Uma das minhas memórias de infância mais queridas é a imagem da minha mãe na cozinha preparando bolos – ela era uma cozinheira incrível e também bastante famosa por seus doces.
Os dois bolos dos quais mais me lembro são o de chocolate e o de cenoura – quantas vezes os levei na lancheira da escola! Quantas tigelas de massa de bolo raspadas com a colher de pau! :)
Dia desses me peguei pensando no bolo de cenoura da minha mãe, mas não daria tempo de prepará-lo. Como eu queria satisfação instantânea decidi dar uma adaptada na receita e transformei o bolo em waffles – ficaram muito bons!
Desde então tenho feito estes waffles de vez em quando, pois ficam prontos em pouco tempo e não dão trabalho nenhum – satisfação instantânea com uma pitadinha de saudade.
Waffles de cenoura com calda de chocolate
criação minha, inspirada no bolo de cenoura da minha mãe
- xícara medidora de 240ml
Waffles:
2 cenouras pequenas (200g), descascadas e picadas
2 ovos
½ xícara (100g) de açúcar cristal
1/3 xícara (80ml) de óleo de canola
1 xícara (140g) de farinha de trigo
½ colher (chá) de fermento em pó
1 pitada de sal
Calda de chocolate:
1/3 xícara (30g) de cacau em pó, sem adição de açúcar
¼ xícara (50g) de açúcar cristal
2 colheres (sopa) – 28g – de manteiga sem sal
¼ xícara (60ml) de leite integral
Waffles: leve as cenouras, os ovos, o açúcar e o óleo ao liquidificador e bata até obter uma mistura homogênea. Transfira para uma tigela e incorpore a farinha, o fermento e o sal, mexendo com um batedor de arame até obter uma massa lisa, com jeitão de massa de bolo.
Aqueça a máquina de waffle e pincele levemente com manteiga – se a máquina for antiaderente, não é necessário. Derrame aproximadamente 1/3 de xícara de massa por waffle, feche a máquina e cozinhe até dourar e firmar. Transfira-os para uma gradinha dentro de uma assadeira e deixe no forno baixinho para que os waffles não esfriem – a gradinha faz o ar circular por todos os lados, evitando que os waffles fiquem úmidos.
Calda: misture todos os ingredientes em uma panelinha e cozinhe em fogo alto, mexendo sempre com um batedor de arame, até que comece a ferver. Cozinhe por mais 2-3 minutos, mexendo, até engrossar levemente. Retire do fogo, reserve por 5 minutos e então sirva sobre os waffles.
Rend.: cerca de 6 porções
sábado, maio 27, 2017
Waffles de cenoura com calda de chocolate - para quem quer bolo, mas tem pressa
sexta-feira, março 24, 2017
Bolo de fubá da tia Angélica - a primeira receita que fiz na vida
Muitos de vocês sabem que comecei a cozinhar ainda criança – foi por pura necessidade, mas acabou se tornando uma paixão. Também já contei aqui sobre o bolo de fubá da minha tia-avó Angélica e até fiz outros bolos de fubá tentando emular a receita dela, sem muito sucesso.
Felizmente, depois de quase destruir a casa inteira, encontrei a danada da receita em um caderno velho, caindo aos pedaços (que eu, sinceramente, nem lembrava que ainda existia) e pude matar a vontade de tantos anos. O bolo era exatamente como eu me lembrava dele: delicioso, com uma textura levíssima, parecendo uma espuminha.
Os bolos de fubá que fiz nos últimos anos eram gostosos, tanto que os publiquei aqui no TK, porém este foi o primeiro bolo da minha vida, a receita que me colocou na cozinha e me mostrou o quão mágico e maravilhoso cozinhar pode ser – se não fosse por este bolo, o blog provavelmente não existiria, e isso torna a receita ainda mais especial para mim.
Bolo de fubá da tia Angélica
um nadinha adaptado para usar medidas-padrão
- xícara medidora de 240ml
1 xícara (140g) de farinha de trigo
1 xícara (120g) de fubá
1 colher (sopa) de fermento em pó
1 pitada de sal
4 ovos grandes
1 xícara + 2 colheres (sopa) - 224g - de açúcar cristal
¾ xícara (180ml) de óleo de canola
1 xícara (240ml) de leite integral bem quente
Preaqueça o forno a 180°C. Unte com manteiga e enfarinhe uma forma retangular de 20x30cm.
Em uma tigela media, misture com um batedor de arame a farinha de trigo, o fubá, o fermento e o sal. Reserve.
Na tigela da batedeira, bata os ovos em velocidade média até que comecem a formar uma espuma. Vá acrescentando o açúcar aos poucos, batendo sempre, e quando terminar de adicionar o açúcar aumente para a velocidade alta, batendo até obter um creme espesso e bem clarinho – raspe as laterais da tigela com uma espátula de silicone algumas vezes durante todo o preparo da receita. Volte a batedeira para a velocidade média e vá acrescentando o óleo aos poucos, despejando pelas laterais da tigela para não espirrar. Agora, em velocidade baixa, junte os ingredientes secos e bata somente até incorporar – se bater demais o ar incorporado à massa vai se perder. Com a espátula de silicone incorpore o leite delicadamente. Despeje a massa na forma e alise a superfície. Asse por 35-40 minutos ou até o bolo crescer e dourar (faça o teste do palito). Deixe esfriar completamente na forma sobre uma gradinha.
O bolo pode ser guardado em um recipiente hermético em temperatura ambiente por até 3 dias.
Rend.: 20 porções
segunda-feira, janeiro 11, 2016
Bolo de fubá do Panelinha
O primeiro bolo que fiz na vida foi de fubá, ensinado pela minha querida tia-avó Angélica (que sabe tudo de cozinha, gente, que comida maravilhosa, vocês não imaginam). Difícil encontrar aqui no Brasil alguém que não goste de bolo de fubá e eu não sou exceção: adoro, especialmente com café – sempre fui de tomar chá, entretanto tenho aprendido a apreciar café nos últimos meses. Comecei a tomar café para não dormir em cima do teclado do computador e acabei gostando. :)
Acho que estava meio nostálgica semana passada, pois me deu uma vontade louca de comer bolo de fubá – com a ajuda de vocês que comentaram lá na página do blog no Facebook, fiz a receita do Panelinha: rápida e super prática. O bolo ficou uma delícia, porém achei que no dia seguinte ficou meio sequinho. Preciso ligar para a minha tia e pegar com ela a receita do bolo de fubá que ela faz, pois o danado fica incrivelmente macio e úmido e se mantém assim por dias a fio.
Ainda bem que bolo quente dar dor de barriga é lenda urbana, pois eu comi várias fatias mornas deste bolinho de uma vez só - que vergonha, né, gente? :)
Bolo de fubá do Panelinha
um nadinha adaptado daqui
- xícara medidora de 240ml
manteiga, para untar a forma
1 xícara (140g) de farinha de trigo
1 ½ xícaras (210g) de fubá mimoso
1 pitada de sal
4 ovos
1 xícara (240ml) de óleo de canola
1 xícara (200g) de açúcar cristal
1 xícara (240ml) de iogurte natural integral
1 colher (sopa) de fermento em pó
Preaqueça o forno a 180°C. Unte com manteiga e enfarinhe uma forma de furo central de 25cm (capacidade para 10 xícaras de massa).
Em uma tigela grande, peneire a farinha, o fubá e o sal. Reserve. No copo do liquidificador, junte os ovos, o óleo, o açúcar e o iogurte. Bata até ficar liso, por cerca de 5 minutos. Despeje sobre os ingredientes secos e mexa delicadamente com um batedor de arame até a massa ficar lisa. Por último incorpore o fermento.
Despeje a massa do bolo na forma preparada e asse por 30-35 minutos ou até que o bolo cresça, doure e descole das laterais da fora (faça o teste do palito). Deixe esfriar sobre uma gradinha por 15 minutos. Desenforme com cuidado sobre a gradinha e deixe esfriar completamente.
O bolo é mais gostoso no dia em que é preparado – achei que ficou um tiquinho seco no dia seguinte.
Rend.: 10-12 porções
segunda-feira, fevereiro 23, 2015
Bolo toalha felpuda - direto do túnel do tempo
Fui criança nos anos oitenta e naquela época houve a modinha dos bolos de aniversário gelados – pelo menos aqui em São Paulo era batata a gente chegar a uma festinha de aniversário e o bolo ser o bom e velho toalha felpuda, molhadinho de leite condensado e com aquela capinha de coco por cima, cada quadradinho embrulhado em papel alumínio e todos eles acomodados nas caixas de isopor decoradas de acordo com o tema da festa.
Quem aí lembra?
(eu estou aqui denunciando a idade, não me deixem sozinha neste momento, por favor)
:D
Outro dia minha cunhada estava falando sobre esse bolo, de como ela estava com vontade de comer e tal, e como eu adoro fazer doce pra quem eu gosto disse a ela que faria o toalha felpuda especialmente para ela e fiz: o bolo ficou bem gostoso, úmido e fofinho como eu me lembrava dele, mas evitei o papel alumínio (pra que gerar mais lixo do que o necessário, né, gente?) e acomodei os quadradinhos de bolo em um recipiente hermético bem fechado – dá pra servir o bolo em temperatura ambiente ou gelado, como nos velhos tempos.
Bolo toalha felpuda
um nadinha adaptado daqui
Bolo:
2 xícaras (280g) de farinha de trigo
1 colher (sopa) de fermento em pó
150g de manteiga sem sal, amolecida
1 ¾ xícaras (350g) de açúcar cristal
4 ovos, claras e gemas separadas
1 colher (chá) de extrato de baunilha
½ xícara (120ml) de leite integral, temperatura ambiente
1 vidro (200ml) de leite de coco
1 pitada de sal
Cobertura:
1 xícara (100g) de coco seco ralado
½ xícara (120ml) de leite integral, temperatura ambiente
1 lata de leite condensado
Bolo: preaqueça o forno a 180°C. Unte com manteiga e enfarinhe uma forma retangular de metal de 23x32cm*.
Em uma tigela média, peneire a farinha e o fermento. Reserve.
Na batedeira, bata bem a manteiga com o açúcar até obter um creme claro e fofo. Junte as gemas, uma a uma, batendo bem a cada adição. Raspe as laterais da tigela ocasionalmente. Junte a baunilha. Em velocidade baixa, junte os ingredientes peneirados, alternando com o leite e o leite de coco. Bata as claras e o sal até obter picos firmes. Misture delicadamente as claras batidas em neve com a massa. Despeje a massa na forma preparada e asse por cerca de 40 minutos ou até que o bolo cresça e doure (faça o teste do palito).
Cobertura: enquanto isso, misture o coco ralado com o leite para hidratar. Ao retirar o bolo do forno, fure-o todo com um garfo. Junte o leite condensado ao coco e leite e espalhe sobre o bolo ainda quente, espalhando bem para que o bolo absorva a cobertura. Deixe esfriar, corte em quadrados e sirva.
* fiz exatamente a receita acima usando uma forma de 20x30cm, assando por 55 minutos
Rend.: 24 porções
quarta-feira, novembro 25, 2009
Brigadeiro de especiarias
Quando era pequena não achava o menor sentido ao ouvir os adultos dizendo que “o tempo voa” – sinto que só comprei essa idéia depois dos 20. Agora falta apenas um ano para a minha irmãzinha ir para a faculdade... Vocês entenderam. :D
As festas de final de ano estão próximas – apesar de às vezes parecer que o Natal foi mês passado – e a minha árvore já está montada; hora de começar a pensar na comida.
Para mim, especiarias têm tudo a ver com Natal e achei que elas combinariam lindamente com um docinho bem brasileiro – fiquei felicíssima com o resultado, especialmente depois dos meus brigadeiros achatados. :)
Usei a ótima receita da Paula, trocando o chocolate por canela, cravo e noz moscada.
Brigadeiro de especiarias
- xícara medidora de 240ml
1 lata de leite condensado
1/3 xícara (80ml) de creme de leite fresco
½ colher (sopa) cheia de farinha de trigo
1 colher (sopa) de manteiga sem sal + um pouquinho extra para untar
1/8 colher (chá) de noz moscada moída na hora
1/8 colher (chá) de cravo em pó
½ colher (chá) de canela em pó
açúcar granulado, para cobrir os docinhos
Unte um prato fundo grande com manteiga e reserve.
Misture o leite condensado, o creme de leite, a farinha, 1 colher (sopa) de manteiga, a noz moscada, o cravo e a canela numa panela e leve ao fogo baixo, mexendo sem parar até que engrosse e solte do fundo da panela – cerca de 15 minutos. Transfira para o prato preparado, deixe esfriar completamente e então leve à geladeira para que fique mais fácil de enrolar.
Faça bolinhas com a massa, passe-as pelo açúcar granulado e coloque em forminhas de papel.
Rend. 32 unidades
sexta-feira, junho 05, 2009
Brigadeiro de lavanda
Algo aconteceu e acho que ficarei traumatizada para sempre... Não consigo mais fazer brigadeiro! :(
As últimas vezes que preparei brigadeiro a massa não firmou o suficiente para ser enrolada. E desta vez foi a mesma coisa – tive essa idéia doida de trocar o chocolate por lavanda e ficou até gostoso, mas assim que eu colocava as bolinhas nas forminhas de papel elas começavam a achatar... Nada bom. :(
Tentei salvar a receita ao colocar a massa de brigadeiro em potinhos, como fiz no aniversário da minha irmã – exceto que daquela vez era essa a intenção.
Mas ainda tenho esperança: depois de ver essas crianças muito fofas fazendo brigadeiro estou pronta para tentar de novo. :)
Brigadeiro de lavanda
receita minha
1 lata de leite condensado
2 colheres (chá) de lavanda seca comestível
1 colher (sopa) de manteiga sem sal + um pouquinho extra para untar
Unte um prato fundo grande com manteiga e reserve.
Usando um pilãozinho, amasse/triture bem os botõezinhos de lavanda.
Misture o leite condensado, a lavanda moída e a manteiga numa panela e leve ao fogo baixo, mexendo sem parar até que solte do fundo da panela. Transfira para o prato preparado e deixe esfriar completamente.
Para servir, coloque porções de cerca de 1 colher (sopa) em mini copinhos ou tigelinhas.
Rend.: 10 porções
terça-feira, fevereiro 17, 2009
Sorvete de milho verde
Quem tem blog de comida ama compartilhar receitas e eu não sou exceção – já fiz várias receitas de outros blogs e fico felicíssima quando alguém prepara o que publico aqui. É uma ótima troca e tenho sorte de fazer parte dela.
O que me deixa mais contente ainda é poder mostrar um pouquinho da nossa comida, ou pelo menos da região onde moro, aos meus leitores do blog em inglês. Certa vez, recebi um email de uma senhora chamada Marta, da Nova Zelândia, pedindo mais informações sobre o doce de abóbora. E há alguns meses o doce apareceu no Apartment Therapy – The Kitchn. A Faith preparou a receita com alguns toques pessoais e adorou!
Por isso queria muito postar este sabor de sorvete tão brasileiro – acho super interessante o uso do milho tanto em salgados quanto em doces, como o docinho que fiz há um tempo. Adaptei ligeiramente esta receita – um tantinho de canela fez com que o sorvete lembrasse curau.
Sorvete de milho verde
- xícara medidora de 240ml
1 lata (200g) de milho verde escorrido
1 ¼ xícaras (300ml) de leite integral (ou a mesma medida da lata)
1 lata de leite condensado
1 xícara (240ml) de creme de leite fresco
¼ colher (chá) de canela em pó
1 pitada de sal
Enxágüe o milho em água corrente para retirar o excesso de salmoura. Escorra novamente.
Bata o milho no liquidificador com o leite e passe por uma peneira. Retorne o líquido obtido ao liquidificador e bata novamente com o leite condensado, o creme de leite fresco, a canela o sal.
Despeje em uma tigela de vidro/metal, cubra e leve à geladeira por no mínimo 2 horas. Retire e processe na sorveteira seguindo as instruções do fabricante. Leve ao freezer em recipiente hermético por 4 horas antes de servir.
Rend.: 8-10 porções
segunda-feira, março 17, 2008
Trufas de caipirinha
A super fofa Emiline está promovendo seu primeiro evento de blogs de comida: o St. Paddy's Day Pub Crawl!!
Não sou de origem irlandesa como ela, mas tenho sangue italiano/alemão/português – gosto de uma bebidinha de vez em quando. :)
Demorei pra decidir o que preparar para o evento (hoje é o deadline para participar) porque queria algo com cara de Brasil – tendo a optar por isso quando participo de eventos de blogs. É bacana mostrar às pessoas de outros países um pouquinho da nossa comida. Finalmente, fiz estas trufas de caipirinha (as que eu tinha em mente quando fiz as trufas de limão siciliano).
As trufas ficaram boas, mas não do jeito que eu esperava. O sabor da cachaça ficou forte e acho que substituir uma parte do álcool por suco de limão seria uma boa idéia.
Emiline, espero que goste desta receitinha alcoólica bem brasileira!
Trufas de caipirinha
adaptei daqui
400g de chocolate branco, bem picadinho
raspas da casca de 1 limão
¼ xícara cheia (70ml) de creme de leite*
3 colheres (sopa) de cachaça
cacau em pó, sem adição de açúcar, o suficiente para cobrir as trufinhas
Coloque o chocolate, as raspas de limão e o creme de leite numa tigela refratária; leve ao banho-maria.
Mexa até que o chocolate derreta. Retire do fogo, adicione a cachaça e misture vigorosamente até obter um creme liso e sedoso. Cubra com filme PVC e leve à geladeira por 2-3 horas ou até que esteja firme o suficiente para formar bolinhas.
Faça bolinhas com porções de 1 colher (chá) cheia de massa – não devem ser perfeitamente redondas, e sim irregulares, para lembrar trufas - e passe-as pelo cacau em pó. Coloque em forminhas para docinhos ou num prato e mantenha na geladeira.
Rend.: 35 trufas
* novamente usei o creme de leite de caixinha para não ficar com uma garrafinha quase cheia de creme de leite fresco zanzando na geladeira – acabaria indo pro lixo.
segunda-feira, novembro 26, 2007
Doce de abóbora com coco - post atualizado
Mais uma receitinha feita a pedido do João – nunca tinha feito doce de abóbora e corri pro Santo Google em busca de ajuda. Entre tantos resultados, vi um post da Clarice e é claro que foi lá que cliquei!
Ela, por sua vez, pegou a receita no blog da Si – mais um motivo para eu testá-la. E que surpresa boa foi: o doce ficou maravilhoso!
Enquanto a abóbora cozinhava, o João me dizia da sala “hum, já está com cheiro de doce de abóbora!”.
Havia muitos anos que eu não comia doce de abóbora e honestamente não me lembro de ter comigo um tão gostoso – que me desculpe a minha vó Luiza!
Este é o meu post para o Weekend Herb Blogging, desta vez hosted pela criadora do evento, a adorável Kalyn, do blog Kalyn’s Kitchen.
ATUALIZAÇÃO: em tempos de quarentena, tenho feito esse doce com frequência. Fiz uma tábua de frios e queijos para uma sexta à noite e o doce ficou delicioso com pão caseiro e queijinhos variados.
Doce de abóbora com coco
- xícara medidora de 240ml
500g de abóbora pescoço, descascada, sem sementes e cortada em cubos de 2cm
250g de açúcar refinado
1 rama de canela
5-6 cravos da índia
½ xícara de coco ralado – usei de pacotinho
Coloque a abóbora, o açúcar, a canela e os cravos numa panela de fundo grosso e misture bem. Leve ao fogo médio e cozinhe até a abóbora ficar bem macia – cerca de 20 minutos. Vá mexendo de vez em quando..
Quando a abóbora estiver bem cozidinha, amasse-a com um amassador de batatas até obter uma pasta.
Continue cozinhando até a calda secar e continue mexendo de vez em quando, para não grudar – cerca de 20 minutos para um doce mais molhadinho e 30 para um doce mais sequinho.
Retire do fogo, misture o coco e deixe esfriar. Guarde num recipiente hermético, na geladeira, por até 4 dias (aqui em casa nunca dura mais do que isso).
terça-feira, outubro 23, 2007
Cocadinha com leite condensado
Folheando um livro em busca de uma receita de salada, passei “sem querer” pela parte dos doces. :)
Em uma de suas vontades súbitas de comer doce – o sortudo tem dessas a cada 6 meses, vejam bem - João olhou pro livro e sem titubear me pediu pra fazer cocada!!
Como não encontraria coco fresco facilmente para fazer a receita do livro, me lembrei da cocadinha maravilhosa da Clarice e decidi fazê-la.
Ficaram simplesmente deliciosas! Só comi 1 quadradinho – o horror, o horror - e o João se “esbaldou” (como dizia minha mãe).
Ao misturar os ingredientes, achei a massa um pouco seca e acrescentei leite. Depois escrevi pra Clarice, que me contou que a massa é assim mesmo e que depois de ir ao fogo ela amolece. De qualquer forma, a receita deu muito certo e já se tornou uma das favoritas deste blog.
Cocadinha com leite condensado
1 lata de leite condensado
2 latas de açúcar granulado
200g de coco ralado
1 colher (chá) de manteiga sem sal
6 colheres (sopa) de leite – usei semi-desnatado
Coloque tudo numa panela grossa e leve ao fogo médio-baixo. Vá mexendo sempre até desprender e aparecer o fundo da panela, tomando cuidado para a cocada não queimar e ficar escura (cerca de 20-25 minutos).
Despeje na forma preparada, espere amornar e corte em quadradinhos.
Rend.: 38 quadradinhos
sexta-feira, agosto 24, 2007
Docinho no copinho: brigadeiro, beijinho e bicho-de-pé
Sou a boleira/doceira oficial da família e no aniversário da Jéssica não poderia ser diferente: fiz as comidinhas, o bolo e os docinhos.
Geralmente, minha irmã me ajuda nos preparativos de todos os aniversários, mas desta vez ela tinha outro aniversário para ir, durante o dia. Fiquei sem a minha sub-chef.
Para poupar um tempo precioso, resolvi usar uma idéia que já tinha visto em alguns sites: docinhos em copinhos. Comprei copinhos de plástico bem firme e super pequeninos (15ml) e servi os docinhos neles, junto com uma pazinha de sorvete.
O brigadeiro, beijinho e bicho-de-pé em copinhos fizeram mais sucesso que o bolo. :)
Cozinhe os docinhos por menos tempo e despeje dentro dos copinhos enquanto ainda estiverem quentes – caso contrário, eles ficarão mais firmes e essa parte ficará mais difícil.
Beijinho
1 lata de leite condensado
5 colheres (sopa) de coco ralado
1 colher (sopa) de manteiga ou margarina sem sal
Misture bem os ingredientes e leve ao fogo baixo, mexendo sempre. Continue mexendo até a mistura começar a se desgrudar do fundo da panela. Retire do fogo e imediatamente despeje nos copinhos.
Quando esfriar completamente, salpique com coco ralado e decore com um cravo.
Se quiser fazer bolinhas, despeje a mistura num prato untado com margarina ou manteiga e deixe esfriar completamente.
Faça bolinhas e passe no coco ralado ou no açúcar granulado. Coloque os docinhos em forminhas de papel e decore cada um deles com um cravo.
Rend.: 25 copinhos de 15ml ou 40 bolinhas
Brigadeiro
1 lata de leite condensado
2 colheres (sopa) de cacau em pó – fica menos enjoativo do que com chocolate em pó
1 colher (sopa) de manteiga ou margarina sem sal
Misture bem os ingredientes e leve ao fogo baixo, mexendo sempre. Continue mexendo até a mistura começar a se desgrudar do fundo da panela. Retire do fogo e imediatamente despeje nos copinhos.
Quando esfriar completamente, decore com chocolate granulado.
Se quiser fazer bolinhas, despeje a mistura num prato untado com margarina ou manteiga e deixe esfriar completamente.
Faça bolinhas e passe no chocolate granulado. Coloque os docinhos em forminhas de papel.
Rend.: 25 copinhos de 15ml ou 40 bolinhas
Bicho-de-pé
1 lata de leite condensado
½ caixinha de gelatina sabor morango
1 colher (sopa) de manteiga ou margarina sem sal
Misture bem os ingredientes e leve ao fogo baixo, mexendo sempre. Continue mexendo até a mistura começar a se desgrudar do fundo da panela. Retire do fogo e imediatamente despeje nos copinhos.
Quando esfriar completamente, decore com açúcar granulado – preferi decorar com um pedacinho de morango.
Se quiser fazer bolinhas, despeje a mistura num prato untado com margarina ou manteiga e deixe esfriar completamente.
Faça bolinhas e passe no açúcar granulado. Coloque os docinhos em forminhas de papel.
Rend.: 25 copinhos de 15ml ou 40 bolinhas
quinta-feira, agosto 02, 2007
Bolo formigueiro
Acho que não comia um pedaço de bolo formigueiro havia uns 8 anos – sem brincadeira!
Costumava prepará-lo com freqüência para o café da tarde quando eu e meu irmão éramos pré-adolescentes.
A primeira vez que o fiz, no entanto, foi um pouco trágica: coloquei massa demais na forma e o bolo vazou... A massa começou a queimar no fundo do forno e uma fumaceira tomou conta da cozinha. Desisti do bolo e fui pro quarto chorar de raiva.
Estavam em casa comigo meu irmão, o Julio (filho da mãe da Jéssica), meu primo Daniel e um amigo dos meninos (todos estudavam juntos).
Depois de um tempo, apareceram os quatro para falar comigo, dizendo que tinham limpado o forno e lavado a forma e me pedindo para fazer o bolo outra vez – é claro que eu não podia dizer não a eles!
Desta vez, usei a receita da Eli para o bolo e a cobertura que uso para o bolo de cenoura. E parece até que não aprendi a lição, pois ontem usei uma forma menor e o bolo quase escapou:
Bolo formigueiro
- xícara medidora de 200ml
3 ovos
1 pitada de sal
240g (1 ½ xícara) de açúcar
200g (1 xícara) de manteiga sem sal, em temperatura ambiente
200ml (1 xícara) de leite
300g (2 ½ xícaras) de farinha de trigo
1 colher (sopa) de fermento em pó
6 colheres (sopa) de chocolate granulado
Cobertura:
Para o bolo: Pré-aqueça o forno a 180ºC. Unte uma forma de anel de 24cm e polvilhe com farinha de trigo.
Separe os ovos e bata as claras em neve com a pitada de sal. Reserve.
Usando a batedeira, bata as gemas, o açúcar e a manteiga até obter uma mistura clara e fofa. Vá adicionando a farinha de trigo alternando com o leite. Bata bem.
Retire da batedeira e acrescente o fermento e o granulado. Misture. Junte as claras em neve e misture delicadamente, mas sem deixar vestígios de clara na massa.
Coloque a massa na forma e leve ao forno por 40 minutos ou faça o teste do palito.
Retire do forno, deixe esfriar e desenforme.
Faça a calda: misture todos os ingredientes e leve ao fogo alto até ferver. Desligue e derrame sobre o bolo.
Rend.: 10–12 porções
segunda-feira, julho 16, 2007
A sobremesa favorita do meu pai: Pudim de Leite Condensado
Sábado passado comemoramos o 59º aniversário do meu pai!
Fiz várias comidinhas e também o bolo e os docinhos para a festa, mas não consegui tirar fotos para postar aqui.
Um dos sucessos da noite foi esta torta maravilhosa da Akemi – com recheio de presunto, queijo, azeitonas verdes picadas e orégano, servida em quadradinhos. Amiga, se você visse iria ficar super feliz, todos adoraram!
Este pudim é a sobremesa favorita do meu pai – vou interromper a onda light do blog em homenagem a ele!
Pudim de Leite Condensado
- xícara medidora de 200ml
Caramelo:
160g (1 xícara) de açúcar
100ml (½ xícara) de água fervente
Pudim:
1 lata de Leite Moça (395g)
2 medidas (da lata) de leite
3 ovos
½ colher (chá) de baunilha
Faça o caramelo: em uma panela de fundo largo derreta o açúcar até ficar dourado. Junte a água e mexa com uma colher. Deixe ferver até dissolver os torrões de açúcar e a calda engrossar. Forre com a calda uma forma com furo central (19cm de diâmetro) e reserve.
Para o pudim: Bata todos os ingredientes do pudim no liquidificador e despeje na forma reservada. Asse em banho-maria, em forno médio, pré-aquecido (180ºC), por cerca de 1 hora e 30 minutos – faça o teste do palito ou use uma faquinha fina: se saírem limpos, o pudim estará assado. Depois de frio, leve para gelar por cerca de 6 horas.
Desenforme e sirva a seguir.
Rend.: 10 porções
segunda-feira, junho 11, 2007
Carne recheada (a.k.a. bife à rolê gigante)
Estava procurando algo nos arquivos aqui do blog e vi esta receita. Na hora pensei em fazer algo parecido, desta vez com outro tipo de carne.
O João gosta muito de bife à rolê, então optei por uma versão maior. Um molhinho de tomates caseiro daria o toque final.
Apesar de eu ter achado que a farofa havia desaparecido da carne, o marido aprovou a receita.
Carne recheada (a.k.a. bife à rolê gigante)
450g de miolo de alcatra – aberta formando um bifão
1 ½ colheres (sopa) de azeite
½ cebola pequena picada
2 colheres (sopa) de bacon picadinho
2 colheres (sopa) de azeitona verde picadinha
1/3 xícara de farinha de rosca – já fiz com de mandioca e ficou bom também
1 colher (sopa) de salsinha picada
2 colheres (sopa) de manteiga ou margarina
sal
pimenta do reino moída na hora
água fervente o quanto baste – se quiser usar caldo de carne atente-se para a quantidade de sal
molho de tomate de sua preferência
Prepare a farofinha: aqueça o azeite numa panela pequena e doure o bacon. Acrescente a cebola e doure-a também. Junte a azeitona, a farinha e a salsinha, tempere com sal e pimenta, misture bem e desligue o fogo.Estenda a carne numa tábua de alimentos e tempere com sal e pimenta. Coloque a farofinha no centro da carne e enrole-a, fechando bem todos os lados para o recheio não vazar. Enrole bem com barbante – creio que palitos não funcionariam bem aqui.
Numa panela grande, derreta a manteiga/margarina e acrescente a carne. Vá dourando bem de todos os lados. Quando dourar, acrescente a água fervente, um pouquinho de sal, tampe e deixe cozinhar até que a carne fique macia – eu estava com pressa por isso usei uma panela de pressão.
Retire a carne da panela, corte e remova o barbante.
Aqueça o molho de tomate e espalhe por cima da carne. Fatie na hora de servir.
Rend.: 2 porções generosas
quarta-feira, junho 06, 2007
Camafeu de nozes
Eu queria uma receita com jeitinho de Brasil para participar deste Monthly Mingle, cujo tema é aniversário... Pensei em brigadeiro.
Depois me decidi por camafeus – sei que são mais tradicionais em casamentos e bodas, mas eu os acho docinhos mais bonitos e finos e que mereciam ser “apresentados” aos meus leitores estrangeiros.
A minha intenção era adicionar mais informações sobre a origem do docinho mas não encontrei.
Há muitos anos vi em algum lugar que o nome vinha da jóia camafeu, mas faz tanto tempo que não sei se é isso mesmo.
Feliz aniversário, Meeta, e parabéns ao seu blog também!
Camafeu de nozes
daqui
250g de nozes moídas
2 latas de leite condensado
1 colher (sopa) de chocolate em pó
1 colher (sopa) de manteiga
3 ovos
3 gemas
Para decorar:
nozes em 4 partes para decorar (aprox. 180g)
fondant*
pó dourado comestível
bebida alcoólica transparente ou álcool de cereais – usei cachaça
Coloque as nozes, o leite condensado, o chocolate, a manteiga, os ovos e as gemas em uma panela grande. Misture bem e leve ao fogo baixo, mexendo sempre até soltar do fundo da panela.
Despeje num prato grande untado com manteiga e deixe esfriar completamente.
Com as mãos levemente untadas, faça pequenas “salsichinhas” com a massa, de aproximadamente 3,5x2cm.
Leve o fondant ao banho-maria até derreter – mantenha-o aquecido para não endurecer.
Cuidadosamente, banhe cada docinho em fondant e coloque sobre papel manteiga. Enquanto o fondant ainda estiver mole, coloque ¼ de noz sobre cada docinho.
Coloque os camafeus em forminhas de papel.
Se quiser fazer as nozes douradas, você vai ter que pintá-las antes de fazer os docinhos: coloque um pouco de pó dourado numa tigela pequenininha e adicione bebida o suficiente apenas para fazer uma pasta.
Com um pincel pequeno, pinte cada ¼ de noz e coloque sobre papel manteiga. Deixe secar por pelo menos 2 horas.
*usei pronto – não custa caro e dura um tempão.
Rend.: cerca de 120 unidades
domingo, maio 20, 2007
Docinho de milho verde
Estou atrasada para o “Rei da Quinzena” – fiz mil planos culinários para esta semana mas não deram certo...
Precisei ficar até mais tarde no trabalho alguns dias e então deixei para fazer minha receitinha na quinta-feira. Só que saindo do elevador na garagem do prédio onde moro levei o maior tombão! Maldita hora em que resolveram encerar a ardósia!
Bati o joelho no chão - que virou uma bola enorme e roxa – e na tentativa de evitar a queda machuquei o braço direito também. Não teria como fazer estes docinhos – dirigir para o trabalho foi um horror. Uma profusão de “ais” e “uis” a cada mudança de marcha.
Tina, querida, perdoe esta amiga contundida e que se atrasou para o Colher, please! :)
Docinho de milho verde
adaptei daqui
1 lata de milho verde
1 lata de Leite Moça
cerca de 1 ½ colheres (sopa) de leite – usei semi-desnatado
2 colheres (sopa) de manteiga
½ colher (chá) de canela em pó
manteiga , para untar
açúcar cristal , para passar os docinhos
Escorra a água do milho verde, bata-o no liqüidificador com o leite e passe o creme obtido por uma peneira. Leve ao fogo baixo o Leite Moça, o milho peneirado, a manteiga e a canela. Vá mexendo sempre até desgrudar do fundo da panela (aproximadamente 20 minutos). Despeje a massa em um prato untado com manteiga, e depois de frio, enrole os docinhos e passe por açúcar cristal – se você deixar na geladeira vai conseguir enrolar mais facilmente. Coloque-os em forminhas de papel.
Decore a gosto: usei grãos de milho (como havia visto no site da Nestlé) e cravos-da-Índia (pois achei que combinaria com o sabor do docinho).
Rend.: 40-45 unidades
quinta-feira, abril 19, 2007
Empadinhas de palmito e limonada com framboesas
Achei a idéia deste evento super interessante: uma comidinha e uma bebida de piquenique. Lembrei de minha infância, quando meus pais, eu e meu irmão fazíamos piqueniques no Parque da Aclimação, em São Paulo. Como era gostoso aquilo!
Não podiam faltar as brincadeiras nos balanços e os bijus comprados no parque. E é claro, os petiscos deliciosos que minha mãe preparava.
Para participar do evento, resolvi fazer uma receitinha com cara de Brasil: empadinha. Nunca tinha feito empada na vida e usei as seguintes receitas: a da massa é da Super Eliana (a Valentina também já fez e adorou) e o recheio foi adaptado daqui.
Só preciso praticar mais o processo de fechar as danadinhas, pois algumas ameaçaram abrir quando estavam no forno.
Empadinhas de palmito
*xícara medidora de 250ml
Massa:
450g de farinha de trigo
1 colher (chá) de sal
120g de manteiga sem sal, gelada e picada
100g de gordura vegetal hidrogenada
1 ovo grande ligeiramente batido
70ml de água filtrada e gelada
Recheio:
4 colheres (sopa) de óleo de soja
2 cebolas médias picada
2 tomates maduros em cubos pequenos
580g (4 xícaras) de palmito picado
60g (½ xícara) de azeitonas verdes picadas
4 colheres (sopa) de maisena
240ml (1 xícara) de leite
sal
Para pincelar:
1 gema – eu estava desatenta e usei o ovo inteiro
1 colher (sopa) de água
Coloque a farinha, o sal, a manteiga e a gordura vegetal no processador e pulse até obter uma farofa úmida. Junte os demais ingredientes e bata novamente até obter uma massa lisa e macia. Embrulhe em filme PVC e deixe descansar na geladeira por 30 minutos.
Não tenho processador grande, então fiz assim: coloquei a farinha e o sal na tigela, adicionei a manteiga e a gordura vegetal e com a ponta dos dedos fiz uma farofinha. Depois juntei o ovo e a água e sovei até obter uma massa homogênea.
Faça o recheio: em uma panela, aqueça o óleo e refogue a cebola até dourar. Junte os tomates, o palmito, as azeitonas e refogue. À parte, dissolva a maisena no leite e junte ao refogado. Acerte o sal e cozinhe, mexendo sem parar, por mais 5 minutos, ou até o recheio encorpar. Retire do fogo e reserve.
Pré-aqueça o forno a 180ºC. Pegue pequenas porções de massa e forre o fundo e as laterais de forminhas próprias para empada.
Distribua o recheio dentro das forminhas.
Corte círculos de massa e cubra as empadas, fechando bem.
Em uma tigela pequena, coloque a gema e a água e bata com um garfo. Com essa misturinha, pincele o topo das empadinhas e leve-as ao forno por 30 minutos ou até que dourem – nos últimos 5 minutos aumentei a temperatura do forno para 200ºC.
Retire do forno, espere amornar, desenforme e sirva.
Rend.: aprox. 45 empadinhas de 5cm cada
Limonada com framboesas
1 limão grande
200ml de água
1 ½ colheres (sopa) de framboesas congeladas
açúcar
gelo
Esprema o limão, junte a água e adoce a gosto. Coloque num copo e adicione as framboesas ainda congeladas e o gelo.
Sirva a seguir.
Rend.: 1 copo
segunda-feira, abril 09, 2007
Quiche de palmito
Vou participar do Weekend Herb Blogging pela primeira vez e, como adoro receitas com palmito, minha escolha foi esta quiche.
Confesso que ficou tão gostosa que à noite comi um pedaço totalmente frio e ainda assim estava boa.
Tirei a receita deste livro mas como a massa pedia gordura vegetal hidrogenada resolvi usar outra base, esta receita deliciosa da Valentina, que é do Gordon Ramsay. Ou seja, não teria erro mesmo: receita dele feita pela Tina é até covardia. Golpe baixo nas outras receitas. ;)
Como minha forma era menor do que a pedida, adaptei ligeiramente as quantidades. Mas da próxima vez faço mais recheio para ficar só uma pontinha de massa aparecendo.
Quiche de palmito
Massa:
250g de farinha de trigo
1 colher (chá) de sal grosso
125g de manteiga gelada cortada em cubinhos
1 ovo batido
1 colher (sopa) de azeite de oliva para pincelar a forma
1 gema para pincelar
Recheio:
200g (1 1/3 xícaras) de palmito picado
½ cebola pequena picadinha
2 colheres (sopa) de manteiga
½ colher (chá) de sal
20g (¼ xícara) de salsinha picadinha
100ml (½ xícara) de creme de leite
4 ovos
Faça a base da quiche: ponha a farinha de trigo, sal e manteiga numa vasilha e misture com as pontas dos dedos para fazer uma farofa. Acrescente o ovo batido e 1 colher (sopa) de água gelada e misture mais um pouco antes de retirar da vasilha e sovar levemente. Envolva com plástico PVC e leve à geladeira por 20 min.
Pré-aqueça o forno a 190ºC. Pincele uma forma de quiche de fundo removível* de 24cm com o azeite e tempere – jogue sal e pimenta-do-reino moída na hora por cima do azeite.
Quando os 20 minutos se passarem retire a massa da geladeira e abra-a numa superfície levemente enfarinhada. Lembre-se de que você tem que abri-la maior do que a forma. Forre a forma com ela, cubra com um disco de papel manteiga ou papel alumínio e recheie com feijões – isto é chamado de blind baking.
Leve ao forno por 20 minutos para assar. Retire do forno, remova os feijões e o papel e pincele com um pouco de gema. Leve ao forno por mais 5 minutos. Retire, pincele com mais um pouco de gema e leve de volta ao forno por 10-15 minutos até que fique dourada.
Ficará com uma cor ótima e bem selada. Não vazará nada pelo fundo.
Retire a massa do forno e mantenha-o na temperatura de 190ºC.
Para o recheio: em uma frigideira grande, aqueça a manteiga até derreter. Junte a cebola e doure. Acrescente o palmito e o sal e refogue ligeiramente. Desligue o fogo e junte a salsinha.
Em uma tigela, bata os ovos e adicione o creme de leite. Misture bem. Adicione esta mistura ao refogado de palmito e mexa.
Recheie a massa da quiche com esta mistura e leve ao forno (200ºC) até firmar (10 minutos, aproximadamente).
Desenforme e sirva.
* usei uma forma de fundo fixo de teflon e consegui desenformar a quiche sem problemas.
Rend.: 10 porções
segunda-feira, abril 02, 2007
Carne louca
Por mais que seja uma receita bem corriqueira aqui no Brasil, eu nunca tinha feito carne louca. Nunquinha mesmo.
O João me pediu e como eu não sei dizer não aos pedidos dele (só espero que ele não me peça para cozinhar jacaré ou algo do gênero) improvisei a tal carne.
Não sei se a receita correta é essa, mas só tenho uma coisa a dizer: ficou tão gostosa que EU COMI. Sim, queridas leitoras, EU COMI. E só para constar: foram 2 sanduíches. Repeteco sem-vergonha. :D
Carne louca
1 peça de lagarto de 500g
50g de manteiga
100ml de vinho branco ou cerveja
1 cebola grande, picadinha
1 pimentão vermelho, picadinho
10 azeitonas verdes, picadas
2 ½ colheres (sopa) de salsinha picadinha
suco de 1 limão
2 colheres (sopa) de azeite de oliva extra virgem
sal
pimenta
Coloque 1,5 litros de água para ferver.
Numa panela de pressão, aqueça a manteiga até derretê-la. Coloque o pedaço de carne na panela e vá dourando por todos os lados.
Quando a carne estiver bem dourada, acrescente o vinho e a água fervente, tempere com um pouquinho de sal e tampe a panela – quando o chiado começar, abaixe o fogo e conte 40 minutos.
Desligue a panela e espere a pressão sair.
Retire a carne da panela e, com a ajuda de um garfo, desfie toda a peça. Coloque numa tigela e junte a cebola, o pimentão, a azeitona, a salsinha e um pouco do caldo que restou na panela (aprox. 400ml). Tempere com sal e pimenta, junte o limão e o azeite e misture bem.Tampe e deixe a carne curtindo no tempero até o momento de servir.
Faça lanchinhos com pão francês e sirva.
quarta-feira, março 28, 2007
Coração de chocolate recheado com beijinho
Quando vi que haveria um evento de foodblogs sobre Páscoa quis participar na hora – pensei em fazer um ovo de Páscoa com as cascas recheadas como alguns que fiz ano passado.
Infelizmente, com o calor de 32ºC que vem fazendo aqui fica praticamente impossível mexer com chocolate.
Tentei no final de semana fazer o ovo mas sem muito sucesso. Ontem à noite resolvi tentar novamente e optei por algo menor – um coraçãozinho.
Não ficou perfeito mas pelo menos consegui fazer algumas fotos e mostrar a idéia a vocês.
As quantidades abaixo são para um molde de coração de aprox. 8cm – você pode adaptar para fazer corações ou ovos maiores. Também pode variar os recheios: brigadeiro, doce de leite, Nutella, ganaches firmes... Só não escolha algo muito mole pois ficará difícil selar o recheio com o chocolate sem que se misturem.
Coração de chocolate recheado com beijinho
200g de chocolate – ao leite, meio-amargo, amargo ou branco
Beijinho:
½ lata de leite condensado (197g)
½ colher (sopa) de manteiga
4 colheres (sopa) de coco ralado
Prepare o recheio: misture os três ingredientes e leve ao fogo baixo, mexendo sempre. Cozinhe até o ponto desejado: por mais tempo para um beijinho mais firme e por menos para que fique mais molinho.
Despeje num prato untado com manteiga e deixe esfriar completamente antes de usar.
Pique o chocolate e coloque numa tigela de vidro. Derreta-o em banho-maria ou no microondas.
Faça a temperagem – tem que ser corretamente caso contrário o chocolate não vai endurecer, vai perder brilho e “suar” mesmo depois de pronto.
Eu faço a temperagem numa pedra de granito que uso somente para isso. É um método mais rápido e para grandes quantidades, como fiz ano passado, imprescindível.
Com a ajuda de uma colher ou pincel adequado, espalhe uma porção de chocolate em cada molde até cobrir todo o fundo – não faça uma camada muito grossa. Leve à geladeira até que seque e fique firme.
Repita o processo mais duas vezes em cada metade do coração. Deixe secar bem.
Novamente com a ajuda de uma colher, aplique metade do recheio em cada parte do coração. Deixe uma beiradinha sem recheio para que você consiga “fechar” com chocolate depois.
Leve à geladeira por alguns minutos.
Retire e finalize o coração: espalhe chocolate por cima do recheio e vá tampando com a ajuda da colher. Feche até as beiradas de cada parte do coração. Caso esta camada fique muito fina, repita o processo.
Leve à geladeira até que o molde fique esbranquiçado por baixo – sinal de que o chocolate se soltou. Segure o molde pelas abas pois o calor das mãos pode manchar o chocolate.
Vire as metades do coração sobre um pedaço de papel manteiga e espere 4 horas para embalar.
Embale com papel chumbo – que ao contrário do papel alumínio não aquece os alimentos – e finalize a embalagem como desejar.
Rend.: um coração de aprox. 420g, sem bombons*
* para que os ovos de Páscoa tenham sempre o mesmo peso, você deve levar em consideração a seguinte proporção: 80% do peso do ovo é referente às cascas e 20% é referente aos bombons. Estes 80% devem ser divididos entre as duas metades do ovo. Para controlar o peso, use uma balança precisa.
Ao se fazer cascas recheadas, use sempre uma forma com capacidade um pouco menor. Por exemplo: para fazer um ovo recheado de 750g, use a forma para ovos de 500g.
Tome cuidado com a proporção de recheio em cada metade, caso contrário não haverá espaço para acomodar os bombons.