sábado, agosto 26, 2006

Bicho-de-pé

Minhas queridas leitoras do blog, voltei!!
As férias foram maravilhosas, pena que já estejam acabando... :(
Tenho algumas coisas novas para postar.

Dia 17 de agosto foi aniversário da minha irmãzinha caçula, a Jéssica. Todos os anos eu faço o bolo e os docinhos dos aniversários da família, mas os dela são especiais. Ela é o xodó da casa.
A festinha foi no sábado, dia 19. Fiz um bolo de chocolate, recheado com brigadeiro e coberto com pasta americana. Modelei uma menininha e uma cachorrinha e coloquei em cima do bolo - a Jéssica e a Pi.
Olhem as fotos dele aí:



Para os docinhos, o tradicional brigadeiro e também bicho-de-pé. Além deles, minibrownies de doce de leite e mini pães de mel.

As meninas gostaram mais do bicho-de-pé do que do brigadeiro; eu também gosto mais dele, porque o azedinho da gelatina de morango corta um pouco o doce do leite condensado, mas as crianças o preferirem ao tradicionalíssimo brigadeiro foi uma surpresa para mim. Uma amiguinha da Jéssica falou para uma outra que o brownie "era o mais maravilhoso". Eu vi e achei graça.

Hoje vou postar a receita do bicho-de-pé. Não sei porque um docinho tão gostoso tem um nome tão feio... :P

Ele é simples de ser feito - é como fazer brigadeiro, não tem mistério. Também é super gostoso de comer com colher, naqueles dias em que precisamos de um docinho pra alegrar nossas vidas...

Bicho-de-pé


1 lata de leite condensado (eu uso o Moça porque os outros não têm a mesma consistência e fica mais difícil e demorado dar o ponto nos docinhos)

1/2 caixinha de gelatina sabor morango

1 colher (sopa) de manteiga ou margarina sem sal

Misture bem os ingredientes e leve ao fogo baixo, mexendo sempre. Continue mexendo até a mistura se desgrudar do fundo da panela.

Despeje num prato untado com margarina ou manteiga e deixe esfriar completamente.

Faça bolinhas e passe no açúcar refinado.

Rend.: aprox. 40 docinhos

quinta-feira, agosto 17, 2006

Biscoitinhos de amêndoas (Greek almond cookies)

Como vou ficar quase uma semana sem aparecer por aqui (estarei de férias), resolvi postar logo duas receitas de uma vez.

Queria presentear uma pessoa bacana e pensei em fazer umas trufas. Mas não sabia se ela gostava de chocolate ou não - sei há algumas pessoas (loucas) no mundo que não gostam de chocolate. :D

Daí resolvi que faria cookies. Só que não podiam ser de chocolate. De canela e gengibre nem todo mundo gosta. Baunilha achei simplezinho demais. Coco também achei meio obscuro. Que dúvida!
Resolvi optar por algo que acho mais clássico: amêndoas.

Elas aparecem em uma grande parte de receitas doces que tenho. Não só as amêndoas - a farinha de amêndoas (que lá fora é chamada de almond meal) também é um ingrediente super corriqueiro. Aparece em biscoitinhos, bolos, massas de tortas. Já fiz bolo com farinha de amêndoas e o resultado é um bolo bem úmido, com uma textura maravilhosa e um sabor idem.

A receita destes cookies saiu deste livro aqui.
Gostei do formato de meia lua deste biscoitinho e achei que seriam fáceis de serem modelados. E foram mesmo: a massa tem uma consistência bárbara, não gruda nas mãos.

Tostei as amêndoas e passei rapidamente pelo processador, pulsando algumas vezes - assim obtive pedaços pequenos, mas sem chegar à consistência de farinha.
Não tirei as cascas delas, pois queria o efeito "pintadinho" nos cookies. Mas, se você preferir tirar, dê uma olhada no blog da Karen - ela ensina a fazer isso de uma maneira fácil e rápida.

Biscoitinhos de amêndoas (Greek almond cookies)

250g de manteiga sem sal amolecida
95g de açúcar de confeiteiro
1 colher (chá) de essência de baunilha
305g de farinha de trigo
100g de amêndoas, tostadas e picadas
açúcar de confeiteiro para servir

Bata a manteiga, o açúcar e a baunilha até obter um creme claro e leve. Junte a farinha e as amêndoas e misture até formar uma massa uniforme - fiz isso na batedeira, mesmo, usando uma velocidade mais baixa para não voar a farinha. Depois aumentei e a bola de massa se formou. Leve à geladeira por 10 minutos, ou até que a massa fique mais firme.
Pegue porções da massa - cerca de 1 colher (sopa) cheia - e modele os biscoitinhos. Coloque-os em formas forradas com papel manteiga (não é necessário untar).
Leve ao forno pré-aquecido (180ºC) por 25 minutos, ou até que dourem levemente. Deixe esfriar e polvilhe com açúcar de confeiteiro antes de servir.

Rend.: 47 biscoitinhos de 15g cada.

Pão de cenoura

Ando numa fase de pães (acho que vocês devem ter percebido).

Quando era adolescente, tinha um pouco de preguiça de usar fermento biológico. Demorava muito pra chegar ao resultado da receita. Acabava fazendo mais bolos.

Tempos depois, quando ainda era solteira, fui perdendo a preguiça e muitas vezes fiz esfiha em casa. Era uma missão hercúlea, porque à medida que eu ia tirando as formas do forno, meu irmão ia comendo todas as esfihas. Não estou exagerando, não. Todas, mesmo. E a minha irmã caçula ia no embalo dele. Ao final do trabalho, era olhar pro lado e encontrar 4, 5 esfihas sobrando.

Esta semana fui ao mercado e, em casa, enquanto guardava alguns alimentos na geladeira, notei que ainda tinha 1 quadradrinho de fermento fresco. E que ele iria vencer naquele dia. Como não gosto de jogar nada fora, comecei a pensar em alguma receita para poder usá-lo. É claro que a idéia de ter um pão fresquinho para o café da manhã no outro dia também me incentivou.

Procurei pela farinha de trigo no armário e, ao pegar o pacote, li o nome da receita que estava impressa nele: "pão de cenoura". Na hora imaginei um pão cor de laranja saindo do forno. Já havia testado uma receita de pão de cenoura uma vez, mas não gostei do resultado. Resolvi tentar novamente.

A massa é super molinha, usei só um pouquinho a mais de farinha de trigo do que a receita pede inicialmente - as cenouras que usei eram bem suculentas.
Assim que termina de amassar, você já modela os pães e aí, sim, deixa a massa crescer.
Depois de uns 40 minutos, a minha massa não tinha crescido quase nada. Como já eram mais de 10 horas da noite, pré-aqueci o forno e assei o pão assim mesmo.
Ele dobrou de volume enquanto assava.

O resultado foi um pão bem úmido, da cor que eu imaginava que seria. Não tão macio quanto o pão de mandioquinha, mas também gostoso. Quentinho, com manteiga, ficou delicioso. Além disso, é mais uma forma de consumir vegetais, o que acho sempre válido.
Se você gosta de pães mais secos, talvez não vá gostar deste.

Fiz metade da receita, mas vou postá-la inteira aqui:

Pão de cenoura

15g de fermento biológico
60g de açúcar
500g de cenouras cozidas
40g de manteiga ou margarina
3 colheres (sopa) de óleo
1 pitada generosa de sal
3 ovos
480g de farinha de trigo

Amasse o fermento com o açúcar até obter uma pastinha. Reserve.
Bata no liquidificador a cenoura, a manteiga, os ovos, o óleo e o sal. Despeje na tigela com o fermento e misture.
Vá juntando a farinha aos poucos e mexendo para formar uma massa uniforme. Acrescente mais farinha, se necessário (cuidado para não exagerar. O seu pão pode ficar duro).
Coloque a massa numa superfície polvilhada com farinha e sove. Modele os pães como desejar e coloque numa forma untada.
Cubra com um paninho de prato e deixe crescer até dobrar de volume.
Leve para assar em forno pré-aquecido (180ºC), por cerca de 30 minutos, ou até que doure.

Rend.: com meia receita, obtive um filão de 600g.

segunda-feira, agosto 14, 2006

Cinnamon rolls


Semana passada estava com uma vontade louca de fazer um bolo. Porém, não conseguia escolher o sabor. Às vezes, sou muito indecisa.
Peguei umas receitas lindas da Valentina, estava de olho num bolo de iogurte que ela fez. Só que ao chegar em casa vi que não tinha fermento em pó suficiente. Que desespero, ai, ai. Imagina, uma boleira sem fermento em casa. Shame, shame, shame.

Lembrei que tinha fermento seco para pães e fui procurar uma receita para poder usá-lo. Depois de revirar uma pilha de papéis, encontrei a receita de Cinnamon Rolls da Akemi. Fui correndo pra cozinha.

Ela avisara que a massa era um pouco grudenta. Mas eu comecei a ficar (levemente) preocupada quando a massa grudou todinha no granito. Eu sovava, sovava, e a danada grudava nas minhas mãos. E na espátula. :(
Akemi, querida, não fique brava, mas até considerei a possibilidade de jogar tudo fora. Achei que eu tivesse feito algo errado no processo. Estava cismada com as medidas em gramas dos ingredientes líquidos.
Além disso, Law & Order SVU já ia começar e eu ainda estava lutando com a massa. Precisava correr.

Depois de sovar bastante ela começou a se desgrudar das minhas maos e, depois, da pia. Ufa, que alívio.
Foi a primeira vez que usei fermento seco para pães e confesso: não colocava muita fé no produto. Depois de 1 hora, fui olhar a massa e notei que havia crescido bem.
Mas a minha grande surpresa foi na segunda vez em que deixei a massa para crescer: por causa do jeito que enrolei a massa, obtive rolls meio magrinhos, pobrinhos mesmo. Só que eles cresceram tanto que ficaram juntinhos dentro da forma.
Queimei a língua. O tal fermento funciona muito bem.

Não tinha cream cheese em casa, então deixei meus rolinhos sem cobertura. Mas recomendo fazer - cliquem aqui e vejam como ficaram lindos os rolls da Akemi. Iguaizinhos aos que compramos nos shoppings.

Vou postar a receita já dobrada, que rendeu a forma retangular cheia.

Cinnamon rolls

Massa:
400g de farinha de trigo
32g de açúcar
6g de sal
60g de margarina
180g de leite
64g de ovo
8g de fermento seco para pão
40g de água morna

Recheio:
50g de açúcar mascavo
8g de canela em pó
uma pitada generosa de noz moscada
margarina amolecida para espalhar na massa - cerca de 2 colheres (sopa)

Cobertura:
70g de margarina
30g de cream cheese
40g de açúcar
algumas gotas de essência de baunilha

Coloque numa tigela a farinha, o açúcar, o sal, a margarina e o ovo batido com o leite. Dissolva o fermento na água morna e coloque na tigela também. Misture com colher de pau até absorver toda a farinha. Jogue a massa numa superfície e vá sovando e batendo a massa na mesa até ficar uma massa lisa e homogênea.

No começo não estranhe se ficar tudo grudado na mesa e nas mãos. Não coloque mais farinha do que o pedido. Conforme vai sovando, a água vai se evaporando e a massa começa a desgrudar das mãos.Faça uma bola com a massa e feche bem as pontas formando um umbiguinho. Coloque a massa com o umbigo para baixo na tigela novamente. Cubra com filme plástico e deixe crescer em lugar abafado por cerca de uma hora ou até que dobre de volume.Depois disso, coloque a massa numa superfície enfarinhada e amasse gentilmente formando uma tira comprida. Use o rolo de massa para esticar até o tamanho de 9x40cm (aqui, você vai obter uma massa maior, por causa das quantidades que postei). Espalhe margarina amolecida na superfície da massa, deixando 5cm sem untar no final da massa. Misture o açúcar, a canela e a noz moscada e polvilhe em cima da margarina.

Enrole a massa gentilmente, sem puxar ou forçar. No final, aperte-a. Vai parecer um rocambole. Fatie a massa, formando os rolls. A cada fatia que eu cortava, escolhia o lado que ficava mais fechadinho e terminava de fechar com as pontas dos dedos - essa parte era colocada para baixo, em contato com a forma. Use uma forma untada.
Cubra com filme plástico e deixe crescer novamente. Essa segunda "crescida" da massa demorou uns 25 minutos.
Pincele com ovo (eu optei por não fazer isso) e leve para assar em forno pré-aquecido a 180ºC por 20 minutos ou até que doure.

Misture bem os ingredientes da cobertura e espalhe nos rolinhos ainda quentes.

quinta-feira, agosto 10, 2006

Filé com cogumelos

Domingo é um dia em que gosto de caprichar mais no almoço e fazer alguma comidinha diferente. Durante a semana é tudo tão corrido e na maioria das vezes faço o jantar em 30 minutos, uma coisa mais básica, mesmo.
O problema é que temos uma espécie de impasse em casa. Eu não gosto de carne vermelha, meu marido não é muito chegado a frango e peixe. Então, de vez em quando, um ou o outro cede um pouquinho e vou variando o cardápio e os tipos de carne.

Domingo passado fiz este filé com cogumelos. Tenho que ser sincera com vocês e dedurar o João: ele não comeu o molho. Só a carne e o brócolis. Eu provei tudo, mas confesso que não consegui gostar. Tento comer, tento gostar, mas não dá, é mais forte do que eu (clichês novelísticos à parte).
Ele adorou e repetiu. Eu preferi ficar com o arroz, brócolis e puxei os cogumelos pro meu prato.

Usei filé mignon, porque sou extremamente ignorante em se tratando de cortes de carne. Escolhi algo que com certeza ficaria macio. Pedi que o açougueiro fizesse medalhões, mais ou menos altos. Você pode optar por outra carne, se quiser.

Cozinhei as arvorezinhas de brócolis no vapor. Gosto porque ficam super verdinhas. Para variar, você pode aquecer uma panela com um pouco de azeite, dourar fatias bem finas de alho (cuidado para não dourar demais, senão elas ficam amargas) e passar rapidamente o brócolis (cozido, mas firminho). Fica ótimo também.

Fiz algumas alterações nos ingredientes, acabei descaracterizando um pouco a receita... Vou postá-la completa para vocês verem. Minhas mudanças estarão entre parênteses.
A receitinha saiu deste livro - é o segundo que compro da mesma coleção (o primeiro foi este aqui). Fotos em todas as receitas, todas mesmo. Deixa qualquer um com água na boca.

Ah, a pimentinha no prato foi idéia do João. Ele a colheu da nossa mini horta, olha que luxo. :D

Filé com cogumelos

4 xícaras de buquês de brócolis
225g de de vagem (não usei)
1 colher (sopa) de óleo vegetal
60g de manteiga
4 filés, com cerca de 2,5cm de espessura
3 dentes de alho, bem picadinhos
3 xícaras de cogumelos variados (usei só champignon)
2 colheres (sopa) de tomilho fresco picado (usei cebolinha)
120ml de xerez seco (usei vinho branco seco)

Tempere os filés com um pouquinho de sal (e pimenta, se gostar). Reserve.
Cozinhe o brócolis e a vagem em água fervente, por 3 a 4 minutos, até que estejam cozidos mas ainda crocantes.
Derreta 1 colher (sopa) da manteiga, junte o óleo e frite os filés, deixando-os de acordo com o seu gosto (mal-passados ou mais ao ponto). Coloque numa travessa e cubra com papel alumínio.
Na mesma panela, em fogo médio, adicione mais 1 colher de manteiga e refogue o alho e os cogumelos. Tempere a gosto. Cozinhe até os cogumelos ficarem macios. Adicione o tomilho e retire da panela.
Despeje o vinho na panela, algum suco que a carne reservada tenha soltado e mexa até "limpar" o fundo da panela. Deixe ferver, abaixe o fogo e deixe reduzir para 1/3 xícara, mais ou menos. O livro diz que o líquido fica um pouquinho mais espesso, mas não foi bem assim que aconteceu. O fundo da minha panela não tinha muitos resíduos da carne, acho que foi por isso que o molho ficou mais ralinho. Mesmo assim, ficou saboroso.
Junte o restante da manteiga, aos poucos - o molho ficará mais brilhante.
Para servir: coloque os filés nos pratos, cubra com os cogumelos e regue com o molho. Sirva com o brócolis e a vagem.

Rend.: 4 porções