quarta-feira, fevereiro 12, 2014

Espaguete siciliano com tomates, alho e amêndoas e "Ela"

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Sicilian pasta with tomatoes, garlic and almonds / Espaguete siciliano com tomates, alho e amêndoas

Continuando com a maratona para ver os filmes indicados ao Oscar deste ano, fiquei extremamente surpresa com o quão tocada fiquei com “Ela” – apesar de às vezes genial, o estilo de Spike Jonze, para mim, beira a loucura (lá juntinho com Michel Gondry), por isso eu realmente não esperava amar tanto o filme.

Joaquin Phoenix é um ator fantástico – a Academia deveria ter serrado o troféu ao meio em 2001 para que ele e Benicio o dividissem – e sua performance em “Ela” é tão sublime que fica difícil encontrar palavras para descrevê-la. Eu facilmente abriria um lugarzinho para ele na categoria Melhor Ator este ano, facilmente votaria em “Ela” para Melhor Filme (apesar de meu amor por “Gravidade”) e definitivamente o escolheria como Melhor Roteiro Original. Depois de ler a sinopse do filme fiquei pensando em como seria possível para Jonze encontrar um meio aceitável de terminá-lo, mas ele o fez e para mim foi perfeito.

Surpresa também, para mim, foi esta receita: quando vi a Nigella preparando o macarrão na TV não pensei que algo tão simples ficaria tão bom – tudo o que você precisa fazer é cozinhar um pouco de espaguete e bater todos os ingredientes do molho do processador. O molho não é cozido, o que torna este prato perfeito para este calor infernal (menos tempo na frente do fogão).

Espaguete siciliano com tomates, alho e amêndoas
um nadinha adaptado do maravilhoso Nigellissima: Easy Italian-Inspired Recipes

200g espaguete (ou outra massa da sua preferência)
100g de tomate cereja
2 colheres (sopa) de parmesão ralado bem fininho
10g de passas claras
1 dente de alho pequeno
1 colher (sopa) de alcaparras (drenadas)
25g de amêndoas sem a pele
1 ½ colheres (sopa) de azeite de oliva extra-virgem
1 punhado de manjericão fresco

Cozinhe o espaguete em uma panela grande de água salgada até que fique al dente (siga as instruções da embalagem).
Enquanto isso, prepare o molho: coloque todos os ingredientes restantes (exceto o manjericão) no processador de alimentos e processe até obter um molho pedaçudo.
Antes de escorrer o macarrão, reserve ½ xícara da água do cozimento e adicione ½ colher (sopa) de água ao molho, e pulse ao adicioná-la.
Retorne o macarrão à panela quente, despeje o molho por cima e misture para cobrir toda a massa com ele (junte mais água do cozimento se necessário). Salpique com o manjericão e sirva.

Rend.: 2 porções


segunda-feira, fevereiro 10, 2014

Biscoitinhos cítricos com semente de papoula, Matthew e Leo

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Citrus and poppy seed slice and bakes / Biscoitinhos cítricos com sementes de papoula

Admiro atores que são comprometidos com sua arte e estão dispostos a ir além por um papel, mas engordar/emagrecer/ficar feio para um personagem deve ser parte da preparação, não o único destaque – a transformação física e o talento devem seguir de mãos dadas. Nicole Kidman ganhou um Oscar por causa de um nariz postiço e não muito mais do que isso, enquanto que a impressionante perda de peso de Christian Bale em “O Vencedor” foi parte de sua interpretação de Dicky Eklund, não toda ela.

Assisti a “Clube de Compras Dallas” semana passada e apesar de não ter achado nada de incrível – é um filme OK com excelentes performances, como “Monster – Desejo Assassino” – o nível de dedicação de Matthew McConaughey e Jared é espetacular. Leto deveria ter tido mais tempo de tela, simplesmente maravilhoso como Rayon, e a performance contida, porém forte de Matthew é algo completamente diferente do seus filmes do passado, mas ainda acho que um roteiro melhor e um diretor mais talentoso conseguiriam tê-lo feito render mais (ele está ainda mais brilhante em “True Detective”, por exemplo).

Dito isso, se fosse eu a responsável por escolher o vencedor do Oscar de Melhor Ator este ano a estatueta iria para as mãos de Leonardo DiCaprio: ele é dez vezes mais ator do que Matthew jamais será (mesmo este tendo evoluído muito nos últimos anos) e seu personagem é detestável, mesmo com o tom de comédia (ou quase isso) que Scorsese escolheu para o filme, enquanto que o personagem de Matthew tem o fator empatia/compaixão a seu favor; o Lobo é um personagem complexo que expressa e desperta diversos sentimentos e emoções diferentes durante todas as três horas do filme e DiCaprio adicione camadas e camadas a ele, tornando-o odioso mas interessante, e eu não vi isso em Ron Woodroof – acho que o personagem poderia ter chegado a um nível bem diferente nas mãos de alguém mais talentoso como o próprio Leo ou Christian Bale.

Estes biscoitinhos são gostosos, amanteigados e simples de fazer – a receita original pedia por limão siciliano apenas, mas decidi usar laranjas, também, e incrementei com as sementes de papoula para deixá-los mais interessantes: elas dão uma carinha bonita e um toque crocante aos cookies. Entretanto, são opcionais já que por aqui nem sempre são fáceis de encontrar – digamos que os biscoitinhos sem elas são uma versão Matthew McConaughey enquanto que com elas são uma versão Leonardo DiCaprio. ;)

Biscoitinhos cítricos com semente de papoula
um nadinha adaptados do Epicurious

- xícara medidora de 240ml

Biscoitos:
2 ½ xícaras (350g) de farinha de trigo
¼ colher (chá)s de sal
2 ½ colheres (sopa) de sementes de papoula (opcionais)
1 xícara (226g) de manteiga sem sal, temperatura ambiente
¾ xícara (150g) de açúcar cristal
raspas da casca de 1 limão siciliano grande
raspas da casca de 1 laranja grande
1 colher (chá) de extrato de baunilha
4 gemas grandes

Glacê:
¾ xícara (105g) de açúcar de confeiteiro
½ colher (sopa) de suco de limão siciliano, mais se necessário
½ colher (sopa) de suco de laranja, mais se necessário

Biscoitos: em uma tigela média misture com um batedor de arame a farinha, o sal e as sementes de papoula. Na batedeira, bata a manteiga, o açúcar, as raspas de limão e laranja e a baunilha até obter um creme claro, cerca de 3 minutos (raspe as laterais da tigela ocasionalmente). Junte as gemas, bata somente até incorporar. Em velocidade baixa, adicione os ingredientes secos e misture somente até incorporar. Divida a massa em duas partes iguais e coloque cada metade em um pedaço grande de papel manteiga; forme um cilindro de aproximadamente 3,5cm de diâmetro com a massa, fechando-a dentro do papel manteiga usando uma régua – como a Martha faz aqui. Feche as pontas e leve à geladeira até firmar bem, mais ou menos 2 horas.
Pré-aqueça o forno a 180°C; forre duas assadeiras grandes com papel manteiga. Desembrulhe um dos cilindros de massa (mantenha o outro no freezer). Corte em fatias de 5mm e coloque-as nas assadeiras preparadas deixando um espaço de 2,5cm entre uma e outra. Asse até que os biscoitos firmem e as extremidades dourem, 12-14 minutos. Deixe esfriar um pouco nas assadeiras sobre gradinhas, depois retire, transfira para as gradinhas e deixe esfriar completamente. Repita com o outro cilindro de massa.

Glacê: peneire o açúcar em uma tigelinha e adicione os sucos, misturando, até obter um glacê – se necessário, junte mais suco aos pouquinhos. Espalhe o glacê sobre toda a superfície dos biscoitos ou apenas regue com um garfo em (foi o que fiz). Deixe o glacê secar, cerca de 10 minutos.
Os biscoitos podem ser guardados em recipiente hermético por até 3 dias.

Rend.: cerca de 50 unidades

sexta-feira, fevereiro 07, 2014

Charutinhos de repolho - diferentes dos que minha mãe costumava fazer

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Stuffed cabbage parcels / Charutinhos de repolho

Ainda no assunto gostos que mudam, há alimentos que eu hoje adoro e que não suportava quando criança (ou até mesmo no começo da vida adulta). Já escrevi sobre isso, mas estes charutinhos de repolho me fizeram pensar nisso novamente, pois minha mãe costumava fazer uma versão deles que eu, quando pequena, odiava. Vocês podem achar que eu não gostava do prato por ser criança e crianças odeiam verduras e legumes, mas não era isso, não: eu comia baciadas de repolho cru só com limão e sal. O problema, para mim, era que os charutinhos eram molengas e aguados, e o recheio (feito com uma mistura de carne moída e arroz) virava uma coisa compacta dentro das folhas de repolho – e a minha mãe era uma cozinheira de mão cheia, o que me deixa com pena de todo mundo que comia charutinhos preparados daquele jeito. :S

Estes charutinhos, entretanto, uma receita que adaptei ligeiramente de Anna Del Conte (de quem a Nigella tanto fala), são outra história, e foi por isso que quis fazê-los assim que li a receita: em vez do arroz, a carne moída é combinada com linguiça e parmesão – um ótimo começo, não? E eu adicionei um punhado generoso de salsinha, pois tudo fica mais gostoso com ervas frescas. Os rolinhos são assados em vez de cozidos em água na panela de pressão – outro ótimo passo para evitar que o prato fique aguado. E, para tornar tudo ainda mais saboroso, há molho de tomate, e eu sou louca por molho de tomate.

Os charutinhos ficaram uma delícia e para mim esta se tornou A forma de prepará-los – meu marido, que também cresceu comendo charutinhos feitos do outro jeito, adorou, também. :)

Charutinhos de repolho
da sempre apetitosa revista Delicious UK

400g de repolho verde, as folhas externas removidas (podem ser usadas em outra receita)
350g de carne bovina moída magra
2 linguiças, sem as pele, esmigalhadas
3 colheres (sopa) de parmesão ralado
1 ovo grande
sal e pimenta do reino moída na hora
1 pitada de noz-moscada ralada na hora
30g de pão de forma branco, sem as cascas
5 colheres (sopa) de leite integral
1 cravo-da-índia
1 punhado generoso de salsinha picada
2 dentes de alho cortados ao meio
azeite de oliva para untar
4 tomates bem maduros
25g de manteiga sem sal

Corte o talo inferior do repolho e, com cuidado, remova e separe as folhas. Lave-as.
Leve uma panela grande de água salgada ao fogo até ferver, e então adicione as folhas de repolho, cozinhando-as por 3 minutos. Retire-as com jeitinho da panela usando uma escumadeira e arrume-as sobre uma camada dupla de papel toalha.
Recheio: em uma tigela grande, misture a carne moída, a carne das linguiças, o parmesão e ovo. Tempere com sal, pimenta do reino, a noz-moscada e misture. Em uma panelinha, junte o pão, o leite e o cravo e leve ao fogo baixo, mexendo, até o pão absorver o leite. Descarte o cravo e incorpore o pão à mistura de carne. Tempere novamente se necessário e junte a salsinha.
Pré-aqueça o forno a 190°C. Separe um refratário raso grande (um em que caibam os rolinhos um ao lado do outro) e esfregue-o com um dos dentes de alho e um pouco de azeite. Enxugue as folhas de repolho com papel toalha e remova a parte mais dura do talo. Coloque 1 colher (sopa) cheia de recheio em cada folha e enrole, formando um pacotinho, e deixe a emenda virada para baixo. Assume os charutinhos lado a lado no refratário. Corte os tomates ao meio, retire as sementes e coloque no processador com sal, pimenta e os dentes de alho (incluindo o que você passou no refratário). Processe até obter um purê e então derrame sobre o repolho. Coloque um pedacinho de manteiga sobre cada charutinho, cubra o refratário com papel alumínio e leve ao forno por 25 minutos. Sirva imediatamente.

Rend.: 4 porções – com esta quantidade de recheio consegui 16 charutinhos

quarta-feira, fevereiro 05, 2014

Bolo de limão e cerveja e gostos que mudam com o tempo

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Lager and lime cake / Bolo de limão e cerveja

Acho fascinante como os nossos gostos mudam com o tempo – estava ouvindo rádio ontem quando “I Stay Away” começou a tocar, uma canção que eu não ouvia havia séculos, e nisso pensei em como Alice In Chains era a minha banda favorita #2 há uns bons dezoito anos (The Smiths sempre foram e sempre serão #1). Hoje, com exceção de 2-3 canções, não consigo mais ouvir aqueles CDs simplesmente porque gritos me deixam louca – não consigo suportar alguém berrando em vez de cantar (eu lhes disse que estava ficando velha).

Nos meus vinte e poucos anos eu raramente consumia bebidas alcoólicas e não entendia como as pessoas podiam gostar de cerveja: para mim era algo amargo demais. Nos meus vinte e muitos, entretanto, comecei a curtir uma ou duas tacinhas de Prosecco vez ou outra e já não achava mais cerveja tão amarga assim – na verdade, uma cervejinha gelada em um dia de calor era uma delícia. Não sou nenhuma expert e a minha cerveja favorita é Stella Artois (mas eu gosto de uns golinhos de Guinness de vez em quando) e quando vi esta receita na revista Olive quis fazer na hora – combinar cerveja com cítrico em forma de bolo me pareceu uma ideia excelente depois de eu ter provado a bebida com chocolate com um ótimo resultado.

A receita original era de um bolo de camadas recheado e coberto com buttercream de cerveja, mas com as temperaturas de Saara que temos tido por aqui achei que o buttercream seria um exagero, por isso o omiti e assei o bolo em uma forma de furo central (e eu sendo eu aumentei a quantidade de raspas de casca de limão, claro). :D O bolo ficou muito macio – como aqueles que levam creme azedo ou iogurte na massa – e com um gostinho bom de limão; não dá para sentir o sabor da cerveja em si, entretanto dá para perceber que há algo a mais do que o sabor cítrico – eu achei delicioso.

Bolo de limão e cerveja
um tiquinho adaptado da deliciosa revista Olive

- xícara medidora de 240ml

Bolo:
225g de farinha de trigo
1 ½ colheres (chá) de fermento em pó
1 pitada de sal
100g de manteiga sem sal, temperatura ambiente
1 xícara (200g) de açúcar cristal
raspas da casca de 2 limões tahiti
2 ovos grandes
200ml de cerveja tipo lager clara (usei Stella Artois)
suco de ½ limão tahiti

Glacê:
½ xícara (70g) de açúcar de confeiteiro
cerca de 2 colheres (chá) de suco de limão tahiti

Pré-aqueça o forno a 180°C. Unte com manteiga e enfarinhe uma forma de furo central (tipo Bundt) com capacidade para 8 xícaras de massa.
Em uma tigela média, misture com um batedor de arame a farinha, o fermento e o sal. Na batedeira, bata a manteiga, o açúcar e as raspas de casca de limão até obter um creme claro e fogo. Junte os ovos, um a um, batendo bem a cada adição. Raspe as laterais da tigela ocasionalmente. Junte a baunilha e bata.
Em velocidade baixa, acrescente os ingredientes secos em três adições, alternando com a cerveja (comece e termine com os ingredientes secos). Com uma espátula, incorpore gentilmente o suco de limão. Transfira a massa para a forma preparada e alise a superfície. Asse por cerca de 35 minutos ou até que o bolo cresça e doure (faça o teste do palito).
Deixe esfriar na forma sobre uma gradinha por 15 minutos, e então desenforme com cuidado na gradinha e deixe esfriar completamente.

Glacê: peneire o açúcar de confeiteiro em uma tigelinha, junte o suco de limão aos poucos, mexendo até obter um glacê. Espalhe sobre o bolo já frio e deixe secar por 15 minutos.

Rend.: 8-10 porções

segunda-feira, fevereiro 03, 2014

Biscoitos de amêndoa e geleia de framboesa

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"Jamaretti" cookies /  Biscoitos de amêndoa e geleia de framboesa

Não é nenhum segredo que a lista de receitas que quero experimentar é algo infinito, mas às vezes é justamente por causa do grande número de receitas que fica difícil escolher alguma coisa para fazer (ou mais de uma). Geralmente uso o conteúdo da geladeira e do armário como guia, mas tem horas que nem isso é suficiente – é necessário algo mais específico.

Quando a inspiração parece que não virá de jeito nenhum, recorro à adorável e divertida Sarah Carey, e ao vê-la preparar estes biscoitos pensei no vidro de geleia de framboesa esquecido no meu armário e na pasta de amêndoas caseira no meu freezer – foi quando soube exatamente o que faria de gostoso no final de semana. :D

Estes biscoitos são facílimos de fazer e deliciosos; pena que eu não tinha geleia de damasco em casa – tenho certeza de que com ela os cookies ficariam fantásticos, também.

Biscoitos de amêndoa e geleia de framboesa
da adorável Sarah Carey no site da Martha

- xícara medidora de 240ml

Biscoitos:
2 ¼ xícaras (315g) de farinha de trigo
1 colher (chá) de fermento em pó
¼ colher (chá) de sal
½ colher (chá) de canela em pó
½ xícara de pasta de amêndoa – usei caseira
¾ xícara (150g) de açúcar cristal
½ xícara (113g) de manteiga sem sal, temperatura ambiente
2 ovos grandes
1 colher (chá) de extrato de baunilha
½ xícara de geleia de damasco, amora ou framboesa – usei framboesa

Glacê:
½ xícara (70g) de açúcar de confeiteiro
2-3 colheres (chá) de leite integral

Biscoitos: em uma tigela média, misture com um batedor de arame a farinha, o fermento, o sal e a canela. No processador de alimentos, pulse a pasta de amêndoa e o açúcar até homogeneizar. Junte a manteiga, os ovos e a baunilha e processe até homogeneizar. Junte os ingredientes secos e pulse até que uma massa se forme (aqui juntei mais 30g de farinha, pois a massa estava mole demais). Divida a massa em quatro partes iguais, embrulhe em filme plástico e leve à geladeira por 30 minutos.
Pré-aqueça o forno a 180°C. Forre duas assadeiras grandes, de beiradas baixas, com papel manteiga.
Em uma superfície levemente enfarinhada forme um cilindro de 25cm de comprimento com cada porção de massa e coloque-as nas assadeiras forradas, deixando 10cm entre uma e outra. Com as mãos, achate cada cilindro de massa até que eles tenham 5cm de diâmetro. Asse apenas até secarem, 10-15 minutos.
Retire do forno e, usando o cabo de uma colher de pau, faça uma cavidade no centro de cada porção de massa. Espalhe 2 colheres (sopa) de geleia na cavidade de cada massa e volte ao forno por mais 8-10 minutos ou até que dourem. Deixe esfriar completamente nas assadeiras

Em uma tigelinha, peneire o açúcar de confeiteiro e adicione o leite aos poucos, mexendo até obter um glacê. Espalhe o glacê em fio sobre os biscoitos e deixe secar, 20 minutos aproximadamente. Com uma faca serrilhada, corte as porções de massa na diagonal em fatias de 2,5cm
Guarde os biscoitos em recipientes herméticos por até 1 semana.

Rend.: cerca de 3 dúzias – cortei os meus biscoitos um pouquinho mais finos e consegui 45

sexta-feira, janeiro 31, 2014

Bolo de limão siciliano e tomilho, outro seriado e estar errada sobre as coisas

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Lemon and thyme cake / Bolo de limão siciliano e tomilho

Com o fim de “Breaking Bad” achei que demoraria um tempão até viciar em um seriado de TV novamente, mas a qualidade de alguns dramas é tanta que logo arrumei outros vícios. Achei “Rectify” maravilhosa, mas com seis episódios apenas eu terminei de ver a série num instante. Fiz uma pausa para assistir a alguns filmes indicados ao Oscar deste ano e então comecei a ver “Masters of Sex” – quando estava em NYC setembro passado a cidade inteira estava tomada por propagandas de três programas de TV: “The Blacklist”, “Masters of Sex” e “Mom” – fiquei curiosa. Eu e meu marido adoramos a saga de Raymond Reddington, entretanto achei “Mom” pobre e ofensivo – devo estar ficando velha mesmo porque não consigo achar um pingo de graça na ideia de uma adolescente grávida.

Portanto, escolhi “Masters of Sex” e descobri que é um dos melhores seriados já produzidos, com roteiro e atuações em um nível bastante alto e um assunto interessante para arrematar. Eu já sabia o quão talentoso Michael Sheen é – algo confirmado novamente pela série –, por isso a surpresa foi Lizzy Kaplan: eu já a tinha visto em “A Ressaca” – nada de mais – e fiquei boba com sua atuação (sem contar que a mulher é lindíssima).

Geralmente fujo de bolos com ervas – especialmente alecrim, que acho forte demais – mas quando vi Nigel Slater preparar este bolo decidi experimentar: na manhã seguinte ao programa eu estava na cozinha, fazendo a receita dele e perfumando o apartamento todo com limão siciliano e tomilho. O bolo ficou uma delícia e bem molhadinho, e o tomilho dá uma dimensão diferente ao sabor do limão sem ficar com gosto da erva propriamente dita.

Não me importo de estar errada sobre coisas quando o resultado é bom: demorei quase nada para sobreviver ao final de “Breaking Bad” e quero fazer este bolo do Nigel todo final de semana. :)

Bolo de limão siciliano e tomilho
um nadinha adaptado do sempre fantástico Nigel Slater

Bolo:
100g de farinha de trigo
1 colher (chá) de fermento em pó
1 pitada de sal
100g de farinha de amêndoa
1 colher (chá) de folhas de tomilho fresco – aperte-as na colher na hora de medir
200g de açúcar cristal
200g de manteiga sem sal, amolecida
raspas da casca de 2 limões sicilianos grandes
4 ovos
½ colher (chá) de extrato de baunilha

Calda:
4 colheres (sopa) de açúcar cristal
o suco dos 2 limões usados no bolo
½ colher (chá) de folhas de tomilho fresco - aperte-as na colher na hora de medir

Pré-aqueça o forno a 180°C. Unte levemente com manteiga uma forma de bolo inglês de 900g, forre-a com papel manteiga e unte o papel também.
Bolo: em uma tigela média, peneire a farinha de trigo, o fermento e o sal, e então misture a farinha de amêndoa. Reserve.
Usando um pilãozinho, soque as folhas de tomilho com parte do açúcar até moê-las completamente e o açúcar ficar verdinho e perfumado. Na batedeira, bata a manteiga, o açúcar aromatizado, o restante do açúcar e as raspas de limão siciliano até obter um creme claro e fofo. Junte os ovos, um a um, batendo bem a cada adição. Raspe as laterais da tigela ocasionalmente. Acrescente a baunilha. Em velocidade baixa, junte os ingredientes secos aos poucos.
Transfira a massa para a forma preparada e asse por cerca de 45 minutos, ou até que o bolo cresça e doure (faça o teste do palito).

Quando o bolo estiver quase pronto, faça a calda: em uma panelinha, junte o açúcar e o suco de limão. Leve ao fogo médio, mexendo, até o açúcar dissolver. Junte as folhas de tomilho e ferva por 1 minuto. Retire do fogo.
Assim que o bolo sair do forno faça furinhos em toda a sua extensão usando um palito de dentes. Aos poucos, despeje a calda sobre o bolo, aguardando cada porção ser absorvida antes de derramar mais calda. Deixe esfriar completamente antes de desenformar e servir.

Rend.: 6-8 porções

quarta-feira, janeiro 29, 2014

Barquinhas de moussaka e entendendo referências

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Baked moussaka eggplants / Barquinhas de moussaka

Estava ouvindo FM semanas atrás e quando “Roar” da Katy Perry começou me toquei de uma coisa: os fãs adolescentes dela não entendem as referências na canção, entendem? Acho que não, pois são jovens demais para isso.

Não estou sendo chata – é óbvio que eu também não entendo milhares de referências (e é bem bacana quando consigo). :) É que às vezes algo bom pode passar despercebido por causa da nossa falta de referência, o que é uma pena. Acho que foi por causa do blog e todos esses anos lendo e tendo curiosidade sobre comida que eu imediatamente quis fazer esta receita quando a vi – do contrário eu provavelmente não teria prestado muita atenção a um prato chamado “moussaka”.

Estas berinjelas recheadas foram um sucesso estrondoso em casa – eu e o marido amamos, e de bônus elas ainda são fáceis de fazer. Substituí a passata pedida na receita por molho de tomate que eu tinha preparado na noite anterior (com tomates pelados e punhados generosos de manjericão, tomilho e orégano frescos) e acho que isso tornou o prato ainda mais saboroso.

Barquinhas de moussaka
um tiquinho adaptadas da deliciosa Taste Magazine (assinei a versão digital da revista no zinio.com)

- xícara medidora de 240ml

2 berinjelas pequenas (cerca de 500g no total), cortadas ao meio no sentido do comprimento
1 ½ colheres (sopa) de azeite extra-virgem
½ cebola picadinha
1 dente de alho graúdo, amassado e bem picadinho
1/8 colher (chá) de canela em pó
2 colheres (chá) de orégano seco
250g de carne bovina moída
¼ xícara de vinho tinto seco
½ xícara de passata*
1 colher (chá) de vinagre de vinho tinto
50g de pão picado – quanto mais durinha a casca melhor, tipo o italiano, e melhor ainda se for dormido
50g de mozarela ralada – usei a amarelinha mesmo
30g de queijo feta, ralado ou esmigalhado
folhas de manjericão, para servir

Pré-aqueça o forno a 180°C. Forre uma assadeira (em que caibam as 4 metades de berinjela uma ao lado da outra) com papel alumínio.
Com uma faca afiada e uma colher, retire a polpa da berinjela deixando a casca com 1 cm de borda. Pique bem a polpa. Coloque as barquinhas na assadeira, pincele com azeite e tempere com sal e pimenta. Asse por 10 minutos ou até que comecem a amaciar.
Enquanto isso, em uma panela grande, aqueça ½ colher (sopa) do azeite em fogo médio. Adicione a cebola e refogue por2 minutos ou até amaciar. Acrescente a polpa de berinjela e cozinhe por 3 minutos ou até que esteja macia. Junte o alho, refogue até perfumar, e então acrescente a canela e metade do orégano. Transfira para uma tigela.
Aqueça 1 colher (chá) do azeite na mesma panela e acrescente a carne, cozinhando até dourar. Volte a mistura de cebola e polpa de berinjela à panela, acrescente o vinho e cozinhe por 2 minutos. Junte a passata e o vinagre, tempere com sal e pimenta e cozinhe por 5 minutos ou até que a mistura engrosse ligeiramente. Retire do fogo e divida a carne entre as barquinhas de berinjela. Cubra com papel alumínio e asse por 15 minutos. Enquanto isso, junte o pão, os queijos, o orégano e o azeite restantes em uma tigela pequena e misture. Tempere com sal e pimenta.
Retire o papel alumínio, espalhe a mistura de queijo sobre as berinjelas e volte ao forno por mais 15 minutos ou até que a cobertura doure. Salpique com o manjericão e sirva.

* eu tinha feito molho de tomate no dia anterior (com tomates pelados e bastante orégano, manjericão e tomilho frescos) e o usei no lugar da passata

Rend. 2 porções

segunda-feira, janeiro 27, 2014

Barrinhas de manteiga queimada, nectarina e ameixa e sentindo-me afortunada

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Nectarine, plum and brown butter shortbread bars / Barrinhas amanteigadas de manteiga queimada, nectarina e ameixa

A Amazon me manda emails com ofertas de livros de receita toda semana e sendo viciada neles é difícil resistir – o que faço é dar uma olhada rápida e deletar as mensagens (na maioria das vezes). :) Entretanto, havia um livro no email recebido ontem que me fez sorrir, e eu imediatamente o coloquei no carrinho de compras: o livro da Jack Monroe.

Descobri o blog da Jack meses atrás e, depois de muitas lágrimas, me tornei fã. Apesar do orçamento meio restrito de minha família no passado, nós sempre tivemos comida em casa e eu cresci comendo todos os legumes e frutas que queria – não consigo imaginar o que Jack e seu filho passaram, nem de longe. É super bacana vê-la com um livro encaminhado, escrevendo colunas para jornais e afins, e lhe desejo todo o sucesso do mundo.

Foi por causa de Jack e seu filhinho fofo que senti vontade de dividir esta receita com vocês hoje: estas barrinhas deliciosas foram preparadas com as frutas que sobraram da ceia de Natal – lindas nectarinas e ameixas que eu não consumi por já ter comido demais. Eu pude comprar mais frutas do que conseguiria comer – e a isso tenho de dar valor.

Tenho comida na mesa todos os dias, às vezes mais do que o suficiente, e me sinto afortunada por isso.

Barrinhas amanteigadas de manteiga queimada, nectarina e ameixa
um nadinha adaptadas daqui

1 xícara (226g) de manteiga sem sal
1 xícara (200g) de açúcar cristal
1 colher (chá) de fermento em pó
2 ½ xícaras (350g) de farinha de trigo
¼ colher (chá) de canela em pó
1/8 colher (chá) de noz-moscada ralada na hora
1/8 colher (chá) de sal
1 ovo grande
2 nectarinas suculentas, maduras porém firmes, sem os caroços e em fatias bem fininhas*
2 ameixas suculentas, maduras porém firmes, sem os caroços e em fatias bem fininhas

Em uma panelinha, derreta a manteiga em fogo médio-baixo – a manteiga, depois de derretida, vai espumar e então se tornará clara e dourada, e no final se tornará amarronzada e terá um cheiro de castanha. Durante o tempo em que a manteiga estiver no fogo, mexa sempre, raspando o fundo da panela, e fique de olho, pois no final ela doura rapidamente e pode queimar. Transfira para um recipiente pequeno e raso, deixe esfriar e então leve ao freezer por aproximadamente meia hora, ou até que fique sólida, mas não congele completamente.
Pré-aqueça o forno a 190°C – você vai assar as barrinhas no centro dele. Unte levemente com manteiga uma forma de 32,5x22,5cm, forre com papel alumínio deixando sobras em dois lados opostos e unte o papel também.
Em uma tigela, misture com um batedor de arame o açúcar, o fermento, a farinha, a canela, a noz-moscada e o sal. Com duas facas sem ponta ou um pastry blender, incorpore a manteiga picadinha e o ovo até obter uma farofa grossa (fiz isso usando a batedeira em velocidade médio-baixa). Transfira ¾ da massa para a assadeira forrada e pressione para formar a base das barrinhas. Arrume as fatias de fruta sobre a base sem sobrepor. Salpique a mistura restante sobre as frutas.
Asse até que o topo doure bem, cerca de 30 minutos. Deixe esfriar completamente na assadeira, sobre uma gradinha. Corte em quadradinhos para servir.

* se as suas frutas forem graúdas provavelmente 1 de cada serão suficientes

Rend.: 24 unidades – fiz exatamente a receita acima usando uma forma de20x30cm

sexta-feira, janeiro 24, 2014

Panquequinhas de milho com salada de tomate e uma série que vocês precisam ver

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Corn fritters with tomato salsa / Panquequinhas de milho com salada de tomate

Faltando ainda mais de um mês para “Hannibal” e com a Sony enrolando séculos para levar ao ar os últimos dois episódios de “The Blacklist” comecei a ver outro seriado, um bem curtinho – apenas seis episódios para a primeira temporada – mas imenso em qualidade: “Rectify” foi uma maravilhosa surpresa, e cheguei à série graças à Amanda (obrigada, querida).

O seriado é sobre Daniel Holden – interpretado lindamente por Aden Young –, um homem que passou dezenove anos no corredor da morte e é libertado por causa de um exame de DNA. Um assunto definitivamente difícil e que poderia ser tratado de maneira tola ou piegas, mas não aqui; o texto é sublime e o elenco, idem, e a ótima notícia é que haverá uma segunda temporada com quatro episódios a mais. \0/

Outra boa notícia é que o uma vez enjoadinho Sr. Scarpin continua provando comidinhas novas (graças ao universo não foi algo efêmero ligado às viagens para a China e NY) e ele adorou estas panquequinhas de milho, mesmo não sendo muito fã do legume. A ideia era servi-las com uma salsa de abacate, mas o que comprei (aquele menorzinho, chamado também em português de avocado) não amadureceu nunca, então acabou sendo uma saladinha simples de tomate e cebola, mesmo, meio que uma vinagrete – e ficou uma delícia.

Panquequinhas de milho com salada de tomate
um tiquinho adaptadas da sempre apetitosa Delicious Australia

- xícara medidora de 240ml

Salada:
3 tomates maduros, sem as sementes, em cubinhos
1 cebola grande, bem picadinha
suco de 1 limão siciliano
2 colheres (sopa) de azeite extra-virgem, ou a gosto
sal e pimenta do reino moída na hora

Panquequinhas:
150g de farinha de trigo
1 colher (chá) de fermento em pó
1 colher (chá) de açúcar cristal ou refinado
½ colher (chá) de sal
½ xícara (120ml) de leite integral, temperatura ambiente
2 ovos
2 espigas de milho grandes, debulhadas
½ cebola pequena, bem picadinha
1 pimenta vermelha, sem as sementes se for muito ardida, bem picadinha
¼ xícara de folhas de salsinha picadas – meça, depois pique
2 colheres (sopa) de folhas de coentro picadas – pique, depois meça
sal e pimenta do reino moída na hora
óleo de canola, para fritar

Salada: coloque os tomates e a cebola em uma tigela média. Junte o suco de limão e o azeite, tempere com sal e pimenta e misture. Cubra com filme plástico e leve à geladeira enquanto prepara as panquequinhas.

Panquecas: peneire a farinha, o fermento, o açúcar e o sal em uma tigela grande. Em uma tigelinha, misture com um garfo o leite e os ovos, e então despeje sobre os ingredientes secos, misturando para incorporar. Acrescente o milho, a cebola, a pimenta vermelha, a salsinha e o coentro, tempere com pimenta do reino e misture gentilmente, de baixo para cima, para incorporar.
Aqueça um fio de óleo em uma frigideira antiaderente em fogo médio-alto. Em etapas, forme panquequinhas na frigideira com 2 colheres (sopa) cheias de massa por panqueca e frite por 1-2 minutos ou até dourar. Vire as panquecas e frite por mais alguns minutos para dourar o outro lado e cozinhá-las por dentro. Mantenha-as aquecidas enquanto frita o restante da massa.
Sirva as panquequinhas imediatamente com a salada.

Rend.: 4 porções

quarta-feira, janeiro 22, 2014

Biscotti de avelã, amêndoa e cranberry, e quando a competição é justa

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Hazelnut, almond and cranberry biscotti / Biscotti de amêndoa, avelã e cranberry

Sempre achei o Globo de Ouro muito mais divertido do que o Oscar e bem mais justo, também, já que drama e comédia são separados. “Justo” não é uma palavra que eu associe com frequência a estas premiações de cinema e TV já que sempre há as performances movidas a lobby que são indicadas (e vencem) às custas de gente talentosa deixada de fora.

Entretanto, este ano, quando Paula Patton e Aaron Eckhart anunciaram os indicados a Melhor Ator em Série de Drama, falei pro meu marido: “que raridade: todos eles merecem o prêmio”. A estatueta acabou nas mãos de Bryan Cranston – para minha alegria – mas teria sido completamente justo se Paula tivesse dito o nome de qualquer um dos outro quatro, e eu teria gostado do mesmo jeito. Acho que no fundo todos eles – e qualquer outro ator em um seriado grande de drama – comemoram o fato de que, ano que vem, Bryan Cranston não fará parte da competição. :D

Meu Bryan Cranston das receitas de biscotti, o de amêndoas da Alice Medrich, encontrou, depois de um bom tempo, competição à altura: estes biscotti da WS são tão gostosos quanto, e as cranberries secas macias são um bom contraste com o crocante das nuts. Nem pensem em substituir ou omitir as raspas de laranja: são elas que tornam estes biscotti tão especiais.

Biscotti de avelã, amêndoa e cranberry
um nadinha adaptados do delicioso Williams-Sonoma Collection: Cookies

- xícara medidora de 240ml

250g de farinha de trigo
½ colher (chá) de fermento em pó
½ colher (chá) de canela em pó
1/8 colher (chá) de sal
½ xícara (113g) de manteiga sem sal, temperatura ambiente
¾ xícara (150g) de açúcar cristal
2 ovos
2 colheres (chá) de extrato de baunilha
80g de avelãs, tostadas, sem a pele, picadas grosseiramente
80g de amêndoas, tostadas, sem a pele, picadas grosseiramente
½ xícara de cranberries secas, picadas se muito grandes
raspas da casca de 1 laranja

Pré-aqueça o forno a 180°C. Forre uma assadeira grande, de beiradas baixas, com papel manteiga.
Em uma tigela média, peneire juntos a farinha, o fermento, a canela e o sal. Na batedeira, bata a manteiga e o açúcar até obter uma mistura cremosa e cara. Junte os ovos, um a um, batendo a cada adição. Junte a baunilha. Em velocidade baixa, junte os ingredientes peneirados aos poucos e misture apenas até incorporá-los. Com uma espátula de silicone ou colher de pau, incorpore as avelãs, as amêndoas, as cranberries e as raspas de laranja até distribui-los por igual na massa (esta será molinha).

Transfira a massa para uma superfície bem enfarinhada e divida em duas partes iguais. Com as mãos enfarinhadas, transfira metade da massa para a assadeira preparada e forme um cilindro de 30x3,75cm com ela. Faça o mesmo com o restante da massa deixando 10cm de distância entre um cilindro e outro (eles esparramam ligeiramente enquanto assam). Asse até que dourem nas extremidades, 25-30 minutos. Transfira a forma para uma gradinha e deixe esfriar por 10 minutos. Escorregue o papel ainda com os cilindros de massa para fora da assadeira e forre-a novamente com papel manteiga. Com uma faca serrilhada, corte os cilindros de massa na diagonal formando fatias de 1,25cm, aproximadamente. Com cuidado, transfira-as para a assadeira com o lado cortado virado para cima. Asse por mais 10 minutos ou até que os biscotti dourem nas extremidades. Deixe esfriar completamente na assadeira sobre a gradinha.
Guarde os biscotti em um recipiente hermético, em temperatura ambiente.

Rend.: cerca de 4 dúzias – consegui 32 unidades