sexta-feira, janeiro 26, 2007

Suflê de goiabada com calda de catupiry

English version

Guava soufflé with catupiry sauce

Fiquei sabendo de um evento de blogs do mundo todo e resolvi participar.
É um evento que acontece algumas vezes por ano – vou descobrir se é mensal - em homenagem à Donna Hay.
A cada edição, um blogueiro é o host e escolhe a receita da vez, informa o deadline e centraliza os posts dos participantes.
O tema era suflê e foi proposto pela Tami do blog Running with Tweezers.

Esta é a receita que escolhi para participar: o suflê de goiabada com calda de catupiry, da Carla Pernambuco, que já foi notícia até no New York Times.

Foi o primeiro suflê que fiz e confesso que estava bem apreensiva. Achei delicioso: textura, sabor, aparência, tudo ficou ótimo.

Porém, confesso que achei a calda branda demais – talvez um pinguinho de mel a deixasse mais saborosa sem comprometer a cor e o sabor. Fica para uma próxima vez o experimento.

UPDATE: a Dadi me contou nos comentários que é possível fazer esta calda trocando o catupiry por mascarpone.

Suflê de goiabada com calda de catupiry

Calda:
200 ml de leite
100g de catupiry

Suflê:
4 claras
1 pitada de sal
220g de goiabada pastosa*

Para a calda: misture o leite com o catupiry e leve ao fogo em banho-maria. Bata bem com um batedor de arame até se tornar uma calda lisa. Deixe esfriar.

Para o suflê: bata as claras em neve - quando começarem a ganhar volume, junte o sal e bata até formar picos duros. Aos poucos, adicione a goiabada e misture bem com um fuê.
Divida a mistura em forminhas de louça próprias para suflê – não é necessário untá-las - leve ao forno pré-aquecido a 160ºC por aproximadamente 10 minutos ou até o suflê subir. Não abra o forno. Aumente a temperatura do forno no final da cocção para dourar o suflê. Retire o suflê do forno e sirva imediatamente com a calda fria.

*Se quiser usar goiabada firme ou tipo cascão, derreta no fogo com um pouco de água até dar o ponto – deve ficar bem cremosa e firme. Para facilitar esta parte, bati tudo com um fuê, pois a goiabada teimava em não derreter por igual. Deu certinho.

Rend.: 4 porções – fiz meia receita e consegui 4 ramekins de 10cm de diâmetro

Amiga secreta!!

Recebi o lindo pacote no início de janeiro, após voltar das férias coletivas.
Cores vibrantes, fita bonita – tudo indicava haver algo precioso envolto em tanto capricho.

Foi uma alegria saber que a Katita havia me tirado – adorei!

Só que a receitinha que ela me enviou tinha carne seca... Trocamos e-mails e rimos da confusão – quem lê o blog sabe que não como carne de jeito nenhum! :D

A Katita me propôs fazer a mesma receita usando camarão – algo que não como com freqüência, não só porque não acho graça, mas também porque tendo a ter crises alérgicas ao ingerir frutos do mar.

Fiquei angustiada com aquilo e queria muito usar o meu lindo presente.

Semana passada fiquei sabendo de um evento de blogs do mundo inteiro e decidi participar. Escolhi uma receita com cara de Brasil e pensei: nada melhor do que fotografar o meu prato brasileiro usando o presente lindo que minha amiga secreta me deu!!

No próximo post vocês conhecerão a receita – e verão que eu não podia ter ganhado presente mais bonito e mais útil.

Katita, obrigada!! Seu presente trouxe um colorido todo diferente à minha casa!

Um beijo!







quarta-feira, janeiro 24, 2007

World Peace Cookies

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World Peace Cookies

Jenjen os fez. Deb também. E Anita.

“Esses biscoitos devem ter algo de especial…” pensei. Algo muito bom para causar tanta comoção por aí.

O único jeito de desvendar o mistério era fazer a receita – e aqui estão, senhoras e senhores: um dos biscoitos mais gostosos que já comi, certamente o mais gostoso que já fiz.

Meus biscoitinhos ficaram ótimos, mas estavam mais pra macios do que para crocantes. Se alguém aqui conhecer esta receita, adoraria ouvir a sua opinião – será que os fiz corretamente?

World Peace Cookies

175g de farinha de trigo
30g de cacau em pó sem adição de açúcar
½ colher (chá) de bicarbonato de sódio
155g de manteiga sem sal, em temperatura ambiente – não use margarina
145g de açúcar mascavo
50g de açúcar refinado
½ colher (chá) de flor de sal ou ¼ colher (chá) de sal – usei sal
1 colher (chá) de extrato de baunilha
140g de chocolate amargo, bem picadinho – usei meio-amargo mas vou fazê-los de novo usando o amargo

Peneire a farinha, o cacau e o bicarbonato. Reserve.
Bata a manteiga até que fique cremosa e macia. Junte os açúcares, o sal e a baunilha e bata por mais 2 minutos.
Junte os ingredientes secos e misture – para uma textura melhor, não mexa muito na massa e também não se preocupe se ela estiver meio esfarelada.
Acrescente o chocolate picado e misture.
Vire a massa numa superfície e divida em duas partes – eu pesei minha massa para ter certeza de que as partes ficariam iguais.
Pegue cada metade separadamente e molde-a em formato de tubo, como uma “torinha” – fiz isso sobre um pedaço de papel manteiga, achei que funcionou bem.
Embrulhe cada tubinho em plástico e leve à geladeira por 3 horas* - a massa pode ficar na geladeira por 3 dias ou ser congelada por 2 meses e você não precisa descongelá-la antes de assar, só asse por 1 minuto a mais.
Pré-aqueça o forno a 160ºC/320ºF e forre assadeiras com papel manteiga ou aqueles tapetinhos de silicone bacanas que a Tatu gosta de usar.
Com uma faca afiada, fatie os tubos de massa fazendo círculos de 1cm de espessura. Se a massa se desfizer na hora de cortar – e isso acontece especialmente por causa dos pedacinhos de chocolate - junte tudo de novo e formate como um círculo, não tem problema.
Coloque-os na assadeira com uma distância de 3m uns dos outros.
Asse por 12 minutos – eles não vão parecer prontos e ainda estarão molinhos.
Deixe-os esfriar na forma – conforme esfriam, vão se tornando mais firmes.
Sirva-os morninhos ou em temperatura ambiente.

Rende 36 cookies – consegui 46.

* Anita foi a única que escreveu que os biscoitos deveriam ser refrigerados por 1 hora. Fiz como ela pois estava com pouco tempo – deu super certo. A massa já estava bem durinha para ser fatiada.

segunda-feira, janeiro 22, 2007

Miolo de contrafilé com batata dourada, alecrim e tomate

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Striploin with golden new potatoes, rosemary and tomatoes

O João comprou para mim esta edição especial da revista Veja e logo de cara tentei fazer uns croquetes de palmito da Morena Leite. Não deu certo, creio que a quantidade de farinha não estivesse correta. Qualquer hora vou tentar fazê-los novamente.

Folheando a revista outro dia, deparei com esta carne e decidi experimentar – tinha acabado de voltar de uma visita à minha avó, de onde eu havia trazido um mundo de alecrim fresquinho da horta dela. Foi a coincidência perfeita.

Fiz ¼ da receita: adianto que o rendimento é bom e o João comeu metade da carne – a outra metade fiz em tirinhas aceboladas para ele beliscar com pão à noite.

Ao fatiar a carne, notei que o meio estava mal-passado demais pro gosto do João. Grelhei os filés por mais 1 minutinho.

Miolo de contrafilé com batata dourada, alecrim e tomate

800g de batata bolinha limpa, com a casca
50g de alecrim fresco
8 colheres (sopa) de azeite de oliva
200g de tomate-cereja
1 colher (sopa) de vinagre balsâmico
1,6kg de miolo de contrafilé
4 colheres (sopa) de mostarda de Dijon
sal e pimenta do reino

Cozinhe as batatas em água e sal. Escorra e reserve.
Desfolhe o alecrim e frite-o no azeite até ficar crocante. Coe e reserve o alecrim e também o azeite.
Em uma frigideira quente, refogue os tomates com 2 colheres (sopa) do azeite reservado, tempere com sal e pimenta e deixe dourar. Tempere com o vinagre e reserve.
Coloque as batatas em uma travessa, tempere com sal e pimenta e leve ao forno (220ºC) até dourar. Reserve até o momento de servir.
Corte a carne em 4 porções de 400g cada. Tempere-as com sal e pimenta. Aqueça uma grelha – usei esta frigideira - e grelhe a carne com o azeite, deixando 1 colher (sopa) reservada. Grelhe bem dos dois lados.
Misture as batatas, os tomates e o alecrim numa panelinha, regue com azeite que sobrou, corrija sal e pimenta se necessário e aqueça.
Sirva a carne com este acompanhamento e a mostarda.

Rend.: 4 porções

sexta-feira, janeiro 19, 2007

Risoto de palmito

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Hearts of palm risotto

Minha querida amiga esteve por aqui em dezembro e tivemos um almoço delicioso!

Quando o garçom trouxe a comida, percebemos que havíamos pedido o mesmo prato: risoto de palmito com ervilhas tortas. Estava muito saboroso e tentei inventar uma receita parecida em casa.

Dispensei as ervilhas tortas e decidi usar somente palmito. Gostei do resultado e divido a receita aqui com vocês.


UPDATE: A Lydia me perguntou no blog em inglês sobre palmitos enlatados e a Miki comentou gostar de palmitos cozidos - para esta receita, é importante que os palmitos estejam macios pois eles não são cozidos por muito tempo com o arroz.
A Daniela me perguntou sobre pupunha - fico te devendo, Dani, pois como a receita saiu da "caxola" não sei se daria certo!

Risoto de palmito

1 colher (sopa) de manteiga
1 colher (sopa) de azeite
½ cebola pequena picadinha
140g de arroz arbóreo
60ml de vinho branco seco
700ml de caldo de legumes
2-3 palmitos em rodelinhas
20g de parmesão ralado
1 colher (sopa) de salsinha picada
1 colher (sopa) de manteiga gelada
sal e pimenta branca em pó – usei somente sal

Aqueça o caldo e o mantenha em fogo baixo.
Aqueça uma panela grande em fogo médio. Coloque a manteiga, o azeite e a cebola e refogue.
Junte o arroz e refogue por 1 minuto, até que o arroz fique transparente. Acrescente o vinho e deixe evaporar.
Vá adicionando 1 concha de caldo por vez e mexendo sem parar. Volte a adicionar mais caldo quando o anterior tiver sido absorvido. Continue até que o arroz esteja al dente.
Um minutinho antes de terminar o cozimento, junte o palmito e mexa.
Desligue o fogo, junte o parmesão, a salsinha, a manteiga, tempere com sal e pimenta, misture e sirva imediatamente.

Rend.: 2 porções