terça-feira, setembro 19, 2006

Mallorcan tumbet

Um casal de amigos queridos foram à minha casa sábado. Foi muito gostoso tê-los por lá: conversamos e rimos bastante.

A Débora é uma amiga que fiz na outra empresa em que trabalhei. Faz quase 1 ano e meio que saí de lá, mas sempre mantivemos contato. Eu e o João fomos jantar na casa dela há alguns meses e foi muito bom! Finalmente conseguimos combinar e eles (ela e o marido, o Denys) vieram nos visitar desta vez.
Fiquei ansiosa pois queria preparar uma comidinha gostosa, que agradasse a todos. Foram muitos dias escolhendo mil receitas e decidindo o que fazer!

Vou compartilhar aqui com vocês as receitas do jantar. Espero que gostem!

Fiz esta receita da Jill Dupleix (sempre ela!) e servi com pão italiano, para beliscarmos antes do prato principal. Foi uma coincidência bacana descobrir que o Denys a-do-ra beringela!

A escolha do prato teve o "dedo" do marido - eu estava folheando o livro, buscando inspiração. Ele viu e falou "Volta! Volta naquela página!" - a foto grande, de cores vibrantes, chamou a atenção dele. Dei uma lida nos ingredientes e ele deu o veredicto: "faz essa para comermos com um pãozinho!". Bati o martelo.

Mallorcan tumbet*

400g de batatas descascadas e em rodelas fininhas
400g de beringela em rodelas fininhas
2 pimentões vermelhos cortados em palitinhos
3 colheres (sopa) de azeite - precisei de um pouco mais
sal e pimenta a gosto

Molho:

1 lata de tomates pelados picados - eu tinha tomates frescos e preferi usá-los (5 unidades)
3 ramos de orégano fresco, ou 1 colher (chá) de orégano desidratado - troquei por manjericão
3 dentes de alho finamente fatiados - troquei por 1 cebola pequena
2 colheres (sopa) de azeite

Prepare o molho: misture todos os ingredientes e deixe apurar, com panela tampada, por 20 minutos (eu refoguei a cebola no azeite, antes). Reserve.

Aqueça uma frigideira grande, adicione o azeite e vá dourando as batatas dos dois lados. Coloque numa travessa e tempere. Faça o mesmo com as beringelas e coloque-as sobre as batatas; tempere. Repita a operação com os pimentões - trabalhe aos poucos, para que haja espaço na panela para os vegetais dourarem por igual.
Por cima dos legumes, espalhe o molho de tomate. Leve ao forno pré-aquecido (180ºC) por cerca de 20 minutos ou até que os legumes estejam macios. Sirva morninho ou em temperatura ambiente.

Rend.: 4 porções

* não achei a palavra no dicionário

segunda-feira, setembro 18, 2006

Esfiha de carne

As comidinhas do dia-a-dia não têm lugar em casa às sextas e sábados à noite. São noites em que comemos pizza, fondue (estamos um pouco obcecados com fondue de queijo, é verdade) ou o "nosso barzinho" - definição de uma tábua pequena de frios, fatias de pão italiano e um potinho de sardela. Cerveja e/ou vinho para acompanhar. Ah, tudo isso enquanto ficamos de preguiça no nosso sofá, vendo algum filme na TV. Delícia.

Semana passada, porém, o João me fez um pedido diferente. Ele queria comer esfiha. Fazia muito tempo que eu não fazia esfiha. Nem sabia onde tinha ido parar a receita que eu sempre usava (receita de vovó).

Peguei a receita no site do fermento Fleischmann. Adorei. A massa é super macia e a quantidade de farinha solicitada é perfeita - não precisa adicionar mais, nem ver ponto da massa. Ela cresce bastante também.
Da próxima vez, entretanto, vou aumentar a quantidade de carne (achei que faltou um pouquinho). Não se esqueça de que o recheio deve estar frio para ser usado.

Fiz metade da receita, usando fermento seco (vou postar assim). Se quiser usar fermento fresco, use 30g (dois quadradinhos) e dissolva na água morna, depois acrescente o restante dos ingredientes.

Esfiha de carne

500g de farinha de trigo
10 g (1 sachê) de fermento biológico seco
1 colher (sopa) de açúcar
1 ovo grande
240ml de água morna (35ºC)
55ml de óleo de soja
1 1/2 colheres (chá) de sal

Recheio:
250g de carne moída - refogue e tempere a seu gosto. Eu usei cebola, azeite e azeitonas verdes picadinhas. Da próxima vez, vou usar tomates tb.

Misture o fermento na farinha. Acrescente os demais ingredientes (deixei o sal por último, para que ele não atrapalhe a ação do fermento). Misture bem e sove até obter uma massa lisa (a danada quase não gruda nas mãos nem no granito). Aqui uma diferença: o site diz para fazer pequenas bolas e deixar crescer, sendo que cada bolinha será transformada numa esfiha depois. O que fiz foi fazer uma bola grande e deixar crescer assim mesmo, sem dividi-la. Cresceu muuuuuuuito!
Abra porções de massa, recheie e feche, formando triângulos. Coloque-os em assadeiras levemente untadas. Cubra e deixe crescer novamente (20 minutos).
Leve ao forno pré-aquecido (180ºC) e asse por 30 minutos, ou até que as esfihas estejam douradas.

Rend.: 16 esfihas de 50g + 1 de 60g (que recheei com nozinhos de mozzarella e folhinhas de manjericão - hum!!!)

Bons modos à mesa

A Valentina me convidou a escrever uma lista de 6 itens de etiqueta pessoal. Coincidentemente, ela fez isso no dia em que eu ia receber amigos pela primeira vez.
Minha situação é parecida com o que a Karen contou: recebemos as pessoas da família (meu pai e meus irmãos, minha sogra e cunhada) e só (o que pretendo mudar daqui pra frente).
Quando ainda era solteira, as refeições em casa eram bem simples: todos juntos à mesa, cada um fazia seu prato. Nunca tivemos situações mais formais em casa, por isso o que vou colocar aqui são impressões minhas, pessoais, de coisas que fui aprendendo ao longo do tempo.

Não tenho muita experiência no assunto, mas vamos lá:

1. Acho importante adiantar os pratos o máximo possível, para não ficar tanto tempo na cozinha quando os convidados já estiverem em casa. E fazer comida que encha a casa de fumaça, nem pensar.
2. Procuro "descobrir" se as pessoas têm algum tipo de alergia ou realmente não toleram certos tipo de alimento. Penso nisso porque não como carne e sofro muito quando vou a algum lugar em que esta é a única opção do cardápio. Não deixo de comer o que me é oferecido, é claro, mas daí a refeição já não é mais tão prazerosa. Para que meus convidados não passem por isso, faço uma pequena investigação de antemão.
3. Cigarro à mesa é totalmente imperdoável. Estraga o clima - o ar fica impossível de ser respirado e o paladar vai pro espaço. Aliás, eu sou chata mesmo e acho cigarro uma grosseria em qualquer lugar.
4. Gosto de arrumar a mesa e usar place mats bonitos, taças, talheres diferentes dos que usamos no dia-a-dia. E também acho que um arranjo no centro da mesa, por mais simples que seja, faz toda a diferença.
5. Palitos de dente. Só os tenho em casa para testar se um bolo está assado ou não e para colorir a minha pasta americana, Deus me livre colocá-los à mesa!! Conheço gente que palita os dentes e isso me causa um enorme desconforto.
6. Celular - acho horrível gente que fica falando no telefone à mesa, enquanto as outras pessoas ficam olhando. Isso é mais comum em restaurantes, não se aplica muito à proposta daqui, mas não podia deixar de citar. Não gosto.

Bem, acho que é isso. Tem outras coisas, mas acho que as meninas já cobriram bem - concordo com tudo o que elas postaram!

sexta-feira, setembro 15, 2006

Bolinhos integrais de canela com banana (ou Cinnamon lovers of the world unite)

Nunca tinha preparado nada com farinha integral. Sempre vejo receitas com ela, não só em sites e livros de culinária como também nos blogs que adoro (estes aí na coluna do lado).
Andei lendo um montão de coisas sobre alimentação saudável, alimentos com baixo índice glicêmico, ingestão de fibras, etc... Fui "influenciada" pela leitura e ontem resolvi fazer algo com a farinha.

A receita base foi essa, mas fiz algumas trocas:
- metade da farinha de trigo pela farinha integral;
- a noz-moscada pela canela (oh, que surpresa);
- a coalhada por iogurte natural;

Além disso, não coloquei cobertura (tentando diminuir o açúcar) e adicionei uma rodelinha de banana no meio de cada bolinho. Pensei também em trocar o açúcar por adoçante, mas não sei calcular a proporção (se alguém aí souber, agradeço!!).

Gostei bastante do resultado - eles ficaram super macios e fofinhos. Para quem não gosta de banana, acredito que um pedacinho de maçã ou pêra substituiria muito bem.

Bolinhos integrais de canela com banana

100g de manteiga em temperatura ambiente
130g de açúcar
1 ovo
110g de farinha integral
100g de farinha de trigo
1 1/2 colher (chá) de fermento em pó
1/2 colher (chá) de bicarbonato de sódio
1/2 colher (chá) de sal
1 colher (chá) de canela em pó
120ml de iogurte natural
1 colher (chá) de essência de baunilha
1 banana em rodelas

Pré-aqueça o forno a 190ºC e prepare as forminhas de muffin.
Bata manteiga com o açúcar até ficar um creme. Junte o ovo e bata novamente (eu me embananei nesta parte e juntei o ovo logo de cara. Tudo bem, vamos em frente).
Em outra tigela, misture as farinhas, o fermento, o sal, o bicarbonato e a canela. Vá adicionando a esta mistura o creme de manteiga, alternando com o iogurte (misturado com a baunilha). Misture rapidamente com um garfo, sem mexer demais.
Coloque um pouco de massa em cada forminha, acrescente uma rodela de banana e cubra com mais massa.
Leve ao forno por 25-30 minutos (faça o teste do palito se achar necessário).

Rend.: 12 bolinhos

quarta-feira, setembro 13, 2006

Risoto de limão e parmesão

Muitas pessoas já me disseram que não se animam em cozinhar só para si, quando estão sozinhas. Entendo, mas não encaro assim.
É claro que prefiro cozinhar pra mais gente (adoro!), mas ontem, por exemplo, fui a minha única "cobaia". :D

Estava de olho nesta receita desde que o livro chegou, há um tempo. Risoto é o prato de que mais gosto no mundo, EVER. Comi um de aspargo na minha lua-de-mel que até hoje me dá água na boca quando lembro.

Havia tempos que não preparava risoto, então meu braço ficou meio fraquinho depois de o prato pronto. Mas valeu a pena!! O risoto ficou super cremoso, bem molhadinho, do jeito que gosto. A cada garfada, eu via o queijo derretidinho aparecer, hum!!! Sendo receita da Donna Hay, só podia ser ótima, mesmo!

Comi o pratão aí da foto e depois fiz um repeteco um pouco mais modesto. A receita pede limão siciliano, mas eu não tinha e usei o nosso limão verdinho mesmo.

Risoto de limão e parmesão

20g de manteiga
1 colher (sopa) de azeite
1 cebola picada
1.375ml de caldo de galinha ou legumes - usei o de legumes, acho mais suave
440g de arroz arbóreo ou arroz próprio para risoto
3 colheres (chá) de raspas de casca de limão
50g de parmesão ralado
20g de manteiga (extra)
sal e pimenta a gosto

Aqueça uma panela grande em fogo médio. Coloque a manteiga, o azeite e a cebola e refogue.
Aqueça o caldo e o mantenha em fogo baixo.
Junte o arroz e as raspas de limão à panela com a cebola e refogue por 2 minutos, até que o arroz fique transparente.
Vá adicionando 1 xícara de caldo por vez e mexendo sem parar. Volte a adicionar mais caldo quando o anterior tiver sido absorvido. Continue até que o arroz esteja al dente (25 a 30 minutos).
Desligue o fogo, junte o parmesão, a manteiga e o sal e pimenta, mexa e sirva imediatamente.

Rend.: 4 porções