quarta-feira, setembro 20, 2006
Penne com fundo de alcachofra
Para agilizar, deixei os ingredientes picadinhos em cima da pia e depois foi só colocar a água para ferver. Fácil e prático.
A receita pede fundos de de alcachofra congelados, mas usei em conserva - deixei de molho em água fresca por um tempinho para tirar o excesso de sal. Fiz a mesma coisa com as azeitonas.
Outras duas coisas que modifiquei - lá dizia para retirar as peles dos tomates antes de levá-los ao forno. Deixei para fazer isso depois: era só puxar uma pontinha da pele que ela saía inteirinha. Também deixei o alho de lado, preferir usar somente a cebola.
Receita da revista Gula.
Penne com fundo de alcachofra
6 tomates frescos sem sementes e cortados ao meio
2 colheres (sopa) de azeite
1 cebola pequena picada
3 dentes de alho picados
9 fundos de alcachofra congelados
120ml de vinho branco seco
160g de azeitonas pretas, sem os caroços e fatiadas
500g de penne (ou outra massa curta de que gostar)
manjericão fresco a gosto
sal e pimenta-do-reino a gosto
Tempere os tomates com um pouquinho de sal e coloque-os numa grelha acomodada sobre uma assadeira, deixando o lado cortado para baixo (eu não tinha grelha e coloquei-os diretamente na forma).
Leve ao forno prá-aquecido a 200ºC e asse até que fiquem murchos. Tire as peles dos tomates e pique-os em cubinhos.
Numa frigideira grande, aqueça o azeite e refogue a cebola e o alho. Adicione os fundos de alcachofra descongelados e fatiados. Refogue por alguns minutos, regue com o vinho e deixe secar.
Junte os tomates e as azeitonas. Tempere com sal e pimenta.
Cozinhe a massa em bastante água salgada. Escorra-a quando estiver al dente e misture-a rapidamente ao molho na frigideira. Sirva com o manjericão.
Além disso, coloquei uma tigelinha na mesa com parmesão ralado momentos antes de servir.
Rend.: 5 porções
terça-feira, setembro 19, 2006
Mallorcan tumbet
A Débora é uma amiga que fiz na outra empresa em que trabalhei. Faz quase 1 ano e meio que saí de lá, mas sempre mantivemos contato. Eu e o João fomos jantar na casa dela há alguns meses e foi muito bom! Finalmente conseguimos combinar e eles (ela e o marido, o Denys) vieram nos visitar desta vez.
Fiquei ansiosa pois queria preparar uma comidinha gostosa, que agradasse a todos. Foram muitos dias escolhendo mil receitas e decidindo o que fazer!
Vou compartilhar aqui com vocês as receitas do jantar. Espero que gostem!
Fiz esta receita da Jill Dupleix (sempre ela!) e servi com pão italiano, para beliscarmos antes do prato principal. Foi uma coincidência bacana descobrir que o Denys a-do-ra beringela!
A escolha do prato teve o "dedo" do marido - eu estava folheando o livro, buscando inspiração. Ele viu e falou "Volta! Volta naquela página!" - a foto grande, de cores vibrantes, chamou a atenção dele. Dei uma lida nos ingredientes e ele deu o veredicto: "faz essa para comermos com um pãozinho!". Bati o martelo.
Mallorcan tumbet*
400g de batatas descascadas e em rodelas fininhas
400g de beringela em rodelas fininhas
2 pimentões vermelhos cortados em palitinhos
3 colheres (sopa) de azeite - precisei de um pouco mais
sal e pimenta a gosto
Molho:
1 lata de tomates pelados picados - eu tinha tomates frescos e preferi usá-los (5 unidades)
3 ramos de orégano fresco, ou 1 colher (chá) de orégano desidratado - troquei por manjericão
3 dentes de alho finamente fatiados - troquei por 1 cebola pequena
2 colheres (sopa) de azeite
Prepare o molho: misture todos os ingredientes e deixe apurar, com panela tampada, por 20 minutos (eu refoguei a cebola no azeite, antes). Reserve.
Aqueça uma frigideira grande, adicione o azeite e vá dourando as batatas dos dois lados. Coloque numa travessa e tempere. Faça o mesmo com as beringelas e coloque-as sobre as batatas; tempere. Repita a operação com os pimentões - trabalhe aos poucos, para que haja espaço na panela para os vegetais dourarem por igual.
Por cima dos legumes, espalhe o molho de tomate. Leve ao forno pré-aquecido (180ºC) por cerca de 20 minutos ou até que os legumes estejam macios. Sirva morninho ou em temperatura ambiente.
Rend.: 4 porções
* não achei a palavra no dicionário
segunda-feira, setembro 18, 2006
Esfiha de carne
Semana passada, porém, o João me fez um pedido diferente. Ele queria comer esfiha. Fazia muito tempo que eu não fazia esfiha. Nem sabia onde tinha ido parar a receita que eu sempre usava (receita de vovó).
Peguei a receita no site do fermento Fleischmann. Adorei. A massa é super macia e a quantidade de farinha solicitada é perfeita - não precisa adicionar mais, nem ver ponto da massa. Ela cresce bastante também.
Da próxima vez, entretanto, vou aumentar a quantidade de carne (achei que faltou um pouquinho). Não se esqueça de que o recheio deve estar frio para ser usado.
Fiz metade da receita, usando fermento seco (vou postar assim). Se quiser usar fermento fresco, use 30g (dois quadradinhos) e dissolva na água morna, depois acrescente o restante dos ingredientes.
Esfiha de carne
500g de farinha de trigo
10 g (1 sachê) de fermento biológico seco
1 colher (sopa) de açúcar
1 ovo grande
240ml de água morna (35ºC)
55ml de óleo de soja
1 1/2 colheres (chá) de sal
Recheio:
250g de carne moída - refogue e tempere a seu gosto. Eu usei cebola, azeite e azeitonas verdes picadinhas. Da próxima vez, vou usar tomates tb.
Misture o fermento na farinha. Acrescente os demais ingredientes (deixei o sal por último, para que ele não atrapalhe a ação do fermento). Misture bem e sove até obter uma massa lisa (a danada quase não gruda nas mãos nem no granito). Aqui uma diferença: o site diz para fazer pequenas bolas e deixar crescer, sendo que cada bolinha será transformada numa esfiha depois. O que fiz foi fazer uma bola grande e deixar crescer assim mesmo, sem dividi-la. Cresceu muuuuuuuito!
Abra porções de massa, recheie e feche, formando triângulos. Coloque-os em assadeiras levemente untadas. Cubra e deixe crescer novamente (20 minutos).
Leve ao forno pré-aquecido (180ºC) e asse por 30 minutos, ou até que as esfihas estejam douradas.
Rend.: 16 esfihas de 50g + 1 de 60g (que recheei com nozinhos de mozzarella e folhinhas de manjericão - hum!!!)
Bons modos à mesa
Minha situação é parecida com o que a Karen contou: recebemos as pessoas da família (meu pai e meus irmãos, minha sogra e cunhada) e só (o que pretendo mudar daqui pra frente).
Quando ainda era solteira, as refeições em casa eram bem simples: todos juntos à mesa, cada um fazia seu prato. Nunca tivemos situações mais formais em casa, por isso o que vou colocar aqui são impressões minhas, pessoais, de coisas que fui aprendendo ao longo do tempo.
Não tenho muita experiência no assunto, mas vamos lá:
1. Acho importante adiantar os pratos o máximo possível, para não ficar tanto tempo na cozinha quando os convidados já estiverem em casa. E fazer comida que encha a casa de fumaça, nem pensar.
2. Procuro "descobrir" se as pessoas têm algum tipo de alergia ou realmente não toleram certos tipo de alimento. Penso nisso porque não como carne e sofro muito quando vou a algum lugar em que esta é a única opção do cardápio. Não deixo de comer o que me é oferecido, é claro, mas daí a refeição já não é mais tão prazerosa. Para que meus convidados não passem por isso, faço uma pequena investigação de antemão.
3. Cigarro à mesa é totalmente imperdoável. Estraga o clima - o ar fica impossível de ser respirado e o paladar vai pro espaço. Aliás, eu sou chata mesmo e acho cigarro uma grosseria em qualquer lugar.
4. Gosto de arrumar a mesa e usar place mats bonitos, taças, talheres diferentes dos que usamos no dia-a-dia. E também acho que um arranjo no centro da mesa, por mais simples que seja, faz toda a diferença.
5. Palitos de dente. Só os tenho em casa para testar se um bolo está assado ou não e para colorir a minha pasta americana, Deus me livre colocá-los à mesa!! Conheço gente que palita os dentes e isso me causa um enorme desconforto.
6. Celular - acho horrível gente que fica falando no telefone à mesa, enquanto as outras pessoas ficam olhando. Isso é mais comum em restaurantes, não se aplica muito à proposta daqui, mas não podia deixar de citar. Não gosto.
Bem, acho que é isso. Tem outras coisas, mas acho que as meninas já cobriram bem - concordo com tudo o que elas postaram!
sexta-feira, setembro 15, 2006
Bolinhos integrais de canela com banana (ou Cinnamon lovers of the world unite)
Andei lendo um montão de coisas sobre alimentação saudável, alimentos com baixo índice glicêmico, ingestão de fibras, etc... Fui "influenciada" pela leitura e ontem resolvi fazer algo com a farinha.
A receita base foi essa, mas fiz algumas trocas:
- metade da farinha de trigo pela farinha integral;
- a noz-moscada pela canela (oh, que surpresa);
- a coalhada por iogurte natural;
Além disso, não coloquei cobertura (tentando diminuir o açúcar) e adicionei uma rodelinha de banana no meio de cada bolinho. Pensei também em trocar o açúcar por adoçante, mas não sei calcular a proporção (se alguém aí souber, agradeço!!).
Gostei bastante do resultado - eles ficaram super macios e fofinhos. Para quem não gosta de banana, acredito que um pedacinho de maçã ou pêra substituiria muito bem.
Bolinhos integrais de canela com banana
100g de manteiga em temperatura ambiente
130g de açúcar
1 ovo
110g de farinha integral
100g de farinha de trigo
1 1/2 colher (chá) de fermento em pó
1/2 colher (chá) de bicarbonato de sódio
1/2 colher (chá) de sal
1 colher (chá) de canela em pó
120ml de iogurte natural
1 colher (chá) de essência de baunilha
1 banana em rodelas
Pré-aqueça o forno a 190ºC e prepare as forminhas de muffin.
Bata manteiga com o açúcar até ficar um creme. Junte o ovo e bata novamente (eu me embananei nesta parte e juntei o ovo logo de cara. Tudo bem, vamos em frente).
Em outra tigela, misture as farinhas, o fermento, o sal, o bicarbonato e a canela. Vá adicionando a esta mistura o creme de manteiga, alternando com o iogurte (misturado com a baunilha). Misture rapidamente com um garfo, sem mexer demais.
Coloque um pouco de massa em cada forminha, acrescente uma rodela de banana e cubra com mais massa.
Leve ao forno por 25-30 minutos (faça o teste do palito se achar necessário).
Rend.: 12 bolinhos
quarta-feira, setembro 13, 2006
Risoto de limão e parmesão
É claro que prefiro cozinhar pra mais gente (adoro!), mas ontem, por exemplo, fui a minha única "cobaia". :D
Estava de olho nesta receita desde que o livro chegou, há um tempo. Risoto é o prato de que mais gosto no mundo, EVER. Comi um de aspargo na minha lua-de-mel que até hoje me dá água na boca quando lembro.
Havia tempos que não preparava risoto, então meu braço ficou meio fraquinho depois de o prato pronto. Mas valeu a pena!! O risoto ficou super cremoso, bem molhadinho, do jeito que gosto. A cada garfada, eu via o queijo derretidinho aparecer, hum!!! Sendo receita da Donna Hay, só podia ser ótima, mesmo!
Comi o pratão aí da foto e depois fiz um repeteco um pouco mais modesto. A receita pede limão siciliano, mas eu não tinha e usei o nosso limão verdinho mesmo.
Risoto de limão e parmesão
20g de manteiga
1 colher (sopa) de azeite
1 cebola picada
1.375ml de caldo de galinha ou legumes - usei o de legumes, acho mais suave
440g de arroz arbóreo ou arroz próprio para risoto
3 colheres (chá) de raspas de casca de limão
50g de parmesão ralado
20g de manteiga (extra)
sal e pimenta a gosto
Aqueça uma panela grande em fogo médio. Coloque a manteiga, o azeite e a cebola e refogue.
Aqueça o caldo e o mantenha em fogo baixo.
Junte o arroz e as raspas de limão à panela com a cebola e refogue por 2 minutos, até que o arroz fique transparente.
Vá adicionando 1 xícara de caldo por vez e mexendo sem parar. Volte a adicionar mais caldo quando o anterior tiver sido absorvido. Continue até que o arroz esteja al dente (25 a 30 minutos).
Desligue o fogo, junte o parmesão, a manteiga e o sal e pimenta, mexa e sirva imediatamente.
Rend.: 4 porções
Bolo de limão
Uma pessoa normal tomaria um banho, um remédio e ficaria deitadinha, quietinha, descansando para melhorar. O que eu fiz?? Fui pra cozinha!!
Fazia um tempão que estava com vontade de comer bolo. Não os bolos das minhas encomendas, porque estes eu não como (enjoei faz tempo). Um bolo para tomar com um chá, para trazer pro trabalho e beliscar à tarde. Sem pasta americana, ganache ou marshmallow.
Xeretando na Internet, decidi fazer um bolo de limão - adoro coisas azedinhas! Usei uma receita da Nestlé.
Fiz a massa rapidamente e, enquanto o bolo estava no forno, preparei uma comidinha básica pro jantar (arroz, brócolis no vapor, bife acebolado pro marido, omelete de queijo pra mim).
Gostei muito, a textura do bolo é macia e o sabor, ótimo. Azedinho como eu queria (em grande parte, por causa da cobertura). Não usei sementes de papoula, mas posto a quantidade pedida na receita para quem quiser usar.
Só um detalhe: fiz meia receita e usei uma forma de 20cm, mas precisei deixar um pouquinho de massa na tigela, senão o bolo transbordaria. Digo isso porque se alguém resolver fazer o bolo realmente não sei se uma forma de 28cm, como eles indicam, dará conta do recado.
Bolo de limão
5 ovos
240g de açúcar
4 colheres (sopa) de óleo
200g de iogurte natural
raspas da casca de 1 limão
suco de 1 limão
300g de farinha de trigo
3 colheres (sopa) de semente de papoula (opcional)
1 colher (sopa) de fermento em pó
Cobertura:
80g de açúcar
2 colheres (sopa) de suco de limão
Bata as claras em neve com 80g do açúcar e reserve. Bata as gemas com o açúcar restante até ficar fofo e esbranquiçado.
Junte o óleo, o iogurte, as raspas e o suco de limão e meia xícara (chá) de água e incorpore a farinha de trigo. Misture as sementes de papoula e o fermento em pó e, delicadamente, incorpore as claras em neve.
Despeje a mistura numa forma redonda (28 cm de diâmetro) untada e enfarinhada e leve ao forno médio alto (200° C), pré-aquecido, por cerca de 40 minutos ou até ficar dourado.
Misture os ingredientes da cobertura e despeje sobre o bolo ainda quente.
terça-feira, setembro 12, 2006
Pão de canela (Cinnamon swirl bread)
Achei a massa fácil de fazer, gostosa de pegar - além de ter crescido muuuuito, nas duas vezes em que ficou fermentando. Até fiquei com medo de na hora de assar o pão "vazar" das formas.
Estou ficando cada vez mais fã do fermento seco. Gosto muito do fresco, mas se a gente bobear um pouquinho ele vence na geladeira e daí o destino é um só: lixo. Já o seco fica lá no armário, bonitinho, para quando a vontade de fazer pão bater de repente (e a preguiça de ir ao mercado vier junto).
A receita dizia que a massa era elástica - e é, mesmo. Já nos primeiros passos, na batedeira, dava para perceber isso. Depois de sovar, deixei crescer por 1 hora (deu pra ver "House" até o final!!). Depois, mais 35 minutos.
Eu só tenho uma forma pequena de bolo inglês, então fiz o outro pão numa forma de bolo redonda de 15cm. Olhem só como ficaram:
Delicioso. Mas, como menino que procura passarinho, só vê passarinho, eu só vejo canela e da próxima vez vou caprichar mais no recheio.
P.S.: Posso afirmar, mais do que nunca, que cozinhar é uma terapia. Eu estava muito, muito triste neste feriado, devido à perda de um tio querido num acidente estúpido. Preparar este pãozinho aliviou meus pensamentos.
Pão de canela (Cinnamon swirl bread)
490g de farinha de trigo
1 pacotinho de fermento biológico seco (10g)
240ml de leite
50g de açúcar
56g de manteiga
1 ovo
1 colher (chá) rasa de sal (não coloquei tudo isso, usei pouco mais de meia colherzinha)
Recheio:
50g de açúcar
1 colher (chá) de canela em pó
Misture metade da farinha de trigo com o fermento na tigela da batedeira.
Em uma panelinha, aqueça o açúcar, o leite, a manteiga, mexendo para derretê-la e sem deixar a misturinha esquentar demais (deve ficar morna). Junte aos ingredientes secos e adicione o ovo. Bata na velocidade baixa por 1 minuto, mude para a velocidade alta e bata por mais 3 minutos.
Adicione aos poucos o restante da farinha e misture com uma colher de pau até obter uma massa macia. Coloque numa superfície levemente enfarinhada e sove até ficar elástica (uns 5 minutos) e faça uma bola. Coloque numa tigela levemente pincelada com óleo ou manteiga e vire a bola uma vez para que a parte de cima fique untada. Cubra com plástico PVC (ou algo assim) e deixe crescer (mais ou menos 1 hora).
Pegue a massa e dê um soco nela (seja gentil - não vale imaginar a cara do chefe nem da ex do namorado nesse momento). Divida em duas partes e deixe descansar mais 10 minutos. Abra cada parte da massa com um rolo e faça um retângulo comprido. Pincele com água. Misture os ingredientes do recheio e polvilhe metade em cada parte de massa. Feche como se fosse um rocambole, começando pelo lado menor - belisque o final da massa para vedar bem e evitar que o recheio vaze.
Coloque em formas untadas, cubra e deixe crescer novamente (35-40 minutos).
Asse em forno pré-aquecido (190ºC) até que dourem (cerca de 30 minutos).
Rend.: 1 filão de 460g e um pão mais redondinho de 470g
quarta-feira, setembro 06, 2006
Muffins de canela
Amo canela e recomendo muito esses muffins. Ficam deliciosos. Usei choc chips (porque ia um amigo do João em casa, cismei que ele ia gostar mais com choc chips), mas quero fazer de novo sem usar nada.
Tenho umas fases em que fico obcecada com certos ingredientes ou tipos de prato. Estou assim com canela. Fiz um pão de canela esta semana... que ficou horrível. Uma pedra de tão duro, um horror (até pensei em guardar alguns para jogar na cabeça da vizinha de cima).
Já peguei outra receita para tentar no feriado. Depois conto direitinho para vocês.
Se quiser ver a receita em inglês, na fonte, clique aqui. Ela usa coalhada, mas eu usei leite semi-desnatado e achei que ficaram ótimos!
Muffins de canela
280g de farinha de trigo
2 colheres (chá) de fermento em pó
½ colher (chá) de bicarbonato de sódio
½ colher (chá) de sal
1 colher (chá) de canela em pó
100g de açúcar
110g de açúcar mascavo - eu, até então, não tinha a medida correta e usei 70g
1 ovo grande
3 colheres (sopa) de óleo
1 colher (chá) de baunilha
180ml de leite
Cobertura:
50g de açúcar mascavo
½ colher (chá) de canela em pó
Opcional:
acrescentar 1 xícara (chá) de gotas de chocolate, nozes picadas ou frutas cristalizadas.
Misture a farinha, o fermento, o bicarbonato, o sal e a canela. Reserve.
Numa tigela grande, bata os açúcares e o ovo; junte o óleo e a baunilha. Adicione a esta massa a mistura de farinhas e o leite, alternadamente, sem misturar demais - a massa não pode ficar totalmente lisa, como massa de bolo.
Encha forminhas próprias para muffins até um pouquinho mais do que metade. Coloque-as dentro de forminhas de metal para que não deformem.
Misture o açúcar mascavo e canela restantes, salpique nos muffins e leve para assar em forno médio.
Rendimento: 11 a 12 muffins.
terça-feira, setembro 05, 2006
Frango com bacon (Pancetta chicken)
Tem até uma fotinha da Jill Dupleix no final, cortando umas fatias de melancia - lembrei da Ana!
Quando procuro alguma receita para fazer, busco algo novo, ou algo que leve ingredientes dos quais eu goste. É muito raro eu escolher uma receita por ser rápida. Porque cozinhar é algo que me dá imenso prazer, muito mais que um hobby - então, não tenho pressa de fazer tudo rapidinho e sair da cozinha. Definitivamente, não é esse o objetivo.
Os almoços de domingo em casa costumam sair bem tarde. O João me disse que ele curte bastante o tempo antes do almoço: eu fico preparando tudo, os cheirinhos da comida vão tomando conta da casa, ele fica beliscando alguma coisa enquanto isso (depois de ir ao mercado comigo e comprarmos os ingredientes necessários, é claro). :D
Esse franguinho é pra lá de prático. Posso garantir que até mesmo quem não tem muita intimidade com a cozinha (ou não gosta dela) conseguiria prepará-lo sem muito estresse. Precisa ganhar tempo? Enquanto ele está no forno, você pode regar o jardim, dar banho no nenê...
A Jill diz para servi-lo com milho na manteiga, mas lá em casa optamos por onion rings (refeição calórica é apelido).
Frango com bacon (Pancetta chicken)
4 coxas de frango
8 tiras de bacon - se quiser, use pancetta (clique aqui para saber mais a respeito)
1 colher (sopa) de salsinha picadinha - usei uma colher bem cheia
1 dente de alho grande, amassado e picadinho
1/2 colher (sopa) de raspas de casca de limão siciliano
sal e pimenta a gosto
Misture a salsinha, o sal, a pimenta, o alho e as raspas de limão. Esfregue essa misturinha nas coxas de frango e tente empurrar um pouquinho por dentro da pele, assim o sabor fica mais marcante. Cuidado para não exagerar no sal, porque o bacon já é salgadinho.
Enrole cada coxa com duas tiras de bacon, de forma que uma tira "comece" imediatamente no final da outra (tente não sobrepor) - elas devem ficar assim:
Leve ao forno pré-aquecido (200ºC, mais ou menos) por 45-50 minutos ou até que a carne do frango esteja bem cozidinha por dentro.
Rend.: 4 porções
Salada caprese
Lembrei de um episódio deste seriado (um dos meus preferidos ever) em que o Trey está comendo uma salada e não gosta. Pede para trocar. E a Charlotte sugere a tomato and basil salad. Vem uma salada com rodelas vermelhíssimas de tomate e folhinhas de manjericão por cima. Achei tão simples e ao mesmo tempo tão bonita.
Amo queijo e por isso coloquei uns nozinhos de mozzarella (ou, como está escrito na embalagem, "cerejas de leite" - risos). Eu estava me achando tão original. Até que lendo este post aqui descobri que a salada tem até nome - tks, Fer!!!
Salada caprese
2 tomates firmes, fatiados (usei aquele tomate italiano, bem durinho)
4 nozinhos de mozzarella
folhinhas de manjericão a gosto
azeite de oliva, sal e limão
Arrume os tomates e os queijinhos fatiados (se quiser, deixe-os inteiros) numa travessa. Coloque as folhinhas de manjericão por cima, como desejar.
Tempere a gosto.
Rend.: 1 travessinha de 20x10cm (comi toda a salada sozinha). :S
sexta-feira, setembro 01, 2006
Pimentões recheados
Se você quiser saber mais nomes de vegetais em português e inglês, clique aqui. É um link super bacana que a Valentina me enviou. Adorei - e será muito útil, já que quase todos os meus livros de receitas são em inglês.
Eu tinha uma receita de pimentões recheados feita na panela de pressão, mas nunca fiz. É super antiga: peguei no programa da Ofélia há uns 14 anos, mais ou menos. Para quem não conhece, a Ofélia foi uma culinarista famosa aqui do Brasil - se não estou enganada, a pioneira na TV. Eu amava o programa dela! Só que ia ao ar de manhã, justamente no meu horário de escola. Mas meu irmão e o Julio (o filho da mulher do meu pai, que é uma pessoa jóia) me ajudavam muito: eles gravavam o programa e eu assistia quando chegava da aula. Depois, via mais uma vez e transcrevia a receita. A fita já estava indo pro beleléu, de tanto gravar e regravar coisas por cima... Mas era tão bom!
Esses aqui foram feitos no forno, receitinha da Jill Dupleix. Achei bem saborosos; o João adorou.
A foto do livro era tão bonitinha, com um pouquinho de recheio aparecendo, meio que saindo do pimentão, e a tampinha em cima. Os meus não ficaram assim pela seguinte razão: comprar os pimentões revelou-se uma tarefa cheia de "manha" - eles tinham que parar em pé, ou então não serviriam. E os únicos que cumpriram o requisito eram gi-gan-tes. Valeram por uma refeição (calma, calma: fiz 1 para mim e 1 para o marido).
Pimentões recheados
2 pimentões vermelhos
2 pimentões amarelos
500g de carne de porco ou frango moída - usei carne bovina
1 ovo
150g de arroz cozido
4 spring onions, picadinhas/os (não encontrei no dicionário o que é, clique aqui para ver) - usei cebolinha
1 colher (chá) de páprica - não usei
1 colher (sopa) de salsinha picadinha
sal
pimenta do reíno moída na hora - não usei
400g de tomates pelados (em lata), picados
2 colheres (sopa) de azeite de oliva
1 colher (chá) de açúcar - não usei
Pré-aqueça o forno a 200ºC.
Corte tampinhas nos pimentões e reserve; tire as sementes deles e qualquer outra película que você julgar estar sobrando.
Em uma tigela, junte a carne moída, o ovo, o arroz, as/os spring onions, metade da páprica, a salsinha, o sal e a pimenta e misture com as mãos. Adicione metade dos tomates e mexa bem.
Recheie os pimentões com a mistura e coloque-os numa assadeira ligeiramente untada com óleo. Pincele um pouco de azeite de oliva nos pimentões (nas cascas). Asse por 1 hora ou até que estejam macios - nos 15 minutos finais, coloque as tampinhas no forno, também pinceladas com azeite.
Junte o restante dos ingredientes, aqueça-os e faça um molho (aqui eu fiz diferente: não consigo conceber a idéia de molho de tomate sem cebola refogadinha).
Para servir, coloque um pimentão inteiro em cada prato, com algumas colheradinhas de molho ao redor e finalize com a tampinha.
Rend.: 4 porções
quarta-feira, agosto 30, 2006
Estrogonofe de carne
De qualquer forma, achei bacana colocar a experiência aqui. Porque senão vocês vão começar a achar que tudo o que eu faço dá certo e não é assim - não mesmo!!! Vide os meus muffins "genéricos" (meu irmão me disse para usar este termo, já que a palavra "pirata" é muito forte).
Estrogonofe seco é algo que não entendo - a graça da coisa toda está no molho. Mas o João gostou justamente por causa disso - ele não gosta de comidas "molhadas". Pois é, não sei o que se passa na cabeça dele às vezes. :D
Achei as quantidades de ingredientes para o molho insuficientes. Coloquei um pouco mais de extrato de tomate, vinho e creme de leite no fim, para tentar reavivar a receita. Também não sabia que a carne deveria ser envolta em farinha de trigo antes de ser preparada - quando li isso, achei que serviria para "selar" os sucos da carne dentro dela. Dei uma olhadinha em outras receitas na Internet e esse procedimento aparecia em algumas. Ponto a favor: a carne ficou super macia, mesmo não tendo usado filé mignon.
Vou postar a receita como está no livro. Uma coisa de que não gostei: lá diz que, na hora de dourar a carne, se a quantidade não couber na panela, para ir fazendo isso em partes. Tudo bem, só que a primeira leva vai ser "privilegiada" com as cebolas e o sabor delas na manteiga. As outras, não. Como fiz uma quantidade menor, uma etapa apenas foi suficiente.
Acho que depois dos meus comentários nada amigáveis, ninguém vai querer fazer a receita. :S
Aproveito para pedir que se alguém tiver uma receita bacana de estrogonofe (ou estraga-bofe, como diz uma pessoa querida) me mande, por favor.
Estrogonofe de carne
560g de carne em tiras ou pedacinhos (usei coxão-mole)
35g de farinha de trigo temperada (usei tempero em pó pronto)
57g de manteiga
1 cebola pequena picadinha
300g de cogumelos fatiados (usei champignons)
1 colher (sopa) de extrato de tomate
60ml de vinho tinto seco
300ml de creme de leite fresco (eu não tinha em casa, então usei o de caixinha com um pinguinho de água porque estava super grosso)
Coloque a farinha num saquinho plástico, junte as tiras de carne e cachoalhe até cobrir todos os pedacinhos.
Derreta duas colheres (sopa) da manteiga numa frigideira grande, em fogo médio, e refogue a cebola por 2 minutos. Junte a carne e doure; retire da panela e mantenha aquecida. Coloque o restante da manteiga na frigideira, adicione os cogumelos e mexa até ficarem macios e levemente dourados (como usei cogumelos em conserva, macios eles já estavam). Junte o extrato de tomate e o vinho, mexa sem parar por 2 minutos ou até o molho reduzir. Junte a carne, o creme de leite (aqui inverti a ordem porque achei que funcionaria melhor na hora de misturar), abaixe um pouquinho o fogo e deixe por mais um minuto, ou até o molho engrossar.
Rend.: 4 porções
terça-feira, agosto 29, 2006
Pão de mel
Faço de vez em quando e meu marido leva para o trabalho e vende. Os colegas dele gostam bastante. Da última vez, um rapaz comprou 10 de uma vez só. Adorei. :D
Quando iniciei este blog, algumas pessoas comentaram: "mas você vai dividir as receitas dos produtos que vende?". Claro, por que não?? Aprendi muito com a Internet e comecei a minha "carreira" de boleira pesquisando no Orkut. Lá, muitas outras pessoas, que também comercializam seus doces, dividiam suas receitas, dicas, truques. Se foi tão bom para mim, porque vou cortar a corrente? Conhecimento tem que ser espalhado por aí, pra brotar em todos os lugares.
Os pães de mel da foto são feitos em forminhas próprias (6,5cm de diâmetro) e recheados com doce de leite. Depois disso, eu os banho no chocolate - uso chocolate hidrogenado ao leite (só da Nestlé, porque é mais fluido e facilita o trabalho - além da qualidade, é claro) misturado a chocolate nobre meio amargo. Desta forma, não preciso fazer a temperagem do chocolate e ainda obtenho um pão de mel menos doce, menos enjoativo. Essa dica maravilhosa quem me deu foi a Ana Maria - ela sabe tudo de pão de mel!
Os que fiz para o aniversário da Jéssica (viu, Clarice) não tenho foto pra postar. Mas usei esta mesma receita, assei em forminhas de papel para mini muffins e cobri só o topo deles com chocolate. Depois, na hora do parabéns, joguei pó dourado comestível por cima, pra fazer graça. Com a luz colorida que minha irmã tinha pedido pra colocar na festa, o dourado ficou furta-cor. :D
Você também pode assar a massa como um bolo, numa forma grande, cobrir com chocolate e cortar os pedaços.
Pão de mel
4 ovos inteiros (se forem muito grandalhões, use só 3)
220g de açúcar
150ml de óleo
150ml de água
150ml de mel ou glucose de milho - a última, mais econômica $$
360g de farinha de trigo
50g de chocolate em pó
1 colher (chá) de canela em pó
¼ colher (chá) de noz moscada
¼ colher (chá) de gengibre em pó
¼ colher (sopa) de bicarbonato
½ colher (sopa) de fermento em pó
1 pitada de sal
aprox. 800g. de chocolate para banhar - eu uso a proporção 40% de chocolate nobre e 60% de hidrogenado
Misture os ingredientes secos peneirados e reserve. Dilua o mel com a água e o óleo.
Bata os ovos com o açúcar até dobrar de tamanho. Vá juntando à mistura os ingredientes secos intercalando com os líquidos e bata em velocidade alta. Leve para assar em forminhas ou uma forma grande, untadas e enfarinhadas.
Asse por cerca de 35 minutos em forno a 200°. Para saber se estão assados, espete com um palitinho - se sair seco, pode retirar do forno.
Desenforme ainda morninhos, para que soltem melhor das forminhas.
Rend: cerca de 30 pães de mel grandes
Muffins de mexerica (a.k.a. propaganda enganosa)
Este livro havia chegado e eu não tinha nem aberto ainda. Olha que agonia. Não tinha dado tempo, mesmo. Estou com um milhão de livros pra ler, no meio de outro (uma leitura deliciosa, difícil de largar), e ainda chegam os cookbooks pelo correio... É uma tortura imensa.
A primeira receita do livro era de muffins de laranja. Em um segundo imaginei a receita sendo feita com mexerica. E foi isso que fiz.
Procurei o suco concentrado (tipo Maguary) no mercado, mas não achei: só tinha de goiaba, laranja, maracujá, caju. Então comprei as mexericas e fiz o suco em casa. Ficou grosso, porque não tirei todo o bagaço. Estava saboroso, um cor de laranja forte.
Fiz os muffins e esperei ansiosa pelo resultado. Ficaram com uma cor bonita e com o topo um pouquinho mais alto do que os que fiz antes. Acho que estou pegando o jeito com muffins. :D
Além disso, comprei umas forminhas de silicone lindas, coloridas, super práticas. Não é necessário untá-las nem polvilhar farinha. E na hora de tirar os muffins, foi facílimo: só de pegar nas forminhas, eles já "saltavam" para fora. Adorei.
Só que, ao morder, que decepção... Eles estava deliciosos, fofinhos, com uma textura ótima!! Mas... e o gosto da mexerica?? Não passou nem perto!! :(
Vou postar a receita aqui como está no livro, com laranja. Porque é assim que vou fazê-los da próxima vez.
Quem tiver o livro vai perceber que fiz uma confusão na hora de pegar as medidas de farinha. Porque usei as medidas americanas, mas na farinha não, considerei uma xícara como 120g. Como deu certo e os muffins ficaram super leves, deixei assim mesmo.
Muffins de laranja
90g de manteiga derretida, fria
200g de farinha de trigo com fermento
50g de açúcar
22g de amêndoas moídas
90ml de suco de laranja feito na hora
90ml de leite integral - usei semidesnatado
1/2 colher (chá) de bicarbonato de sódio
1 colher (chá) de fermento em pó (aqui achei que a Nigella estivesse doida. Não estava, não.)
raspas de casca de laranja
1 ovo
Pré-aqueça o forno a 205ºC.
Coloque a farinha, o açúcar, as amêndoas, o bicarbonato, o fermento e as raspas de laranja numa tigela. Numa jarrinha à parte, misture o suco, o leite, o ovo e a manteiga. Faça um buraco nos ingredientes secos e despeje nele os líquidos. Mexa rapidamente com um garfo. A massa não deve ficar lisa. Não se preocupe com os grumos.
Coloque em forminhas próprias para muffins (você pode usar de papel, se quiser) e leve ao forno por 20 minutos, ou até que dourem.
Rend.: 12 muffins (obtive 11 gordinhos e 1 mais magrinho)
segunda-feira, agosto 28, 2006
Salada de rúcula, pêra e parmesão
Adoro salada. Gosto de quase todos os vegetais, sério mesmo. De alguns, não gosto tanto. Não vejo graça em alface, por exemplo. Coisa mais sem gosto. Adoro as folhas com sabor mais forte, como agrião e rúcula.
Vi uma receita quase igual a essa no Modern Classics 1. Parecia uma salada de um restaurante onde almocei algumas vezes.
Gosto muito de frutas nas saladas - algo que comecei a apreciar faz pouco tempo (tenho mudado, aos poucos, meus conceitos de boa comida. Não sei se é porque estou mais velha, whatever).
No livro, entretanto, o queijo usado é o gorgonzola - confesso que acho um pouco forte. Xeretando num outro livro do qual gosto muito, vi uma salada igual, só que com lascas de parmesão no lugar do gorgonzola. Para mim, uma troca perfeita.
Usei um parmesão mais macio, não o reggiano. Às vezes, é ruim morar fora de São Paulo - não encontramos tudo o que queremos. Mesmo assim, ficou gostoso. Acho até que combinou bem com o crocante das pêras.
Não há um contraste muito interessante de cores (já que a pêra e o queijo são da mesma cor), mas os sabores ficam excelentes juntos.
Não estou colocando as mesmas quantidades do livro porque acho que cada um deve "exagerar" mais no ingrediente que preferir (eu exagerei nas pêras).
A receita original traz azeite de oliva e vinagre balsâmico como os ingredientes para o molho, mas eu não tinha esse vinagre em casa - optei por azeite e limão, com um pouquinho de sal. Use o que mais lhe agradar.
Salada de rúcula, pêra e parmesão
1 maço de rúcula
1 pêra firme
queijo parmesão a gosto
Coloque as folhas de rúcula numa travessa (eu comprei uma rúcula compridona, por isso rasguei as folhas uma vez com as mãos). Fatie as pêras e coloque na tigela. Corte o parmesão em lascas e acrescente à salada. Tempere com o azeite, sal e limão (ou vinagre balsâmico, se preferir). Misture e sirva.
Rend.: 2 porções (ou mais, se o apetite de vocês não for exagerado como o meu).
Brownies de doce de leite
Outra receitinha que usei no aniversário da Jéssica. Peguei daqui.
Foi um pouco corrido fazer os doces do aniversário dela (além do bolo), porque seria na praia e a viagem me roubaria preciosas horas. Então, pensei em fazer algo diferente dos docinhos tradicionais e que também fosse prático para mim. Consegui isso com os brownies, porque enquanto eles assavam fui adiantando mil outras coisas. E depois, um pouco antes do parabéns, cortei e coloquei nas forminhas. Rapidíssimo.
A textura é deliciosa. Bem macios, molhadinhos. E o doce de leite aparecendo por onde menos se espera é uma delícia de surpresa.
Optei por algumas diferenças na receita, porque o meu "público alvo" era um bando de adolescentes... Mas deixo-a completa aí para vocês escolherem as opções que desejarem.
Dobrei a receita (para usar uma forma grande) e os cortei pequeninos por serem para a festinha, mas você pode fazê-los maiores, servi-los morninhos, com sorvete, hummm...
Brownies de doce de leite
115g de manteiga em pedacinhos - eu usei sem sal, mas ele diz que tanto faz
170g de chocolate amargo ou meio-amargo, picado bem fininho - usei meio-amargo
25g de cacau em pó - usei chocolate em pó
3 ovos grandes
200g de açúcar
1 colher (chá) de extrato de baunilha - usei essência
140g de farinha de trigo
100g de nozes ou pecãs, levemente tostadas e picadas (opcional) - não usei
250g de doce de leite
Pré-aqueça o forno a 175ºC.
Forre uma forma quadrada de 20cm com papel alumínio, de forma que fiquem partes de papel para fora da forma, formando "alças". Se você não tiver uma folha grande papel alumínio (eu tenho, sou o exagero em forma de gente), coloque duas folhas cruzadas. Unte o papel com manteiga ou spray culinário. Eu comecei a untar e o papel dançava cada vez que eu passava o pincel. Daí pincelei um pouco de manteiga entre ele e a forma, grudando-o bem.
Derreta a manteiga numa panela média. Junte o chocolate e mexa sem parar, em fogo bem baixinho, até derreter. Retire do fogo e misture o cacau em pó (a mistura vai parecer sedosa). Junte os ovos, um por vez, o açúcar, a baunilha e a farinha. Se for usar, adicione as nozes.
Coloque metade da mistura na forma; vá pingando colheradas de doce de leite (use 1/3 da quantidade) por cima e dê uma misturada leve com um garfo ou faca, sem mexer demais. Coloque o restante da massa de brownie por cima, pingue o restante de doce de leite e proceda da mesma forma - eu fiz de outro jeito: coloquei toda a massa e pinguei o doce de leite por cima e fiz os "rabiscos" com o garfo. Achei que fazer do modo como a receita indica ficaria muito raso e difícil de espalhar o doce de leite.
Asse por 35 a 45 minutos - os brownies estarão prontos quando o centro estiver levemente firme. Retire do forno, deixe esfriar completamente.
Na hora de cortar, se você quiser, pode levantar os brownies da assadeira (usando as "alças" de papel alumínio) e colocar numa pia ou bancada. Fica mais fácil e não vai arranhar a sua forma.
Rend.: 12 unidades
sábado, agosto 26, 2006
Bicho-de-pé
As férias foram maravilhosas, pena que já estejam acabando... :(
Tenho algumas coisas novas para postar.
Dia 17 de agosto foi aniversário da minha irmãzinha caçula, a Jéssica. Todos os anos eu faço o bolo e os docinhos dos aniversários da família, mas os dela são especiais. Ela é o xodó da casa.
A festinha foi no sábado, dia 19. Fiz um bolo de chocolate, recheado com brigadeiro e coberto com pasta americana. Modelei uma menininha e uma cachorrinha e coloquei em cima do bolo - a Jéssica e a Pi.
Olhem as fotos dele aí:
Para os docinhos, o tradicional brigadeiro e também bicho-de-pé. Além deles, minibrownies de doce de leite e mini pães de mel.
As meninas gostaram mais do bicho-de-pé do que do brigadeiro; eu também gosto mais dele, porque o azedinho da gelatina de morango corta um pouco o doce do leite condensado, mas as crianças o preferirem ao tradicionalíssimo brigadeiro foi uma surpresa para mim. Uma amiguinha da Jéssica falou para uma outra que o brownie "era o mais maravilhoso". Eu vi e achei graça.
Hoje vou postar a receita do bicho-de-pé. Não sei porque um docinho tão gostoso tem um nome tão feio... :P
Ele é simples de ser feito - é como fazer brigadeiro, não tem mistério. Também é super gostoso de comer com colher, naqueles dias em que precisamos de um docinho pra alegrar nossas vidas...
Bicho-de-pé
1 lata de leite condensado (eu uso o Moça porque os outros não têm a mesma consistência e fica mais difícil e demorado dar o ponto nos docinhos)
1/2 caixinha de gelatina sabor morango
1 colher (sopa) de manteiga ou margarina sem sal
Misture bem os ingredientes e leve ao fogo baixo, mexendo sempre. Continue mexendo até a mistura se desgrudar do fundo da panela.
Despeje num prato untado com margarina ou manteiga e deixe esfriar completamente.
Faça bolinhas e passe no açúcar refinado.
Rend.: aprox. 40 docinhos
quinta-feira, agosto 17, 2006
Biscoitinhos de amêndoas (Greek almond cookies)
Queria presentear uma pessoa bacana e pensei em fazer umas trufas. Mas não sabia se ela gostava de chocolate ou não - sei há algumas pessoas (loucas) no mundo que não gostam de chocolate. :D
Daí resolvi que faria cookies. Só que não podiam ser de chocolate. De canela e gengibre nem todo mundo gosta. Baunilha achei simplezinho demais. Coco também achei meio obscuro. Que dúvida!
Resolvi optar por algo que acho mais clássico: amêndoas.
Elas aparecem em uma grande parte de receitas doces que tenho. Não só as amêndoas - a farinha de amêndoas (que lá fora é chamada de almond meal) também é um ingrediente super corriqueiro. Aparece em biscoitinhos, bolos, massas de tortas. Já fiz bolo com farinha de amêndoas e o resultado é um bolo bem úmido, com uma textura maravilhosa e um sabor idem.
A receita destes cookies saiu deste livro aqui.
Gostei do formato de meia lua deste biscoitinho e achei que seriam fáceis de serem modelados. E foram mesmo: a massa tem uma consistência bárbara, não gruda nas mãos.
Tostei as amêndoas e passei rapidamente pelo processador, pulsando algumas vezes - assim obtive pedaços pequenos, mas sem chegar à consistência de farinha.
Não tirei as cascas delas, pois queria o efeito "pintadinho" nos cookies. Mas, se você preferir tirar, dê uma olhada no blog da Karen - ela ensina a fazer isso de uma maneira fácil e rápida.
Biscoitinhos de amêndoas (Greek almond cookies)
250g de manteiga sem sal amolecida
95g de açúcar de confeiteiro
1 colher (chá) de essência de baunilha
305g de farinha de trigo
100g de amêndoas, tostadas e picadas
açúcar de confeiteiro para servir
Bata a manteiga, o açúcar e a baunilha até obter um creme claro e leve. Junte a farinha e as amêndoas e misture até formar uma massa uniforme - fiz isso na batedeira, mesmo, usando uma velocidade mais baixa para não voar a farinha. Depois aumentei e a bola de massa se formou. Leve à geladeira por 10 minutos, ou até que a massa fique mais firme.
Pegue porções da massa - cerca de 1 colher (sopa) cheia - e modele os biscoitinhos. Coloque-os em formas forradas com papel manteiga (não é necessário untar).
Leve ao forno pré-aquecido (180ºC) por 25 minutos, ou até que dourem levemente. Deixe esfriar e polvilhe com açúcar de confeiteiro antes de servir.
Rend.: 47 biscoitinhos de 15g cada.
Pão de cenoura
Quando era adolescente, tinha um pouco de preguiça de usar fermento biológico. Demorava muito pra chegar ao resultado da receita. Acabava fazendo mais bolos.
Tempos depois, quando ainda era solteira, fui perdendo a preguiça e muitas vezes fiz esfiha em casa. Era uma missão hercúlea, porque à medida que eu ia tirando as formas do forno, meu irmão ia comendo todas as esfihas. Não estou exagerando, não. Todas, mesmo. E a minha irmã caçula ia no embalo dele. Ao final do trabalho, era olhar pro lado e encontrar 4, 5 esfihas sobrando.
Esta semana fui ao mercado e, em casa, enquanto guardava alguns alimentos na geladeira, notei que ainda tinha 1 quadradrinho de fermento fresco. E que ele iria vencer naquele dia. Como não gosto de jogar nada fora, comecei a pensar em alguma receita para poder usá-lo. É claro que a idéia de ter um pão fresquinho para o café da manhã no outro dia também me incentivou.
Procurei pela farinha de trigo no armário e, ao pegar o pacote, li o nome da receita que estava impressa nele: "pão de cenoura". Na hora imaginei um pão cor de laranja saindo do forno. Já havia testado uma receita de pão de cenoura uma vez, mas não gostei do resultado. Resolvi tentar novamente.
A massa é super molinha, usei só um pouquinho a mais de farinha de trigo do que a receita pede inicialmente - as cenouras que usei eram bem suculentas.
Assim que termina de amassar, você já modela os pães e aí, sim, deixa a massa crescer.
Depois de uns 40 minutos, a minha massa não tinha crescido quase nada. Como já eram mais de 10 horas da noite, pré-aqueci o forno e assei o pão assim mesmo.
Ele dobrou de volume enquanto assava.
O resultado foi um pão bem úmido, da cor que eu imaginava que seria. Não tão macio quanto o pão de mandioquinha, mas também gostoso. Quentinho, com manteiga, ficou delicioso. Além disso, é mais uma forma de consumir vegetais, o que acho sempre válido.
Se você gosta de pães mais secos, talvez não vá gostar deste.
Fiz metade da receita, mas vou postá-la inteira aqui:
Pão de cenoura
15g de fermento biológico
60g de açúcar
500g de cenouras cozidas
40g de manteiga ou margarina
3 colheres (sopa) de óleo
1 pitada generosa de sal
3 ovos
480g de farinha de trigo
Amasse o fermento com o açúcar até obter uma pastinha. Reserve.
Bata no liquidificador a cenoura, a manteiga, os ovos, o óleo e o sal. Despeje na tigela com o fermento e misture.
Vá juntando a farinha aos poucos e mexendo para formar uma massa uniforme. Acrescente mais farinha, se necessário (cuidado para não exagerar. O seu pão pode ficar duro).
Coloque a massa numa superfície polvilhada com farinha e sove. Modele os pães como desejar e coloque numa forma untada.
Cubra com um paninho de prato e deixe crescer até dobrar de volume.
Leve para assar em forno pré-aquecido (180ºC), por cerca de 30 minutos, ou até que doure.
Rend.: com meia receita, obtive um filão de 600g.
segunda-feira, agosto 14, 2006
Cinnamon rolls
Semana passada estava com uma vontade louca de fazer um bolo. Porém, não conseguia escolher o sabor. Às vezes, sou muito indecisa.
Peguei umas receitas lindas da Valentina, estava de olho num bolo de iogurte que ela fez. Só que ao chegar em casa vi que não tinha fermento em pó suficiente. Que desespero, ai, ai. Imagina, uma boleira sem fermento em casa. Shame, shame, shame.
Lembrei que tinha fermento seco para pães e fui procurar uma receita para poder usá-lo. Depois de revirar uma pilha de papéis, encontrei a receita de Cinnamon Rolls da Akemi. Fui correndo pra cozinha.
Ela avisara que a massa era um pouco grudenta. Mas eu comecei a ficar (levemente) preocupada quando a massa grudou todinha no granito. Eu sovava, sovava, e a danada grudava nas minhas mãos. E na espátula. :(
Akemi, querida, não fique brava, mas até considerei a possibilidade de jogar tudo fora. Achei que eu tivesse feito algo errado no processo. Estava cismada com as medidas em gramas dos ingredientes líquidos.
Além disso, Law & Order SVU já ia começar e eu ainda estava lutando com a massa. Precisava correr.
Depois de sovar bastante ela começou a se desgrudar das minhas maos e, depois, da pia. Ufa, que alívio.
Foi a primeira vez que usei fermento seco para pães e confesso: não colocava muita fé no produto. Depois de 1 hora, fui olhar a massa e notei que havia crescido bem.
Mas a minha grande surpresa foi na segunda vez em que deixei a massa para crescer: por causa do jeito que enrolei a massa, obtive rolls meio magrinhos, pobrinhos mesmo. Só que eles cresceram tanto que ficaram juntinhos dentro da forma.
Queimei a língua. O tal fermento funciona muito bem.
Não tinha cream cheese em casa, então deixei meus rolinhos sem cobertura. Mas recomendo fazer - cliquem aqui e vejam como ficaram lindos os rolls da Akemi. Iguaizinhos aos que compramos nos shoppings.
Vou postar a receita já dobrada, que rendeu a forma retangular cheia.
Cinnamon rolls
Massa:
400g de farinha de trigo
32g de açúcar
6g de sal
60g de margarina
180g de leite
64g de ovo
8g de fermento seco para pão
40g de água morna
Recheio:
50g de açúcar mascavo
8g de canela em pó
uma pitada generosa de noz moscada
margarina amolecida para espalhar na massa - cerca de 2 colheres (sopa)
Cobertura:
70g de margarina
30g de cream cheese
40g de açúcar
algumas gotas de essência de baunilha
Coloque numa tigela a farinha, o açúcar, o sal, a margarina e o ovo batido com o leite. Dissolva o fermento na água morna e coloque na tigela também. Misture com colher de pau até absorver toda a farinha. Jogue a massa numa superfície e vá sovando e batendo a massa na mesa até ficar uma massa lisa e homogênea.
No começo não estranhe se ficar tudo grudado na mesa e nas mãos. Não coloque mais farinha do que o pedido. Conforme vai sovando, a água vai se evaporando e a massa começa a desgrudar das mãos.Faça uma bola com a massa e feche bem as pontas formando um umbiguinho. Coloque a massa com o umbigo para baixo na tigela novamente. Cubra com filme plástico e deixe crescer em lugar abafado por cerca de uma hora ou até que dobre de volume.Depois disso, coloque a massa numa superfície enfarinhada e amasse gentilmente formando uma tira comprida. Use o rolo de massa para esticar até o tamanho de 9x40cm (aqui, você vai obter uma massa maior, por causa das quantidades que postei). Espalhe margarina amolecida na superfície da massa, deixando 5cm sem untar no final da massa. Misture o açúcar, a canela e a noz moscada e polvilhe em cima da margarina.
Enrole a massa gentilmente, sem puxar ou forçar. No final, aperte-a. Vai parecer um rocambole. Fatie a massa, formando os rolls. A cada fatia que eu cortava, escolhia o lado que ficava mais fechadinho e terminava de fechar com as pontas dos dedos - essa parte era colocada para baixo, em contato com a forma. Use uma forma untada.
Cubra com filme plástico e deixe crescer novamente. Essa segunda "crescida" da massa demorou uns 25 minutos.
Pincele com ovo (eu optei por não fazer isso) e leve para assar em forno pré-aquecido a 180ºC por 20 minutos ou até que doure.
Misture bem os ingredientes da cobertura e espalhe nos rolinhos ainda quentes.
quinta-feira, agosto 10, 2006
Filé com cogumelos
O problema é que temos uma espécie de impasse em casa. Eu não gosto de carne vermelha, meu marido não é muito chegado a frango e peixe. Então, de vez em quando, um ou o outro cede um pouquinho e vou variando o cardápio e os tipos de carne.
Domingo passado fiz este filé com cogumelos. Tenho que ser sincera com vocês e dedurar o João: ele não comeu o molho. Só a carne e o brócolis. Eu provei tudo, mas confesso que não consegui gostar. Tento comer, tento gostar, mas não dá, é mais forte do que eu (clichês novelísticos à parte).
Ele adorou e repetiu. Eu preferi ficar com o arroz, brócolis e puxei os cogumelos pro meu prato.
Usei filé mignon, porque sou extremamente ignorante em se tratando de cortes de carne. Escolhi algo que com certeza ficaria macio. Pedi que o açougueiro fizesse medalhões, mais ou menos altos. Você pode optar por outra carne, se quiser.
Cozinhei as arvorezinhas de brócolis no vapor. Gosto porque ficam super verdinhas. Para variar, você pode aquecer uma panela com um pouco de azeite, dourar fatias bem finas de alho (cuidado para não dourar demais, senão elas ficam amargas) e passar rapidamente o brócolis (cozido, mas firminho). Fica ótimo também.
Fiz algumas alterações nos ingredientes, acabei descaracterizando um pouco a receita... Vou postá-la completa para vocês verem. Minhas mudanças estarão entre parênteses.
A receitinha saiu deste livro - é o segundo que compro da mesma coleção (o primeiro foi este aqui). Fotos em todas as receitas, todas mesmo. Deixa qualquer um com água na boca.
Ah, a pimentinha no prato foi idéia do João. Ele a colheu da nossa mini horta, olha que luxo. :D
Filé com cogumelos
4 xícaras de buquês de brócolis
225g de de vagem (não usei)
1 colher (sopa) de óleo vegetal
60g de manteiga
4 filés, com cerca de 2,5cm de espessura
3 dentes de alho, bem picadinhos
3 xícaras de cogumelos variados (usei só champignon)
2 colheres (sopa) de tomilho fresco picado (usei cebolinha)
120ml de xerez seco (usei vinho branco seco)
Tempere os filés com um pouquinho de sal (e pimenta, se gostar). Reserve.
Cozinhe o brócolis e a vagem em água fervente, por 3 a 4 minutos, até que estejam cozidos mas ainda crocantes.
Derreta 1 colher (sopa) da manteiga, junte o óleo e frite os filés, deixando-os de acordo com o seu gosto (mal-passados ou mais ao ponto). Coloque numa travessa e cubra com papel alumínio.
Na mesma panela, em fogo médio, adicione mais 1 colher de manteiga e refogue o alho e os cogumelos. Tempere a gosto. Cozinhe até os cogumelos ficarem macios. Adicione o tomilho e retire da panela.
Despeje o vinho na panela, algum suco que a carne reservada tenha soltado e mexa até "limpar" o fundo da panela. Deixe ferver, abaixe o fogo e deixe reduzir para 1/3 xícara, mais ou menos. O livro diz que o líquido fica um pouquinho mais espesso, mas não foi bem assim que aconteceu. O fundo da minha panela não tinha muitos resíduos da carne, acho que foi por isso que o molho ficou mais ralinho. Mesmo assim, ficou saboroso.
Junte o restante da manteiga, aos poucos - o molho ficará mais brilhante.
Para servir: coloque os filés nos pratos, cubra com os cogumelos e regue com o molho. Sirva com o brócolis e a vagem.
Rend.: 4 porções
terça-feira, agosto 08, 2006
Pão de mandioquinha
Passei vários finais de semana na casa dela na infância e adolescência, era sempre muito gostoso.
A mãe dela, minha tia Angélica, cozinha maravilhosamente bem. Foi com ela que aprendi a fazer meu primeiro bolo, pão-de-ló de fubá.
Minha prima tem três filhos (na época, ela só tinha dois) e costumava tratá-los com homeopatia. E uma vez fui com ela a uma farmácia de manipulação enorme - se não me falha a memória, era em Moema.
A farmácia era bem diferenciada: além dos remedinhos e cremes manipulados, havia também alimentos naturais e brinquedos educativos feitos em madeira (entre eles, uma casa de bonecas gigante pela qual eu tinha um enorme fascínio). Lá, minha prima comprou, algumas vezes, um pão de mandioquinha divino. Tinha o formato de pão de forma, aliás, vinha fatiado e embalado como tal, mas era incrivelmente macio e fofinho, amarelinho, delicioso. Impossível resistir. Se estivesse quentinho e com um pouquinho de manteiga espalhada por cima, então, era se segurar para não devorar tudo em questão de segundos.
Hoje é aniversário da Talita, uma das filhas da Sô, e ontem me lembrei destes momentos. Procurei na Internet uma receita, queria muito tentar reproduzir o saboroso pãozinho. Encontrei aqui.
Voltei no tempo saboreando este pão... :D
Fiz meia receita e gostei do rendimento. Obtive um filão de 560g e mais 4 pãezinhos redondos de 120g cada um.
A massa é boa para trabalhar, não fica grudenta. E também não me preocupei com o "ponto" do pão: a quantidade dada de farinha foi perfeita.
Depois do tempo de crescimento, achei que a massa não tinha crescido tanto quanto eu desejava. Mas quando coloquei os pãezinhos pra assar, eles aumentaram bastante de tamanho.
Não pincelei a massa com gema (esqueci, mesmo), mas achei que o pão ficou com uma cor dourada bonita, você decide se pincela ou não.
Tali, princesinha, se você estiver lendo, feliz aniversário e um beijo enorme, te adoro!
Pão de mandioquinha
90g de açúcar
200ml de óleo
50g de fermento biológico
4 ovos
500g de mandioquinha
1kg de farinha de trigo
sal - acho que 1/2 colher (chá) é suficiente
gema para pincelar
Cozinhe a mandioquinha, escoe, amasse e deixe esfriar. As minhas ficaram bastante tempo na pressão, quando as escorri já viraram um purê. Bem prático.
Bata no liqüidificador o açúcar, o óleo, o fermento e o ovos. Peneire a farinha numa tigela, faça uma cova no centro e despeje a mistura do liqüidificador e o purê de mandioquinha. Acrescente o sal e misture até a massa se desprender das mãos. Modele os pães da forma como desejar, coloque-os em uma forma untada e enfarinhada e deixe-os crescer por 45 minutos.
Leve ao forno pré-aquecido e asse a 180ºC até que dourem. Os meus demoraram uns 30 minutos para assar.
Rend.: um filão de 560g + 4 pãezinhos redondos de 120g cada um.
segunda-feira, agosto 07, 2006
Scones com gotas de chocolate
O problema é que sempre demoro muito porque, enquanto procuro determinada palavra, vou encontrando outras interessantes pelo caminho e não me contenho: leio todas.
Sabia que scones eram um tipo de pãozinho originário da Escócia. Mas achei melhor dar uma olhadinha no Oxford antes de postar. Lá dizia que eram pãezinhos achatados e macios, feitos de farinha de trigo e cevada, assados rapidamente. Até aí, nada muito extravagante.
O que me chamou a atenção foi o verbete anterior, "Scone" - assim mesmo, com letra maiúscula.
Scone era uma aldeia de Tayside, antiga capital da Escócia. E nesta vila havia uma pedra sobre a qual os reis escoceses eram coroados.
A pedra hoje está sob o trono da Abadia de Westminster, onde são coroados os monarcas ingleses.Achei muito interessante a história.
Imagine, uma pedra ser um símbolo tão especial, local de algo tão importante. Excalibur me veio à mente.
Acabei me lembrando de umas aulas deliciosas que tive na faculdade, com o Leandro Karnal.
Ele foi nosso professor de Cultura e Civilização Inglesas (no terceiro ano) e Cult. e Civ. Norte-Americanas (no quarto). Ele era hilário. O modo de falar de história nos fazia rir muito e memorizar um mundo de informação. Seus comentários nas provas e trabalhos eram, por vezes, um tanto ácidos.
Uma vez, uma colega respondeu uma questão em poucas linhas. Ele escreveu: "hum... que pobrinho..."
Ainda me recordo de muita coisa que aprendi nas aulas - que eram muito bacanas, apesar de ele arrancar nossas peles nas provas.
Infelizmente, esqueci bastante coisa também. Sabia de cor todas as dinastias, quem matou quem para subir ao trono, etc.
Para quem quiser conhecer o método único do Leandro, ele dá aulas na Casa do Saber, em São Paulo. Os cursos são meio caros, mas para quem gosta de História são um prato cheio (desculpem, mas não resisti ao trocadilho). :)
Os meus scones têm gotinhas de chocolate e a receita foi tirada daqui. Gostei da textura, bem macia.
Usei metade das gotas que a receita pede e achei mais do que suficiente. Vai depender do quão chocólatra você é.
Mesmo no dia seguinte ainda estavam gostosos (aquecidos no microondas).
Não coloquei a cobertura de açúcar e canela, para não ficar muito doce. Mas posto aqui para quem quiser provar.
Scones com gotas de chocolate
280g de farinha de trigo
50g de açúcar
1 1/4 colher (chá) de fermento em pó
1/4 colher (chá) de bicarbonato
1/4 colher (chá) de sal
115g de manteiga gelada e em cubinhos
90g de gotas de chocolate
1 colher (chá) de essência de baunilha
160ml de coalhada
Para pincelar os scones:
1 ovo (meio seria suficiente, mas...)
1 colher (sopa) de leite
Cobertura de canela:
50g de açúcar
1 colher (chá) de canela em pó
Pré-aqueça o forno a 200ºC. Forre uma assadeira com papel manteiga.
Numa tigela, misture a farinha, o açúcar, o fermento, o bicarbonato e o sal. Junte a manteiga e vá misturando com as pontas dos dedos, até tudo ficar com uma consistência de farelo grosso. Adicione as gotas de chocolate.
Misture bem a coalhada com a baunilha e despeje nos ingredientes secos. Misture até obter uma massa (não mexa demais).
Transfira-a para uma superfície enfarinhada e amasse 3 ou 4 vezes com as mãos. Todos os farelinhos que estavam na tigela vão grudar na massa e você vai ter uma bola.Modele-a em formato de disco, como uma pizza. O meu disco de massa tinha aprox. 20cm de diâmetro de uns 3,5cm de espessura.
Corte triângulos (como a foto abaixo), coloque-os na forma preparada e pincele com o ovo misturado ao leite.
Se você optar por usar a cobertura de canela, este é o momento. Misture a canela e o açúcar e salpique sobre os scones logo depois de pincelá-los com o ovo.
Leve ao forno por 20 minutos, aproximadamente, ou até que estejam dourados.
Rend.: 8 scones
sexta-feira, agosto 04, 2006
Almôndegas à minha moda
Como agora também estou evitando comer coisas muito calóricas (não é sempre que consigo, a carne é fraca...), o forno se torna um ótimo aliado.
Em vez de fritar, opto por assar. Sempre que possível, faço a troca.
A receita que usei como base dizia para cozinhar as almôndegas no vapor. Por mais que eu esteja interessada em comidinhas light, carne moída no vapor é um pouco demais. :P
Vamos ser honestos: esse negócio de contar calorias é uma chatice. Não é à toa que as pessoas começam as dietas na segunda e na quarta já desistiram.
E, para piorar, entro aqui e aqui e fico babando nos doces das meninas... hum...
Cuidado ao entrar, porque elas são sádicas mesmo - a cada dia postam uma receita mais deliciosa do que a outra. Aviso que são altamente viciadoras ("viciantes" o Houaiss não permite).
Enfim... Vamos às almôndegas.
Formei bolinhas grandes com a massa, coloquei um pedacinho de bacon no meio, como recheio (a pedido do marido) e levei ao forno alto.
Depois de assadas, arrumei as almôndegas num refratário, cobri com molho de tomate e deixei no forno, desligado mesmo, só para manter o prato aquecido.
Está muito frio aqui por estes dias e os alimentos esfriam rápido demais.
Outra alteração que fiz foi passar as bolinhas na farinha de rosca antes de assar, pra tentar formar uma casquinha. Funcionou bem.
Se quiser, varie o recheio das almôndegas. Da próxima vez quero colocar um pedacinho de queijo e um de azeitona.
Almôndegas à minha moda
500g de carne moída (use a de sua preferência)
2 colheres (sopa) cheias de cebolinha picada
1 cebola média picada
2 dentes de alho amassados
1 ovo
2 colheres (sopa) de farinha de trigo
2 colheres (sopa) de azeite de oliva
sal a gosto
molho de tomate
Coloque todos os ingrendientes no processador e bata por 2 minutos, ou até obter uma pasta homogênea - o meu processador é pequenininho, então fiz uma pasta com a cebola, o azeite, o alho e o sal e misturei à carne numa tigela, juntando a farinha e o ovo. Misturei bem com as mãos (usei luvas plásticas, mania minha).
Não se assuste com a consistência da massa. A cebola que usei tinha bastante suco, então achei que a massa estava mole demais e que nunca ficaria no formato que eu queria. Ficou, sim.
Molde as bolinhas do tamanho que preferir. Se quiser, recheie as almôndegas.
Tentei fazer um tamanho médio, porque achei que muito pequenas iam ressecar no forno e muito grandes demorariam muito para assar, correndo o risco de não ficarem bem cozidinhas por dentro.
Coloque as almôndegas numa assadeira levemente untada (eu uso anti-aderente) e leve ao forno por cerca de 30 minutos.
Retire do forno, arrume-as numa travessa bonita e cubra com o molho de tomate. Se quiser, polvilhe queijo ralado. Mantenha-as aquecidas até a hora de servir.
Rend.: 10 almôndegas (as minhas tinham cerca de 5cm de diâmetro de 4cm de altura).
terça-feira, agosto 01, 2006
Muffins-doughnuts de geléia (ou Nigella strikes again)
Vocês vão achar que tenho mania de geléia de goiaba. Na verdade, tenho mania de geléias em geral.
Adoro. Acho que é a "coisa" mais gostosa para se passar no pão, na torrada. E, para ser sincera, a de goiaba é uma das minhas preferidas.
A idéia de um muffin que ao mesmo tempo era um doughnut me pareceu muito interessante.
Fiz metade da receita com geléia de goiaba e a outra metade com Nutella. Para meu espanto, os de geléia ficaram bem mais saborosos. E olha que amo Nutella (who doesn't???)
Não sei que tamanho de forminhas a Nigella usa, mas os meus muffins renderam metade do que está no livro.
Confesso que tenho uma parcela de culpa - acabei exagerando na hora de colocar massa nas forminhas, queria que os muffins ficassem com um topo bem pomposo. Não funcionou. :( Mas ficaram gostosos.
A massa lembra um doughnut mesmo, é mais porosa do que massa de muffin.
Da próxima vez, entretanto, não vou colocar a cobertura de açúcar, porque fica doce demais pro café da manhã - e também preciso economizar um pouco nas calorias.
Bem feito, né? Quem mandou ir procurar receita no capítulo "children" do livro...
Muffins-doughnuts de geléia
1/2 xícara de leite
7 colheres (sopa) de óleo de milho ou outro vegetal (usei soja, mesmo)
1 ovo grande
1/2 colher (chá) de extrato de baunilha
1 1/3 xícaras de farinha de trigo com fermento
1/3 xícara de açúcar
12 colheres (chá) de geléia
Cobertura:
1/2 xícara de manteiga sem sal derretida
1/2 xícara de açúcar
Pré-aqueça o forno a 190ºC.
Peneire a farinha numa tigela e misture o açúcar. Com um garfo, bata juntos o leite, óleo, ovo e baunilha. Faça uma "cova" nos ingredientes secos e despeje os líquidos nela, mexendo tudo rapidamente (sem misturar demais). Coloque um pouquinho de massa no fundo de cada forminha, adicione 1 colher (chá) de geléia (ou outro recheio que vc preferir) e cubra com mais massa.
Asse por cerca de 20 minutos ou até que estejam completamente assados.
Retire-os do forno e proceda da seguinte forma para a cobertura: passe os muffins na manteiga e, em seguida, no açúcar.
Como eu usei forminhas de papel, só fiz isso no topo deles.
Se você usar forminhas de metal, pode passar o muffin todo na cobertura.
Rend.: 12 muffins (a minha receita rendeu 6) :(
quarta-feira, julho 26, 2006
Carne grelhada com molho chimichurri (adaptada)
Na infância, era o bife no meu prato, eu olhando para ele (com cara de nojo) e a minha mãe com o chinelo na mão. Comia obrigada, mesmo, só sob ameaça.
Mas meu marido é carnívoro e dizem que por amor fazemos sacrifícios... :D
Esta receita peguei no Trem Bom. Parecia gostosa, suculenta, e o molho verdinho me chamou a atenção (adoro salsinha). Decidi testar.
Dei uma adaptadinha de leve, para que ficasse mais ao nosso gosto. Sou exagerada por natureza e comprei um pedaço de carne muito grande/grosso. Então ela nunca ficaria boa "por dentro" apenas grelhando (ou demoraria séculos, quem sabe?). Depois de grelhar o pedaço inteiro, fatiei e voltei a grelhar os steaks.
A carinha do prato estava ótima (olhem a foto e concordem comigo, por favor). :D
Resolvi experimentar. Surpresa: a carne estava super macia, suculenta, como eu imaginei que ficaria. Parece que o processo de cozimento manteve todos os sucos dentro da carne e, conforme cortávamos os pedacinhos, aquilo ia se transformando num molho de cor bonita, apetitosa.
No dia seguinte, fatiei o restante da carne e fiz na wok, com manteiga e um montão de cebola em rodelas. É uma outra opção, fica bem gostoso.
É uma receita que farei novamente, mas da próxima vou tirar o coentro do molho, pois não gostamos muito do sabor...
Carne grelhada com molho chimichurri (adaptada)
1 kg de miolo de alcatra (confesso que não sei se outro corte ficaria bom)
2 colheres (sopa) de azeite de oliva
1/2 colher (chá) de cominho em pó
1/2 colher (chá) de coentro em pó
pitadinha de pimenta de cayenne ou outra pimenta em pó - eu não tinha em casa e usei duas pimentinhas dedo de moça, minúsculas, da hortinha que fiz na minha varanda
sal a gosto
Molho chimichurri
2 dentes de alho grandes, amassados
1 maço de coentro picadinho
1 maço de salsinha picadinho
3 colheres (sopa) de vinagre de vinho branco
75ml de azeite de oliva
Molho: ponha todos os ingredientes numa tigela e misture bem. Reserve.
Misture bem o azeite de oliva, cominho, coentro, a pimenta e sal numa vasilha. Coloque a carne neste tempero, virando dos dois lados para que ela fique toda recoberta.
Esquente bem a grelha e ponha a carne. Se gostar de mal passada é só deixar por 3 min de cada lado; no ponto só precisa de 4 min de cada lado; e a bem passada por 5 minutos. Retire e coloque numa tábua. Fatie a carne e sirva imediatamente.
O molho pode ser regado sobre a carne ou você pode mergulhar as fatias no molho à medida que for comendo.
segunda-feira, julho 24, 2006
Brioches de laranja
Confesso que desde que descobri o maravilhoso mundo dos food blogs, não parei mais de clicar, ler, clicar, ler...
Alguns estão aí na coluna ao lado. Eu os visito regularmente. Adoro ver as novidades, ler as histórias, admirar as fotos. Já testei algumas receitas e outras estão aguardando um tempinho livre para sair do papel.
A receita de hoje é do Delicious Days.
Fui conquistada na primeira "clicada". Logo de cara, uma foto de maravilhosos pãezinhos se abriu. Pareciam ótimos!!
Imprimi a receita, pensando: "Vou guardá-la para experimentar no final de semana". Mas não precisei esperar tanto. O passo-a-passo me pareceu simples e eu tinha todos os ingredientes à mão.
Fiz a massa e, enquanto crescia, fui preparando o jantar. Depois de comer, enrolei as bolinhas de pão e levei ao forno. Em pouco tempo os brioches estavam prontos!
Não usei as raspinhas de laranja porque queria um pãozinho mais neutro.
No final de semana seguinte, fiz novamente a receita, desta vez recheando os brioches com presunto e queijo, para o aniversário do meu pai (aumentei um pouquinho a quantidade de sal). Ficaram gostosos, mas acho que por causa do queijo no recheio estavam muito melhores quentinhos.
Acho que é uma receita bárbara para quem tem criança em casa. Rende bem e os brioches ficam gostosos mesmo no dia seguinte. Podem virar um ótimo lanche para a escola.
Uau, me ocorreu algo agora: lancheiras ainda existem?? Lembro da que eu tinha quando estava na pré-escola... Era tão linda!
A tampa da garrafinha térmica ficava aparecendo, fora da lancheira. E era cor-de-rosa - como TUDO o que me pertencia quando criança...
Brioches de laranja
250ml de leite morno
20g de fermento biológico (fresco)
500g de farinha de trigo
75g de açúcar
1 pitada de sal
1 ovo
75g de manteiga, derretida e fria
raspas da casca de meia laranja
manteiga derretida para pincelar os brioches - cerca de 1 colher (sopa)
Peneire a farinha em uma tigela grande e faça uma cova no meio. Despeje o leite, adicione o fermento (esfareladinho) e uma colher (chá) de açúcar. Misture duas ou três vezes - você vai incorporar só um pouco da farinha nesta misturinha, deixando a maior parte nas beiradas da tigela.
Cubra com um pano de prato e deixe crescer por aprox. 15 minutos (eu coloco a tigela coberta dentro de uma sacolinha plástica de supermercado e fecho bem para servir como uma espécie de estufa).
A superfície deve ficar cheia de bolhas.
Junte os ingredientes restantes (a farinha da tigela, o açúcar, as raspas de laranja, o sal, o ovo e a manteiga) e misture bem, até a bola de massa se desgrudar da tigela. Se necessário, adicione um pouquinho de farinha - eu precisei de 1 colher (sopa) cheia. Cuidado com o excesso de farinha, pois isso pode deixar o pãozinho duro.
Cubra e deixe crescer novamente, desta vez por 45 minutos. A massa quase dobra de volume.
Misture novamente e coloque a massa numa superfície enfarinhada. Corte pedaços iguais e faça bolinhas. Coloque-as em forminhas para muffins e leve para assar até dourarem (o forno deve estar a 200ºC). Retire do forno e pincele com a manteiga derretida.
Rend.: 14 unidades.
Obs.: da primeira vez, fiz meia receita e minhas bolinhas tinham 65g cada (ainda cruas). Enchi 8 forminhas e uma última com uma bolinha um pouco menor (50g).
quarta-feira, julho 19, 2006
Cookies com gotas de chocolate
Quando eu era criança, minha avó materna (que era alemã) fazia umas bolachinhas de nata deliciosas. Eu me lembro de ficar enchendo a paciência dela pra cortar a massa em forma de bichinhos... O problema é que não tínhamos cortadores de biscoito e tudo tinha que ser "desenhado" à mão livre - que netinha mais adorável, não? Vai ver que era por isso que ela me obrigava a tomar ovo de pata batido no liquidificador com Biotônico e leite condensado... :P
O dilema com biscoitos é que não dá pra comer um só (com licença, Elma Chips).
Até evito comprar. Porque se pego um pacote de Oreos é covardia.
Fiz os cookies da foto usando uma receita do livro Sweet Food.
É um livrinho que comprei sem muita expectativa e que acabou me surpreendendo. Todas as receitas têm foto - característica extremamente importante para mim.
E é bem grossinho - 400 páginas.
Talvez, da próxima vez, eu os faça mais fininhos, ainda não sei. Ou mais soft no centro e mais crocantes apenas nas beiradas. Para saber de que jeito ficam mais gostosos, vou ter que repetir a receita. Que sacrifício... :D
Cookies com gotas de chocolate
90g de manteiga
100g de açúcar mascavo
1 colher (chá) de essência de baunilha
1 ovo, levemente batido
1 colher (sopa) de leite
200g de farinha de trigo
1 colher (chá) de fermento em pó
170g de gotas de chocolate
Pré-aqueça o forno a 175ºC. Forre duas assadeiras grandes com papel manteiga.
Bata a manteiga com o açúcar numa tigela até obter um creme. Junte a baunilha e o ovo, aos poucos, batendo bem. Misture o leite. Peneire a farinha e o fermento e junte ao creme com uma colher. Adicione as gotas de chocolate.
Molde os biscoitos às colheradas e deixe uma distância de 3,5cm entre eles. Aperte as bolinhas levemente com um garfo enfarinhado.
Asse por 20 minutos ou até que estejam dourados.
Rend.: 23 unidades de 25g cada
quarta-feira, julho 12, 2006
Panquecas Americanas
Quando criança, adorava desenhos animados e gibis. Na época, a Turma da Mônica começava a se tornar popular - por isso, eu vivia cercada de Disney por todos os lados.
Além dos personagens, achava um barato as pilhas de panquecas que apareciam e as tortas doces, colocadas para esfriar na janela das casas (esta, assunto de um futuro post).
As panquecas gordinhas, com pedacinhos de manteiga e uma caldinha diferente - que nos meus anos de CCAA descobri ser maple syrup - não lembravam em nada as panquecas que comíamos em casa: fininhas e enroladinhas com carne moída. E ainda por cima eram comidas no café da manhã, imaginem isso!!! :D
Já tinha feito panquecas americanas outras (poucas) vezes. Mas nenhuma receita ficou gostosa como essa.
Provei com mel e com geléia de goiaba. Delícia.
Fiz num sábado em que precisava de um "café da tarde" mais reforçado. Funcionou super bem. :D
Receita do blog Baking Sheet.
Panquecas Americanas
1 1/3 xícaras (chá) de farinha de trigo
1 colher (chá) de fermento em pó
1/2 colher (chá) de bicarbonato
1/4 colher (chá) de sal
2 colheres (sopa) de açúcar
2 gemas
2 claras em neve
1 xícara (chá) de leite
1 colher (sopa) de manteiga, derretida
1 colher (chá) de essência de baunilha
Peneire a farinha, o fermento, o bicarbonato, o sal e o açúcar em uma tigela grande. Junte as gemas, o leite, a manteiga e a baunilha em uma tigela pequena e despeje sobre os ingredientes secos.
Adicione as claras em neve delicadamente, mas certifique-se de que fiquem bem misturadas. Coloque colheradas da massa numa frigideira anti-aderente (em fogo baixo). A panqueca não deve ser muito fina, e sim "gordinha". Vire quando estiver dourada de um lado. Doure o outro lado também.
Sirva com manteiga, geléia, mel, etc.
Rend.: aprox. 8 panquecas médias