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terça-feira, julho 07, 2015

Bolo de laranja e alecrim e pequenas esperanças

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Orange and rosemary cake / Bolo de laranja e alecrim

Muito se diz sobre as pequenas alegrias da vida, mas hoje me peguei pensando nas pequenas esperanças: coisinhas que fazemos para que o dia (ou a semana, ou o mês) melhore.

Entrei em uma loja hoje procurando por um produto que torne o meu cabelo mais brilhante e macio sem deixá-lo grudado na cabeça (quem tem cabelo oleoso aí sabe do que estou falando). Sei que pode parecer tolice ou até mesmo vaidade, mas foi um gesto pequeno para tornar o meu dia mais doce – quando se passam meses procurando por um trabalho novo sem sucesso são as pequenas coisas que nos dão força combinadas ao apoio das pessoas que amamos. É calçar um par de meias fofinhas num dia frio, descobrir um bom seriado de TV, cantar no chuveiro, preparar uma comidinha gostosa com o que se encontrou na geladeira ou tirar um belo bolo do forno – nos dias em que a frustração me pega de jeito evito quaisquer outras coisas que possam me desanimar: estes são os dias para as receitas que eu já sei que funcionam, quando preciso de um sucesso para levantar o astral (nada de tentar algo novo que possa sair murcho do forno, não mesmo).

Num destes dias fiz o meu atual bolo favorito, o úmido e delicioso bolo de limão siciliano e tomilho do Nigel Slater, mas troquei o limão e o tomilho por laranja e alecrim (lembram que lhes disse que tentaria ser mais corajosa no uso do alecrim?). A combinação de sabores funcionou lindamente em forma de bolo como funcionara nos biscoitos e o dia estava salvo novamente.

Bolo de laranja e alecrim
um nadinha adaptado do sempre fantástico Nigel Slater

Bolo:
100g de farinha de trigo
1 colher (chá) de fermento em pó
1 pitada de sal
100g de farinha de amêndoa
2 colheres (chá) de folhas de alecrim fresco – aperte-as na colher na hora de medir
200g de açúcar cristal
200g de manteiga sem sal, amolecida
raspas da casca de 2 laranjas médias
4 ovos
½ colher (chá) de extrato de baunilha

Calda:
2 colheres (sopa) de açúcar cristal
o suco das 2 laranjas usadas no bolo
1 colher (chá) de folhas de alecrim fresco - aperte-as na colher na hora de medir

Pré-aqueça o forno a 180°C. Unte levemente com manteiga uma forma de bolo inglês de 900g, forre-a com papel manteiga e unte o papel também.
Bolo: em uma tigela média, peneire a farinha de trigo, o fermento e o sal, e então misture a farinha de amêndoa. Reserve.
Usando um pilãozinho, soque as folhas de alecrim com parte do açúcar até moê-las completamente e o açúcar ficar verdinho e perfumado. Na batedeira, bata a manteiga, o açúcar aromatizado, o restante do açúcar e as raspas de laranja até obter um creme claro e fofo. Junte os ovos, um a um, batendo bem a cada adição. Raspe as laterais da tigela ocasionalmente. Acrescente a baunilha. Em velocidade baixa, junte os ingredientes secos aos poucos.
Transfira a massa para a forma preparada e asse por cerca de 45 minutos, ou até que o bolo cresça e doure (faça o teste do palito).

Quando o bolo estiver quase pronto, faça a calda: em uma panelinha, junte o açúcar e o suco de laranja. Leve ao fogo médio, mexendo, até o açúcar dissolver. Junte as folhas de alecrim e ferva por 1 minuto. Retire do fogo (antes de despejar a calda no bolo, retire as folhinhas de alecrim).

Assim que o bolo sair do forno faça furinhos em toda a sua extensão usando um palito de dentes. Aos poucos, despeje a calda sobre o bolo, aguardando cada porção ser absorvida antes de derramar mais calda. Deixe esfriar completamente antes de desenformar e servir.

Rend.: 6-8 porções

domingo, maio 24, 2015

Strata de tomate e alecrim, um seriado e uma canção

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Tomato and rosemary strata / Strata de tomate e alecrim

O que faz com que vocês se interessem por algo em particular?

Pensei nisso ontem à noite, quando comecei a ver “The Americans”: fazia séculos que eu queria assistir ao seriado, adorei o piloto e mal posso esperar para ver mais episódios, mas tenho de dizer que ver – ou melhor, ouvir – o batuque espetacular de “Tusk” ali, logo no comecinho do primeiro episódio, me deixou ainda mais interessada (e se vocês também se interessaram, tem no Netflix).

Sempre quis preparar strata, especialmente depois de ver a linda Nigella fazer uma anos atrás, mas como meu marido não é muito fã da ideia de um pudim de pão salgado – ou de qualquer pudim de pão, na verdade – fui adiando a ideia. Quando vi esta receita, cheia de queijo e tomate, não deu mais para esperar: não vivo sem queijo e amo tomate, ao ponto de sempre comer uns dois enquanto os preparo para alguma receita.

A strata ficou uma delícia: meio que me lembrou pizza, mas com uma textura diferente. Eu servi com uma saladinha e acabei comendo muito mais do que deveria. :)

Diferentes coisas podem despertar o nosso interesse para algo bacana: uma canção, um alimento... É só manter os olhos abertos – eu vou ficar atenta a outras receitas de strata e a bons seriados. ;)

Strata de tomate e alecrim
um nadinha adaptada daqui

- xícara medidora de 240ml

250g de pão amanhecido, em fatias de aproximadamente 6mm
1 dente de alho cortado ao meio
60g de gruyère ralado – usei mozarela
30g de parmesão ralado
4 tomates, maduros porém firmes, em rodelas
sal e pimenta do reino moída na hora
2 colheres (chá) de alecrim fresco – pique, depois meça
4 ovos grandes
2 xícaras (480ml) de leite integral

Preaqueça o forno a 180°C. Unte com azeite ou manteiga um refratário largo com capacidade para 2 litros. Esfregue as fatias de pão de ambos os lados com o dente de alho (se o pão estiver macio, toste-o levemente e então esfregue com o alho). Em uma tigelinha, misture os dois queijos.

Faça uma camada com metade do pão no fundo do refratário. Cubra com metade das rodelas de tomate. Salpique o tomate com sal, pimenta do reino e metade do alecrim. Espalhe metade do queijo sobre o tomate. Repita as camadas.

Em uma tigelinha, bata os ovos e o leite juntos com um garfo. Tempere com sal e pimenta do reino e derrame sobre as camadas no refratário. Leve ao forno por 40-50 minutos ou até que estufe e doure levemente. Sirva quente ou morno.

Rend.: 4 porções

sexta-feira, novembro 14, 2014

Amanteigados de laranja e alecrim - fazendo amizade com alecrim

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Orange rosemary shortbread / Amanteigados de laranja e alecrim

Tenho de começar o texto confessando que levei meses (uma consulta rápida ao site da Amazon mostra que comprei o livro em janeiro, então quase um ano) para preparar estes biscoitinhos, tudo porque fui covarde: tinha medo de que todo aquele alecrim na massa daria um gosto estranho aos amanteigados.

Tenho trinta e cinco seis anos e alecrim me dá medo: sempre acho que a comida vai ficar com gosto de sabonete. :S

Adoro cozinhar com ervas frescas e adiciono tomilho, orégano, manjericão, manjerona, salsinha e até mesmo o polêmico coentro às receitas sem nem pensar muito a respeito, pois elas deixam tudo mais gostoso, mas quando o assunto é alecrim não consigo, e toda vez que vejo o Jamie Oliver colocar um monte de alecrim nas receitas dele me dá um desespero, meu cérebro grita “é muito, é muito!”. :)

Decidi parar de bobeira e comprei um vasinho de alecrim para, aos poucos, começar a usá-lo na minha cozinha e estes amanteigados foram a minha primeira tentativa de fazer amizade com o danado: os biscoitos ficaram deliciosos, o sabor do alecrim combinando perfeitamente com a laranja.

Já me sinto muito mais corajosa agora. ;)

Amanteigados de laranja e alecrim
um tiquinho adaptado do ótimo e delicioso National Trust Simply Baking

- xícara medidora de 240ml

½ xícara (100g) de açúcar cristal
2 colheres (chá) de folhas de alecrim bem picadinhas – pique, depois meça
raspas da casca de 2 laranjas
1 xícara (225g) de manteiga sem sal, amolecida
1 colher (chá) de extrato de baunilha
340g de farinha de trigo - usei 290g de farinha de trigo comum + 50g desta farinha de painço, comprada na Casa Santa Luzia
1 pitada de sal

Pré-aqueça o forno a 180°C. Forre duas assadeiras grandes e rasas com papel manteiga.
Coloque o açúcar e o alecrim no processador de alimentos e processe até moer bem o alecrim. Transfira para a tigela da batedeira, junte as raspas de laranja e esfregue com as pontas dos dedos até o açúcar ficar aromatizado. Adicione a manteiga e a baunilha e bata até obter um creme claro. Em velocidade baixa, junte a farinha e o sal e bata até obter uma massa. Embrulhe em filme plástico e leve à geladeira por 20 minutos.

Coloque a massa entre duas folhas de papel manteiga e abra com o rolo até que a massa fique com aproximadamente 3mm de espessura. Usando um cortador quadrado de 4cm, corte os biscoitos – se a massa amolecer demais coloque-a no freezer por 5 minutos. Arrume os biscoitos nas formas preparadas deixando 2,5cm de distância entre um e outro e faça furinhos neles com um garfo. Asse até que dourem levemente nas extremidades, 10-12 minutos.
Deixe esfriar completamente nas assadeiras sobre uma gradinha.

Rend.: cerca de 60 biscoitos

quinta-feira, julho 31, 2014

Bolinhos de abobrinha e feta, um trailer doido e um versátil jovem ator

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Courgette and feta fritters / Bolinhos de abobrinha e feta

Infelizmente não tenho tempo de ler todos os sites e blogs de que gosto (e sei que vocês também não, por isso, obrigada por passarem por aqui, fico bem feliz), mas não tem um dia em que eu não vá ao IMDb para saber das notícias do mundo do cinema.

Ontem, em uma destas visitas, vi o trailer de “Horns” (legendado aqui) e ele imediatamente entrou para a lista dos trailers mais interessantes/loucos que vi na vida. As escolhas de Daniel Radcliffe tanto no cinema quanto no teatro tem sido bastante diversas e acho notável que ele se interesse em fazer coisas tão diferentes, realmente se exercitando como ator: ele faz o polêmico, faz humor negro e também comédia romântica - e quem não se lembra dele estrelando “Equus” no teatro anos atrás? Tão jovem e tão versátil – admiro muito.

Daniel é versátil, o danado, e bolinhos salgados, parecidos com panquequinhas, também são: dá para fazê-los com praticamente qualquer legume ou verdura na geladeira e é um ótimo veículo para eles caso haja algum enjoadinho pro perto. Estes bolinhos de abobrinhas ficaram uma delícia – foram rápidos de preparar e desapareceram mais rápido ainda. :D

Bolinhos de abobrinha e feta
um tiquinho adaptados de duas ótimas fontes: A Girl Called Jack: 100 Delicious Budget Recipes e Nigella Fresh

1 abobrinha grande
1 cebolinha, picadinha
1 punhado de folhas de salsinha, picadas – meça, depois pique
1 ovo, ligeiramente batido com um garfo
50g de queijo feta ralado
2 colheres (sopa) de farinha de trigo
sal e pimenta do reino moída na hora
óleo de canola, para fritar

Rale a abobrinha no ralo grosso e espalhe sobre um pano de prato limpo e seco. Aguarde 20 minutos para que o excesso de água seja absorvido.
Transfira a abobrinha para uma tigela grande, junte a cebolinha, a salsinha, o ovo, o queijo feta e a farinha, tempere com sal e pimenta e misture até obter uma massinha – se estiver rala demais, acrescente um tiquinho de farinha.

Aqueça um fio de óleo em uma frigideira antiaderente grande. Coloque duas colheres (sopa) de massa por bolinho e achate, formando panquequinhas – não encha demais a frigideira, frite os bolinhos em etapas. Frite por cerca de 2 minutos, vire e frite até dourar. Transfira para um prato forrado com papel absorvente. Repita o processo com o restante de massa.

Sirva imediatamente com fatias de limão.

Rend.: 6 unidades

terça-feira, julho 29, 2014

Linguine com limão siciliano e avocado - fazendo amizade com macarrão integral

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Avocado and lemon zest linguine / Linguine com limão siciliano e avocado

Acho que conforme vamos ficando mais velhos e nos sentido mais confortáveis em nossa própria pele o que os outros pensam não importa muito – o que nós sentimos, queremos ou gostamos deve vir em primeiro lugar. Gosto de acreditar nisso.

Na época do colegial era “importante” ser legal e estar “na moda” ou, em outras palavras, fazer e dizer o que os outros faziam e diziam. Eu me lembro de na época ir a um show de uma banda cover de Elvis Presley com amigas algumas vezes, mas nem de Elvis eu gostava – eu só fingia curtir para pertencer ao grupo, já que todas as garotas ficavam dizendo que Elvis era o máximo (por sorte os tais shows eram de graça). Os tais shows aconteciam nos finais de tarde, às sextas-feiras, e nós íamos direto da escola para lá – em uma das vezes eu estava tão entediada que comecei a fazer minha lição de Física ali mesmo.

Vocês podem imaginar que isso não ajudou em nada a minha “reputação” de ser “legal”. :)

Até alguns meses atrás eu dizia que macarrão integral era um troço horroroso, e fazia caretas à simples menção do ingrediente. Um dia, lendo uma receita que pedia por esse tipo de massa, me dei conta de que eu estava apenas repetindo opiniões de outras pessoas. Eu tinha, sim, provado uns pratos bem desastrosos com macarrão integral, mas como alguém que cozinha há tanto tempo eu deveria saber que talvez, e apenas talvez, o que eu provara não valia pelo todo. Poderiam ter sido casos de receita ruim ou macarrão ruim (ou ambos).

Continuo evitando Elvis a todo custo até hoje, mas fiz amizade com macarrão integral. :)

Coisas que dizemos e fazemos de vez em quando, muitas vezes sem pensar muito. Já fiz isso, vocês provavelmente também já fizeram. Somos humanos, dizemos coisas estúpidas vez ou outra, seguimos as pessoas erradas. Erramos.

Ninguém é perfeito.

Mas esse macarrãozinho com avocado é (e eu nunca teria pensado em juntar macarrão com avocado). :)

Linguine com limão siciliano e avocado
um nadinha adaptado do maravilhoso A Modern Way to Eat: Over 200 Satisfying, Everyday Vegetarian Recipes (That Will Make You Feel Amazing)

400g de linguine integral
2 colheres (sopa) de azeite de oliva
4 colheres (sopa) de alcaparras em conserva, drenadas e picadas grosseiramente
2 dentes de alho, amassados e bem picadinhos
raspas da casca de 2 limões sicilianos + suco de ½ deles
1 punhado de folhas de manjericão – meça, depois pique grosseiramente
1 punhado de folhas de salsinha - – meça, depois pique grosseiramente
2 avocados maduros
1-2 colheres (sopa) de azeite de oliva extra-virgem
pecorino ralado na hora, para servir

Cozinhe o linguine em uma panela grande de água fervente salgada até ficar al dente (siga as instruções da embalagem).
Enquanto isso, faça o molho: em uma frigideira grande antiaderente, aqueça o azeite de oliva em fogo médio. Junte as alcaparras e o alho e refogue até perfumar. Acrescente as raspas de limão e as ervas, misture e retire do fogo.
Abra os avocados ao meio e retire os caroços. Faça cortes na polpa formando um quadriculado e então retire com uma colher. Transfira para a frigideira e misture.
Antes de escorrer o macarrão, reserve 1 xícara da água do cozimento.
Escorra o macarrão e transfira-o para a frigideira. Volte ao fogo médio e misture para combinar os ingredientes. Regue com o suco de limão e o azeite extra-virgem, tempere com sal e pimenta e adicione um pouco da água do cozimento se for necessário.
Sirva imediatamente polvilhado com o queijo.

Rend.: 4 porções

sábado, julho 12, 2014

Peixe assado com batatas e salsa verde - o forno como aliado

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Baked fish with salsa verde and potatoes / Peixe assado com batatas e salsa verde

Apesar do meu amor por peixe eu não como tanto quanto deveria ou gostaria, o que é uma pena – se minha mãe estivesse por aqui ela ficaria bem brava comigo. Quando meu irmão e eu éramos pequenos ela fazia questão de que comêssemos peixe pelo menos uma vez por semana – minha mãe era natureba, mais de trinta anos antes de isso virar modinha. :D

O meu jeito preferido de comer peixe era passado pelo fubá e frito – só de pensar já fico com água na boca. Crocante por fora e macio por dentro, provavelmente era o meu prato preferido quando acompanhado de salada de tomate simples (com bastante limão) e arroz fresquinho – super simples, porém delicioso, especialmente quando feito por minha mãe. <3 Hoje em dia, entretanto, raramente frito alguma coisa: além da preocupação com a saúde, moro em um apartamento pequeno e não quero todos os tecidos da casa (ou o meu cabelo) cheirando a fritura. :P Portanto, o forno é sempre um bom aliado – eu não o uso apenas para doces, ok? :D


Esta receita é muito, muito simples: filés de peixe assados sobre uma caminha de batatas. Nada demais, vocês podem achar, e eu achei isso também, até provar a salsa verde: nunca provara esse molho antes e gente, como é gostoso – transformou um prato simples em algo especial e bem saboroso.



Espero que experimentem este peixinho – se “saudável” e “delicioso” ainda não os convenceram, o prato também é rápido e fácil de fazer. :D



Peixe assado com batatas e salsa verde
um nadinha adaptado da sempre fantástica revista Delicious Australia

300g de batatas pequenas e cerosas, em fatias bem fininhas (melhor se cortadas na mandolina) – usei Asterix
2 colheres (sopa) de azeite de oliva extra-virgem
sal e pimenta do reino moída na hora
1 limão siciliano, em fatias bem fininhas
1 punhado de folhas de orégano fresco
4 filés de peixe de carne firme, 120g cada – usei linguado

Salsa verde:
¼ xícara (60ml) de azeite de oliva extra-virgem
1 dente de alho pequeno
½ xícara de folhas de salsinha
½ xícara de folhas de manjericão
2 colheres (sopa) de alcaparras, enxaguadas e drenadas
raspas da casca de 1 limão siciliano
sal e pimenta do reino moída na hora

Pré-aqueça o forno a 200°C. Em uma tigela grande, misture as batatas, as fatias de limão, o orégano e o azeite, tempere com sal e pimenta e espalhe, em uma camada única, em uma assadeira de 20x30cm levemente untada com azeite. Asse por 20-25 minutos ou até que as batatas comecem a dourar.
Enquanto isso, faça a salsa verde: em um processador de alimentos, processe o alho, a salsinha, o manjericão, as alcaparras e as raspas de limão até tudo ficar bem picadinho. Com o processador ligado, vá acrescentando o azeite e processe até obter um molho. Transfira para uma tigela, tempere com sal e pimenta e reserve.
Retire a assadeira do forno e arrume os filés de peixe sobre as batatas. Tempere com sal e pimenta e coloque uma fatia de limão (das que estão na assadeira) sobre cada filé. Volte ao forno por mais 8-10 minutos ou até o peixe estar cozido.
Sirva com a salsa verde.

Rend.: 2 porções

quinta-feira, julho 10, 2014

Sopa de alho-poró, batata e cenoura, ou a "minha sopa", de acordo com o marido

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Leek, carrot and potato soup / Sopa de alho-poró, batata e cenoura

Sopas e inverno formam um par perfeito, não? Faço sopas com frequência nos meses mais frios e geralmente preparo uma porção generosa, assim já temos o jantar garantido para dois dias. Já percebi que a maioria das sopas – a de hoje, inclusa – fica mais gostosa depois de “curtir” de um dia para o outro, mais uma razão para fazer logo uma panelada. :)

Quando o assunto é comida adoro variar e com sopas não é diferente, mas esta aqui é a sopa favorita do meu marido: quando ele diz “faz a sua sopa hoje?” eu sei que ele se refere a esta sopinha de legumes que faço desde que me entendo por gente. Já a fiz de diversas maneiras, com e sem o alho-poró (só com cebola e alho), com abóbora paulista também, com e sem o macarrãozinho ou trocando este por arroz, o que vocês puderem imaginar. O orégano fresco é uma descoberta recente: sempre usara só salsinha, e depois de usar o orégano apenas porque o macinho estava estragando na geladeira ele se tornou um ingrediente indispensável na sopa – dá um sabor maravilhoso.

É uma receita simples, porém versátil, e vocês podem ajustá-la à vontade, criando assim as suas sopas. Usei manteiga porque não resisto a usar o ingrediente com alho-poró, mas podem omiti-la para uma versão vegana.

Lá em casa adoramos um bom pão cascudo para acompanhar esta sopinha, mas seria um crime eu não lhes sugerir o queijo-quente da Barbara Lynch. :)

Sopa de alho-poró, batata e cenoura
criação minha

1 colher (sopa) de manteiga sem sal
½ colher (sopa) de azeite
1 alho-poró, somente a parte clara, picado
½ cebola grande, picadinha
2 dentes de alho graúdos, amassados e picadinhos
2 tomates maduros, sem as sementes, picadinhos
3 cenouras em cubinhos
3 batatas em cubinhos
água fervente o suficiente para cobrir os legumes
sal e pimenta do reino moída na hora
1 punhado de folhas de orégano fresco
1 punhado de folhas de salsinha picadas
1 xícara de macarrãozinho miúdo (tipo Ave-Maria) cozido

Aqueça o azeite em uma panela grande em fogo médio-alto. Acrescente o alho-poró e a cebola e refogue, mexendo de vez em quando, até que fiquem transparentes. Junte o alho e refogue até perfumar. Acrescente os tomates e uma pitada de sal e refogue até que eles comecem a murchar. Junte as cenouras e as batatas e misture. Cubra com água fervente e tempere com sal e pimenta. Quando a sopa começar a ferver, abaixe o fogo, cubra parcialmente e cozinhe até que os legumes estejam macios, 10-15 minutos.
Com um mixer, bata a sopa por alguns minutos – a textura tem de ficar meio cremosa, meio pedaçuda. Acrescente o orégano e a salsinha e cheque o tempero.
Divida o macarrão entre as tigelas e cubra com a sopa. Sirva.

* ao ser colocado na sopa, o macarrão não para de inchar, por isso eu o cozinho separadamente e o adiciono apenas às tigelinhas na hora de servir (e não à sopa toda)

Rend.: 4 porções

quarta-feira, maio 14, 2014

Previsões e picadinho de carne - ou de acordo com o meu marido, O picadinho de carne

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Beef stew / Picadinho de carne

Anos atrás li um artigo sobre como o Oscar de 2012 seria palco da batalha entre Glenn Close e Meryl Streep, por “Albert Nobbs” e “A Dama de Ferro”, respectivamente. Meses se passaram, nem todo mundo se animou com a interpretação de Glenn (eu a adoro, acho que ela já deveria ter dois Oscars, mas não vi o filme ainda), Viola Davis apareceu na competição, tornando-se a principal oponente de Meryl, e a última levou a estatueta para casa, quando na verdade deveria ter ido parar nas mãos de Rooney Mara.

Há meses li outro artigo sobre previsões de Oscar e como em 2014 o duelo seria entre Naomi Watts e Nicole Kidman. Bem, isso nunca chegou a acontecer: “Diana” foi um fracasso retumbante e aparentemente “Grace of Monaco” está indo pelo mesmo caminho.

No momento em que vi pela primeira vez a foto de Daniel Day Lewis caracterizado como Lincoln eu soube com toda a certeza de que ele faria a rapa em todas as premiações, e agora tenho a sensação de que Steve Carell fará o mesmo com “Foxcatcher” – vocês podem voltar aqui em alguns meses e me dar os parabéns ou me trollar. :D

Prever os vencedores do Oscar é algo muitas vezes complicado, mas prever se um prato ficará bom ou não é bem mais fácil: conforme fui preparando este picadinho, tostando primeiro o bacon, depois dourando a carne e na sequência refogando os legumes – construindo camadas de sabor, como diria Jamie Oliver – eu soube que ficaria maravilhoso, e ficou mesmo. O que eu não imaginei, porém, foi que meu marido o consideraria o melhor picadinho que ele já comera – foi uma surpresa, e muito boa, por sinal. <3


Picadinho de carne, ou de acordo com o meu marido, O picadinho de carne
um tiquinho adaptado do Do-Ahead Dinners: How to Feed Friends and Family Without the Frenzy

- xícara medidora de 240ml

½ cebola grande
1 cenoura média descascada
1 talo pequeno de salsão
2 dentes de alho descascados
azeite de oliva
70g de bacon em cubinhos ou picadinho
500g de coxão mole em pedaços pequenos (mas não minúsculos)
1 colher (sopa) de farinha de trigo
sal e pimenta do reino moída na hora
1 colher (sopa) de manteiga sem sal
2 colheres (sopa) de tomates pelados batidos no liquidificador ou bem amassados com um garfo
2/3 xícara (160ml) de vinho tinto – nem o melhor, nem o mais porcaria
2 colheres (sopa) de água
1 folha de louro
3 galhinhos de tomilho fresco
1 galhinho de orégano fresco + algumas folhas para servir

Pré-aqueça o forno a 150°C. Coloque a cebola, a cenoura, o salsão e o alho em um processador de alimentos e processe até que os legumes fiquem bem picadinhos. Reserve.
Aqueça um fio de azeite em uma panela que possa ir ao forno (e que tenha tampa) e frite o bacon até ficar crocante. Retire com uma escumadeira e reserve. Coloque a carne e a farinha em um saco plástico, junte uma pitada de sal e pimenta do reino e misture bem para cobrir todos os pedacinhos de carne com a farinha. Doure a carne na panela (em etapas, se for preciso) até que os pedaços fiquem corados de todos os lados (se necessário, coloque um fio de azeite na panela para dourar a segunda leva). Retire a carne da panela e transfira para uma tigela (a mesma do bacon, para economizar na hora de lavar a louça). :)
Reduza o fogo e junte a manteiga, seguida dos legumes e mais uma pitada de sal e pimenta. Refogue, mexendo ocasionalmente, até amaciar – cerca de 10 minutos. Volte a carne e o bacon à panela, junte o tomate, o vinho, a água e as ervas. Deixe ferver, cubra e coloque no forno por 2 horas (dê uma olhadinha depois de 1 hora e adicione água se necessário). Prove, acerte o tempero e sirva salpicado com algumas folhas de orégano fresco – se não for servir imediatamente, não adicione o orégano, deixe esfriar completamente e leve à geladeira.

Fiz o picadinho de véspera, deixei na geladeira de um dia para o outro e ficou ainda mais gostoso; apenas deixe a panela chegar à temperatura ambiente, adicione um pouquinho de água e aqueça em fogo baixo para servir

Rend.: 2 porções (com sobras)

sexta-feira, maio 09, 2014

Linguine com bolonhesa de legumes e porcini, simplicidade tranquila e complexidade contundente

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Linguine with porcini and vegetable bolognese / Linguine com bolonhesa de legumes e porcini

“Sweet Sixteen” não é a única canção que ouço cinco, seis vezes seguidas – tenho outras velhas favoritas, canções que para mim são tão perfeitas que aperto o botão repeat assim que começam a tocar.

Nem todas, entretanto, são simples como a linda criação de Billy Idol: há vezes em que tudo o que quero ouvir são os vocais poderosos de Marc Almond, amparados por aqueles arranjos vibrantes e nada discretos.

Amo “Loving You, Hating Me” (como alguns de vocês já sabem) e acho que a canção fica ainda mais fantástica em seu minuto e meio finais, com os arranjos enlouquecendo e a voz de Marc fazendo o mesmo – dependendo do meu humor tenho que tomar cuidado para não acompanhá-lo a plenos pulmões (o que pode ser complicado se houver gente por perto). :D

Há dias para a simplicidade tranquila de Billy e dias para a complexidade contundente de Marc, assim como há dias para o bom e velho molho à bolonhesa tradicional e dias para esta deliciosa versão vegetariana: demorei nove anos para convencer meu marido a comer cogumelos e foi assim que consegui – ele adorou o molho e ficou impressionado com o quão saboroso estava mesmo sem conter um grama sequer de carne. :)

Linguine com bolonhesa de legumes e porcini
um tiquinho adaptado da excelente Delicious Australia

- xícara medidora de 240ml

15g de cogumelos porcini secos
400g de linguine
2 cenouras pequenas, picadas grosseiramente
1 cebola grande, picada grosseiramente
200g de cogumelos-de-Paris
2 dentes de alho, picados grosseiramente
2 colheres (sopa) de azeite de oliva
1 punhado de manjericão fresco rasgado ou picado
2 colheres (sopa) de orégano fresco
½ xícara de molho de tomate – usei caseiro
½ xícara (120ml) de vinho tinto seco
3 colheres (sopa) de água
½ xícara de creme azedo (sour cream)*
parmesão ou pecorino ralado, para servir

Coloque os porcini de molho em ½ xícara (120ml) de água fervente por 10 minutos. Escorra, reservando o líquido, e pique.
No processador de alimentos, processe as cenouras, a cebola, os cogumelos-de-Paris e o alho até ficarem bem picadinhos.
Em uma panela grande, aqueça o azeite e refogue os legumes processados por 3-4 minutos ou até que amaciem. Junte as ervas, o molho de tomate e os porcini picado e cozinhe, mexendo de vez em quando, por 1 minuto ou até perfumar.
Acrescente o vinho, a água e o líquido reservado dos porcini, tempere com sal e pimenta do reino, reduza o fogo e deixe cozinhar por 5 minutos ou até que engrosse ligeiramente (parte do líquido vai evaporar). Junte o creme azedo e cozinhe por mais 2 minutos.
Enquanto isso, cozinhe o linguine em uma panela grande de água salgada até ficar al dente (siga as instruções da embalagem). Escorra, reservando um pouco da água do cozimento, e transfira o linguine para a panela com o molho, misturando para cobrir a massa com ele. Adicione um pouco da água do cozimento se necessário (eu não precisei fazer isso). Sirva com o parmesão ou pecorino ralado (usei o último).

* creme azedo (sour cream) caseiro: para preparar 1 xícara de creme azedo, misture 1 xícara (240ml) de creme de leite fresco com 2-3 colheres (chá) de suco de limão ou limão siciliano em uma tigela. Vá mexendo até que comece a engrossar. Cubra com filme plástico e deixe em temperatura ambiente por 1 hora ou até que engrosse um pouco mais (geralmente faço o meu na noite anterior e deixo sobre a pia – com exceção de noites extremamente quentes – coberto com filme plástico; na manhã seguinte o creme fica bem cremoso – leve à geladeira para ficar mais espesso ainda)

Rend.: 4 porções



sexta-feira, janeiro 31, 2014

Bolo de limão siciliano e tomilho, outro seriado e estar errada sobre as coisas

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Lemon and thyme cake / Bolo de limão siciliano e tomilho

Com o fim de “Breaking Bad” achei que demoraria um tempão até viciar em um seriado de TV novamente, mas a qualidade de alguns dramas é tanta que logo arrumei outros vícios. Achei “Rectify” maravilhosa, mas com seis episódios apenas eu terminei de ver a série num instante. Fiz uma pausa para assistir a alguns filmes indicados ao Oscar deste ano e então comecei a ver “Masters of Sex” – quando estava em NYC setembro passado a cidade inteira estava tomada por propagandas de três programas de TV: “The Blacklist”, “Masters of Sex” e “Mom” – fiquei curiosa. Eu e meu marido adoramos a saga de Raymond Reddington, entretanto achei “Mom” pobre e ofensivo – devo estar ficando velha mesmo porque não consigo achar um pingo de graça na ideia de uma adolescente grávida.

Portanto, escolhi “Masters of Sex” e descobri que é um dos melhores seriados já produzidos, com roteiro e atuações em um nível bastante alto e um assunto interessante para arrematar. Eu já sabia o quão talentoso Michael Sheen é – algo confirmado novamente pela série –, por isso a surpresa foi Lizzy Kaplan: eu já a tinha visto em “A Ressaca” – nada de mais – e fiquei boba com sua atuação (sem contar que a mulher é lindíssima).

Geralmente fujo de bolos com ervas – especialmente alecrim, que acho forte demais – mas quando vi Nigel Slater preparar este bolo decidi experimentar: na manhã seguinte ao programa eu estava na cozinha, fazendo a receita dele e perfumando o apartamento todo com limão siciliano e tomilho. O bolo ficou uma delícia e bem molhadinho, e o tomilho dá uma dimensão diferente ao sabor do limão sem ficar com gosto da erva propriamente dita.

Não me importo de estar errada sobre coisas quando o resultado é bom: demorei quase nada para sobreviver ao final de “Breaking Bad” e quero fazer este bolo do Nigel todo final de semana. :)

Bolo de limão siciliano e tomilho
um nadinha adaptado do sempre fantástico Nigel Slater

Bolo:
100g de farinha de trigo
1 colher (chá) de fermento em pó
1 pitada de sal
100g de farinha de amêndoa
1 colher (chá) de folhas de tomilho fresco – aperte-as na colher na hora de medir
200g de açúcar cristal
200g de manteiga sem sal, amolecida
raspas da casca de 2 limões sicilianos grandes
4 ovos
½ colher (chá) de extrato de baunilha

Calda:
4 colheres (sopa) de açúcar cristal
o suco dos 2 limões usados no bolo
½ colher (chá) de folhas de tomilho fresco - aperte-as na colher na hora de medir

Pré-aqueça o forno a 180°C. Unte levemente com manteiga uma forma de bolo inglês de 900g, forre-a com papel manteiga e unte o papel também.
Bolo: em uma tigela média, peneire a farinha de trigo, o fermento e o sal, e então misture a farinha de amêndoa. Reserve.
Usando um pilãozinho, soque as folhas de tomilho com parte do açúcar até moê-las completamente e o açúcar ficar verdinho e perfumado. Na batedeira, bata a manteiga, o açúcar aromatizado, o restante do açúcar e as raspas de limão siciliano até obter um creme claro e fofo. Junte os ovos, um a um, batendo bem a cada adição. Raspe as laterais da tigela ocasionalmente. Acrescente a baunilha. Em velocidade baixa, junte os ingredientes secos aos poucos.
Transfira a massa para a forma preparada e asse por cerca de 45 minutos, ou até que o bolo cresça e doure (faça o teste do palito).

Quando o bolo estiver quase pronto, faça a calda: em uma panelinha, junte o açúcar e o suco de limão. Leve ao fogo médio, mexendo, até o açúcar dissolver. Junte as folhas de tomilho e ferva por 1 minuto. Retire do fogo.
Assim que o bolo sair do forno faça furinhos em toda a sua extensão usando um palito de dentes. Aos poucos, despeje a calda sobre o bolo, aguardando cada porção ser absorvida antes de derramar mais calda. Deixe esfriar completamente antes de desenformar e servir.

Rend.: 6-8 porções

sexta-feira, janeiro 24, 2014

Panquequinhas de milho com salada de tomate e uma série que vocês precisam ver

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Corn fritters with tomato salsa / Panquequinhas de milho com salada de tomate

Faltando ainda mais de um mês para “Hannibal” e com a Sony enrolando séculos para levar ao ar os últimos dois episódios de “The Blacklist” comecei a ver outro seriado, um bem curtinho – apenas seis episódios para a primeira temporada – mas imenso em qualidade: “Rectify” foi uma maravilhosa surpresa, e cheguei à série graças à Amanda (obrigada, querida).

O seriado é sobre Daniel Holden – interpretado lindamente por Aden Young –, um homem que passou dezenove anos no corredor da morte e é libertado por causa de um exame de DNA. Um assunto definitivamente difícil e que poderia ser tratado de maneira tola ou piegas, mas não aqui; o texto é sublime e o elenco, idem, e a ótima notícia é que haverá uma segunda temporada com quatro episódios a mais. \0/

Outra boa notícia é que o uma vez enjoadinho Sr. Scarpin continua provando comidinhas novas (graças ao universo não foi algo efêmero ligado às viagens para a China e NY) e ele adorou estas panquequinhas de milho, mesmo não sendo muito fã do legume. A ideia era servi-las com uma salsa de abacate, mas o que comprei (aquele menorzinho, chamado também em português de avocado) não amadureceu nunca, então acabou sendo uma saladinha simples de tomate e cebola, mesmo, meio que uma vinagrete – e ficou uma delícia.

Panquequinhas de milho com salada de tomate
um tiquinho adaptadas da sempre apetitosa Delicious Australia

- xícara medidora de 240ml

Salada:
3 tomates maduros, sem as sementes, em cubinhos
1 cebola grande, bem picadinha
suco de 1 limão siciliano
2 colheres (sopa) de azeite extra-virgem, ou a gosto
sal e pimenta do reino moída na hora

Panquequinhas:
150g de farinha de trigo
1 colher (chá) de fermento em pó
1 colher (chá) de açúcar cristal ou refinado
½ colher (chá) de sal
½ xícara (120ml) de leite integral, temperatura ambiente
2 ovos
2 espigas de milho grandes, debulhadas
½ cebola pequena, bem picadinha
1 pimenta vermelha, sem as sementes se for muito ardida, bem picadinha
¼ xícara de folhas de salsinha picadas – meça, depois pique
2 colheres (sopa) de folhas de coentro picadas – pique, depois meça
sal e pimenta do reino moída na hora
óleo de canola, para fritar

Salada: coloque os tomates e a cebola em uma tigela média. Junte o suco de limão e o azeite, tempere com sal e pimenta e misture. Cubra com filme plástico e leve à geladeira enquanto prepara as panquequinhas.

Panquecas: peneire a farinha, o fermento, o açúcar e o sal em uma tigela grande. Em uma tigelinha, misture com um garfo o leite e os ovos, e então despeje sobre os ingredientes secos, misturando para incorporar. Acrescente o milho, a cebola, a pimenta vermelha, a salsinha e o coentro, tempere com pimenta do reino e misture gentilmente, de baixo para cima, para incorporar.
Aqueça um fio de óleo em uma frigideira antiaderente em fogo médio-alto. Em etapas, forme panquequinhas na frigideira com 2 colheres (sopa) cheias de massa por panqueca e frite por 1-2 minutos ou até dourar. Vire as panquecas e frite por mais alguns minutos para dourar o outro lado e cozinhá-las por dentro. Mantenha-as aquecidas enquanto frita o restante da massa.
Sirva as panquequinhas imediatamente com a salada.

Rend.: 4 porções

quinta-feira, janeiro 02, 2014

Bolinhos de quinua com maionese de harissa - começando 2014 de maneira saudável

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Quinoa fritters with harissa mayo / Bolinhos de quinua com maionese de harissa

Feliz Ano Novo, pessoal! :)

Espero que todos tenham tido ótimas festas, cheias de boa comida e boas pessoas. Eu e o marido abusamos um pouquinho – ou eu deveria ser honesta e dizer um poucão? :) – nos dias de folga, e agora é hora de começar a comer direito novamente: menos álcool, mais grãos e verdinhos saudáveis. Estes bolinhos de quinua são facílimos de fazer e fazem bem à saúde, e a maionese de harissa dá a eles um tchã – viciei nessa maionese apimentada porque ela é deliciosa com outras coisas, também (transforma um hambúrguer normal em algo espetacular, por exemplo).

Obrigada por todos os comentários e emails, os responderei em breve. xx

Bolinhos de quinua com maionese de harissa
um tiquinho adaptados do Bill Granger (bolinhos) e da Nigella (maionese)

Bolinhos:
100g de quinua (usei quinua vermelha)
1 cebolinha, em fatias fininhas
2 colheres (sopa) de salsinha picadinha
1 colher (sopa) de orégano fresco picadinho
30g de parmesão ralado fininho
3 colheres (sopa) de farinha de trigo
sal e pimenta do reino moída na hora
raspas da casca de ½ limão siciliano
1 ovo grande
óleo de canola, para fritar

Maionese de harissa:
5 colheres (sopa) de maionese
1 colher (chá) de harissa (ou a gosto)
1 colher (chá) de suco de limão siciliano

folhas de rúcula e azeite extra-virgem para servir

Bolinhos: coloque a quinua e 200ml de água em uma panelinha, cubra e leve ao fogo até começar a ferver. Abaixe o fogo e cozinhe por cerca de 12 minutos ou até que a água tenha sido absorvida e a quinua esteja macia. Deixe esfriar.
Em uma tigela média, misture a quinua, a cebolinha, a salsinha, o orégano e o parmesão. Junte a farinha, o sal e a pimenta, as raspas de limão e o ovo e misture para incorporar os ingredientes.
Aqueça um fiozinho de óleo em uma frigideira antiaderente em fogo médio-alto e faça montinhos com 2 colheres (sopa) da mistura de quinua, achatando-os levemente. Frite por 2-3 minutos de cada lado ou até que dourem. Repita com a massa restante.
Maionese: coloque todos os ingredientes em uma tigelinha e misture para combinar.

Sirva os bolinhos com a maionese, com a rúcula e um fio de azeite.

Rend.: cerca de 10 bolinhos

sexta-feira, novembro 15, 2013

Bolo de carne com molho de tomate e espaguete

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Beef meatloaf with spaghetti sauce / Bolo de carne com molho de tomate e espaguete

O programa de TV “Jamie’s Money Saving Meals” ainda não está no ar aqui no Brasil, mas por sorte há alguns episódios disponíveis no You Tube – já assisti a seis deles (não sei se há mais do que isso) e adorei o conceito: a comida parece deliciosa e nada difícil de fazer, e quandp o vi preparando um bolo de carne com molho de tomate e espaguete soube direitinho qual seria o cardápio do próximo almoço de domingo lá em casa. :)

Encontrei esta receita no site do Jamie e a modifiquei um tiquinho para torná-la mais apetitosa para o marido e eu – consumimos pouca carne de porco, mas não suportamos a ideia de viver em um mundo sem bacon. :) O bolo de carne combina super bem com a massa e sobras dele (se houver) ficam uma delícia em forma de sanduíche (eu gosto do meu com uma colherada de mostarda de Dijon).

Bolo de carne com molho de tomate e espaguete
um tiquinho adaptado daqui

Bolo de carne:
3 cenouras
azeite de oliva extra-virgem
½ cebola, bem picadinha
500g de carne bovina moída
60g de farelo de pão (toste o pão, deixe esfriar e então processe)
1 colher (chá) cheia de orégano seco
1 punhado de orégano fresco
1 punhado de salsinha picada
30g de queijo feta ralado fininho
1 ovo grande
algumas gotinhas de Tabasco
sal e pimenta do reino moída na hora

Molho:
½ colher (sopa) de azeite de oliva
1 cebola bem picadinha
1 colher (chá) de orégano seco
2 dentes de alho amassados e picadinhos
1 garrafa (700ml) de passata
1 colher (chá) de açúcar
sal e pimenta do reino moída na hora
1 punhado de folhas de manjericão rasgadas
1 punhado de orégano fresco

Para montar o prato:
30g de queijo Cheddar – usei mozarela
400g de espaguete seco

Pré-aqueça o forno a 200°C. Descasque as cenouras, corte-as em quatro partes no sentido do comprimento e coloque em uma assadeira de 20x30cm. Regue com o azeite e asse por 10 minutos – enquanto isso, aqueça 2 colheres (chá) do azeite em uma panela pequena e refogue as cebolas, acrescentando uma pitada de sal, até que fiquem transparentes. Deixe esfriar e transfira para uma tigela grande. Acrescente o carne, o farelo de pão, o orégano seco e fresco, a salsinha, o feta, o ovo, o Tabasco, sal e pimenta do reino. Misture levemente com as mãos (não mexa demais ou o bolo de carne ficará com uma textura dura) e molde em um cilindro de aproximadamente 20cm de comprimento. Abra um espaço no meio das cenouras e acomode aí o bolo de carne. Asse por cerca de 25 minutos ou até que esteja dourado e assado por dentro.

Enquanto o bolo de carne assa, faça o molho: em uma panela média, aqueça o azeite. Adicione a cebola e o orégano e refogue até que comece a dourar. Junte o alho e refogue até perfumar. Acrescente a passata (coloque um pouco de água na garrafa vazia, agite e junte à panela), o açúcar, tempere com sal e pimenta e cozinhe por 15-20 minutos ou até que engrosse um pouquinho. Junte as ervas, cubra e retire do fogo.

Ferva uma panela grande de água salgada (para cozinhar o espaguete).

Retire o bolo de carne do forno e, com cuidado, despeje o molho ao redor dele. Cubra o bolo de carne com uma colherada de molho, salpique com o queijo e volte ao forno por 5-10 minutos ou até que o queijo derreta e o molho esteja borbulhando. Enquanto isso, cozinhe o espaguete conforme as instruções da embalagem e escorra. Sirva com o molho da assadeira e o bolo de carne.

Rend.: 4 porções

segunda-feira, novembro 04, 2013

Keftedes de abobrinha e cada louco com a sua mania

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Zucchini keftedes / Keftedes de abobrinha

Toda vez que assisto a “The Great British Bake Off” (graças a pessoas bacanas que postam os episódios no YouTube) não me conformo com a falta de higiene dos participantes – é um tal de mão no cabelo, mão no chão, mão na comida, fico louca! Dá dó dos jurados que tem de comer aquilo tudo. Houve um episódio em que, ao cortarem um pedaço de um bolo (ou era alguma outra coisa, não lembro) deu para ver claramente um fio de cabelo pendurado no doce – acho que foi uma das sobremesas da Cathryn (terceira temporada), se não me engano. Eca. :S

Para deixar as coisas ainda menos apetitosas para mim, no último episódio que vi os participantes tiveram de preparar algo com sebo (suet), algo que eu não comeria de jeito nenhum, nem com a adição de toneladas de açúcar e frutas (dito isso, sempre quis fazer um roly-poly, trocando o suet por manteiga ou gordura vegetal ou usando esta versão livre de suet da Gourmet Traveller).

Enquanto comer suet não está nos meus planos, meu marido nunca quis saber de nada com abobrinha (cada louco com a sua mania, certo?), e dizer a ele que se trata de um legume delicioso não estava ajudando em nada. As coisas mudaram quando ele provou estes keftedes: quando comecei a fritá-los um cheiro maravilhoso tomou conta da cozinha, mais ou menos quando alguém está fazendo queijo-quente e um pouquinho de queijo escapa do pão e toca a superfície fervente da frigideira; isso deixou o marido imediatamente interessado – ao morder um bolinho ele olhou para mim e disse: “vou pegar o Tabasco e uma cerveja gelada”. :D

Keftedes de abobrinha
um nadinha adaptados do lindo Full of Flavor: How to Create Like a Chef

450g de abobrinha, sem o talinho e ralada no ralador grosso
2 colheres (sopa) de cebola ralada
100g de queijo feta esfarelado
¾ xícara de parmesão ralado fininho (rale, depois meça)
3 colheres (sopa) de salsinha picadinha
2 colheres (sopa) de orégano fresco picado
2 ovos, levemente batidos com um garfo
6-8 colheres (sopa) de farelo de pão (toste pão dormido no forno, depois processe)
sal e pimenta do reino moída na hora
farinha de trigo temperada com um pouquinho de sal, para envolver os bolinhos
óleo de canola, para fritar

Branqueie a abobrinha em água fervente por 2 minutos. Escorra, transfira para um pano de prato limpo e seco e esprema para retirar todo o líquido (eu esperei a abobrinha esfriar porque não tinha como manusear um pano tão quente!). :D
Em uma panelinha, aqueça o azeite, junte a cebola com uma pitada de sal e refogue até ficar transparente e macia. Transfira para uma tigela grande e deixe esfriar. Acrescente a abobrinha, o feta, o parmesão, a salsinha, o orégano, os ovos e metade do farelo de pão. Tempere com sal e pimenta e misture. Se a mistura estiver úmida demais, acrescente, aos poucos, farelo de pão. Cubra e leve à geladeira por 1 hora.
Cheque o tempero da mistura antes de moldá-la em keftedes. Faça bolinhas de 2,5cm com a massa e passe-as pela farinha de trigo*.
Aqueça o óleo de canola em uma panela média e frite os keftedes em porções até que dourem. Escorra sobre papel toalha e sirva imediatamente.

*o marido sugeriu que passar os keftedes em farelo de pão (ou farinha de rosca) em vez de farinha de trigo resultaria em uma casquinha mais crocante e, apesar de não ter testado a ideia, concordo com ele.

Rend.: cerca de 20 unidades

terça-feira, junho 11, 2013

Pãezinhos de salame e queijo de uma fonte fantástica de receitas

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Salami and cheese rolls / Pãezinhos de salame e queijo

É bem verdade que há livros de receita demais em minha estante e ainda assim uma das minhas fontes favoritas de ótima comida é a Gourmet Traveller: as fotos são um espetáculo de lindas e as receitas são deliciosas e nunca decepcionam. Com um feriado pela frente e a vontade de fazer pão fui direto ao site da GT e lá encontrei a receita perfeita: com fermento biológico, como eu queria, e levava queijo e salame, dois ingredientes da minha geladeira que precisavam ser utilizados com certa urgência. Enquanto o pão estava no forno o meu marido – o fã de salame lá de casa – ficou dizendo o quão perfumada estava a cozinha e depois de provar um dos pãezinhos me disse que na próxima vez que comprasse salame traria um pouco extra, de propósito, só para que eu pudesse fazer o pão novamente. O pão realmente ficou fantástico, entretanto eu faria duas coisas diferentes da próxima vez: aumentaria a quantidade de queijo e dobraria a receita – 8 pãezinhos não deram nem pro cheiro. :D

Pãezinhos de salame e queijo
adaptados da sempre lindíssima Gourmet Traveller

- xícara medidora de 240ml

Esponja:
1/8 colher (chá) de fermento biológico seco
1 pitada de açúcar
125g de farinha de trigo

Massa:
½ colher (sopa) de azeite de oliva
½ cebola grande, picadinha
1 ¼ colheres (chá) de fermento biológico seco
1 pitada de açúcar
2 xícaras + 2 colheres (sopa) - 300g - de farinha de trigo
¼ colher (chá) de sal
pimenta do reino moída na hora, a gosto
30g de manteiga sem sal, amolecida
70g de salame bem picadinho
2 colheres (sopa) de folhas de orégano fresco, picadas grosseiramente
100g de mozarela fresca ralada

Faça a esponja: em uma tigela pequena, misture o fermento, o açúcar e 1 colher (sopa) de água morna. Deixe por 10 minutos ou até espumar. Junte 1/3 xícara (80ml) de água morna e a farinha e misture por uns dois minutos ou até obter uma massa lisa. Cubra com filme plástico e deixe crescer por 3 horas ou até dobrar de tamanho (depois disso a esponja pode ser guardada na geladeira – deixe voltar à temperatura ambiente antes de usar).
Enquanto isso, aqueça o azeite em um panelinha em fogo médio-alto. Junte a cebola e refogue até que comece a dourar. Retire do fogo e deixe esfriar completamente.

Massa: na tigela grande da batedeira, junte o fermento, o açúcar e 2 colheres (sopa) de água morna e deixe por 10 minutos ou até espumar. Junte a esponja e, usando o batedor em formato de pá (ou os batedores para massas pesadas) misture por 4-5 minutos ou até homogeneizar. Incorpore a manteiga. Acrescente a cebola, o salame e o orégano e misture bem. Junte a farinha, o sal e a pimenta do reino e sove por 3 minutos ou até que a massa fique elástica e lisa. Transfira para uma tigela levemente untada com azeite, vire a massa para untá-la dos dois lados e cubra a tigela com filme plástico. Deixe crescer por 1 hora ou até dobrar de volume.
Pré-aqueça o forno a 200°C. Unte levemente uma forma redonda de 25cm com óleo ou azeite.
Dê um soquinho na massa para retirar o ar e transfira para uma superfície levemente enfarinhada. Abra-a com um rolo até obter um retângulo de aproximadamente 50x30cm. Espalhe a mozarela sobre a massa e então enrole como um rocambole, começando pelo lado mais longo. Corte em 8 fatias e arrume-as, com o lado cortado virado para cima, na forma preparada. Cubra com filme plástico e deixe crescer novamente por 30-40 minutos. Asse por 25 minutos ou até que os pãezinhos dourem – eles são deliciosos quentinhos regados com azeite extra-virgem e ficam ótimos reaquecidos: mantenha em um recipiente hermético por até 2 dias.

Rend.: 8 unidades

domingo, maio 13, 2012

Tomates recheados com queijo de cabra

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Roasted tomatoes stuffed with goat cheese / Tomates assados recheados com queijo de cabra

Nos finais de semana é quando tenho mais tempo para cozinhar: isso é ótimo e uma das muitas razões pelas quais tanto amo sábados e domingos. Mesmo assim, há horas em que quero refeições rapidinhas e estes tomates recheados são perfeitos para isso: a montagem é super rápida e eles não precisam de muito tempo de forno. Caso vocês não encontrem queijo de cabra facilmente acredito que os tomates ficariam deliciosos também com ricota – caseira, é claro. :D

Não sei nada sobre vinhos mas achei estes tomates particularmente gostosos com vinho branco frisante – meus finais de semana não são completos sem uma bebidinha. ;)

Tomates assados recheados com queijo de cabra
um tiquinho adaptados do lindão The Country Cooking of France

4 tomates
sal e pimenta do reino moída na hora
100g de queijo de cabra
2 dentes de alho, bem picadinhos
2 colheres (sopa) de salsinha bem picadinha (meça depois de picar)
2 colheres (sopa) de cebolinha-francesa bem picadinha (meça depois de picar)
1 colher (sopa) de folhinhas de tomilho
raspas da casca de 1 limão siciliano
2 colheres (sopa) de farelo de pão
azeite de oliva extra-virgem, para regar

Pré-aqueça o forno a 200°C. Forre um refratário pequeno com papel alumínio.
Corte uma tampinha em cada tomate e remova as sementes e a polpa. Se necessário, faça um pequeno corte na base dos tomates, para que eles fiquem de pé no refratário. Salpique o interior dos tomates com sal e pimenta.
Em uma tigelinha, esmigalhe o queijo de cabra. Reserve.
Em outra tigelinha, misture bem o alho, a salsinha, a cebolinha, o tomilho, as raspas de limão e o farelo de pão. Tempere com sal. Recheie os tomates com metade desta mistura. Cubra com o queijo de cabra, sem apertar muito. Cubra com o restante da mistura de ervas, regue com um pouquinho de azeite e leve ao forno por 15-20 minutos ou até que o queijo esteja bem quente e a pele dos tomates comece a rachar.

Rend.: 2 porções

quinta-feira, setembro 22, 2011

Croquetes de cenoura e damasco e uma mentirinha leve

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Carrot and apricot croquettes / Croquetes de cenoura e damasco

Admito ser viciada em livros de receitas mas há alguns nos quais não vejo a menor graça – jamais compraria este livro, por exemplo. Nunquinha. Detesto a idéia de enganar crianças para que eles comam legumes e frutas. Eles têm de comer boa comida sabendo disso. Deveriam saber que cara e gosto beterrabas ou cenouras ou beringelas têm. Minha mãe me alimentou assim quando eu era pequena e eu fiz o mesmo com minha irmã.

Mas a vida é cheia de surpresas e acabei casando com um enjoadinho. Sim, podem rir agora. :)
Portanto, quando o marido me perguntou o que tinha nesses croquetes eu menti. MENTI, gente. Não contei pra ele que tinha damasco seco. Não, senhor. Só cenoura com um tiquinho de ervas, nada mais.

Eu provavelmente deveria me sentir culpada por mentir pra ele mas não me sinto, não. Ele comeu vários croquetinhos e disse que estavam gostosos. Acho que vou continuar mentindo sobre ingredientes – ora, posso até transformar isso em um esporte Olímpico. :D

Croquetes de cenoura e damasco
um nadinha adaptados da sempre linda e deliciosa Australian Gourmet Traveller

- xícara medidora de 240ml

650g de cenouras (cerca de 5 médias), descascadas e em pedaços graúdos
90g de farelo de pão
5 damascos secos, bem picadinhos
2 cebolinhas, em rodelinhas finas
3 colheres (sopa) de amêndoas em lâminas
1 dente de alho amassado
½ xícara de folhas de salsinha, bem picadinhas – aperte-as na xícara na hora de medir
1 ovo
sal e pimenta do reino moída na hora
farelo de pão extra, para envolver os croquetes
2 colheres (sopa) de azeite de oliva, para fritar

Cozinhe a cenoura no vapor até que fique macia (20-25 minutos). Transfira para uma tigela grande e amasse até obter um purê homogêneo. Junte o farelo de pão, o damasco, a cebolinha, as amêndoas, o alho, a salsinha, as raspas de limão e o ovo. Tempere a gosto e misture até formar uma massa macia (acrescente mais farelo de pão se a massa estiver grudenta demais). Faça rolinhos com 1 ½ colheres (sopa) de massa e coloque em um prato ou bandeja forrada com papel manteiga. Leve à geladeira até firmar bem (1-2 horas).
Pré-aqueça o forno a 200°C. Aqueça o azeite em uma frigideira funda em fogo médio-alto. Passe os croquetes no farelo de pão extra e frite-os, aos poucos, no azeite até que dourem por fora. Transfira para uma assadeira e asse por 15-20 minutos ou até que estejam cozidinhos por dentro.
Sirva imediatamente com fatias de limão siciliano.

Rend.: cerca de 25 unidades

quarta-feira, junho 29, 2011

Focaccia de azeitona e ervas frescas

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Olive and herb focaccia / Focaccia de azeitonas e ervas frescas

Não entendo gente que não gosta de azeitonas – não me entendam mal, eu mesma tenho as minhas frescuras com certos alimentos (não como fígado nem amarrada), mas azeitonas são tão suculentas, carnudas, macias... Para mim, são completamente irresistíveis.

É por isso que ao separar os ingredientes para preparar este pão delicioso retirei 20 azeitonas de dentro do vidro. :D

Focaccia de azeitona e ervas frescas
um nadinha adaptada do The Weekend Baker

- xícara medidora de 240ml

Massa:
3 xícaras + 1 colher (sopa) - 430g - de farinha de trigo comum
1 colher (sopa) de orégano fresco (ou tomilho) picadinho
2 ¼ colheres (chá) - 7g - de fermento biológico seco
2 colheres (chá) de sal
1 colher (chá) de açúcar refinado
1 ¼ xícaras (300ml) de água morna
1 colher (sopa) de azeite de oliva

Cobertura:
12-15 azeitonas pretas, sem os caroços, em pedaços graúdos
1 ½ colheres (sopa) de azeite de oliva
2 colheres (chá) de folhinhas de orégano fresco (ou tomilho)
1 colher (chá) de sal grosso, levemente moído se os grãos estiverem grandes demais – usei Maldon

Em uma tigela grande, misture a farinha, o orégano (ou tomilho), o fermento, o sal e o açúcar. Mexa para incorporar os ingredientes. Regue-os com a água e o azeite e misture com uma colher de pau até que uma massa comece a se formar. Transfira para uma superfície levemente enfarinhada e sove até conseguir uma massa homogênea e não esteja mais tão grudenta, cerca de 10 minutos – resista ao desejo de adicionar mais farinha à massa; ela é bem macia e por isso preferi sová-la na Kitchen Aid usando o batedor em formato de gancho.
Faça uma bola com a massa e coloque em uma tigela grande, levemente untada com óleo ou azeite. Cubra com filme plástico e deixe crescer em um lugar quentinho, livre de correntes de ar, por 45 minutos ou até que dobre de volume.
Unte com óleo uma assadeira grande, de beiradas baixas. Transfira a massa para a assadeira e pressione levemente para retirar o excesso de ar. Dê à massa um formato ovalado, fazendo que com que tenha aproximadamente 2cm de espessura e 25cm de comprimento. Pincele levemente com azeite e cubra com filme plástico colocando-o diretamente sobre a superfície da massa. Deixe crescer novamente em um lugar quentinho, livre de correntes de ar, por cerca de 20 minutos ou até estufe levemente e quase dobre de volume.
Pré-aqueça o forno a 220°C. Retire o plástico da focaccia. Polvilhe com farinha as pontas dos seus três dedos centrais de uma das mãos e faça furinhos em toda a extensão da massa (sem deixar que atravessem o fundo). Pressione os pedacinhos de azeitona nos furinhos. Regue a massa com 1 colher (sopa) de azeite de oliva e salpique com o orégano (ou tomilho) e o sal grosso.
Asse até que o topo da foccacia doure bem, 25-30 minutos. Retire do forno e, com o auxílio de uma espátula grande de metal, transfira para uma gradinha. Regue com a ½ colher (sopa) de azeite restante. Sirva morna (eu achei gostosa mesmo fria).

Rend.: 1 focaccia grande

segunda-feira, novembro 01, 2010

Salada de tomate, feta e trigo

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Tomato, feta  and wheat salad / Salada de tomate, feta e trigo

O post de hoje é um ato totalmente egoísta: só estou tentando limpar (um pouco) o meu karma depois de fazer todo mundo engordar com tantas receitas doces em seguida. :D

A inspiração para esta salada vem da Gourmet Traveller, mas a idéia de grelhar o feta vem da Donna Hay (outra salada que já fiz inúmeras vezes, deliciosa).

Salada de tomate, feta e trigo
inspirada na Australian Gourmet Traveller

- xícara medidora de 240ml

Sal de sumagre:
2 colheres (chá) de sal marinho (tipo Maldon) ou flor de sal, ou ¾ colher (chá) de sal comum
¼ colher (chá) de sumagre
raspas da casca de ½ limão siciliano

Salada:
500g de tomate cereja
¼ xícara de trigo – deixe-o de molho na véspera
200g de queijo feta firme
1 punhado generoso de manjericão
1 punhado de folhas de salsinha
azeite de oliva extra-virgem, para regar
suco de limão siciliano

Prepare o sal de sumagre: misture os ingredientes numa tigelinha, tempere com pimenta do reino moída na hora a gosto e reserve.
Pré-aqueça o forno a 180°C; forre uma assadeira pequena com papel alumínio. Separe metade dos tomatinhos e corte-os pela metade. Arrume as metades – lado cortado para cima – na assadeira preparada, regue com um pouquinho de azeite e tempere com um pouquinho do sal de sumagre. Asse até que estejam macios (30-35 minutos). Deixe esfriar.
Enquanto isso, coloque o trigo numa panela pequena, cubra com água fria e leve ao fogo médio-alto até ferver. Abaixe o fogo e cozinhe até que fique macio (35-40 minutos). Escorra, enxágüe com água fria, escorra novamente e deixe esfriar.
Adicione azeite e suco de limão (a gosto) ao sal de sumagre restante até obter um molho para salada. Misture bem.
Aqueça uma frigideira antiaderente em fogo algo e grelhe o feta por 1-2 minutos de cada lado ou até dourar. Pique em pedaços graúdos.
Corte os tomatinhos restantes ao meio e misture-os aos tomates assados num prato de servir. Junte o trigo, o feta, o manjericão e a salsinha, misturando. Regue com o molho e sirva.

Rend.: 2 porções

quarta-feira, janeiro 20, 2010

Sopa de abóbora assada com manjerona

English version

Roasted pumpkin and marjoram soup / Sopa de abóbora assada com manjerona

Estou me sentindo um tiquinho culpada: todas estas sobremesas geladas, receitas com cereja enquanto os meus leitores tão queridos do Hemisfério Norte estão debaixo de neve...

Achei que quem está sofrendo com o frio merecia algo quentinho, reconfortante e saboroso – espero que a cor viva os alegre!
xx

Roasted pumpkin and marjoram soup / Sopa de abóbora assada com manjerona

Sopa de abóbora assada com manjerona
adaptada da Donna Hay magazine

- xícara medidora de 240ml

800g de abóbora japonesa (kabocha)
1 colher (sopa) de azeite de oliva
1 colher (sopa) de azeite de oliva, extra
1 cebola grande, picadinha
3 xícaras (720ml) de caldo de galinha
sal e pimenta do reino moída na hora
1 xícara (240ml) de creme de leite fresco
folhinhas de manjerona, para servir

Pré-aqueça o forno a 180°C. Corte a abóbora ao meio, retire as sementes e então corte cada metade em seis ou mais pedaços menores. Coloque-os numa assadeira, regue com o azeite, salpique com sal e leve ao forno por 30-40 minutos ou até que a abóbora esteja macia (espete com um garfo para saber). Retire do forno e deixe esfriar o suficiente para que você possa manusear. Com o auxílio de uma colher ou uma faquinha, remova toda a polpa da abóbora e jogue fora a casca.

Aqueça uma panela média em fogo médio. Acrescente o azeite extra e a cebola e refogue por 4-5 minutos ou até a cebola murchar. Junte a abóbora e refogue por mais 1-2 minutos. Adicione o caldo, cubra e deixe ferver. Cozinhe por mais 2-3 minutos, retire do fogo e bata no processador/liqüidificador ou use um mixer diretamente na panela até obter um creme homogêneo – com bastante cuidado, pois o líquido pode espirrar.
Junte o sal, a pimenta e o creme de leite e misture. Transfira a sopa para cumbuquinhas e salpique com as folhinhas de manjerona para servir.

Rend.: 4 porções