cabra – usei um bem macio, com textura de queijo fresco
Pré-aqueça o forno a 180ºC. Coloque 8 porções de 1 ½ colheres (sopa) cada de parmesão, formando círculo, sobre baking paper antiaderente* e asse por 10 minutos ou até que fiquem crocantes. Reserve para que esfriem completamente.
Junte o vinagre balsâmico, o azeite, o sal e a pimenta numa tigelinha e misture bem. Reserve.
Arrume a rúcula em pratos, cubra com as fatias de maçã intercaladas com as fatias de queijo e regue com o molho.
Finalize com o crocante de parmesão.
* usei papel manteiga untado com cooking spray e o queijo grudou. Não saiu nem com reza brava. Tentei de novo, com papel alumínio também untado com cooking spray e funcionou perfeitamente.
Rend.: 4 porções
segunda-feira, fevereiro 25, 2008
Salada de rúcula e ricota assada com açafrão
Nem sempre a comida fica do jeito que esperamos, não é mesmo? A salada aí de cima é um bom exemplo disso...
Peguei a receita neste livrinho – que é um dos mais queridos que tenho – mas o resultado não foi bem o que achei que seria. Eu a escolhi porque seria a minha primeira vez experimentando erva-doce + a primeira vez cozinhando com açafrão.
Acho que não temperei a ricota o suficiente – o sabor ficou suave demais pro meu gosto.
Não penso em fazer a salada novamente, mas como adorei usar o açafrão e também amei a erva-doce compartilho com vocês a receita.
Salada de rúcula e ricota assada com açafrão
do Kitchen: The Best of the Best
500g (2 xícaras) de ricota
1 pitada de açafrão
2 colheres (sopa) de azeite de oliva
1 colher (chá) de vinagre balsâmico
1 colher (chá) de óleo de nozes*
2 bulbos de erva-doce, em fatias fininhas
300g de rúcula, talinhos removidos
Pré-aqueça o forno a 180ºC. Coloque a ricota num refratário forrado com papel manteiga levemente untado. Polvilhe com o açafrão, derrame o azeite de oliva por cima e tempere com o sal e a pimenta do reino. Leve ao forno por 30 minutos. Retire e deixe esfriar.
Misture o vinagre balsâmico e o óleo de nozes numa tigelinha, tempere com sal e pimenta, mexendo bem; acrescente a erva-doce e a rúcula. Misture e sirva com a ricota assada.
* 80 reais por um vidrinho minúsculo? Substituí por azeite de oliva extra virgem.
Rend.: 4 porções
segunda-feira, dezembro 10, 2007
Espaguete com manjericão, ricota defumada e pimentões assados
Sempre me interesso por novas maneiras de preparar o bom e velho macarrão.
Não me levem a mal: amo molho de tomate fresquinho (só uso caseiro) mas há tantas possibilidades de se preparar massas que é quase um pecado não testar novos molhos e diferentes combinações de ingredientes.
Se você está com pressa e precisa preparar o jantar num piscar de olhos, esta receita é ótima: dá pra tomar um banho enquanto os pimentões assam e ferver a água/cozinhar a massa enquanto eles esfriam.
A receita original pedia feta, mas decidi usar uma ricota defumada deliciosa que tinha na geladeira. O sabor adocicado do pimentão combinou muito bem com o salgadinho do queijo.
Esta é a minha contribuição para o Weekend Herb Blogging, desta vez hosted pela Astrid, do Paulchen's Food Blog.
Espaguete com manjericão, ricota defumada e pimentões assados
adaptei do Kitchen: The Best of the Best
4 pimentões vermelhos
3 colheres (sopa) de azeite de oliva extra virgem
1 colher (chá) de vinagre balsâmico
125g (1 maço) de manjericão
400g de espaguete
150g de ricota defumada
Pré-aqueça o forno a 200ºC. Pincele os pimentões com um pouquinho de azeite, corte-os ao meio no sentido do comprimento e coloque-os em uma assadeira – o lado cortado virado pra baixo.
Asse por 20 minutos ou até que a casca escureça bem e pareça queimada. Coloque os pimentões ainda quentes num saquinho plástico ou numa tigela e cubra com filme PVC. Deixe-os esfriar completamente e então remova as sementes e a casca.
Coloque a polpa restante num processador e junte o vinagre e 10 folhas de manjericão; tempere e processe. Acrescente o líquido que sobrou na assadeira (se houver) e um pouco de azeite e vá processando até obter consistência de molho.
Coloque o molho numa panela grande e leve ao fogo baixo para mantê-lo aquecido.
Cozinhe o espaguete até ficar al dente; escorra a massa e despeje-a na panela com o molho de pimentão. Esfarele metade da ricota sobre o macarrão e misture levemente todos os ingredientes.
Sirva com o manjericão restante e salpique a outra metade da ricota esfarelada por cima.
Rend.: 4 porções
sexta-feira, novembro 30, 2007
Salada de tomate, manjericão e queijo de cabra crocante
Mais uma receita da Donna Hay – da revista #35, pra ser mais exata.
Sou uma grande admiradora de seu trabalho e quem lê o blog há um tempo já sabe disso – eu e a Joey poderíamos fundar um fã clube pra ela. :)
Experimentei queijo de cabra pela primeira vez nas férias e realmente não sei por que esperei tanto. Eu o comi em saladas, quiche, sanduíches, massas... E adorei tudinho. “Preciso começar a cozinhar com esse queijo”, pensei.
O João comprou o queijo no Pão de Açúcar perto de casa (eu nem sabia que pudesse encontrar o produto por lá, na nossa cidadezinha minúscula, já tinha tentado umas vezes e nada) e não titubeei: já fui logo pegando meus livros e revistas DH para procurar por uma receita.
Que delícia de salada! Sei que isso não soa muito modesto, mas é um dos pratos mais gostosos que já fiz. O queijo ficou ótimo à milanesa: bem crocante por fora, derretidinho por dentro; a combinação tomate + manjericão é sempre um sucesso e o molho combinou de maneira perfeita com todos os ingredientes – tudo ficou extremamente saboroso junto.
Não gosto de repetir receitas – tem tanta coisa nova bacana pra provar, né? – mas essa é uma salada que me vejo fazendo de novo, e de novo, e de novo...
Este é o meu post para o Weekend Herb Blogging e a host da vez é a Simona, do blog Briciole.
Salada de tomate, manjericão e queijo de cabra crocante
da Donna Hay magazine
- medidas métricas e em xícaras obtidas na revista
farinha de trigo para polvilhar
1 xícara (110g) de farinha de rosca
240g de queijo de cabra, em fatias
2 ovos, ligeiramente batidos
2 colheres (sopa) de azeite de oliva
2 tomates grandes e maduros, fatiados
1 xícara de folhas de manjericão – usei o manjericão anão
1 maço (100g) de rúcula – remova os talos mais grossos
Molho balsâmico:
¼ xícara de azeite de oliva
1 colher (sopa) de vinagre balsâmico
1 colher (chá) de açúcar refinado
Comece pelo molho: misture bem todos os ingredientes em uma tigelinha; reserve.
Coloque a farinha de trigo e a de rosca em pratos separados. Passe as fatias de queijo pela farinha de trigo, depois pelos ovos batidos e finalmente pela farinha de rosca.
Aqueça o azeite numa frigideira anti-aderente em fogo alto. Frite as fatias de queijo no azeite por 1 ou 2 minutos de cada lado – o suficiente para que fiquem douradas e crocantes. Escorra sobre papel toalha.
Divida o queijo, as fatias de tomate, o manjericão e a rúcula em 4 pratos e regue com o molho. Sirva a seguir.
Rend.: 4 porções
sexta-feira, agosto 17, 2007
Polenta com salsinha e tomates balsâmicos
Um dos pontos negativos de se viver em São Paulo é o trânsito caótico – demoro séculos para chegar ao trabalho e também para voltar para casa. É super exaustivo.
Não sei o que houve num desses dias mas as ruas estavam tão vazias que cheguei em casa em menos de 40 minutos! Um milagre!!
Tal fato merecia uma comemoração – uma comidinha deliciosa que preparei em 20 minutos.
A receita ficou tão boa que resolvi usá-la como a minha participação neste Weekend Herb Blogging, desta vez hosted pela Zorra, do blog Kochtopf.
Polenta com salsinha e tomates balsâmicos
adaptei do Off The Shelf: Cooking From the Pantry
- xícara medidora de 240ml
4 tomates maduros, cortados ao meio
2 colheres (sopa) de azeite de oliva
3 colheres (sopa) de aceto balsâmico
3 colheres (sopa) de açúcar
3 colheres (sopa) de folhas de manjericão
Polenta:
2 xícaras (480ml) de água quente
2 xícaras (480ml) de leite
1 xícara de polentina*
½ xícara de parmesão ralado
½ xícara de salsinha picada
60g – 4 colheres (sopa) - de manteiga
sal e pimenta do reino moída na hora
Pré-aqueça o forno a 200ºC. Coloque os tomates com os lados cortados virados para baixo em um refratário de cerâmica. Em uma tigelinha, misture o azeite, o aceto balsâmico, o açúcar e o manjericão e derrame sobre os tomates. Asse por 20 minutos ou até que estejam macios.
Enquanto isso, faça a polenta: coloque a água e o leite em uma panela e leve ao fogo médio-alto até ferver. Acrescente a polentina aos poucos, mexendo bem. Reduza o fogo para médio-baixo e cozinhe a polenta, mexendo, por 3-5 minutos.
Junte o parmesão, a salsinha, a manteiga, o sal e a pimenta e misture bem.
Para servir, coloque a polenta em pratos e arrume os tomates por cima. Regue com o líquido do refratário.
Polvilhe mais parmesão e sirva.
* fiz a polenta um pouquinho mais firme pois o João prefere assim.
Rend.: 4 porções
segunda-feira, janeiro 22, 2007
Miolo de contrafilé com batata dourada, alecrim e tomate
O João comprou para mim esta edição especial da revista Veja e logo de cara tentei fazer uns croquetes de palmito da Morena Leite. Não deu certo, creio que a quantidade de farinha não estivesse correta. Qualquer hora vou tentar fazê-los novamente.
Folheando a revista outro dia, deparei com esta carne e decidi experimentar – tinha acabado de voltar de uma visita à minha avó, de onde eu havia trazido um mundo de alecrim fresquinho da horta dela. Foi a coincidência perfeita.
Fiz ¼ da receita: adianto que o rendimento é bom e o João comeu metade da carne – a outra metade fiz em tirinhas aceboladas para ele beliscar com pão à noite.
Ao fatiar a carne, notei que o meio estava mal-passado demais pro gosto do João. Grelhei os filés por mais 1 minutinho.
Miolo de contrafilé com batata dourada, alecrim e tomate
800g de batata bolinha limpa, com a casca
50g de alecrim fresco
8 colheres (sopa) de azeite de oliva
200g de tomate-cereja
1 colher (sopa) de vinagre balsâmico
1,6kg de miolo de contrafilé
4 colheres (sopa) de mostarda de Dijon
sal e pimenta do reino
Cozinhe as batatas em água e sal. Escorra e reserve.
Desfolhe o alecrim e frite-o no azeite até ficar crocante. Coe e reserve o alecrim e também o azeite.
Em uma frigideira quente, refogue os tomates com 2 colheres (sopa) do azeite reservado, tempere com sal e pimenta e deixe dourar. Tempere com o vinagre e reserve.
Coloque as batatas em uma travessa, tempere com sal e pimenta e leve ao forno (220ºC) até dourar. Reserve até o momento de servir.
Corte a carne em 4 porções de 400g cada. Tempere-as com sal e pimenta. Aqueça uma grelha – usei esta frigideira - e grelhe a carne com o azeite, deixando 1 colher (sopa) reservada. Grelhe bem dos dois lados.
Misture as batatas, os tomates e o alecrim numa panelinha, regue com azeite que sobrou, corrija sal e pimenta se necessário e aqueça.
Sirva a carne com este acompanhamento e a mostarda.
Rend.: 4 porções