Depois que o meu marido voltou da China dei um tempo nas comidas asiáticas – já eram algo que eu cozinhava com pouca frequência e disso passaram a não existir lá em casa.
Semanas atrás preparei uma versão adaptada das costelinhas caramelizadas do Nigel Slater e como o João gostou achei que o trauma com a comida chinesa fazia parte do passado – foi quando peguei o livro lindo do John Gregory-Smith em busca de inspiração para algo saboroso e picante e encontrei uma receita de stir fry de carne bovina – esta é a minha versão do prato dele e além de ter ficado deliciosa foi rapidíssima de preparar.
Stir fry de carne e brócolis
um tiquinho adaptado do delicioso Mighty Spice Cookbook: Fast, Fresh and Vibrant Dishes Using No More Than 5 Spices for Each Recipe
2 colheres (sopa) de óleo de canola
450g de filé mignon em tirinhas finas
½ cebola grande, em fatias bem fininhas
3 dentes de alho graúdos, bem picadinhos
1 pedaço de 2,5cm de gengibre, descascado e bem picadinho
1 cenoura em fatias bem fininhas
300g de brócolis em buquês pequenos
sal e pimenta do reino moída na hora
1 pitada de açúcar
3 colheres (sopa) de shoyu
1 punhado generoso de folhas de manjericão, rasgadas grosseiramente*
Aqueça uma wok em fogo alto e adicione o óleo. Assim que o óleo estiver quente, acrescente a carne cozinhe por 1-2 minutos, mexendo. Junte a cebola, o alho, o gengibre, a cenoura e os brócolis, tempere com o sal, pimenta, açúcar e shoyu e misture para incorporar. Tampe e cozinhe, mexendo ocasionalmente, por 3-5 minutos ou até que as cenouras e os brócolis estejam cozidos porém ainda crocantes – quando comecei a refogar a carne no óleo ela soltou sucos e estes líquidos meio que criaram vapor dentro da panela ao ser tampada, cozinhando assim os legumes e também formando um caldinho delicioso no final do cozimento. Se a sua carne ficar sequinha você talvez queira acrescentar água ou caldo à wok depois de juntar os legumes à carne.
Corrija o tempero, retire do fogo, salpique com o manjericão e sirva imediatamente.
* pessoalmente achei que o manjericão não contribuiu em nada para esta receita – o sabor simplesmente não combinou com os outros ingredientes. Da próxima vez que preparar esta carne usarei coentro no lugar do manjericão
Rend.: 4 porções
sexta-feira, agosto 30, 2013
Stir fry de carne e brócolis para um marido sem trauma
quarta-feira, agosto 28, 2013
Bolo muffin de maçã, framboesa e pecã, "The Great Australian Bake Off" e a volta da minha lista de livros
Depois da decepção com a versão americana de “The Great British Bake Off” eu não tinha bem certeza se assistiria a “The Great Australian Bake Off”, mas depois de ler que Dan Lepard seria um dos jurados mudei de idéia na mesma hora: sou fã de suas receitas incríveis, todas as que preparei até hoje ficaram deliciosas. A outra jurada é Kerry Vincent e a mulher é implacável: seus comentários azedos e a falta de tato levam os participantes às lágrimas – ela é uma versão mais ranheta de Paul Hollywood, enquanto Dan é absolutamente adorável, como Mary Berry (gosto dele ainda mais depois de ter visto os episódios).
Nunca tinha ouvido falar de Kerry Vincent e achei que a Delia Smith seria uma jurada excelente para o programa, mas creio que ser australiano é obrigatório (eu não tinha idéia de que Lepard é australiano). :)
O programa não é tão bom quanto seu primo britânico, entretanto é bem melhor do que a versão americana – recomendo muito para os fanáticos por baking como eu. :)
Falando da Delia, este bolo maravilhoso é uma adaptação de uma receita de seu mais recente livro, cheio de delícias e fotos lindas. E falando em livros, o Blogger finalmente se tocou de que a minha biblioteca não é spam e a restaurou.
Bolo muffin de maçã, framboesa e pecã
um tiquinho adaptado de Delia's Cakes (comprei o meu aqui)
275g de farinha de trigo
½ colher (chá) de canela em pó
1 colher (sopa) nivelada de fermento em pó
¼ colher (chá) de sal
170ml de leite integral, temperatura ambiente
75g de açúcar cristal
2 ovos grandes
110g de manteiga sem sal, derretida e ligeiramente fria
1 colher (chá) de extrato de baunilha
2 maçãs Granny Smith pequenas, descascadas, miolos removidos, em cubinhos de 1cm
100g de framboesas congeladas
1 colher (sopa) cheia de açúcar demerara
75g de pecãs, picadas grosseiramente
açúcar de confeiteiro, para polvilhar
Pré-aqueça o forno a 190°C. Unte com manteiga uma forma redonda de 20cm de fundo removível, forre o fundo com um círculo de papel manteiga e unte o papel também.
Em uma tigela média, peneire a farinha, a canela, o fermento em pó e o sal. Em uma tigela grande, misture bem com um batedor de arame o leite, o açúcar, os ovos, a manteiga e a baunilha. Peneire novamente os ingredientes secos, desta vez diretamente sobre a mistura de ovos, e misture com um garfo – não misture demais; massa de muffin é empelotada mesmo, não é lisa como massa de bolo e se você misturar demais o bolo ficará duro. Incorpore as maçãs rapidamente, sem misturar muito. Espalhe a massa na forma preparada e salpique com as framboesas, seguidas do açúcar e, por fim, das pecãs.
Asse por cerca de 1 hora, checando após 50 minutos (faça o teste do palito). Deixe esfriar na forma, sobre uma gradinha, por 30 minutos e então remova o bolo usando o fundo falso da forma. Depois que esfriar completamente, inverta o bolo, remova o papel manteiga e inverta-o novamente sobre um prato de servir. Polvilhe com açúcar de confeiteiro antes de servir.
Rend.: 8-10 porções
segunda-feira, agosto 26, 2013
Brownies com praliné de semente de cacau + uma banda nova (pelo menos para mim)
Dias atrás, enquanto procurava por bons cortes para cabelos fininhos (algo que me fizesse parecer ter bastante cabelo, coisa que infelizmente não é verdade) acabei indo parar neste site lindo e, ao assistir a um dos vídeos, fui apresentada a “Foster the People” – viciei e não consigo parar de ouvir as canções deles, especialmente “Helena Beat” e “I Would Do Anything For You”. Que descoberta boa!
Nem sempre consigo lembrar onde e quando descobri certas coisas, mas tenho quase certeza de que sementes de cacau me foram apresentadas por Alice Medrich; aqui, as sementes são transformadas em um praliné delicioso que é envolvido em massa de brownie, e isso me deu água na boca quando li a receita. Entretanto, a receita do praliné rendeu o dobro da quantidade a ser usada nos brownies, mas eu mandei ver e usei tudo – parte do caramelo derreteu e formou uma camada no fundo dos brownies, o que tornou o corte um tantinho mais difícil. Agora é com vocês: sigam a receita abaixo e usem somente ½ xícara do praliné nos brownies ou façam como eu e caramelizem suas barrinhas sem dó – apenas certifiquem-se de que haja uma faca afiada por perto. :D
Brownies com praliné de semente de cacau
um nadinha adaptados do lindinho Luscious Chocolate Desserts
- xícara medidora de 240ml
Praliné:
1/3 xícara (40g) de sementes de cacau
¾ xícara (150g) de açúcar cristal
1/3 xícara (80ml) de água
¼ xícara de glucose de milho
1 pitada de sal
Brownies:
1 xícara (226g) de manteiga sem sal
112g de chocolate meio-amargo picado – usei um com 53% de cacau
1 ½ xícaras (300g) de açúcar cristal
4 ovos grandes
2 colheres (chá) de extrato de baunilha
½ xícara (70g) de farinha de trigo
1/3 xícara (33g) de cacau em pó sem adição de açúcar
1/8 colher (chá) de sal
Comece preparando o praliné: forre uma assadeira grande, de beiradas baixas, com papel alumínio e unte-o com manteiga. Espalhe as sementes de cacau sobre a manteiga.
Em uma panelinha de fundo grosso, misture o açúcar a água, a glucose de milho e o sal e leve ao fogo médio, mexendo até dissolver o açúcar – depois disso, não mexa mais. Aumente o fogo para alto e deixe a mistura cozinhar até formar um caramelo escuro (160-165°C em um termômetro culinário) – se cristais de açúcar se formarem nas laterais da panela, remova-os com um pincel úmido. Retire do fogo e imediatamente derrame o caramelo sobre as sementes de cacau. Deixe esfriar completamente. Depois de firme, quebre em pedaços e, se desejar pedacinhos menores, triture no processador de alimentos.
Rend.: cerca de 1 xícara (você vai usar metade disso na receita do brownie)
Brownies: pré-aqueça o forno a 180°C. Unte levemente com manteiga uma forma retangular de 20x30cm, forre-a com papel alumínio deixando sobras nos dois lados mais longos da forma e unte o papel também.
Derreta a manteiga e o chocolate em uma tigela refratária média, em banho-maria (fogo baixo), sem deixar que o fundo da tigela toque a água. Retire do fogo e deixe esfriar 5 minutos.
Na batedeira, bata o açúcar e os ovos até conseguir um creme espesso e claro, cerca de 3 minutos. Junte a baunilha. Com uma espátula de silicone, incorpore gentilmente o chocolate derretido, misturando de baixo para cima. Peneire a farinha, o cacau e o sal sobre a mistura de ovos e misture da mesma forma, gentilmente. Acrescente ¼ xícara do praliné e misture da mesma forma. Espalhe a massa na forma preparada e salpique com o praliné restante. Asse por 30-35 minutos ou até que um palito de dente inserido no centro do brownie saia com algumas migalhas úmidas. Deixe esfriar completamente na forma sobre uma gradinha. Corte em quadradinhos para servir.
Rend.: 20 brownies
sexta-feira, agosto 23, 2013
Botõezinhos de baunilha com cobertura de morango e sendo enganada pela própria memória
Não sei vocês, mas a minha mente me prega peças às vezes e não posso confiar na minha memória. Ouvia “Never” outro dia quando meu marido me perguntou de quem era a música. Respondi que era do Heart e disse: “lembra daquela banda dos anos oitenta formada exclusivamente por mulheres?”, mas ele não lembrava. Decidi então lhe mostrar o clipe da canção e lá havia um cara tocando bateria e outro na guitarra. “Eu poderia jurar que só havia mulheres nesta banda”, comentei, e o marido caiu na risada. :D
Ter tantos livros de receita pode causar problemas à memória de alguém, também – sou eternamente grata pelo EYB. Fui para a cozinha preparar os lindos biscoitos da Nancy Baggett – adorei a idéia de uma cobertura rosa sem o uso de corantes artificiais – mas realmente não daria para esperar a massa dos biscoitos gelar por 6 horas (quem tem tempo pra isso hoje em dia? Eu não tenho). Ok, então eu espalharia a cobertura da Nancy nos biscoitos de baunilha de outra pessoa. Como sempre, recorri à Martha, mas abrir massa de biscoito com o rolo e cortar estava fora de cogitação. Eu sabia que vira em algum lugar sugar cookies do tipo drop (aqueles em que a se colocam porções/bolinhas de massa diretamente na assadeira e que vão pro forno em seguida), mas a minha memória já havia sido enganada por pessoas com cabelos enormes, não dava mesmo pra confiar. :) Com a ajuda do EYB localizei a receita facílima do John Barricelli e a modifiquei de leve pois não queria que os biscoitos espalhassem na assadeira – ficaram perfeitos.
Botõezinhos de baunilha com cobertura de morango
adaptados de duas ótimas fontes: The SoNo Baking Company Cookbook e The All-American Dessert Book
- xícara medidora de 240ml
Biscoitos:
2 xícaras (280g) de farinha de trigo
1 ½ colheres (chá) de fermento em pó
1 pitada de sal
½ xícara (113g) de manteiga sem sal, amolecida
¾ xícara + 2 colheres (sopa) - 175g - de açúcar cristal
2 colheres (chá) de extrato de baunilha
1 ovo grande
Cobertura:
½ xícara de morangos
2 xícaras (280g) de açúcar de confeiteiro
1 colher (sopa) - 14g - de manteiga sem sal, molinha mas não derretida
½ colher (sopa) generosa de glucose de milho
Faça os biscoitos: pré-aqueça o forno a 180°C. Forre duas assadeiras grandes, de beiradas baixas, com papel manteiga.
Em uma tigela média, misture com um batedor de arame a farinha, o fermento e o sal. Na batedeira, bata a manteiga, o açúcar e a baunilha até obter um creme claro. Junte o ovo e bata. Em velocidade baixa, acrescente os ingredientes secos e bata somente até incorporar. Faça bolinhas usando 1 ½ colheres (chá) niveladas de massa e coloque-as nas assadeiras preparadas deixando 2,5cm de distância entre uma e outra. Asse por 10 minutos ou até que dourem na parte inferior. Deixe esfriar na assadeira por 2-3 minutos e então transfira o papel com todos os biscoitos para uma gradinha. Deixe esfriar completamente.
Cobertura: peneire o açúcar de confeiteiro em uma tigela média. No processador de alimentos, processe os morangos e 2 colheres (sopa) do açúcar até obter um purê. Passe por uma peneira e aperte bem para extrair o máximo de polpa e suco possível. Acrescente 2 colheres (sopa) deste purê ao açúcar junto com a manteiga e a glucose. Misture e vá adicionando suco até obter a consistência desejada.
Mergulhe o topo dos biscoitos na cobertura e coloque-os na gradinha para que sequem, cerca de 2 horas – pode sobrar um pouco de cobertura.
Rend.: cerca de 70
quarta-feira, agosto 21, 2013
Sopa de brócolis e feijão branco para comemorar o inverno
Ao contrário da maioria de meus amigos e colegas, estou amando o tempinho ameno dos últimos dias e, para ser sincera, não entendo o ódio pelo frio: um dia frio no meio de janeiro é ruim e estranho, concordo, mas reclamar do frio em julho e agosto me parece insensatez.
Adoro sopas e estes dias de inverno são ideais para prepará-las – não sei vocês, mas o bichinho das sopas frias não me mordeu: já provei várias mas realmente não são a minha praia – gosto das minhas sopas pelando, de preferência acompanhadas de pão de casca bem grossa. :)
A receita da Martha pede brócolis ninja, mas como sempre faço com receitas de brócolis o troquei por brócolis comum – o problema é que o marido também adora o legume, e quase tive de escondê-lo dele antes de preparar a sopa: toda vez que eu olhava ele estava comendo um dos buquês com um fiozinho de azeite e uma pitada de sal. :D
Sopa de brócolis e feijão branco
um nadinha adaptada do maravilhoso e delicioso Meatless: More Than 200 of the Very Best Vegetarian Recipes
- xícara medidora de 240ml
450g de brócolis, cortados em buquês
2 colher (sopa)s de azeite de oliva extra-virgem
1 cebola bem picadinha
2 dentes de alho gorduchos bem picadinhos
2 xícaras de feijões brancos já cozidos – se usar enlatados (como eu usei), escorra e enxágüe bem
2 ½ xícaras (600ml) de caldo de legumes
sal e pimenta do reino moída na hora
2 colheres (sopa) de pinoli, tostados e frios
queijo parmesão em lascas, a gosto, para servir
Cozinhe os brócolis no vapor até que fiquem macios e com uma cor vibrante, cerca de 1 minuto. Deixe esfriar um pouquinho e em seguida separe ½ xícara de buquês para decorar a sopa.
Em uma panela grande, em fogo médio, aqueça o azeite. Acrescente a cebola e o alho e refogue até que fiquem transparentes, cerca de 6 minutos. Junte os feijões e o caldo e deixe começar a ferver. Retire do fogo, junte os brócolis. Bata a sopa no liquidificador (se necessário, em duas levas) até ficar cremosa (cuidado pois o líquido quente pode espirrar – remova a tampa plástica do buraco central da tampa maior e cubra-a com um pano de prato, de maneira frouxa, para que o vapor possa sair). Reaqueça a sopa e tempere com sal e pimenta do reino.
Antes de servir, cubra a sopa com os buquês de brócolis reservados, os pinoli e as raspas de queijo.
Rend.: 4 porções
segunda-feira, agosto 19, 2013
Bolo de fubá com calda de maracujá e uma lembrança da infância
Dias atrás, enquanto pensava na infância e no meu início na cozinha, me lembrei do primeiro bolo que fiz e me toquei de não o preparava havia anos. Muitos anos. Um bolo de fubá que me foi ensinado por minha tia Angélica e na mesma hora senti uma vontade enorme de prová-lo novamente, mas infelizmente já não tinha mais a receita. Por sorte, eu sabia exatamente onde procurar outra receita tão boa quanto: no lindo blog da querida Clarice que, como eu, adora bolos de fubá. Com a sua ajuda escolhi uma receita e o bolo ficou absolutamente delicioso.
Não sei se fora do Brazil é muito difícil encontrar fubá, mas creio que nos Estados Unidos seja possível achar o ingrediente já que a Kim Boyce tem algumas receitas com ele em seu ótimo "Good to the Grain".
Já que bolos de milho ficam deliciosos combinados com sabores cítricos decidi regar o bolo com uma caldinha de maracujá – foi uma adição bem saborosa, mas o bolo fica maravilhoso sem ela, também.
Bolo de fubá com calda de maracujá
um nadinha adaptado da receita da querida Clarice
- xícara medidora de 240ml
Bolo:
1 xícara (140g) de farinha de trigo
1 xícara (150g) de fubá
1 colher (sopa) de fermento em pó cheia
1 pitada de sal
4 ovos grandes
1 ½ xícaras (300g) de açúcar cristal
¾ xícara (180ml) de óleo de canola
1 xícara (240ml) de leite fervendo
Calda:
½ xícara (70g) de açúcar de confeiteiro
1-2 colheres (sopa) de suco de maracujá
Bolo: pré-aqueça o forno a 180°C. Unte com manteiga e enfarinhe uma forma de furo central com capacidade para 12 xícaras de massa (a que usei comporta 10 xícaras e tive que assar a sobra de massa em uma forminha pequena com capacidade para 1 xícara de massa).
Em uma tigela média, peneire a farinha, o fubá, o fermento e o sal.
Numa tigela grande, coloque os ovos e bata com batedeira rapidamente. Junte o açúcar aos poucos e bata até formar um creme fofo e esbranquiçado. Vá adicionando o óleo aos poucos, sempre batendo. Desligue a batedeira e peneire os ingredientes secos mais uma vez sobre a gemada. Misture delicadamente. Coloque o leite quente e termine de misturar. Vai ficar uma massa bem líquida. Despeje na forma e dê tapinhas no fundo da forma para tirar bolhas de ar na massa. Leve ao forno e asse por cerca de 50 minutos ou até o bolo crescer e dourar (faça o teste do palito). Deixe esfriar na forma, sobre uma gradinha, por 10 minutos, e então desenforme com cuidado sobre a gradinha. Deixe esfriar.
Calda: peneire o açúcar de confeiteiro em uma tigelinha. Junte o suco e misture até obter a consistência desejada. Despeje sobre o bolo já frio.
Rend.: 10-12 porções
quinta-feira, agosto 15, 2013
Torta patchwork de morango e maçã
Como se o vício em livros de culinária não fosse suficiente também tenho paixão por revistas de comida – Donna Hay, Gourmet Traveller e a Delicious Australia são as minhas favoritas, mas há outras que adoro e que uso bastante, também. A BBC Good Food sempre vem com receitas deliciosas de gente como Mary Berry e James Martin e as fotos são lindas (recomendo muito uma visita ao site da revista).
Meses atrás uma torta de morango e gooseberry foi publicada e a cobertura de patchwork era super bonita – me lembrou uma torta de morango, água de rosas e avelã que fiz anos atrás. Como gooseberries não existem aqui no Brasil eu as substituí por algo tão azedo e saboroso quanto: uma maçã Granny Smith – o resultado foi excelente.
Torta patchwork de morango e maçã
adaptada da deliciosa Good Food magazine
- xícara medidora de 240ml
Massa:
1 ovo grande, temperatura ambiente, clara e gema separadas
225g de manteiga sem sal, amolecida
1 colher (chá) de extrato de baunilha
¼ xícara (50g) de açúcar cristal
¼ colher (chá) de sal
350g de farinha de trigo
Recheio:
400g de morangos maduros, sem os cabinhos, cortados ao meio ou em quatro partes se forem muito grandes
75g de açúcar cristal
1 maçã Granny Smith grande, descascada, miolo e sementes removidos, picadinha
1 pitada de canela em pó
3 colheres (sopa) de semolina ou farinha de amêndoas
Massa: coloque a gema, a manteiga, a baunilha, o açúcar e o sal no processador de alimentos e pulse até obter uma mistura cremosa. Junte a farinha pulse somente até que uma massa comece a se formar – não bata demais. Transfira para uma superfície levemente enfarinhada e junte a massa com as mãos. Faça duas porções com a massa, sendo uma delas um pouco menor do que a outra, formate cada uma delas em um retângulo. Embrulhe com filme plástico e leve à geladeira por 2 horas.
Enquanto isso, prepare o recheio: coloque os morangos e o açúcar em uma panela larga e cozinhe por 5 minutos, misturando ocasionalmente, até que as frutas soltem seu suco e uma calda comece a se formar. Escorra em uma peneira sobre uma tigela e deixe esfriar completamente (reserve a caldinha para servir com a torta depois).
Unte levemente com manteiga uma forma para torta com fundo removível de 35x10cm. Com o rolo, abra o pedaço maior de massa e forre a forma com ele. Faça furinhos em toda a massa com um garfo e leve ao freezer por 40 minutos.
Pré-aqueça o forno a 200°C e coloque uma assadeira grande, de beiradas baixas, para aquecer. Forre a massa na forma com um pedaço de papel alumínio e encha-o com feijões secos. Asse sobre a assadeira por 15 minutos. Retire do forno, remova os feijões e o papel alumínio e volte a massa ao forno, assando por mais 10 minutos ou até que o fundo esteja dourado. Abra o segundo pedaço de massa e corte quadrados de 4cm nele. Leve à geladeira por 5 minutos.
Espalhe a semolina/farinha de amêndoas no fundo da torta (isso vai ajudar a evitar que a massa fique empapada). Adicione a maçã e a canela aos morangos, misture, e então espalhe sobre a semolina. Arrume os quadradinhos de massa displicentemente sobre o recheio e pincele com a clara de ovo. Cubra as laterais da torna com tiras de papel alumínio (não fiz isso) e volte-a ao forno por 30 minutos ou até que a cobertura da torta esteja dourada e crocante. Sirva morna com chantilly e a calda reservada.
Rend.: 6-8 porções
terça-feira, agosto 13, 2013
Bolo de caramelo
Já lhes contei sobre o meu amor por bolos simples: eles são gostosos purinhos, com uma xícara de chá no inverno ou com um copo de leite gelado nos dias mais quentes e, com a ajuda de frutas cozidas e sorvete de baunilha ou chantilly podem se tornar sobremesas deliciosas.
Este bolo é bem simples (do jeito de que gosto), entretanto a cobertura de caramelo o transforma em algo ainda mais delicioso: pode até não ser lindo, mas é bem saboroso. Vocês sentirão vontade de raspar a panela depois de espalhar o caramelo sobre o bolo, mas é melhor aguardar alguns minutos – acreditem em mim. :D
Bolo de caramelo
do delicioso Gourmet Today: More than 1000 All-New Recipes for the Contemporary Kitchen
- xícara medidora de 240ml
Bolo:
2 xícaras + 2 colheres (sopa) de farinha para bolos, peneirada – peneire, depois meça (ou substitua por 210g de farinha de trigo comum + 40g de amido de milho)
1 colher (chá) de fermento em pó
¾ colher (chá) de bicarbonato de sódio
¼ colher (chá) de sal
½ xícara (113g) de manteiga sem sal, amolecida
1 xícara (200g) de açúcar cristal
1 colher (chá) de extrato de baunilha
2 ovos grandes, temperatura ambiente
1 xícara (240ml) de buttermilk*
Cobertura de caramelo:
1 xícara (240ml) de creme de leite fresco
½ xícara (88g) de açúcar mascavo claro – aperte-o na xícara na hora de medir
1 colher (sopa) de glucose de milho
1 colher (chá) de extrato de baunilha
Bolo: pré-aqueça o forno a 180°C. Unte com manteiga uma forma quadrada de 20cm, forre o fundo com um quadrado de papel manteiga e unte o papel também.
Em uma tigela média, peneire juntos a farinha, o fermento, o bicarbonato e o sal.
Na batedeira, bata a manteiga e o açúcar até obter um creme claro e fofo. Junte a baunilha. Acrescente os ovos, um a um, batendo bem a cada adição e raspando as laterais da tigela. Em velocidade baixa, junte o buttermilk e bata somente até combinar (a mistura pode parecer talhada). Acrescente os ingredientes secos em três adições, batendo até que cada uma delas seja incorporada.
Espalhe a massa na forma preparada e então levante a forma e jogue-a na pia algumas vezes para eliminar as bolhas de ar da massa (esqueci de fazer isso). Asse até que o bolo cresça e doure, 35-40 minutos (faça o teste do palito). Deixe esfriar na forma sobre uma gradinha por 10 minutos e então desenforme sobre a gradinha. Remova o papel com cuidado e inverta o bolo novamente sobre outra gradinha e deixe esfriar completamente.
Cobertura: coloque o creme de leite, o açúcar mascavo, a glucose de milho e 1 pitada de sal em uma panela grande, de fundo grosso, e leve ao fogo médio, mexendo até dissolver o açúcar. Deixe ferver até que a cobertura atinja entre 98 e 100°C em um termômetro culinário, 12-14 minutos. Retire do fogo, junte a baunilha e derrame sobre o bolo. Deixe secar por pelo menos 30 minutos.
* para fazer 1 xícara de buttermilk: coloque 1 colher (sopa) de suco de limão em uma xícara medidora de 240ml, complete com leite integral em temperatura ambiente e aguarde 10-15 minutos para sorar; use todo o conteúdo da xícara na usa receita
Rend. 8-10 porções – para o bolo, fiz exatamente a receita acima e assei em uma forma redonda de 20cm, de laterais altas; foi a segunda vez que preparei este bolo e da primeira havia sobrado muita cobertura, por isso fiz apenas metade da receita acima (e não demorou quase nada para chegar à temperatura recomendada na receita)
sexta-feira, agosto 09, 2013
Biscoitinhos de limão siciliano com cobertura e as razões de cada receita
Quem cozinha tem diferentes razões para escolher esta ou aquela receita, certo? Acho que vontade de comer é o motivo mais básico, e a ele somam-se ingredientes disponíveis, as estações do ano, o clima, se comeremos sozinhos ou acompanhados... Vocês concordam?
Acrescento à lista alguma técnica que eu queira aprender ou melhorar, receitas com nomes curiosos, e métodos de preparo peculiares ou incomuns, este último sendo o motivo pelo qual fiz estes biscoitinhos (mais os limões sicilianos lindos que eu tinha em casa). Aqui, parte da massa inacabada é reservada para depois se tornar a cobertura – achei bem interessante e tinha de experimentar. Deu muito certo e os biscoitos ficaram deliciosos, bem delicados no tamanho – algo que adoro – e azedinhos quase a ponto de fazer careta – o que adoro mais ainda. :)
Biscoitinhos de limão siciliano com cobertura
do delicioso Simply Sensational Cookies
- xícara medidora de 240ml
raspas da casca + o suco de 2 limões sicilianos
¾ xícara (170g) de manteiga sem sal, amolecida
2 xícaras (280g) de açúcar de confeiteiro, peneirado, uso dividido
¼ colher (chá) generosa de bicarbonato de sódio
1 ½ xícaras (210g) de farinha de trigo
1 pitada de sal
Pré-aqueça o forno a 180°C. Forre duas assadeiras grandes, de beiradas baixas, com papel manteiga.
Coloque as raspas de limão na tigela grande da batedeira. Reserve o suco separadamente em uma jarrinha. Às raspas junte a manteiga, 3 colheres (sopa) do suco reservado e 1 xícara (140g) do açúcar de confeiteiro. Bata em velocidade baixa, e depois em velocidade média, até obter um creme claro e fofo, cerca de 1 ½ minutos – a mistura pode parecer talhada no início, mas não se incomode com isso, prossiga normalmente com a receita. Meça 2 colheres (sopa) da mistura e reserve em um potinho fundo (para fazer a cobertura depois).
Em velocidade baixa, adicione o bicarbonato à tigela grande e misture-o completamente. Acrescente a farinha e o sal e bata em velocidade baixa somente até incorporar. Se a massa estiver mole demais, aguarde 5 minutos.
Coloque porções de 1 colher (chá) cheia de massa nas assadeiras, deixando 5cm de distância entre uma e outra (mantenha os biscoitos pequenos). Leve uma assadeira ao forno por vez por cerca de 10 minutos e asse até que os biscoitos dourem nas extremidades. Transfira a assadeira para uma gradinha e deixe esfriar completamente.
Cobertura: junte 1 ½ colheres (sopa) do suco reservado e o açúcar de confeiteiro restante à porção de massa reservada no início da receita. Misture bem até conseguir um glacê. Se necessário, adicione suco ou açúcar para corrigir a consistência, que deve ser fluida, mas não líquida demais. Espalhe a cobertura sobre os biscoitos já frios e deixe secar por 30-40 minutos.
Rend.: cerca de 30 – fiz exatamente a receita acima, usei 1 ½ colheres (chá) niveladas de massa por biscoito e consegui 70 biscoitinhos
quarta-feira, agosto 07, 2013
Manicotti de ricota e espinafre e cozinhar = poder
Foi há relativamente pouco tempo que comecei a pensar no ato de cozinhar como algo empoderador e libertador, e isso me vem à mente quando penso em algumas passagens de minha infância.
No período entre a morte de minha mãe e meu pai casar novamente minha avó paterna morou conosco e fazia toda a comida em casa. Ela era uma cozinheira fantástica – ainda é aos 88 anos de idade – mas raramente fazia os pratos dos quais eu gostava – sei que isso vai soar amargo e “oh, minha avó gostava mais do meu irmão do que de mim” mas é verdade: ela preparava qualquer coisa que meu irmão pedisse sem hesitar, entretanto nunca prestou muita atenção ao que eu gostava de comer – as “vantagens” de ser a irmã mais velha, creio eu.
Um dos pratos que ela fazia com frequência eram panquecas de carne com molho de tomate. Sabem, eu não gostava de carne bovina quando era pequena e ainda assim tinha que comer as benditas panquecas. Meu irmão, porém, não gostava de molho de tomate, mas ele não precisava comer as tais panquecas – em vez disso, ele pedia que as suas panquecas fossem recheadas com batata frita (!) e minha avó não dizia uma palavra. E isso é apenas uma das situações daquela época.
Agora, adulta, cozinho o que quero, quando quero. Minhas panquecas são recheadas de ricota e espinafre e não preciso implorar a ninguém por isso.
Manicotti de ricota e espinafre
um tiquinho adaptados do lindo e delicioso Homemade with Love: Simple Scratch Cooking from In Jennie's Kitchen
- xícara medidora de 240ml
Crepes:
1 ½ xícaras (360ml) de leite integral
1 ovo grande
½ colher (chá) de sal
1 xícara (140g) de farinha de trigo
óleo de canola, o necessário para pincelar a frigideira na hora de preparar os crepes
Recheio:
2 colheres (chá) de azeite extra virgem
1 dente de alho gorducho, picadinho
200g de espinafre, talinhos removidos
sal e pimenta do reino moída na hora
1 pitada de noz-moscada moída na hora
450g de ricota – usei caseira (receita aqui), usando 5 xícaras de leite
1 punhado de salsinha picada
¼ xícara de parmesão ralado fininho
Montagem:
1 ½ xícaras de molho de tomate, receita aqui
¼ xícara de parmesão ralado fininho
Prepare os crepes: coloque o leite, o ovo, o sal e a farinha no liquidificador e bata até homogeneizar. Deixe em temperatura ambiente por 1 hora (ou por pelo menos 30 minutos).
Aqueça uma frigideira antiaderente de 20cm de diâmetro em fogo médio-baixo. Pincele-a com o óleo de canola (se necessário). Despeje uma porção de massa no centro da frigideira (o bastante para cobrir todo o fundo dela) e vá girando até cobrir todo o fundo. Cozinhe por 30-45 segundos, vire e cozinhe por mais 15 segundos, ou até dourar. Transfira para um prato raso e repita o procedimento com a massa restante.
Recheio: em uma frigideira grande, aqueça o azeite em fogo médio-alto. Junte o alho, seguido do espinafre e refogue até murchar. Tempere com sal, pimenta e noz-moscada. Deixe esfriar um pouquinho, pique, e então transfira para uma peneira e aperte para retirar o excesso de líquido. Transfira para uma tigela média, junte os outros ingredientes do recheio e misture para incorporar. Cheque os temperos e ajuste se necessário.
Pré-aqueça o forno a 200°C. Espalhe cerca de ½ xícara do molho de tomate em um refratário de 22x32cm.
Coloque cada crepe sobre uma superfície lisa e espalhe parte do recheio na extremidade inferior do crepe, formando um cilindro. Enrole o crepe e coloque-o no refratário com a emenda virada para baixo. Repira o procedimento com os crepes restantes. Cubra com o molho de tomate restante, salpique com o queijo e asse por 20 minutos ou até que doure e o molho esteja borbulhando. Sirva imediatamente.
Rend.: cerca de 10 crepes – consegui 9; os dois primeiros rasgaram no centro, então servi 7 no total
segunda-feira, agosto 05, 2013
Bolo com caldinha de maracujá, zumbis + um pouco de improviso
Semanas atrás eu e minha irmã estávamos decididas a ir ao cinema, mas as opções eram bem limitadas: alguns dos filmes já tínhamos visto, outros não eram interessantes. Assim, acabamos assistindo a “Guerra Mundial Z” e, muitos sustos depois, para minha surpresa, eu até que gostei, zumbis e Brad Pitt e tudo – acho que tenho que agradecer Marc Forster por isso, já que ele dirigiu dois dos meus filmes favoritos. :)
Por volta daquele final de semana, eu estava decidida a fazer o lindo bolo de maracujá e coco da Valentina, mas apesar de ter uns maracujás deliciosos em casa não havia coco. Ou leite de coco. Eu lhes disse que sou péssima com listas de compras. :S Por isso, o bolo da Tina teve de esperar um pouco mais e o bolo de limão siciliano da Tana Ramsay foi preparado em seu lugar – com uma caldinha de maracujá substituindo o limão. Ah, tão bom.
Bolo com caldinha de maracujá
um nadinha adaptado do bolo da Tana Ramsay
- xícara medidora de 240ml
Bolo:
225g de manteiga sem sal, amolecida
225g de açúcar cristal
4 ovos
1 colher (chá) de extrato de baunilha
225g de farinha de trigo com fermento*
raspas da casca de 1 limão siciliano
Calda:
1/3 xícara (80ml) de suco de maracujá
85g de açúcar cristal
Pré-aqueça o forno a 180°C. Unte levemente com manteiga uma forma de bolo inglês de 22,5x12,5cm, forre com papel manteiga e unte o papel também.
Bolo: na tigela grande da batedeira, bata a manteiga e o açúcar até obter um creme claro e fofo. Junte os ovos, um a um, batendo a cada adição e raspando as laterais da tigela ocasionalmente. Junte a baunilha. Peneire a farinha sobre a mistura, junte as raspas de limão e misture até incorporar. Espalhe na forma preparada e alise a superfície.
Asse por 45-50 minutos ou até que o bolo cresça e doure (faça o teste do palito). Retire do forno, transfira para uma gradinha e faça a calda: em uma tigelinha misture o suco com o açúcar. Faça vários furinhos no bolo ainda quente usando um palito de dente ou um espaguete cru e derrame a calda sobre ele, aos poucos, para que seja absorvida completamente. Deixe esfriar completamente na forma. Desenforme com cuidado, retire o papel e sirva.
* troquei a farinha com fermento por 225g de farinha de trigo comum + 1 ½ colheres (chá) de fermento em pó + 1 pitada de sal
Rend.: 6-8 porções
sexta-feira, agosto 02, 2013
Oreos versão adulta
Minha visita à Bouchon Bakery ano passado foi algo para ser lembrado e de vez em quando penso nas delícias que provei por lá. Entretanto, não cheguei a experimentar a famosa versão do Thomas Keller para o biscoito Oreo – eu sendo eu acabei pedindo doces de limão siciliano e framboesa.
Dias atrás cismei de fazer os tais biscoitos – receita do "Bouchon Bakery" – mas não estava com muita vontade de abrir a massa de biscoito com o rolo, cortar... Eu sinto preguiça às vezes. :) Achei que os biscoitos de chocolate do tipo slice and bake que eu vira no site da Gourmet Traveller seriam bons substitutos – e realmente foram.
Meus Oreos não ficaram tão bonitos quanto os biscoitos servidos na Bouchon Bakery, mas lhes garanto que ficaram bem gostosos. :)
Oreos versão adulta
adaptados de duas fontes maravilhosas: Gourmet Traveller e Bouchon Bakery
- xícara medidora de 240ml
Biscoitos:
260g de farinha de trigo
160g de açúcar de confeiteiro, peneirado
50g de cacau em pó, sem adição de açúcar, peneirado
1 pitada de sal
225g de manteiga sem sal, gelada e em cubinhos de 2cm
1 gema
1 colher (chá) de extrato de baunilha
Recheio:
125g de chocolate branco, picadinho
1 colher (sopa) - 14g - de manteiga sem sal, temperatura ambiente
½ xícara (120ml) de creme de leite fresco
Biscoitos: no processador de alimentos, processe a farinha, o açúcar de confeiteiro, o cacau e o sal até combinar os ingredientes. Acrescente a manteiga e pulse algumas vezes até obter uma farofa grossa. Junte a gema e a baunilha e processe até que uma massa comece a se formar (a minha mistura não tomava corpo de jeito nenhum, então adicionei outra gema). Transfira a mistura para uma superfície levemente enfarinhada e junte toda a massa com as mãos, para torná-la homogênea. Divida a massa em duas partes iguais e coloque cada metade em um pedaço grande de papel manteiga; forme um cilindro de aproximadamente 3,5cm de diâmetro com a massa, fechando-a dentro do papel manteiga usando uma régua – como a Martha faz aqui. Feche as pontas e leve à geladeira até firmar bem, mais ou menos 2 horas.
Pré-aqueça o forno a 180°C; forre duas assadeiras grandes com papel manteiga. Desembrulhe um dos cilindros de massa (mantenha o outro no freezer). Corte em fatias de 5mm e coloque-as nas assadeiras preparadas deixando um espaço de 2,5cm entre uma e outra. Asse até que as extremidades comecem a firmar, 10-12 minutos. Deixe esfriar um pouco nas assadeiras sobre gradinhas, depois retire, transfira para as gradinhas e deixe esfriar completamente.
Recheio: em uma tigela pequena, coloque o chocolate branco e a manteiga. Leve ao banho-maria (fogo baixo, sem que o fundo da tigela toque a água) e misture até derreter. Enquanto isso, em uma panelinha, leve o creme de leite ao fogo até começar a ferver. Derrame-o sobre a mistura de chocolate e manteiga e misture com um batedor de arame para incorporar. Deixe esfriar até chegar à temperatura ambiente, cubra com filme plástico e leve à geladeira por pelo menos 4 horas ou por até 1 dia. Assim que for montar os biscoitos, bata o recheio com uma batedeira até ficar cremoso e liso. Transfira para um saco de confeitar com um bico pequeno.
Montagem: arrume metade dos biscoitos sobre uma superfície com o lado de baixo virado para cima. Coloque porções de recheio no centro de metade dos biscoitos. Feche com a outra metade, formando biscoitos recheados, e aperte gentilmente no centro para espalhar o recheio – eu usei uma cookie scoop pequenina para colocar bolinhas de recheio no centro de cada biscoito, e acho que uma colherinha é mais prática do que usar o saco de confeitar.
Rend.: cerca de 30 biscoitos recheados
quarta-feira, julho 31, 2013
Barrinhas de pecã e geleia de framboesa + uma conversa sobre idade
Algumas colegas no Facebook falavam hoje sobre atrizes que aparentam a idade que tem: os exemplos foram Charlotte Rampling e Fernanda Montenegro, e alguém mencionou Judi Dench. Sempre digo que quando penso em mim na casa dos setenta tanto Fernandona quanto Dame Dench me vem à mente: mulheres talentosas e bonitas que não têm vergonha de todos os anos estampados em seus rostos, o que acho admirável – adoraria estar tão bem como elas quando for mais velha e, ao mesmo tempo, ter tão mais para me orgulhar do que a aparência.
A conversa continuou e Nicole Kidman e Sandra Bullock foram citadas como exemplos opostos das musas anteriores: seus rostos já foram tão modificados por procedimentos “estéticos” que fica até difícil ler suas expressões – a performance de Nicole em “Reencontrando a Felicidade” (aliás, um filme excelente) poderia ter sido épica, magnífica, mas infelizmente os lábios inchados e esquisitos e a testa paralisada não ajudaram a personagem em nada, especialmente nas cenas mais emotivas.
A desesperadora fixação pela juventude eterna também faz vítimas masculinas: ao degustar minha dose diária de fofoca esta manhã vi a foto de casamento de John Rzeznik e por um instante achei que ele fosse a Joan Rivers. Tão triste. :(
As pessoas não deveriam ter de se preocupar com tolices como aparentar 30 anos quando na verdade tem 60. A vida deveria ser mais simples. Simples como barrinhas de geleia (que neste caso tem um tchan a mais por causa das pecãs).
Barrinhas de pecã e geleia de framboesa
um nadinha adaptadas do sempre delicioso Desserts from the Famous Loveless Cafe
- xícara medidora de 240ml
1 xícara (90g) de aveia em flocos
1 ¼ xícaras (175g) de farinha de trigo
¾ xícara (130g) de açúcar mascavo claro – aperte-o na xícara na hora de medir
½ colher (chá) de canela em pó
¼ colher (chá) de bicarbonato de sódio
1 pitada de sal
¾ xícara (82g) de pecãs, picadinhas – meça, depois pique
¾ xícara (170g) de manteiga sem sal, gelada e em cubinhos
1 xícara de geleia de framboesa
Pré-aqueça o forno a 180°C. Unte levemente com manteiga uma forma retangular de 32,5x22,5cm, forre com papel alumínio deixando sobras em todos os lados e unte o papel também.
Em uma tigela grande, misture a aveia, a farinha, o açúcar, a canela, o bicarbonato e o sal. Junte a manteiga e incorpore com as pontas dos dedos até conseguir uma farofa grossa. Misture as pecãs. Reserve 1 ¼ xícaras desta mistura e transfira o restante para a forma preparada. Pressione a mistura no fundo da forma com as pontas dos dedos até formar uma base homogênea. Asse por 20 minutos ou até que doure. Retire do forno e espalhe a geleia sobre a base de maneira uniforme. Espalhe a farofinha reservada sobre a geleia e volte ao forno por 20-25 minutos ou até que a cobertura doure e o recheio esteja borbulhando. Deixe esfriar completamente na forma. Corte em quadradinhos ou barrinhas e sirva.
Rend.: 18 unidades
segunda-feira, julho 29, 2013
Bolo cremoso de chocolate e geleia de laranja
Um vidro de geleia de laranja aberto na geladeira (sobra do brioche) precisando ser usado e já que se tratava de um ingrediente tão gostoso eu tinha que preparar algo à altura. O bolo do Lucas Hollweg foi a escolha perfeita: bastante úmido, com um sabor intenso de chocolate e sem glúten (para quem segue esse tipo de dieta).
Foi um ótimo uso para um produto excelente (bem diferente de o Robert Zemeckis usar a equipe de “Náufrago” para filmar “Revelação”). :D
Bolo cremoso de chocolate e geleia de laranja
do lindíssimo e deliciosíssimo Good Things to Eat (comprei o meu aqui)
- xícara medidora de 240ml
150g de manteiga sem sal
150g de chocolate picado – a receita pede chocolate com 60-70% de cacau, usei um com 53%
100g de geleia de laranja pedaçuda
raspas da casca de 1 laranja grande
125g de açúcar cristal
4 ovos, gemas e claras separadas
½ colher (chá) de extrato de baunilha
1 pitada de sal
½ xícara (45g) de cacau em pó, sem adição de açúcar
açúcar de confeiteiro, para polvilhar
Pré-aqueça o forno a 190°C. Unte levemente com manteiga uma forma redonda de 20cm com fundo removível, forre o fundo com um círculo de papel manteiga e unte o papel também.
Coloque a manteiga em uma panela grande e leve ao fogo médio até derreter. Retire do fogo, acrescente o chocolate e aguarde 1-2 minutos. Misture até que o chocolate derreta completamente. Coloque a geleia de laranja e as raspas de laranja no processador de alimentos e processe até conseguir um purezinho. Acrescente o açúcar e processe novamente. Incorpore o purê à mistura de chocolate.
Adicione as gemas à mistura e bata vigorosamente. Acrescente a baunilha. Peneire o cacau sobre a massa e bata bem. Em uma tigela bem limpa e seca, usando a batedeira, bata as claras e o sal até obter picos suaves. Adicione 1/3 das claras à mistura de chocolate e bata. Acrescente as claras restantes e mistura gentilmente com uma espátula, misturando de baixo para cima.
Despeje a massa na forma preparada e alise a superfície. Asse por cerca de 30 minutos ou até que o centro do bolo esteja firme e opaco. Deixe esfriar na forma sobre uma gradinha por 30 minutos e então desenforme com cuidado. Polvilhe com açúcar de confeiteiro.
Sirva morno ou em temperatura ambiente com sorvete de baunilha ou creme chantilly.
Rend.: 6-8 porções
sexta-feira, julho 26, 2013
Doughnuts de pistache com glacê de água de rosas
Gosto de friturinhas, mas morando em apartamento raramente sinto vontade de fritar alguma coisa – tento evitar que a casa toda fique cheirando ao jantar que acabamos de comer. Até alguns meses batata frita era a exceção já que tanto eu quanto o marido a adoramos, mas depois de experimentar as fritas de forno da Annabel (e que a Maria reproduziu lindamente no blog dela) o problema estava resolvido – João disse que as acha mais saborosas do que a versão original frita.
Entretanto, abri outra exceção dias atrás ao fazer os doughnuts de pistache da Gourmet Traveller – estava de olho na receita havia séculos. Os doughnuts ficaram bem bons e sendo do tipo cake doughnuts (em que se usa fermento químico em pó no lugar do biológico) não demorei muito tempo para prepará-los. O problema foi o glacê de água de rosas: decepcionante, ficou doce demais e não tinha gosto de nada além do açúcar de confeiteiro mesmo depois de eu ter espremido meio limão nela. A calda de framboesa, antes da adição do açúcar de confeiteiro, havia ficado deliciosa e por isso sugiro que a preparem até aquele ponto e usem para mergulhar os doughnuts ao degustá-los.
Outra sugestão: depois de fotografar e comer os primeiros doughnuts fritei a massa restante como churros pequeninos (em vez de formar círculos com ela) e achei que ficaram melhores assim: foi mais fácil movê-los dentro da panela ao fritar e eles ficaram com uma casquinha mais crocante.
Doughnuts de pistache com glacê de água de rosas
um tiquinho adaptados da sempre lindíssima Australian Gourmet Traveller
- xícara medidora de 240ml
Doughnuts:
75g de pistaches sem sal
2 ¼ xícaras (315g) de farinha de trigo
½ xícara (100g) de açúcar cristal
3 colheres (chá) de fermento em pó
raspas da casca de 1 laranja
1 colher (chá) de extrato de baunilha
1 pitada de sal
1 xícara (240ml) de leite integral
¼ xícara (56g) de manteiga sem sal, derretida e fria
1 ovo, levemente batido com um garfo
óleo vegetal, para fritar
Glacê de água de rosas:
½ xícara (100g) de açúcar cristal
10 framboesas, frescas ou congeladas (não é necessário descongelá-las antes)
1 ½ xícaras (210g) de açúcar de confeiteiro
3 colheres (chá) de água de rosas, ou a gosto
No processador, moa os pistaches até conseguir uma farinha. Transfira para uma tigela grande e adicione a farinha de trigo, o açúcar, o fermento, as raspas de laranja, a baunilha e o sal. Misture os ingredientes, faça um buraco no centro e nele despeje o leite, a manteiga e o ovo. Misture até conseguir uma massa homogênea, transfira para um saco de confeitar com um bico crespo de 2cm e leve à geladeira por 1 hora.
Glacê: em uma panelinha, junte o açúcar e 50ml de água e leve ao fogo médio-alto, mexendo até o açúcar dissolver. Junte as framboesas, esmague-as com as costas de uma colher de pau e deixe ferver em fogo baixo até a mistura engrossar ligeiramente, formando uma calda (2-3 minutos). Retire do fogo, passe por uma peneira despejando o líquido em uma tigela refratária. Acrescente o açúcar de confeiteiro e a água de rosas, misturando até obter um glacê homogêneo (adicione água se a mistura estiver espessa demais).
Aqueça o óleo em uma panela funda a 180°C. Unte um pedaço grande de papel manteiga com óleo e sobre ele faça círculos de 8cm com a massa dos doughnuts. Frite os doughnuts por 3-4 minutos, virando para dourar ambos os lados. Transfira para um prato forrado com papel toalha e, enquanto os doughnuts ainda estiverem quentes, espalhe sobre eles o glacê. Sirva mornos ou em temperatura ambiente.
Rend.: 18-20 unidades
quarta-feira, julho 24, 2013
Madeleines de limão siciliano e chocolate branco e uma idiotice do Blogger
Tive uma surpresa uns dias atrás e não foi nada boa: o Blogger decidiu que a minha lista de livros era spam e a deletou – simples assim, sem nenhuma pergunta nem explicação apropriada. O_O
Tentei restaurar o blog, entretanto agora tenho que esperar a boa vontade deles para analisar a coisa toda e bem, digamos que eles não trabalham tão rapidamente assim. :(
Enquanto isso acontece, deixe-me lhes contar sobre a minha última aquisição, o livro do Eric Lanlard só sobre chocolate: as receitas parecem deliciosas e as fotos são lindas – e isso vindo de alguém que prefere diversos outros sabores a chocolate é algo. :)
Estas madeleines foram o primeiro docinho que testei do livro e elas ficaram gostosas, porém para mim faltou limão, mesmo eu tendo adicionado o dobro do que a receita pedia – da próxima vez, raspas da casca de dois limões, com certeza. :)
Madeleines de limão siciliano e chocolate branco
do lindíssimo Chocolat (comprei o meu aqui)
- xícara medidora de 240ml
60g de chocolate branco bem picadinho
60g de manteiga sem sal, temperatura ambiente
2 ovos
½ xícara + 1 colher (sopa) - 112g - de açúcar cristal
½ colher (chá) de extrato de baunilha
raspas da casca de 1 limão siciliano grande
1 xícara + 1 colher (sopa) - 150g - de farinha de trigo
¾ colher (chá) de fermento em pó
1 pitada de sal
Coloque o chocolate e a manteiga em uma tigela refratária pequena e leve ao banho-maria (fogo baixo) mexendo até derreter. Deixe esfriar um pouco.
Com a batedeira, bata os ovos e o açúcar até obter um creme espesso. Com uma espátula e misturando gentilmente de baixo para cima incorpore a mistura de chocolate, seguida da baunilha e das raspas de limão. Peneire a farinha, o fermento e o sal sobre a massa e incorpore do mesmo jeito. Cubra com filme plástico e leve à geladeira por pelo menos 2 horas, ou de um dia para o outro.
Pré-aqueça o forno a 200°C. Unte com manteiga e enfarinhe uma forma para madeleines. Encha cada cavidade ¾ de sua capacidade. Asse por cerca de 10 minutos ou até que as madeleines estejam douradas. Retire do forno e desenforme imediatamente sobre uma gradinha. Sirva mornas ou em temperatura ambiente.
Rend.: 16 unidades – consegui 16 usando a forma com capacidade para 1 colher (sopa) cada cavidade e 40 com a forma com capacidade para ½ colher (sopa) cada cavidade
segunda-feira, julho 22, 2013
Bolo de coco tostado e abacaxi + um filme enfadonho
Spielberg provavelmente nunca estará entre os meus diretores favoritos, entretanto, como eu ainda estou boba com o fantástico “Munique” decidi dar uma chance a “Lincoln”. Uma hora de filme e eu estava morta de tédio, uma hora e dez minutos de filme e eu estava no décimo sono. O_O
Só conseguia pensar que aquele Academy Award que Daniel Day Lewis levou para casa deveria estar em uma prateleira na casa de Joaquin Phoenix (ou no banheiro ou dentro da geladeira, Joaquin sendo Joaquin). :)
Meu marido viu “Lincoln” até o final e gostou, então talvez eu dê outra chance ao filme qualquer dia desses – sem pressa alguma, já que há vários outros filmes ótimos para ver. Tenho pressa, porém, para que vocês façam este bolo fantástico e que combina sabores que realmente ficam deliciosos juntos – o coco depois de tostado fica ainda mais saboroso e vai muito bem com os pedacinhos de abacaxi. Outra receita excelente de um dos meus livros de receita favoritos.
Bolo de coco tostado e abacaxi
do delicioso e infalível Cake Keeper Cakes: 100 Simple Recipes for Extraordinary Bundt Cakes, Pound Cakes, Snacking Cakes and Other Good-To-The-Last-Crumb Treats
- xícara medidora de 240ml
Bolo:
1 ½ xícaras (150g) de coco em floco adoçados
2 ovos grandes
1 xícara de creme azedo (sour cream)*
1 colher (chá) de extrato de baunilha
1 ¾ xícaras (245g) de farinha de trigo
1 ½ colheres (chá) de fermento em pó
¼ colher (chá) de bicarbonato de sódio
¼ colher (chá) de sal
½ xícara (113g) de manteiga sem sal, amolecida
¾ xícara (150g) de açúcar cristal
1 lata (500g) de abacaxi em calda, bem escorrido, seco com papel toalha e picado
Glacê:
½ xícara (70g) de açúcar de confeiteiro
1 colher (sopa) de suco de limão tahiti
Pré-aqueça o forno a 180°C. Unte com manteiga e enfarinhe uma forma de furo central (do tipo Bundt) com capacidade para 12 xícaras de massa.
Espalhe o coco em uma assadeira grande e leve ao forno para tostar, mexendo frequentemente, por cerca de 5 minutos. Deixe esfriar completamente. Mantenha o forno ligado.
Em uma tigela pequena, misture os ovos, o creme azedo e a baunilha e bata levemente com um garfo. Em uma tigela média, misture com um batedor de arame a farinha, o fermento, o bicarbonato e o sal.
Na tigela grande da batedeira, bata a manteiga e o açúcar até obter um creme claro e fofo, raspando as laterais da tigela uma ou duas vezes.
Em velocidade baixa, junte os ingredientes secos em três adições alternando com a mistura de ovos em duas adições (comece e termine com os ingredientes secos). Raspe as laterais da tigela a cada adição. Bata a massa por 1 minuto em velocidade média. Com uma espátula, incorpore o coco e o abacaxi.
Transfira a massa para a forma preparada e asse por 50-60 minutos ou até que o bolo cresça e doure (faça o teste do palito). Deixe esfriar na forma sobre uma gradinha por 15 minutos, e então desenforme sobre a gradinha, deixando esfriar completamente.
Glacê: peneire o açúcar em uma tigelinha e acrescente o suco de limão, misturando até obter a consistência desejada. Espalhe sobre o bolo já frio e deixe secar por 30 minutos antes de cortar e servir.
* creme azedo (sour cream) caseiro: para preparar 1 xícara de creme azedo, misture 1 xícara (240ml) de creme de leite fresco com 2-3 colheres (chá) de suco de limão ou limão siciliano em uma tigela. Vá mexendo até que comece a engrossar. Cubra com filme plástico e deixe em temperatura ambiente por 1 hora ou até que engrosse um pouco mais (geralmente faço o meu na noite anterior e deixo sobre a pia – com exceção de noites extremamente quentes – coberto com filme plástico; na manhã seguinte o creme fica bem cremoso – leve à geladeira para ficar mais espesso ainda)
Rend.: 8-10 porções
sexta-feira, julho 19, 2013
Brownies de chocolate ao leite e uma mudança de planos
Houve uma mudança de planos por aqui: Somerset Maugham terá de esperar um pouquinho, já que decidi comprar “Gone Girl” depois de ler que transformar o livro em filme é o próximo projeto do David Fincher. :)
Duas amigas me disseram que o livro é ótimo e que provavelmente perderei horas de sono grudada a ele – como aconteceu com a trilogia Millennium tempos atrás – e mal posso esperar para começar a leitura. Depois lhes conto.
E falando em mudança de planos, geralmente escolho receitas de brownies que pedem cacau em pó – como os brownies fantásticos da Alice Medrich – e/ou chocolate meio-amargo, mas decidi dar uma chance aos brownies de chocolate ao leite da Kathleen King. Eles ficaram deliciosos, como tudo que já fiz do livro - espero que Gillian Flynn me surpreenda do mesmo jeito. :D
Brownies de chocolate ao leite
do delicioso Tate's Bake Shop: Baking For Friends
- xícara medidora de 240ml
½ xícara (113g) de manteiga sem sal
250g de chocolate ao leite picadinho
½ xícara (100g) de açúcar cristal
2 ovos grandes
1 colher (chá) de extrato de baunilha
¾ xícara (105g) de farinha de trigo
1 colher (sopa) de cacau em pó, peneirado – meça, depois peneire
1 pitada de sal
Pré-aqueça o forno a 180°C. Unte levemente com manteiga uma forma quadrada de 20cm, forre com papel alumínio deixando sobrar em dois lados opostos, formando “alças”, e unte o papel também.
Em uma panela grande, derreta a manteiga em fogo médio. Retire do fogo, junte o chocolate e aguarde 1 minuto. Mexa até que o chocolate derreta completamente. Deixe esfriar um pouco.
Acrescente o açúcar e misture com um batedor de arame. Junte os ovos, um a um, misturando bem. Junte a baunilha. Acrescente a farinha, o cacau e o sal e misture até homogeneizar. Espalhe na forma preparada e asse por cerca de 20 minutos ou até que um palito inserido no centro do brownie saia com migalhas úmidas.
Deixe esfriar completamente na forma sobre uma gradinha. Corte em quadradinhos para servir.
Rend.: 16 unidades