Não quero soar como um disco riscado (de novo…), mas as coisas andam meio devagar aqui no blog e isso geralmente acontece quando tudo está o completo oposto de devagar do lado de cá da tela. Bastante trabalho, outras coisas acontecendo... e para arrematar tenho tido quase zero vontade de cozinhar, menos ainda de fotografar e escrever posts e digitar receitas.
Muitas vezes no passado li meus blogueiros (como odeio esta palavra, mas não tem outra) de comida preferidos escreverem sobre esgotamento e acho que talvez agora seja a minha vez: não tenho bem certeza e minha mente não funciona de maneira muito clara vez muitas vezes, para ser honesta. Acabo de retornar de uma viagem maravilhosa a Nova York e pensei que as comidas incríveis que lá provei me trariam inspiração para voltar à cozinha, mas por enquanto, nada.
Mudando de assunto, nem que ligeiramente, para algo mais doce: tenho feito este crumble no último ano e meio e como se tornou um dos meus favoritos lhes trago hoje a receita.
Crumble de banana e mirtilo
receita minha
- xícara medidora de 240ml
¾ xícara + 2 colheres (sopa) - 125g - de farinha de trigo
¼ xícara (50g) de açúcar demerara
¼ colher (chá) de fermento em pó
1 pitada de sal
¼ colher (chá) de canela em pó
3 colheres (sopa) - 42g - de manteiga sem sal, gelada e em cubinhos
¼ xícara (22g) de aveia em flocos
¼ xícara (25g) de amêndoas em lascas
4 bananas (cerca de 140g cada)
1 xícara (120g) de mirtilos, frescos ou congelados (não descongelar antes)
Preaqueça o forno a 180°C. Separe 4 potinhos refratários com capacidade para 1 xícara (240ml) cada – se preferir, asse o crumble em um único refratário raso com capacidade para 1 litro.
Cobertura: em uma tigela média, misture com um batedor de arame a farinha de trigo, o açúcar, o fermento em pó, o sal e a canela. Acrescente a manteiga e misture com as pontas dos dedos até obter uma farofa grossa. Com um garfo, incorpore a aveia e a amêndoa em lascas. Leve ao freezer enquanto prepara as frutas: corte as bananas em rodelas e divida-as entre os refratários. Salpique com o mirtilo. Cubra as frutas com a farofinha e leve ao forno por 25-30 minutos ou até que os mirtilos borbulhem e a farofinha doure bem.
A cobertura pode ser congelada por até 1 mês em um saquinho bem fechado – quando tiver vontade de comer crumble, é só preparar as frutas e jogar a cobertura por cima. O tempo de forno aumenta em alguns minutos.
Sirva quente com sorvete ou creme de leite fresco batido.
Rend.: 4 porções
terça-feira, novembro 07, 2017
Crumble de banana e mirtilo
quinta-feira, outubro 12, 2017
Picadinho - versão rapidinha e ainda assim muito gostosa
Um dos almoços de domingo mais populares aqui em casa é o picadinho: João adora, pede sempre, come e repete. Por bastante tempo fiz esta receita e de vez em quando ainda faço, mas ultimamente não tenho me programado com tanta antecedência assim e acabei adaptando a receita para um picadinho mais rapidinho. Hoje divido a nova versão com vocês.
Picadinho
receita adaptada desta aqui
- xícara medidora de 240ml
500g de baby beef (miolo de alcatra em alguns lugares) em cubinhos ou tirinhas, temperatura ambiente
sal e pimenta do reino moída na hora
4 colheres (sopa) de azeite de oliva
1 ½ colheres (sopa) de farinha de trigo
1 cebola pequena bem picadinha
1 cenoura média descascada e ralada grosseiramente
¾ xícara de salsão picadinho – pique, depois meça
2 folhas de louro
3 dentes de alho bem picadinhos
2 tomates italianos bem maduros, sem as sementes e picadinhos
1 colher (sopa) de extrato de tomate
2 colheres (sopa) de conhaque
½ xícara (120ml) de água quente
Coloque a carne em uma tigela grande e tempere com sal e pimenta do reino. Junte a farinha e misture bem para que todos os pedacinhos de carne fiquem levemente cobertos de farinha. Reserve.
Em uma frigideira grande ou panela grande de fundo bem amplo, aqueça 1 colher (sopa) do azeite em fogo alto. Junte 1/3 da carne, espalhando bem os pedacinhos por todo o fundo da panela, sem sobrepor – o segredo para a carne selar bem é deixar espaço entre os pedacinhos. Doure de todos os lados, sem deixar cozinhar demais. Com uma escumadeira, retire a carne da panela e transfira para um prato. Regue a panela com mais 1 colher (sopa) de azeite e quando aquecer sele mais 1/3 da carne – repita o processo até selar toda a carne.
Aqueça a colher (sopa) restante de azeite e junte a cebola, a cenoura, o salsão e o louro. Salpique com sal e pimenta e refogue mexendo algumas vezes. Junte o alho e refogue por 1 minuto ou até perfumar – não deixe queimar para não amargar. Acrescente o tomate e refogue por 3-4 minutos ou até que comecem a amolecer. Volte a carne à panela, junte o extrato de tomate e o conhaque, cozinhe por 1 minuto e junte a água. Vá misturando, raspando bem o fundo da panela para remover todos os queimadinhos: eles vão dar sabor ao molho e deixa-lo mais espesso. Cozinhe, mexendo algumas vezes, por 10-15 minutos ou até o molho engrossar. Cheque o tempero e sirva.
Rend.: 3-4 porções (dependendo se os comensais são ogros como o meu marido). :D
quarta-feira, outubro 11, 2017
Bolo de pera, azeite de oliva e chocolate
Tenho corrido pra lá e pra cá nos últimos dias, com um monte de trabalho e outras coisas para organizar e resolver. Por isso, os posts aqui sumiram e estou atrasadíssima com meus e-mails pessoais.
Decidi dar uma passada rápida com um bolo igualmente rápido de fazer: você prepara a massa num piscar de olhos e tem como resultado um bolo macio e delicioso, com a combinação de pera, azeite e chocolate. Receita boa para aquelas semanas em que não dá tempo nem de respirar, mas em que ainda queremos uma fatia de bolo bem gostoso com uma xícara de café ou chá no final de um dia difícil.
Bolo de pera, azeite de oliva e chocolate
receita minha
- xícara medidora de 240ml
2 peras grandes (cerca de 200g cada)
1 ½ xícaras (210g) de farinha de trigo
2 colheres (chá) de fermento em pó
½ colher (chá) de noz-moscada ralada na hora
1/8 colher (chá) de sal
1 xícara (200g) de açúcar cristal
2 ovos grandes, temperatura ambiente
½ xícara (120ml) de azeite de oliva extra virgem
½ xícara (130g) de iogurte natural integral
1 colher (chá) de extrato de baunilha
50g de chocolate amargo picadinho – usei um com 70% de cacau
Preaqueça o forno a 180°C. Unte com manteiga uma forma redonda alta de 20cm de diâmetro* com fundo removível. Forre o fundo com um círculo de papel manteiga e unte-o também.
Descasque as peras e remova o miolo. Corte 1 delas em cubinhos pequenos e a outra em fatias finas. Regue as peras com o suco de limão para que não escureçam.
Em uma tigela grande, misture com um batedor de arame a farinha, o fermento, a noz-moscada, o sal e o açúcar. Em outra tigela, misture bem com um batedor de arame os ovos, o azeite, o iogurte e a baunilha. Despeje sobre os ingredientes secos e misture até incorporar. Misture os cubinhos de pera. Verta a massa na forma preparada e alise a superfície. Arrume as fatias de pera sobre a massa e salpique com o chocolate. Asse por cerca de 50 minutos ou até que a massa cresça e doure (faça o teste do palito). Deixe esfriar completamente na forma sobre uma gradinha.
* se a sua forma não for alta, use uma de 23cm de diâmetro
Rend: 6-8 porções
quarta-feira, outubro 04, 2017
Calzones de espinafre, queijo e chorizo
Quando tenho dias muito corridos/difíceis geralmente tiro uns minutinhos para retomar o fôlego e espio o site da revista People: leio sobre as celebridades e para isso não preciso usar nenhum dos meus neurônios. :D
Hoje li que Kim Cattrall acabou com os planos de um terceiro filme de “Sex and the City” e deveríamos todos mandar um cartão de agradecimento a ela: o primeiro filme foi bacana, mas o segundo foi um horror de tão ridículo, e só de pensar em algumas das cenas já morro de vergonha alheia. Alguns comentários no site da revista sugerem que os roteiristas matem Samantha Jones e façam o filme com as outras três, entretanto não acho que seria uma decisão muito inteligente: o legal do seriado era o grupo todo, com as quatro, e a Sam sempre foi a minha favorita (seguida de pertinho pela Miranda).
Emprestarei inspiração de SATC para lhes trazer estes deliciosos calzones: o recheio é uma combinação de espinafre, queijo e chorizo e lhes peço que não removam nenhum dos ingredientes – os calzones não seriam os mesmos. O espinafre e o queijo se beneficiam muito do salgadinho do chorizo, mas como sei que nem todo mundo consegue encontrá-lo dá para substituir por bacon com bastante sucesso (só o queijo e o espinafre deixariam a receita meio chocha).
Calzones de espinafre, queijo e chorizo
receita minha
- xícara medidora de 240ml
Massa:
2 colheres (chá) de fermento biológico seco
½ colher (chá) de açúcar cristal
1 ¼ xícaras (300ml) de água morna
2 colheres (sopa) de azeite de oliva extra virgem
3 ¼ xícaras (455g) de farinha de trigo comum
1 colher (chá) de sal
Recheio:
¾ xícara (105g) de chorizo em cubinhos pequeninos – pique, depois meça
2 dentes de alho grandes picadinhos
2 xícaras (120g) de folhas de espinafre, apertadas na xícara na hora de medir – meça depois de remover os talos
sal e pimenta do reino moída na hora
2 xícaras (200g) de mozarela ralada grosseiramente – rale, depois meça
azeite de oliva extra virgem, para pincelar os calzones
Prepare a massa: na tigela da batedeira planetária, junte o fermento biológico, o açúcar e a água. Misture bem com um garfo e reserve por cerca de 5 minutos ou até a espumar. Acrescente o azeite, a farinha e o sal, misture, e então sove na batedeira por 6-8 minutos ou até obter uma massa lisa e elástica – se for sovar na mão, serão 10-12 minutos, aproximadamente. Forme uma bola com a massa e transfira para uma tigela grande pincelada com azeite – vire a massa uma vez para que todos os lados fiquem untados com o azeite. Cubra com filme plástico e deixe crescer em um lugar morninho, longe de correntes de ar, por 1 hora ou até dobrar de volume.
Enquanto isso, faça o recheio: aqueça uma frigideira antiaderente grande em fogo alto – se a frigideira tiver fundo triplo, use fogo médio. Junte o chorizo e vá fritando por todos os lados até dourar – não é necessário acrescentar nenhum tipo de gordura, pois a gordura do chorizo será suficiente. Quando dourar, junte o alho e refogue por 1 minuto ou até dourar – não deixe queimar ou o alho deixará a receita amarga. Acrescente o espinafre e refogue rapidamente até murchar. Tempere com sal e pimenta do reino e deixe esfriar. Incorpore a mozarela.
Preaqueça o forno a 200°C. Forre uma assadeira grande e rasa com papel alumínio e pincele-o com azeite.
Divida a massa em 8 partes iguais – cada uma delas terá entre 90 e 100g. Usando um rolo, abra cada porção de massa em um círculo de cerca de 25cm. Coloque o recheio em metade da massa, feche formando uma espécie de pastel e enrole bem as extremidades para que o recheio não vaze. Repita o processo com a massa e recheio restantes. Transfira os calzones para a assadeira preparada, pincele-os com azeite e leve ao forno por 25-30 minutos ou até que dourem bem. Sirva imediatamente.
Rend.: 8 porções
quinta-feira, setembro 28, 2017
Barquinhas de abobrinha, mas não como as da minha avó
Um dos pratos que mais me lembram minha avó paterna é abobrinha recheada: ela fazia a receita com frequência nos anos em que morou conosco, pois meu pai gostava bastante.
Eu não era fã de carne quando pequena e não entendia o porquê de minha avó repetir tanto a mesma receita, mas agora que sou adulta faz todo o sentido do mundo: é uma delícia (quando preparado direitinho) e facilita muito a vida do cozinheiro, pois basta uma saladinha verde e a refeição está completa.
Esta é a minha versão de abobrinha recheada: sem arroz amassado no meio de carne branquela, melhorada com vinho, tomates, manjerona fresca e gorgonzola (desculpaê, vó). :)
Barquinhas de abobrinha
receita minha
- xícara medidora de 240ml
4 abobrinhas italianas de aproximadamente 250g cada
3 colheres (sopa) de azeite de oliva
1 cebola picadinha
3 dentes de alho grandes picadinhos
400g de carne bovina moída – eu gosto de patinho
¼ xícara (60ml) de vinho branco seco
2 colheres (sopa) de extrato de tomate
2 tomates maduros, sem as sementes e em cubinhos
1 punhado de folhas de manjerona fresca
sal e pimenta do reino moída na hora
150g de gorgonzola ralado grosseiramente ou esmigalhado se for molinho
parmesão ralado bem fininho, para servir
Preaqueça o forno a 200°C. Forre uma assadeira grande e rasa com papel alumínio e pincele-o com azeite.
Corte as abobrinhas no sentido do comprimento, obtendo assim 8 barquinhas. Com uma colher de sobremesa, remova parte da polpa, sem cavar fundo demais para que as paredes das barquinhas não fiquem tão finas. Pique a polpa em pedacinhos e reserve para o recheio.
Arrume as abobrinhas com o lado cortado para cima, pincele a parte de dentro de cada barquinha com um pouquinho do azeite e leve ao forno por 20 minutos – enquanto isso, faça o recheio: aqueça uma frigideira grande em fogo alto. Junte o azeite, aqueça, e então acrescente a cebola e refogue até ficar transparente. Junte o alho e refogue por 1 minuto, só até perfumar. Acrescente a carne e refogue, mexendo algumas vezes, até a carne dourar. Tempere com sal e pimenta. Junte o vinho e então cozinhe por 2-3 minutos ou até que evapore – ao adicioná-lo, raspe bem os queimadinhos do fundo da panela, pois eles dão mais sabor à carne.
Junte o extrato de tomate, o tomate picado, ¾ de xícara da abobrinha reservada (congele o restante para fazer caldo de legumes) e a manjerona. Cozinhe por cerca de 5 minutos ou até o vinho secar e o tomate e a abobrinha começarem a amaciar. Remova do fogo, acrescente o gorgonzola e misture. Cheque o tempero. Recheie as barquinhas com a mistura de carne e volte ao forno por 15 minutos. Salpique com o parmesão e sirva.
Rend.: 4 porções
quarta-feira, setembro 27, 2017
Pãezinhos de maçã e canela com cobertura de cream cheese
Fazer pão é uma das minhas atividades preferidas na cozinha (apesar de ultimamente eu não ter colocado a mão na massa tanto quanto gostaria) e a não ser que você tenha acesso a boas padarias artesanais é o único jeito garantido de ter pão de qualidade na mesa.
Estes pãezinhos de maçã foram a minha ideia de transformar o já batido cinnamon roll em algo mais especial ainda, para que as pessoas se interessassem novamente por ele – mais ou menos o que Nic Pizzolatto fez ao escalar Mahershala Ali para a temporada 3 de “True Detective”, depois daquela segunda temporada bem mais ou menos. :D
Fiquei bem feliz com a receita: os pãezinhos ficaram bem macios e perfumados de canela e o azedinho da cobertura de cream cheese combinou lindamente com as maçãs. Os pães desapareceram rapidinho nas vezes em que os preparei e da próxima quero usar peras + noz-moscada em vez de maçã + canela – acho que ficarão tão gostosos quanto estes.
Pãezinhos de maçã e canela com cobertura de cream cheese
receita minha
- xícara medidora de 240ml
Massa:
200ml de leite integral
¼ xícara (56g) de manteiga sem sal, temperatura ambiente e picada
2 ¼ colheres (chá) - 7g - de fermento biológico seco
¼ xícara + 2 colheres (sopa) - 75g - de açúcar cristal
1 ovo grande, temperatura ambiente
1 pitada de sal
½ colher (chá) de extrato de baunilha
3 ¼ xícaras (455g) de farinha de trigo comum
Recheio:
¼ xícara (56g) de manteiga sem sal, amolecida
4 maçãs Granny Smith (cerca de 650g), descascadas, sem os miolos e as sementes, em cubinhos pequenos*
¼ xícara (50g) de açúcar cristal
¼ xícara (44g) de açúcar mascavo claro – aperte-o na xícara na hora de medir
1 ½ colheres (chá) de canela em pó
Cobertura:
½ xícara (113g) de cream cheese, bem molinho
¼ xícara (56g) de manteiga sem sal, bem molinha
1 colher (chá) de extrato de baunilha
1 xícara (140g) de açúcar de confeiteiro, peneirado – meça, depois peneire
Comece preparando a massa: em uma panelinha aqueça o leite até que comece a ferver. Retire do fogo, junte a manteiga e deixe derreter. Assim que a mistura estiver morna, despeje na tigela da batedeira planetária e junte o fermento biológico e o açúcar, misturando bem. Reserve por 5 minutos ou até espumar. Acrescente o ovo, o sal, a baunilha e a farinha bata com o batedor em formato de gancho em velocidade média por cerca de 8 minutos ou até que uma massa lisa e elástica se forme – se preferir, sove à mão por 12-15 minutos. Transfira a massa para uma tigela grande levemente untada com manteiga, cubra com filme plástico e deixe crescer em um lugar morninho, longe de correntes de ar, por cerca de 1 ½ horas, ou até dobrar de volume.
Unte generosamente com manteiga uma assadeira de 20x30cm. Reserve.
Transfira a massa para uma superfície levemente enfarinhada e abra com um rolo, formando um retângulo de 30x40cm. Espalhe a manteiga sobre toda a massa, deixando 1cm de borda sem manteiga. Em uma tigela média, misture bem as maçãs com os açúcares e a canela. Espalhe sobre a camada de manteiga e, começando pelo lado mais longo, enrole a massa firmemente em um cilindro. Corte em 12 fatias iguais e arrume-as lado a lado na forma preparada. Cubra com um pano de prato limpo e seco e deixe crescer novamente por 40-45 minutos – enquanto isso, preaqueça o forno a 200°C.
Asse os pãezinhos por 25-30 minutos ou até que cresçam e dourem bem. Deixe esfriar na forma sobre uma gradinha por 5 minutos, e então desenforme sobre a gradinha com cuidado. Faça a cobertura: em uma tigela pequena, bata bem os ingredientes até obter um creme liso. Espalhe nos pãezinhos ainda quentes e deixe esfriar (ou sirva mornos, ficam deliciosos).
* é importante que os pedaços de maçã sejam pequenos para que eles assem direitinho dentro da massa
Rend.: 12 unidades
terça-feira, setembro 26, 2017
O meu patê de atum
Meu marido e eu não somos de comer sanduíches nas refeições: preferimos nosso arroz com feijão, as sopas e os pratos de massa, e agora o João tem concorrência séria no meu macarrão à bolonhesa, já que o Pingo ama tanto quanto o padrinho dele. <3
Entretanto, quando hambúrgueres e patê de atum são o assunto nós trocamos, sim, a comida pelo sanduba no almoço ou no jantar de vez em quando, e o rillette de sardinha entrou na lista há pouco tempo. Não imaginava que o João gostasse tanto de patê de atum até fazer esta receita certo dia – receita que faço há mais de vinte anos. Ele pirou com o patê e desde então o sanduíche se tornou parte das comidinhas bacanas para finais de semana de muita preguiça.
O patê vai bem com vários tipos de pão diferentes, incluindo o macio de centeio que postei tempos atrás, mas acho importante tostar as fatias caso o pão não seja muito firme, assim os sanduíches não ficam empapados (a ideia de tostar o pão foi roubada do bom e velho sanduíche de atum do Bob’s). :)
O meu patê de atum
receita minha
- xícara medidora de 240ml
1 lata de atum sólido conservado em água (120g peso drenado)
1 cenoura (cerca de 100g), descascada e ralada no ralador grosso
1 cebola pequena bem picadinha*
1 punhado de folhas de salsinha fresca picadas
½ xícara de azeitonas verdes, sem os caroços e picadinhas – meça, depois pique
1 colher (chá) de azeite de oliva extra virgem
2/3 xícara de maionese – melhor ainda se for caseira
sal e pimenta do reino moída na hora
Escorra bem o atum, transfira para uma tigela grande e desfie usando um garfo.
Junte a cenoura, a cebola, a salsinha e as azeitonas. Regue com o azeite e misture bem. Incorpore a maionese, tempere com sal e pimenta e sirva imediatamente com o pão que desejar.
* caso queira um patê menos ardido, substitua a cebola por salsão - fica uma delícia!
Rend.: 5 a 6 sanduíches de pão de forma
sexta-feira, setembro 15, 2017
Bolo de laranja, canela e cravo e a segunda receita que aprendi na vida
Quase todo mundo que me conhece e quem lê o blog sabe que a primeira receita que aprendi foi um bolo de fubá ensinado pela minha querida tia Angélica e que já virou post por aqui. Eu tinha onze anos e foi ali que um mundo novo se abriu para mim: daquele dia em diante iniciei um relacionamento com a cozinha que mudou minha vida para sempre.
O que nem todo mundo sabe é que a segunda receita que aprendi foi a de um bolo de laranja: simples e delicioso, quase consigo sentir o cheirinho dele ao fechar meus olhos por um momento. Portanto, além do fato de ser a louca dos cítricos, bolos de laranja tem um lugar especial no meu coração e sempre procuro novas formas de prepará-los.
O bolo que lhes trago hoje é perfumado com cravo e canela e a inspiração para esta combinação de sabores veio dos sablés que postei uns dois anos atrás, quando estava me despedindo da querida Peggy Olson.
Bolo de laranja, canela e cravo
receita minha
- xícara medidora de 240ml
2 xícaras (280g) de farinha de trigo
2 colheres (chá) de fermento em pó
1/8 colher (chá) de sal
1 colher (chá) de canela em pó
¼ colher (chá) de cravo em pó
1 xícara (200g) de açúcar cristal
raspas da casca de 2 laranjas
¾ xícara (170g) de manteiga sem sal, amolecida
2 ovos grandes, temperatura ambiente
½ colher (chá) de extrato de baunilha
1 xícara (240ml) de creme azedo (sour cream)*
açúcar de confeiteiro, para polvilhar
Preaqueça o forno a 180°C. Unte com manteiga e enfarinhe uma forma de furo central com capacidade para 2 litros.
Em uma tigela média, misture com um batedor de arame a farinha de trigo, o fermento, o sal e as especiarias. Reserve.
Na tigela da batedeira, junte o açúcar e as raspas de casca de laranja e esfregue com as pontas dos dedos até aromatizar o açúcar. Junte a manteiga e bata em velocidade médio-alta até obter um creme claro e fofo – raspe as laterais da tigela ocasionalmente durante todo o preparo da receita. Junte os ovos, um a um, batendo bem a cada adição. Acrescente a baunilha.
Em velocidade baixa, acrescente os ingredientes secos em três adições, alternando com o creme azedo em duas adições – comece e termine com os ingredientes secos. Bata somente até obter uma massa homogênea. Despeje na forma preparada, alise a superfície e leve ao forno por 40-45 minutos ou até que o bolo cresça e doure – faça o teste do palito. Deixe esfriar na forma sobre uma gradinha por 20 minutos, e então desenforme com cuidado sobre a gradinha, deixando esfriando completamente. Polvilhe com açúcar de confeiteiro antes de servir.
* creme azedo (sour cream) caseiro: para preparar 1 xícara de creme azedo, misture 1 xícara (240ml) de creme de leite fresco com 2-3 colheres (chá) de suco de limão ou limão siciliano em uma tigela. Vá mexendo até que comece a engrossar. Cubra com filme plástico e deixe em temperatura ambiente por 1 hora ou até que engrosse um pouco mais (geralmente faço o meu na noite anterior e deixo sobre a pia – com exceção de noites extremamente quentes – coberto com filme plástico; na manhã seguinte o creme fica bem espesso – leve à geladeira para ficar mais espesso ainda)
Rend.: 8 porções
quarta-feira, setembro 13, 2017
Galette de aspargo e gorgonzola com massa de fubá e dias criativos
Eu poderia começar diversos posts com “quando ainda estava trabalhando no projeto do livro”, pois durante aquele período exercitei a minha criatividade quase que diariamente. Tudo o que eu via era fonte de inspiração e um pulo no mercado ou na feira se tornava uma ideia, que se tornava uma receita, que virava um montão de testes na minha cozinha. Muitas vezes eu e o João almoçamos os testes e quem nos visitava provava os bolos e biscoitos nos quais eu andava trabalhando – todo mundo virou cobaia. :)
Um dia estava no mercado quando vi um maço lindo de aspargos: eu os trouxe para casa pensando em fazer uma frittata, mas acabei mudando os planos e decidi fazer uma galette – amo galettes, são o meu tipo favorito de torta: são fáceis de fazer (nada de pré-assar a massa com feijões secos!) e sempre ficam lindíssimas.
Fiz esta galette para o almoço três vezes – eu ia mesmo repetir a receita para testá-la como fazia com todas as outras, entretanto ficou tão saborosa que fazê-la novamente foi mais um prazer do que uma tarefa.
Galette de aspargo e gorgonzola com massa de fubá
receita minha
- xícara medidora de 240ml
Massa:
1 xícara + 1 colher (sopa) - 150g - de farinha de trigo
¼ xícara (35g) de fubá
¼ colher (chá) de sal
100g de manteiga sem sal, gelada e em cubinhos
¼ xícara (60ml) de creme azedo (sour cream)*, bem gelado
2 colheres (sopa) de água gelada
Recheio:
100g de ricota fresca – uso sempre caseira
50g de gorgonzola, ralado grosseiramente ou esmigalhado
1 colher (sopa) de creme azedo
sal e pimenta do reino moída na hora
200g de aspargos frescos, já com as pontas duras removidas
Para pincelar:
1 gema batida com 1 colher (chá) de creme azedo
Comece preparando a massa: no processador de alimentos, pulse a farinha, o fubá e o sal até misturar bem. Junte a manteiga e pulse algumas vezes até a mistura pareça farofa grossa. Em uma tigelinha misture bem o creme azedo com a água e com o processador ligado vá juntando a mistura aos poucos, somente até que uma massa se forme. Forme uma bola com a massa, embrulhe em filme plástico e leve à geladeira por 1 hora.
Coloque a massa no centro de um pedaço grande de papel manteiga, cubra com outro pedaço grande de papel e abra a massa com um rolo até obter um retângulo de aproximadamente 20x35cm – se necessário, enfarinhe levemente a massa para que o papel não grude, mas não exagere para que a massa não fique seca e dura.
Deslize o papel com a massa para uma assadeira grande e rasa e remova o papel de cima.
Em uma tigela pequena, misture bem a ricota, o gorgonzola e o creme azedo até obter uma pasta. Tempere com sal e pimenta (cuidado com o sal, pois o gorgonzola pode ser salgadinho). Espalhe a pasta na massa deixando uma borda de 2,5cm sem recheio. Arrume os aspargos sobre o recheio, pressionando levemente para firmá-los na pastinha de queijo.
Com cuidado, vá dobrando a massa da beirada sobre parte do recheio. Leve a galette montada ao freezer por 15 minutos – enquanto isso, preaqueça o forno a 200°C.
Pincele a massa com o ovo batido com creme azedo e asse por 30- 40 minutos ou até que a massa fique dourada. Sirva a galette morna.
* creme azedo (sour cream) caseiro: para preparar 1 xícara de creme azedo, misture 1 xícara (240ml) de creme de leite fresco com 2-3 colheres (chá) de suco de limão ou limão siciliano em uma tigela. Vá mexendo até que comece a engrossar. Cubra com filme plástico e deixe em temperatura ambiente por 1 hora ou até que engrosse um pouco mais (geralmente faço o meu na noite anterior e deixo sobre a pia – com exceção de noites extremamente quentes – coberto com filme plástico; na manhã seguinte o creme fica bem espesso – leve à geladeira para ficar mais espesso ainda)
Rend.: 4 porções servidas com uma salada verde
terça-feira, setembro 12, 2017
Gelatina de tangerina e prosecco e um filme assustador
Não sou muito corajosa quando o assunto é filme de terror, mas fiquei doida pra ver “It: A Coisa” desde que vi o teaser tempos atrás. Meu marido me perguntou se era mesmo uma boa ideia, e eu lhe disse que não haveria problema algum, já que não tenho medo de palhaços.
Alguns minutos depois de o filme começar eu já estava apavorada e com os olhos fechados. :D Para ser sincera, não me lembrava de o original de 1990 ser tão assustador assim. :S
Como prometi, hoje lhes trago uma receita com o suco de tangerina restante do preparo dos financiers de ontem, e a cor da gelatina me lembra os lindos cabelos de fogo da Beverly (fiquei impressionada com o quanto a atriz Sophia Lillis se parece com a Amy Adams). Adicionei prosecco à gelatina para torná-la uma sobremesa mais adulta, mas quem não consome álcool ou quer preparar a sobremesa para crianças é só substituir o prosecco por mais suco de tangerina.
Gelatina de tangerina e prosecco
receita minha
1 ¼ colheres (chá) de gelatina em pó incolor e sem sabor
1 ½ colheres (sopa) de água
200ml de suco de tangerina fresco, peneirado
1 colher (sopa) de açúcar cristal
100ml de prosecco
creme de leite fresco batido, para servir (opcional)
Em uma tigelinha, misture bem a gelatina e a água. Reserve.
Em uma panela pequena misture o suco de tangerina e o açúcar e leve ao fogo baixo, mexendo até dissolver o açúcar e a mistura ficar morna. Retire do fogo e usando um batedor de arame incorpore o prosecco seguido da gelatina. Deixe esfriar por 10 minutos e então passe a mistura por uma peneira fina. Divida entre 4 copos ou potinhos com capacidade para ½ xícara (120ml) cada e leve à geladeira por 3-4 horas ou até firmar. Sirva com uma colherada de creme de leite batido.
Rend.: 4 porções