sexta-feira, agosto 11, 2023

Cookies com chocolate, pecãs e corn flakes


Cookies com chocolate, pecãs e corn flakes


Domingo estava folheando umas revistas de receita e me deu uma vontade imensa de fazer cookies: fazia séculos que não preparava (os brownies do post passado saíram depois de mais de um ano sem fazer um docinho sequer). Dei de cara com uns cookies que levavam chocolate e Sucrilhos e na hora lembrei dos cookies famosíssimos da Christina Tosi que levam esses ingredientes.

Coincidência (ou o Universo conspirando, sei lá), dias antes eu tinha comprado corn flakes – aqueles sem açúcar, pois os Sucrilhos eu acho doces demais – para comer com iogurte. Olhei para o vidro no armário e resolvi testar os tais cookies, mas em vez da receita da revista, fiz outra, que já postei aqui, mudando alguns ingredientes e adicionando pecãs, que combinaram super bem com o chocolate e o salgadinho dos corn flakes.

Já que eu estava falando de uma receita inspirada na da Christina, pensei na minha amada Nova York e quis fazer cookies gorduchos, no estilo dos da Levain Bakery – para isso, foi só fazer bolinhas da massa e deixar na geladeira por 2 horas antes de assar, assim a manteiga derrete mais devagar no forno e os cookies não espalham tanto.

Acho que o bichinho "fazedor" de receita me picou novamente – espero continuar fazendo coisas bem gostosas para compartilhar com vocês por aqui. <3

 

Cookies com chocolate, pecãs e corn flakes

receita minha, inspirada pelos cookies da Christina Tosi

 

- xícara medidora de 240ml

 

1 2/3 xícaras (233g) de farinha de trigo

½ colher (chá) de bicarbonato de sódio

¼ colher (chá) de canela em pó

½ colher (chá) de sal

½ xícara (113g) de manteiga sem sal, derretida e fria

¼ xícara (50g) de açúcar cristal

¾ xícara (131g) de açúcar mascavo claro – aperte-o na xícara na hora de medir

2 ovos grandes, temperatura ambiente

2 colheres (chá) de extrato de baunilha

150g de chocolate amargo, picado grosseiramente ou em gotas

1 xícara (110g) de pecãs inteiras, tostadas e picadas grosseiramente depois de frias

1 xícara (60g) de corn flakes, sem açúcar

Em uma tigela pequena, misture com um batedor de arame a farinha de trigo, o bicarbonato, a canela e o sal. Reserve.

Na tigela da batedeira, junte a manteiga e os açúcares e bata até obter um creme claro – raspe as laterais da tigela ocasionalmente durante todo o preparo da receita. Junte os ovos, um a um, batendo bem a cada adição. Junte a baunilha. Desligue a batedeira, junte os ingredientes secos de uma vez, e então ligue na velocidade mínima, misturando até que quase não haja traços de farinha. Desligue novamente, junte o chocolate, as pecãs e misture com uma espátula de silicone. Junte o corn flakes e misture delicadamente, para evitar que se quebrem demais. Se o dia estiver quente demais e a massa ficar molinha, leve à geladeira por 30 minutos.

Faça bolinhas usando 2 colheres (sopa) niveladas de massa por biscoito e arrume em uma assadeira – como as bolinhas serão refrigeradas antes de assar, você pode colocar uma pertinho da outra. Leve à geladeira por 2 horas – se preferir, congele as bolinhas de massa e depois transfira para um saco plástico bem fechado. Duram até 2 meses no freezer. Não precisa descongelar antes de assar, apenas aumente o tempo total de forno em 1-2 minutos.

Preaqueça o forno a 180°C. Forre duas assadeiras rasas e grandes com papel manteiga.

Arrume as bolinhas nas assadeiras preparadas, deixando 5cm entre uma e outra – se desejar, grude pedacinhos de chocolate, pecã e corn flakes no topo de cada bolinha antes de assar. Asse por 12-14 minutos ou até que os biscoitos dourem bem nas extremidades. Deixe esfriar nas assadeiras sobre uma gradinha por 5 minutos, e então deslize o papel com os biscoitos para a gradinha e deixe esfriar completamente.

Guarde os biscoitos em um recipiente hermético em temperatura ambiente por até 3 dias.

Rend.: 25 unidades


terça-feira, agosto 01, 2023

Brownies de manteiga queimada com doce de leite e uma comemoração atrasada de dezessete anos


Brownies de manteiga queimada com doce de leite


Da última vez em que atualizei o blog e postei aquele macarrão com sardinha e abobrinha delicioso percebi que tenho um total de 1.572 posts publicados aqui (sem contar o de hoje): fiquei meio “uau” por um momento, afinal de contas é coisa pra caramba e, em seguida, lembrei que há talvez, no máximo, uns 10 posts aqui sem receita. Ao longo destes dezessete anos, completados no último dia 04 de julho, compartilhei com vocês mais de 1.500 receitas diferentes, doces e salgadas. É coisa pra caramba mesmo.

 

Foram bolos, cookies, muffins, pães, sopas, várias versões de macarrão (eu amo), barrinhas de tudo quanto é jeito. Receitas com frutas, com chocolate, receitas com carne e vegetarianas (algumas até mesmo veganas), algumas prontas em 20 minutos, outras que levam horas até chegarem à mesa. Receitas boas para almoços de domingo, outras práticas para o jantar do dia a dia, coisinhas gostosas para o café da manhã ou da tarde. Tem de tudo um pouco neste blog, para agradar a todos os gostos.

 

Por muitos anos preparei um bolo bonito para comemorar o aniversário do Technicolor Kitchen, mas a vida tá bem corrida e, infelizmente, não deu tempo. Chego agora, quase um mês atrasada, com uns brownies muito gostosos que inventei, combinando o sabor amendoado da manteiga queimada com o docinho do doce de leite: sem falsa modéstia, ficaram excelentes e acho que são uma boa ideia para comemorar a existência do bloguinho, afinal de contas, continuo aqui, mesmo depois de o Instagram e o TikTok terem tomado conta (neste último sequer tenho conta, nunca tive vontade de entrar pra ver) e os blogs terem meio que se perdido no meio do caminho. Quem gostou dos brownies com doce de leite que postei aqui nos primórdios vai pirar com a receita de hoje: são muito mais gostosos.

 

Fico feliz sabendo que ainda tem gente que passa por aqui, procura uma receita gostosa para fazer, me manda mensagem nas redes sociais. Tem muffin do TK nas lancheiras da criançada por aí, sopinhas no jantar de vocês, bolos nos aniversários – é uma alegria imensa acompanhar. Além disso, também já andei recebendo algumas fotos das receitas do meu e-book (à venda aqui neste link) sendo preparadas por vocês: deixo aqui um obrigada enorme, um beijo e um brownie.

 

Brownies de manteiga queimada com doce de leite

receita minha

 

- xícara medidora de 240ml

 

2/3 xícara (150g) de manteiga sem sal, picada

150g de chocolate meio amargo, picadinho

1 xícara (200g) de açúcar cristal/granulado

¼ xícara (44g) de açúcar mascavo claro – aperte-o na xícara na hora de medir

2 colheres (chá) de extrato de baunilha

3 ovos do tipo grande

½ xícara (70g) de farinha de trigo

2 colheres (sopa) – 20g – de cacau em pó, sem adição de açúcar

½ colher (chá) de sal

5 colheres (sopa) – 125g – de doce de leite

 

Preaqueça o forno a 180°C. Unte levemente com manteiga uma forma de metal quadrada de 20cm, forre-a com papel alumínio deixando sobras em dois lados opostos e unte o papel também.

 

Comece preparando a manteiga queimada: coloque a manteiga em uma panelinha e leve ao fogo médio – evite usar panela antiaderente escura, pois você não conseguirá controlar a cor da manteiga. Cozinhe a manteiga, misturando com um fouet, raspando as laterais da panela, até que a manteiga fique com um tom marrom claro/dourado e o cheiro fique amendoado – vigie de pertinho, pois a manteiga pode queimar rapidamente. Transfira para uma tigela refratária grande (se deixar na panela a manteiga continuará cozinhando), raspando todos os sólidos que estiverem na panela. Junte o chocolate e deixe de lado um pouquinho para que ele derreta no calor residual da manteiga.

 

Acrescente os açúcares à mistura de manteiga e chocolate e bata bem com o fouet. Junte a baunilha e bata bem. Acrescente os ovos, um a um, batendo bem a cada adição – a massa vai começar a ficar mais firme. Junte a farinha, o cacau e o sal e misture bem, mas sem bater demais – mexa somente até os ingredientes secos sumirem na massa. Despeje na forma preparada e alise a superfície. Espalhe pequenas porções do doce de leite sobre a massa e, em seguida, misture levemente com uma faca sem ponta ou o cabo de uma colher, para dar um efeito marmorizado.

 

Leve ao forno por 25-30 minutos ou até que um palito inserido no centro do brownie saia úmido, mas não com massa ainda muito líquida – o topo do brownie tem que estar opaco. Deixe esfriar completamente na forma sobre uma gradinha.

 

Corte em quadradinhos para servir – como esse brownie é bem úmido e a massa é permeada com doce de leite, deixar um pouquinho na geladeira ou alguns minutos no freezer ajuda na hora de cortar.

 

Rend.: 16 unidades

sexta-feira, julho 14, 2023

Macarrão com abobrinha, sardinha e limão siciliano, desespero por doce e comida da infância


Macarrão com abobrinha, sardinha e limão siciliano

Dias desses, em um dos dias da TPM, abri o armário da cozinha em busca de um docinho (quem nunca, né) e, enquanto procurava desesperadamente por um chocolate vi uma lata de sardinha perdida em um canto: sardinha é algo que não tem sobrado aqui em casa, porque uso muito nos lanchinhos que preparo como jantar durante a semana, e jurava que não havia mais nenhuma lata sobrando – tanto que tinha feito pão com ovo mexido para jantar. Deixei a lata mais à vista, peguei uma bananinha (não tinha chocolate, fuén), e fui para o sofá ver seriado.

 

Pouco tempo depois, voltei à lata de sardinha, desta vez com uma ideia na cabeça: estava doida de vontade de comer macarrão com sardinha, esse clássico da infância, pois sardinha em lata era presença constante nas cestas de mantimentos que meu pai, metalúrgico, trazia para casa na época. Minha mãe fazia muitas tortas de liquidificador com sardinha, como esta (há uma versão deliciosa vegetariana no meu livro), fazia patê e também macarrão. Só que eu não queria comer nada com molho de tomate: queria algo mais leve, com mais frescor, Também não queria só a sardinha – tinha que ter mais alguma coisa misturada nela.

 

Foi assim que nasceu esse macarrão: abobrinha e limão siciliano acompanham os peixinhos, e tudo é temperado com uma boa quantidade de alho (que eu amo), com um pouquinho de molho inglês (dá um sabor defumado delicioso, mas se não tiverem em casa, não tem problema) e um punhado de salsinha – vocês me perdoem pela falta de modéstia, mas esse espaguete ficou tão, mas tão bom que eu não via a hora de dividir a receita com vocês.  

 

Macarrão com abobrinha, sardinha e limão siciliano

receita minha


 - xícara medidora de 240ml


200g de espaguete ou a massa longa da sua preferência

1 ½ colheres (sopa) de azeite de oliva

3 dentes de alho grande, ralados

1 abobrinha pequena (200g), sem as pontas e em cubinhos de 1cm

1 folha de louro

sal e pimenta do reino moída na hora

1 colher (chá) de molho inglês

1 lata de sardinhas em óleo (125g), drenadas e as espinhas centrais removidas

2 colheres (sopa) de vinho branco seco

2 colheres (sopa) de folhas de salsinha picadas – meça, depois pique

raspas da casca de 1 limão siciliano

suco de ½ limão siciliano

 

Cozinhe o espaguete em uma panela grande de água salgada por 8-10 minutos ou até ficar al dente (siga as instruções da embalagem).

 

Enquanto isso, faça o molho: em uma frigideira antiaderente grande, aqueça o azeite em fogo médio e junte o alho. Refogue por 1 minuto apenas – não deixe o alho queimar, ou vai ficar amargo. Acrescente a abobrinha e o louro, aumente para o fogo alto, e tempere com sal, pimenta do reino e o molho inglês. Refogue, mexendo às vezes, até que comece a dourar, 5-6 minutos. Junte a sardinha, misture bem e vá quebrando os pedacinhos com a espátula/colher de pau. Acrescente o vinho, misture bem, e quando começar a secar acrescente a salsinha, as raspas da casca de limão e o suco. Acrescente 2 colheres (sopa) da água do cozimento do macarrão e misture bem – caso falte ainda muito tempo para o macarrão terminar de cozinhar, desligue o fogo, senão deixe em fogo bem baixinho, cuidando para que não seque.

 

Escorra o macarrão e reserve um pouco da água do cozimento. Junte o espaguete ao molho, aumente o fogo da frigideira para o máximo e misture bem o macarrão ao molho para incorporar – se estiver muito seco, use um pouquinho da água do cozimento reservada.

 

Retire a folha de louro e sirva imediatamente. 


Rend.: 2 porções generosas


quarta-feira, junho 14, 2023

Sopa de batata, espinafre e ervilha e uma tonelada de carinho que virou energia e ânimo


Sopa de batata, espinafre e ervilha


Olha eu voltando com outra sopa de batata, quase um ano depois. :)

 

Tempos atrás escrevi no Instagram que andava sem pique para cozinhar: fui juntando a falta de tempo por causa da volta ao presencial, a rotina do dia a dia, entre outras coisas, e o desânimo veio (e a preguiça também). E muitas e muitos de vocês estavam e estão na mesma: sem muita energia para lidar com as panelas.

 

Só que a gente precisa se alimentar direito, ainda mais agora que estou tentando manter uma rotina boa de exercícios físicos: um dia desci cedinho na academia sem ter comido muito bem no dia anterior e no final do treino quase apaguei – passei uma vergonha danada. :)

 

A técnica que tenho usado é fazer tanto pratos rápidos com ingredientes básicos, como esse macarrãozinho com limão siciliano (e que já fiz com o taiti também) ou esse com tomatinhos cereja (e que já fiz com extrato de tomate, porque não tinha tomates frescos em casa), ou então fazer logo um montão de alguma receita que dure bem na geladeira ou congele bem, como picadinho, frango oriental, molho à bolonhesa – e agora que esfriou em São Paulo, as sopas: elas congelam bem e é uma alegria imensa chegar em casa, cansada e com o nariz gelado, sabendo que tem um tapué de sopa no freezer. :)

 

A sopa de hoje foi preparada por causa do frio danado que chegou a SP esta semana, mas não só: os comentários de vocês no tal post do Instagram que menciono no segundo parágrafo, o lançamento do meu e-book no dia 02 de junho e a onda intensa de carinho que recebi desde então me deram uma energia que havia muito tempo eu não sentia. Tudo o que vocês têm escrito sobre o blog e o e-book nos últimos dias me fez um bem tão imenso que eu não via a hora de preparar uma receitinha nova para postar aqui no blog – andava tão abandonado e isso me dava tristeza. Também quero voltar a escrever a newsletter, mesmo que seja apenas uma vez por mês – aproveitando, o Mailchimp tá querendo me cobrar 55 janjas por mês porque tenho mais de 500 pessoas cadastradas para receber a cartinha, por isso migrei para o Substack: puxei a base de dados de um para o outro, mas deixo aqui o link para quem quiser se inscrever para receber a newsletter do TK. Lá também estão as cartinhas já enviadas, quase todas, para quem quiser ler. O Blogger tá bugado, dando erro no código html e não estou conseguindo colocar o link correto na aba da newsletter no topo da página. 

 

Esta sopa é simples, parecida com outras que já fiz e que também estão aqui no blog, mas tem um saborzinho diferente: está temperada com alegria. <3

 

Sopa de batata, espinafre e ervilha

receita minha

 

- xícara medidora de 240ml

 

3 colheres (sopa) de azeite de oliva

2 cebolas médias (300g no total), descascadas e picadinhas

4 dentes de alho grandes, amassados e bem picadinhos

1 cenoura grande (150g), descascada e em cubinhos de 1cm

4 batatas médias (800g no total), descascadas e em cubinhos de 1,5/2cm

sal e pimenta do reino moída na hora

1 colher (sopa) de molho inglês

2 xícaras (480ml) de caldo de legumes (quente ou em temperatura ambiente)

1 litro de água fervente

2 folhas de louro

6 porções (montinhos) de espinafre congelado (200g no total), direto do freezer

1 ¼ xícaras (160g) de ervilha congelada, direto do freezer

 

Aqueça o azeite em uma panela grande e alta em fogo médio. Junte a cebola e refogue, mexendo de vez em quando para não queimar, até amaciar bem e dourar. Junte o alho e refogue por 1 minuto apenas – não deixe queimar, para não amargar.

Acrescente a cenoura e refogue por uns 2 minutos, mexendo algumas vezes. Acrescente as batatas, tempere com sal e pimenta do reino, junte o molho inglês, o caldo e a água e misture bem. Junte as folhas de louro e deixe cozinhar por cerca de 30 minutos em fogo médio-baixo, mexendo de vez em quando, até a cenoura amaciar.

 

Desligue o fogo, remova as folhas de louro e então bata a sopa com um mixer até obter um creme rústico, ainda com alguns pedaços de batata e cenoura inteiros se quiser – se for usar o liquidificador, remova a tampinha menor e então cubra a tampa maior com um pano de prato seco dobrado, desta forma o vapor tem por onde sair e a mistura não espirrará em você. Eu confesso que uso o mixer por pura preguiça de lavar o copo do liquidificador.

 

Acrescente o espinafre e a ervilha e vá mexendo para que eles descongelem e aqueçam dentro da sopa. Acerte o sal e sirva em seguida.

 

Rend.: 6 porções 

sexta-feira, junho 02, 2023

Um e-book lançado e um sonho realizado

Capa livro TK

Demorou, minhas queridas e meus queridos. Demorou muito, mas finalmente o meu livrinho está solto nesse mundão e já está sendo lido por muitos de vocês! <3 


Um projeto que começou na pandemia, quando eu ainda fazia o distanciamento social, e cozinhava todos os dias, tentando manter a esperança de que sairíamos todos daquela situação o mais rapidamente possível. Trabalhei uns dois anos no preparo das receitas, nas fotos e escrevendo os textos, e depois fiquei meses com os arquivos guardados, me sentindo sem energia pra terminar – e faltava tão pouco...


Tempos atrás levei uma bronquinha de amor de uma amiga muito querida e resolvi parar de empurrar tudo com a barriga: sentei na frente do computador e fui finalizando o que faltava. Numerei as páginas, escolhi a capa (tinha umas 3 opções prontas), terminei o índice.


Solicitei ISBN, criei conta na Hotmart e daí foi um pulo: hoje, dia 02 de junho de 2023, vai ter para sempre um sabor especial para mim (trocadilho proposital). 😊


Muito, muito obrigada por me acompanharem por aqui e pelas redes sociais por todos esses anos. Cliquem aqui se vocês quiserem ter o meu e-book em mãos – são 60 receitas, sendo 50 delas inéditas. O livro está cheio de fotos que eu caprichei bastante para produzir.


Torcendo para que vocês gostem do livrinho que fiz com muito amor e carinho. Obrigada e um grande beijo.

quinta-feira, agosto 25, 2022

Sopa de abobrinha e batata assadas - receita para preguiçosos (eu mesma) - POST ATUALIZADO


Sopa de abobrinha e batata assadas


Ando em um ritmo de trabalho tão insano nas últimas semanas que nem acreditei quando tive um tempinho pra fazer uma receita nova: os finais de semana tem sido de uma preguiça gigante, tão grande quanto o meu volume de trabalho. Tenho me dedicado também à finalização do ebook (tá quase pronto para enviar às minhas leitoras beta, não vejo a hora), mas a coluna de uma mulher de 43 anos sedentária há vários meses não colabora muito, né? Tem horas que fico descadeirada e, mesmo com vontade de editar mais fotos e escrever mais um pouquinho, preciso dar aquela deitadinha básica com os pés pra cima, logo depois de tomar um Dorflex.

(Enquanto escrevo isso, penso na promessa que fiz a mim mesma de voltar a me exercitar o quanto antes).

Portanto, post curtinho hoje acompanhado de uma receita MUITO preguiçosa: uma sopa que resolvi fazer quando abri o gavetão de legumes e separei duas abobrinhas para refogar para o almoço. Lembrei das batatas na bancada e, como estava frio demais, ligar o forno ia deixar o apartamento mais quentinho: joguei tudo em uma assadeira, reguei com azeite, temperei e assei. Depois foi só bater com o mixer e pronto.

Eu dificilmente descasco batatas quando asso, mas se você quiser uma sopa menos rústica e de sabor mais suave, descasque as suas. Usei manteiga na sopa para dar sabor e ajudar na textura, mas se quiser uma sopa vegana omita a manteiga e dobre a quantidade de azeite.

UPDATE: queridas e queridos, esqueci de avisar: o Feedburner foi desativado, e por isso precisei alterar o serviço de envio de novos posts do blog. Estou usando o Follow.it, portanto vocês receberão os emails enviados por eles. Obrigada à querida leitora Liana Siag por me escrever a respeito disso! 


Sopa de abobrinha e batata assadas

receita minha

 

- xícara medidora de 240ml

 

Legumes assados:

2 abobrinhas médias (520g no total) – sempre prefiro as de casca mais escura e menores, pois são menos aguadas

2 batatas grandes (400g no total)

1 cebola pequena (150g), descascada

3 dentes de alho

3 colheres (sopa) de azeite de oliva

sal e pimenta do reino moída na hora

 

Para finalizar a sopa:

1 ½ xícaras (360ml) de caldo de legumes

1 ½ xícaras (360ml) de água fervente

2 colheres (sopa) – 28g – de manteiga sem sal

1 colher (sopa) de azeite de oliva extra-virgem

 

Preaqueça o forno a 200°C. Forre uma assadeira grande e rasa com papel alumínio deixando sobrar um pouquinho dos lados, para que depois fique fácil mover os legumes.

Remova as pontas das abobrinhas e então corte-as em fatias de aproximadamente 1,5cm de espessura. Corte as batatas em pedaços de 1,5cm também – se quiser, descasque, eu mantive a casca. Corte a cebola em pedaços médios. Transfira os vegetais para a assadeira, junte os dentes de alho (ainda na casca) e regue com o azeite, envolvendo-os bem. Tempere com sal e pimenta do reino, misture bem, e leve ao forno por 45-50 minutos, ou até que os legumes estejam bem macios – importante assar bem as batatas para que não fiquem “encruadas”. Retire do forno com cuidado para não se queimar.

Transfira os legumes para uma panela alta, retirando a casca dos dentes de alho. Junte o caldo de legumes, a água, a manteiga e o azeite extra-virgem e leve ao fogo para aquecer. Quando ferver, desligue e bata com um mixer até obter um creme rústico – se desejar, use o liquidificador: eu confesso que uso o mixer por pura preguiça de lavar o copo do liquidificador. 😊 Verifique se precisa ajustar o sal e a pimenta, e então sirva – junte mais caldo e/ou água se desejar uma sopa menos espessa.

Rend.: 4 porções – aqui o João comeu 3, socorro :D


sexta-feira, agosto 05, 2022

Galette de alho-poró, ricota e tomate, tuítes importantes, jornada dupla e o meu e-book


Galette de alho-poró, ricota e tomate


Há algumas semanas eu estava no Twitter e uma série de tuítes da maravilhosa Aline Valek deu um nó na minha cabeça: mostro dois abaixo, mas ela postou uma sequência bem interessante. Aliás, se você não conhece o trabalho da Aline está perdendo: além de escrever e ilustrar bem à beça, a danada ainda tem um podcast ótimo chamado “Bobagens Imperdíveis” (eu não sou de podcasts e adoro o da Aline) e o curso dela no site Domestika é uma delícia:

 


Fui lendo o que Aline havia postado e uma ficha gigante caiu: comecei a lembrar do meu livro, quase pronto e esquecido havia muitos meses – nem a newsletter e nem no blog eu andava escrevendo mais. E aquilo começou a me incomodar muito, porque escrever é uma parte importante de quem eu sou, desde que me entendo por gente, e eu estava deixando de lado algo que me dá um imenso prazer. Pensei que eu mesma estava caindo no preconceito idiota de que escrever na Internet é algo menor, quando é exatamete o contrário: é incrível. Escrevo aqui no blog há mais de dezesseis anos, tenho leitoras e leitores veteraníssimos que me acompanham há muito tempo (alguns desde o começo!). Gente querida que faz minhas receitas, que me envia foto preparando bolos e cookies com seus filhos, que manda mensagens e emails cheios de afeto, que me acompanha nas redes sociais e compartilha comigo ideais de vida - é um blog de comida, sim, mas é muito mais do que isso.


Sou escritora. Não necessariamente preciso ter livro impresso para isso. Vou pegar o meu livro, que já está quase pronto, e lançar como e-book. Decidido.


No estalo que os tuítes da Aline me deram, fui atrás de alguém para diagramar o meu livrinho, e caí da cadeira quando recebi um orçamento de 15 mil reais para isso. Sim, você leu certo: 15 MIL REAIS.


Recuperada do tombo, abri o Canva e me pus a trabalhar: vou fazer o livro eu mesma. Sempre gostei de desafios e estava na hora de encarar mais um. Tenho trabalhado no projeto no meu tempo livre e, apesar de a jornada dupla secretária executiva/escritora e designer estar me deixando exausta e com uma baita dor nas costas, o resultado me anima todos os dias. Logo, logo o livrinho estará pronto e não vejo a hora de mostrar para vocês o resultado.


Enquanto isso não acontece, decidi movimentar um pouco as coisas: enviei newsletter semana passada (depois de meses sem enviar) e hoje posto uma galette bem linda e deliciosa que fiz para o livro, mas o danado está ENORME e tenho que cortar algumas coisas. Divido com vocês aqui no blog uma receita bem gostosa enquanto o livrinho não fica pronto.

 

Galette de alho-poró, ricota e tomate


 - xícara medidora de 240ml


Massa:

¾ xícara (105g) de farinha de trigo

½ xícara (70g) de farinha integral

1 colher (chá) de açúcar cristal ou refinado

½ colher (chá) de sal

1 tablete (100g) de manteiga sem sal, gelada e em cubinhos de 1cm

1 colher (sopa) de azeite de oliva extra-virgem

1 gema grande, temperatura ambiente

1 ½ colheres (sopa) de água gelada

 

Recheio:

2 colheres (sopa) de manteiga sem sal

1 alho-poró grande (100g), somente a parte mais clara, em rodelinhas

sal e pimenta do reino moída na hora

½ colher (sopa) de vinho branco seco

¾ xícara de ricota, esfarelada se estiver muito firme

3 colheres (sopa) de queijo canastra ralado grosseiramente – rale, depois meça

2 xícaras (320g) de tomates cereja, cortados ao meio no sentido do comprimento – meça, depois corte

5 raminhos de tomilho


Comece com a massa: no processador de alimentos, junte as farinhas, o açúcar e o sal e pulse para misturar. Junte a manteiga e o azeite e pulse algumas vezes, até obter uma farofa grossa. Em um potinho, misture bem a gema e a água gelada com um garfo, e acrescente ao processador, pulsado até que uma massa comece a se formar. Retire a massa do processador, forme um disco com ela e embrulhe em filme plástico. Leve à geladeira por 1 hora (pode ser feita de véspera se você quiser).


Enquanto isso, prepare o recheio: em uma frigideira antiaderente grande, derreta a manteiga e junte o alho-poró. Tempere com sal e pimenta do reino e refogue, mexendo algumas vezes, até o alho-poró amaciar. Junte o vinho branco, cozinhe por 1-2 minutos até evaporar, e então retire do fogo. Deixe esfriar completamente.


Pré-aqueça o forno a 180°C. Transfira o disco de massa para um pedaço grande de papel manteiga. Cubra com outro pedaço de papel e vá abrindo a massa com um rolo, até obter um círculo de aproximadamente 30cm de diâmetro.


Espalhe a ricota sobre a massa, deixando uma borda de cerca de 2cm. Sobre a ricota, espalhe o alho-poró refogado de maneira uniforme. Cubra com o queijo canastra, e então arrume os tomatinhos por cima.


Com cuidado, vá dobrando a massa da beirada sobre parte do recheio. Transfira a galette para uma assadeira, deslizando o papel manteiga com a torta diretamente para a assadeira.


Leve a galette à geladeira por 15 minutos. Arrume os raminhos de tomilho sobre a os tomates e leve a galette ao forno por 35-40 minutos ou até que doure bem. Sirva quente ou morna.


Rend.: 4 porções, servidas com salada ou como entrada

terça-feira, março 29, 2022

Molho de tomate da Marcella Hazan, o Oscar, e os clássicos


Molho de tomate da Marcella Hazan


Domingo passado eu tinha dito para o João que não assistiria ao Oscar, porque termina tarde demais e os resultados dos últimos anos não compensavam o meu sono perdido. Só que no começo da noite eu caí em tentação e acabei vendo. Foi tudo bem sem graça, como em anos anteriores, o meu favorito do coração só levou 1 estatueta apesar das 12 indicações, mas pelo menos vi a maravilhosa Jane Campion com o troféu nas mãos.

 

Will Smith ter levado o prêmio foi, para mim, uma das grandes injustiças da história do Oscar, tendo os impecáveis Benedict Cumberbatch e Andrew Garfield concorrendo com ele – nível Gwyneth Paltrow de injustiça. Ele como ator não merecia, ele é caricato, o filme é ruim... Sinto sono só de escrever sobre isso. E nada contra Will: se ele tivesse ganhado quando foi indicado com “Ali”, eu teria aplaudido.

 

E falando nele, a cerimônia virou uma confusão danada por causa do tapa bem dado na cara do Chris Rock e o barraco acabou ofuscando um pouco os prêmios, mas sinceramente, pensando nos ganhadores, nem precisava ter tido porrada para que isso acontecesse: alguém vai mesmo se lembrar de “No Ritmo do Coração” daqui a dez anos? Ou cinco?

 

No futuro, falaremos de “Ataque dos Cães”, da beleza do filme, do roteiro, das interpretações, da fotografia, em como foi inovador e provocador, tendo feito até o Sam Elliott ter um ataque de Maria Pelanca. Falaremos do quanto Jane Campion é incrível e de como ela inovou não só o cinema, mas também a TV, sendo aplaudida de pé por minutos a fio em Cannes com um seriado – quem viu “Top of the Lake” sabe. Falaremos, no futuro, em como o filme foi preterido por algo mais palatável, uma Sessão da Tarde fofinha.

 

Alguém ainda se lembra de “Crash – No Limite”, a não ser que seja para comentar a injustiça que houve com “Brokeback Mountain”? Aliás, o único “Crash” do qual eu sempre lembro é o do Cronenberg.

 

“Ataque dos Cães” se tornará um clássico, não há dúvida. E os clássicos são eternos.

Falando neles, depois de quinze anos de blog, finalmente preparei o molho de tomate da Marcella Hazan, a versão com tomate pelado – difícil de acreditar que eu nunca tinha feito esta receita antes, mas sempre que eu lembrava de prepará-la já tinha colocado azeite na panela e picado a cebola, daí deixava para uma próxima.

 

O molho é incrivelmente fácil de fazer, prático e o melhor de tudo: delicioso. A manteiga dá textura ao molho, além de sabor, deixando-o aveludado. Fiquei apaixonada pela receita e já a repeti mais algumas vezes depois do dia da foto. Tenho certeza de que quem ainda não provou, vai amar.

 

Aproveito para lhes contar que o manjericão que usei no molho estava congelado: manjericão estraga super fácil, então congelo para usar em molhos e pizzas (antes de assar). Não serve para fazer salada, mas para receitas em que haja algum tipo de cozimento é uma mão na roda e evita desperdício.

 

Molho de tomate da Marcella Hazan

um nadinha adaptado daqui

 

2 latas de tomates pelados, passados pelo liquidificador ou mixer

1 lata de água fria (meça nas latas para "enxaguar" o restinho de tomate nelas)

5 colheres (sopa) – 70g – de manteiga sem sal

1 cebola média, descascada e cortada ao meio, sem separar as pétalas

1 folha de louro

sal e pimenta do reino moída na hora

folhas de manjericão fresco

 

Coloque os tomates batidos, a água, a cebola com a parte cortada virada para baixo, a manteiga, o louro, o sal e a pimenta em uma panela grande (precisa ser alta, porque o molho espirra um pouco durante o cozimento). Misture levemente para incorporar os temperos e leve ao fogo baixo, com a panela destampada, por cerca de 40 minutos, mexendo de vez em quando para não grudar no fundo.

 

Desligue o fogo, remova a cebola e o louro e junte o manjericão. Sirva com o macarrão da sua preferência.

 

Rend.: o suficiente para 500g de macarrão

 

terça-feira, março 22, 2022

Cookies com gotas de chocolate e castanha de caju com farinha de centeio, um tuíte grosseiro, e posts de blogs de comida


Cookies de chocolate e castanha de caju com farinha de centeio


Umas duas semanas atrás fui marcada no Twitter pela minha leitora querida Carol Himura em um tuíte de uma mulher chamada Catharine Richert, grossa feito um cão, que dava um conselho aos blogueiros de comida: que tudo o que as pessoas querem é a receita, que não estão nem aí para as histórias que a acompanham, entre outras coisas.



(ao começar a digitar este texto, escrevi o nome dela como “Chatharine”, vão vendo). :)

A Carol, muito linda, dizia que lia o blog por causa das minhas histórias: eu abri um sorriso largo quando li isso, me senti super lisonjeada e feliz – obrigada, querida. <3

Eu imagino que nem todo mundo tenha vontade de ler as histórias, eu mesma, quando ainda tinha tempo de ler blogs de comida (muitos anos atrás) nem sempre lia as histórias todas, dependia muito de quem estava escrevendo e o assunto do post. Mas achei uma atitude tão mesquinha e cretina a da Catharine, pois se ela quer só a receita é só rolar a página até encontrá-la: não vai cair o dedo. Não precisa fazer post grosseiro no Twitter, dando um “conselho” que, na verdade, ninguém pediu.

O que me conforta é o tanto de comentário que ela recebeu de volta, de pessoas argumentando com educação (ao contrário da própria) sobre o quanto ela estava sendo egoísta, pois muitos blogueiros recebem dinheiro dos anúncios nas páginas, e que ela estava reclamando de um conteúdo incrível postado na internet totalmente DE GRAÇA. Amei que teve gente falando pra ela comprar livros de receita para apoiar escritores, alguns disseram pra ela então gastar dinheiro em uma assinatura de revista de receitas, enquanto outros falaram para ela acessar sites como o Epicurious.

Aquele quentinho no coração de que ainda existe gente sensata nesse mundo doido. Alegria pensando que se eu conseguir terminar o meu livrinho e publicá-lo, vai ter gente lendo as histórias da minha vida com prazer.

Pensando em tudo isso, fiz um chá bem gostoso, sentei em frente ao computador e escrevi este post, e juntei a ele a receita de uns cookies deliciosos que fiz para levar para o trabalho tempos atrás. Sei que nem todo mundo vai ler o post em si e vai rolar direto para a receita, e tudo bem. Vai ter gente que vai ler o post, vai ter gente que vai ver só a receita, vai ter gente que vai fazer os cookies em casa e vai me marcar nas redes – todas as opções me deixam feliz. Se você ainda passa pelo meu cantinho depois de quase dezesseis anos nessa internet de meu deos (cheguei aqui quando era tudo mato!), muito obrigada – tenha certeza de que eu aprecio cada minuto que você passa por aqui. xx

 

Cookies com gotas de chocolate e castanha de caju com farinha de centeio

receita minha


- xícara medidora de 240ml

 

¾ xícara (105g) de farinha de trigo

½ xícara (70g) de farinha de centeio fina - pode ser substituída por farinha de trigo integral

½ colher (chá) de bicarbonato de sódio

1/8 colher (chá) de canela em pó

¼ colher (chá) de sal

½ xícara (113g) de manteiga sem sal, temperatura ambiente

¼ xícara (50g) de açúcar cristal

½ xícara (88g) de açúcar mascavo claro – aperte-o na xícara na hora de medir

1 ovo grande, temperatura ambiente

½ colher (chá) de extrato de baunilha

2 colheres (chá) de Frangelico (opcional)

1 xícara (175g) de gotas de chocolate amargo ou meio amargo – chocolate picado também funciona; se desejar, aumente um pouco a quantidade de chocolate para decorar os topos dos biscoitos antes de assar

2/3 xícara (93g) de castanhas de caju torradas sem sal, picadas – meça, depois pique

 

Em uma tigela média, misture bem com um batedor de arame a farinha de trigo, a farinha de centeio, o bicarbonato de sódio, a canela e o sal. Reserve.

Na tigela da batedeira, junte a manteiga e os açúcares e bata em velocidade médio-alta até obter um creme claro – raspe as laterais e o fundo da tigela algumas vezes durante todo o preparo da receita.

Junte o ovo e bata bem. Junte a baunilha e o Frangelico e bata.

Com a batedeira desligada, junte os ingredientes secos e então misture em velocidade mínima, somente até uma massa se formar. Desligue a batedeira e incorpore o chocolate e as castanhas de caju usando uma espátula de silicone.

Separe porções de 2 colheres (sopa) niveladas de massa por cookie e coloque em uma assadeira forrada com papel manteiga – como a massa ainda vai para a geladeira, as bolinhas podem ficar próximas umas das outras. Se quiser, decore o topo de cada cookie com um pedacinho de chocolate.

Leve à geladeira por 1 hora e, se quiser, pode refrigerar por até 24 horas.

Preaqueça o forno a 180°C. Forre duas assadeiras grandes com papel manteiga.

Arrume as porções de massa nas formas preparadas, deixando 5cm entre uma e outra.

Asse por 13-15 minutos ou até que comecem a dourar nas extremidades. Retire do forno, deixe esfriar nas assadeiras por 5 minutos, e então deslize o papel com os cookies para uma gradinha. Deixe esfriar completamente.

Os cookies podem ser guardados em um recipiente hermético em temperatura ambiente por até 5 dias. As bolinhas de massa crua podem ser congeladas por até 2 meses – congele em aberto, e então transfira para um saquinho plástico.

Rend.: cerca de 22 cookies

 

quarta-feira, março 16, 2022

Crumble Peach Melba com um toque de fubá e apego


Peach melba crumble com um toque de fubá


Quem me segue no Instagram deve saber que sou fã da Alison Roman: as receitas parecem deliciosas e fáceis de fazer (como a berinjela que postei aqui no blog tempos atrás), ela é divertida, linda, gosta mesmo de comida e os vídeos dela são tão bacanas que, sempre que estou tendo um dia meio bunda, corro para revê-los, pois sempre me deixam mais alegrinha (é isso ou uma bebidinha, e tem dias que faço o combo, porque né, o Brasil deixa qualquer um desgraçado da cabeça).

 

Reparei nos vídeos da Alison que ela sempre, ou quase sempre, usa uma colher de pau para preparar as receitas, uma colher que parece meio velhinha (pelo vídeo tenho a impressão de que falta um pedacinho na ponta). Ela usa a colher para misturar um ensopado, um macarrão com couve-flor (que estou doida pra fazer), entre outras coisas, e além disso sempre prova as receitas usando uma colher dourada: pois bem, Alison é apegada às colherinhas dela, e eu me identifiquei demais com isso.

 

Eu me apego. Eu me apego a muitas coisas. Ou “me agarro”, como diz o meu amigo querido Fellipe.

 

Assim com a Alison Roman, também tenho minha colher de pau preferida, que uso para todas as receitas salgadas (para doces, uso espátulas de silicone que nunca uso em nada salgado). Tenho minha assadeira preferida, já toda manchada com os efeitos do tempo, e o copo favorito que uso para tudo: vinho, água com gás, um drinkinho. Tenho minha almofada favorita pra ver TV no sofá, e o um cobertorzinho pequenino que comprei há anos, no qual me enrolo sempre que esfria – quase o Lino da turma do Charlie Brown.

 

Eu me apego a comidas, também: não pode faltar macarrão nesta casa, sempre tem pão no freezer, o pote de arroz nunca está vazio. Um bolinho para tomar café da tarde, hábito que se intensificou na pandemia, e uma leva de almôndegas no freezer que podem virar almoço ou sanduba. E crumbles: mesmo em dias extremamente quentes já fui louca o suficiente para ligar o forno para fazer um crumble, para depois comer suando, mas feliz. É uma sobremesa que amo, tão caseira e simples e mesmo assim tão deliciosa, que posso fazer com uma variedade enorme de frutas, inclusive congeladas, que é fácil de preparar e leva ingredientes básicos que eu sempre tenho em casa: farinha, açúcar, manteiga.

 

A receita de hoje foi resultado de uns pêssegos lindos que o João trouxe do supermercado no começo de janeiro: alguns estavam maduros e doces e eu os devorei logo de cara. Outros estavam mais sequinhos e meio sem gosto, então foram para o forno em forma de crumble com framboesas que eu tinha no freezer, para lembrar os sabores do Peach Melba, sobremesa inventada por Auguste Escoffier.

 

Testei também usar geleia de framboesa no lugar das framboesas, pois sei que nem todo mundo encontra as frutinhas para comprar, e deu certo: não fica exatamente a mesma coisa, mas fica bom também, desde que a geleia usada não seja doce demais.

 

Vocês também se apegam?

 

Crumble Peach Melba com um toque de fubá

receita minha

 

- xícara medidora de 240ml

 

Cobertura:

¼ xícara (35g) de farinha de trigo comum

¼ xícara (35g) de farinha de fubá mimoso (bem fininho)

2 colheres (sopa) de açúcar demerara ou cristal

1/8 colher (chá) de fermento em pó

1 pitada de canela em pó

1 pitada de sal

3 colheres (sopa) – 42g – de manteiga sem sal, derretida e fria

¼ xícara (22g) de aveia em flocos grossos

 

Recheio:

6 pêssegos grandes (500g no total)

½ xícara de framboesas, frescas ou congeladas – se for usar congeladas, não descongelar antes*

 

Preaqueça o forno a 180°C. Separe 4 potinhos refratários com capacidade para 150ml cada.

 

Cobertura: em um tigela pequena junte a farinha de trigo, o fubá, o açúcar, o fermento , a canela e o sal e misture com um batedor de arame. Acrescente a manteiga e misture com um garfo até obter uma farofa grossa. Incorpore a aveia com o garfo, e então leve a mistura ao freezer por 5 minutos enquanto você prepara o recheio.

 

Corte os pêssegos ao meio e remova os caroços. Em seguida, corte-os em cubos de cerca de 1,5cm. Junte as framboesas e misture levemente – se os pêssegos estiverem muito azedos, junte um pouquinho de açúcar e misture. Divida as frutas entre os potinhos e cubra com a farofinha.

Leve ao forno por cerca de 30 minutos ou até que a cobertura fique bem dourada e a fruta borbulhe.

Sirva puro, com creme de leite, chantilly ou sorvete.

 

* se preferir usar geleia em vez das framboesas, considere cerca de 1 colher (sopa) por potinho e distribua em pequenas porções sobre os pedaços de pêssego

 

Rend.: 4 porções