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Depois de meses de ansiedade – Christopher Nolan fez comigo o que Fincher fizera em 2010 e 2011 – o momento pelo qual aguardara tanto finalmente chegou: o dia em que eu veria o final de uma trilogia brilhante.
*spoilers*
Não usarei “perfeito” para descrever “Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge” – guardo o adjetivo para “O Cavaleiro das Trevas”, que para mim é um filme superior – mas lhes digo que poucos filmes tiveram o efeito que “OCDT” teve sobre mim; os primeiros minutos do filme me fizeram prender a respiração sem sequer perceber e fui arrebatada tanto pela trilha sonora poderosa quanto pela apresentação do vilão, o momento em que Tom Hardy inicia seu magnífico show como Bane – quando alguém usando uma máscara que cobre metade de seu rosto entrega a interpretação de uma vida sabemos que há coisa boa a caminho, e somente um ator que confia plenamente em seu diretor pode se entregar a algo assim, como poucos antes dele. Dá pra notar que Anne Hathaway se dedicou imensamente a seu personagem e merece o crédito por isso, mas Michelle Pfeiffer tornou impossível para qualquer mortal interpretar Selina Kyle – nem gosto de Pfeiffer, acho medíocre como atriz, mas a Mulher-Gato é um papel que ela interpretou à perfeição. Meses atrás li que Nolan havia feito o impossível para ter Marion Cotillard como Miranda Tate (ela seria a minha Mulher-Gato), mudando o calendário das filmagens para poder acomodar a gravidez da atriz, e somente após ver o filme é que entendi a razão – parabéns, Nolan, pois foi uma escola estupenda, e trazer os sempre maravilhosos Cillian Murphy e Liam Neeson para pontas foi a cereja do bolo.
Uma das muitas razões pelas quais acho a trilogia de Nolan uma obra-prima é a escolha do fabuloso elenco, que começa pela escolha de um ator realmente talentoso para o papel principal (diferentemente de seus antecessores) para então cercá-lo de gente igualmente talentosa; além disso, o diretor não tem medo de ir a lugares sombrios, o que faz perfeito sentido quando seu herói é uma pessoa sombria e problemática. Por isso é que alguns momentos do filme não me agradaram, como Selina beijando Batman antes de seu derradeiro vôo para explodir a bomba – achei piegas, o que não tem nada a ver com Nolan. A apresentação de Robin me desapontou deveras, pois não gosto do personagem e acho que Gordon-Levitt seria um Charada perfeito. Mas, de maneira geral, o filme foi tudo o que eu esperava que fosse: visualmente impecável, com um roteiro muito bom e performances idem; fecha o ciclo do personagem como deveria e provavelmente fará com que mais gente preste atenção a Tom Hardy, que teve a missão ingrata de “competir” com a performance sublime de Heath Ledger e fez um excelente trabalho. E de Nolan continuo esperando somente o melhor, pois é isso que ele mostrou até agora.
* fim dos spoilers*
Estas tortinhas, que para mim são a versão mais saudável e mais deliciosa das tortinhas de maçã de uma certa “lanchonete”, não são difíceis de fazer e tenho certeza de que agradarão crianças de qualquer idade; a receita vem do meu livro favorito de coisas doces, o livro sem o qual não vivo e que está com um preço ótimo na Amazon, site que venho tentando evitar ultimamente já que essa história de receber livro em menos de uma semana é uma tremenda tentação. :D
Tortinhas de maçã e especiarias
do sempre, sempre fantástico Bon Appetit Desserts: The Cookbook for All Things Sweet and Wonderful
- xícara medidora de 240ml
Massa:
1 ½ xícaras (210g) de farinha de trigo
2 colheres (chá) de açúcar cristal
1 pitada de sal
½ xícara (113g) de manteiga sem sal, gelada e em cubinhos de 1cm
4 colheres (sopa) - ou mais - de água gelada
Recheio:
675g de maçãs Granny Smith, descascadas, miolos e sementes removidos, em cubinhos de 1cm
1/3 xícara (66g) de açúcar cristal
1 colher (chá) de conhaque
½ colher (chá) de canela em pó
½ colher (chá) de extrato de baunilha
¼ colher (chá) de raspas de casca de limão siciliano
¼ colher (chá) de noz-moscada ralada na hora
1/8 colher (chá) de cravo em pó
6 colheres (chá) + 1 colher (sopa) de manteiga sem sal
cerca de 2 colheres (sopa) de açúcar cristal, extra
Massa: em uma tigela grande, misture a farinha, o açúcar e o sal com um batedor de arame. Junte a manteiga e misture com as pontas dos dedos, formando uma farofa grossa. Acrescente as 4 colheres (sopa) de água gelada e misture com um garfo até que os ingredientes comecem a se juntar, formando carocinhos úmidos – junte mais água, aos pouquinhos, se a massa estiver muito seca (fiz a massa no processador de alimentos).
Transfira a massa para uma superfície levemente untada e divida em 6 partes iguais. Forme uma bola com cada porção de massa, achate para formar um disco e embrulhe em filme plástico. Leve à geladeira por pelo menos 1 hora (pode ser refrigerada de um dia para o outro).
Forre duas assadeiras grandes com papel manteiga. Com o rolo, abra cada porção de massa em um círculo de 20cm. Transfira-os para as assadeiras preparadas, cubra e leve à geladeira por mais 30 minutos.
Recheio: em uma tigela grande, misture as maçãs, o açúcar, o conhaque, a canela, a baunilha, as raspas de limão, a noz-moscada e o cravo. Cubra e deixe em temperatura ambiente por 30 minutos.
Pré-aqueça o forno a 200°C. Coloque ½ xícara do recheio drenado na parte inferior de um círculo de massa, deixando 2cm de borda sem recheio. Distribua 1 colher (chá) de manteiga em pedacinhos sobre o recheio, pincele as bordas da massa levemente com água e dobre, fechando todo o recheio dentro da massa. Aperte as beiradas da massa para fechar bem e em seguida pressione com um garfo para vedar. Repita com a massa e recheio restantes. Arrume as tortinhas em uma assadeira grande, forrada com papel manteiga. Faça três cortes na superfície de cada tortinha. Derreta a manteiga restante – 1 colher (sopa) – e pincele as tortinhas. Salpique com o açúcar extra e asse até que dourem, cerca de 30 minutos. Deixe esfriar levemente antes de servir.
Rend.: 6 unidades