segunda-feira, novembro 27, 2006
Risoto de alho-poró
Quando me perguntam qual é o meu prato favorito, nem penso pra responder: risoto.
Além de saboroso (e ter status de comfort food, na minha opinião), é super versátil: dá pra ousar e inventar mil sabores diferentes, misturar os mais diversos ingredientes e até usar restinhos perdidos pela geladeira.
Não costumo comprar a Claudia Cozinha - acho cara pelo que apresenta - mas quando vi a edição de agosto tive que comprar: especial de risotos!
O risoto ficou delicioso! A receita original leva lingüiça, mas não quis usar. Penso em trocar por bacon da próxima vez.
Só não façam como eu: comi tanto que depois precisei ficar andando pelo apartamento para não explodir - me senti a própria Violet!
Risoto de alho-poró
62ml de azeite de oliva
4 alhos-porós em rodelinhas
150g de lingüiça fresca, aberta e esmigalhada
400g de arroz arbóreo
120ml de vinho tinto - usei branco
500ml de caldo de galinha - usei caldo de legumes
50g de manteiga gelada
40g de queijo Parmesão ralado
Numa panela grande, aqueça o azeite em fogo alto. Junte o alho-poró e frite por 5 minutos.
Adicione a lingüiça e frite por mais 1 minuto. Junte o arroz e deixe fritar por 1 minuto. Regue com o vinho e mexa até evaporar.
Acrescente o caldo - uma concha por vez - mexendo sempre até secar. Repita a operação até que o arroz esteja al dente.
Tire do fogo, acrescente a manteiga e o queijo e misture bem.
Sirva em seguida.
Rend.: 6 porções
domingo, novembro 19, 2006
Bolo Madeira
Estava de bobeira num domingo, procurando por algo bacana na TV, quando me bateu um desejo incontrolável de “bater um bolinho”, como diz a querida Dadivosa!
Folheei alguns livros, mas sempre que alguma foto me fazia pensar “é esse!”, me dava conta de que faltava algum ingrediente. Minha geladeira estava meio pobrinha, é verdade...
Encontrei duas receitas de um bolo bem basiquinho, chamado Madeira. Apesar de adorar este livrinho, optei pela outra receita por duas razões: o uso de amêndoas moídas (amo amêndoas) e por se tratar de uma receita da Donna Hay. Essa mulher é uma Midas dos tempos modernos, podem acreditar.
O bolo ficou meio baixinho – eu não tinha uma forma de bolo inglês do tamanho correto, daí decidi usar uma forma redonda, mesmo (25cm de diâmetro).
Apesar de “básico”, o sabor é ótimo, gostei bastante do resultado! Como adoro coisas cítricas, espremi limão em cima das fatias antes de comê-las. A textura do bolo permitia que todo o suco fosse absorvido – delícia!
Bolo Madeira
170g de açúcar
1 colher (sopa) de raspas de casca de limão siciliano*
3 ovos
1 ½ colher (sopa) de suco de limão siciliano* – usei 3 colheres (sopa)
100g de farinha de trigo
¾ colher (chá) de fermento em pó
75g de amêndoas finamente moídas
Usando a batedeira, bata a manteiga, o açúcar e as raspas de limão até obter um creme leve. Acrescente gradualmente os ovos e o suco de limão e bata bem. Peneire a farinha e o fermento por cima da mistura da tigela e incorpore. Misture as amêndoas moídas.
Coloque a massa na forma e asse por 45 minutos (faça o teste do palito).
Deixe na forma por
Rend.:
* A Luna fez a receita com o nosso limão verdinho e disse ter ficado muito bom também!
quinta-feira, novembro 16, 2006
Fettuccine com camarões e ervas frescas
Apesar de amar peixe, não sou muito fã dos outros frutos do mar. Alguns me dão alergia, então fico no mais básico: camarão. E confesso não achar tudo isso que as pessoas dizem...
Já contei a vocês que o João é meio chato pra comer. Picky eater total (tenho sorte de ele não ler o blog). Isso dificulta um pouco na hora de escolher as receitas. Tenho vontade de fazer e experimentar tudo, mas me freio um pouco pois ele é conservador nesse quesito...
Gosto de quando estou folheando um livro perto dele e ele vê uma foto e diz "faz esse?". Foi o caso do lombo e também deste macarrão (receita deste livro).
Fiquei brava porque os camarões que comprei estavam gigantes e diminuíram muito dentro da panela... :\ Mesmo assim, o prato ficou gostoso.
Acrescentei raspas de casca de limão (algo que não estava na receita).
Um casal de amigos estava em casa neste dia, por isso fiz a foto no dia seguinte, com o restinho de macarrão que havia sobrado. E o camarãozinho espetado no garfo foi único sobrevivente.
Update: Li alguns comentários sobre camarões congelados - os que usei comprei frescos e eu mesma limpei em casa. Não comprei os congelados justamente porque os achei pequeninos demais - além de não confiar muito na limpeza deles...
Fettuccine com camarões e ervas frescas
400g de fettuccine
100ml de azeite de oliva
3 dentes de alho, amassados - não usei
16 camarões grandes, limpos e sem as veinhas pretas (eca!) - usei 25
250g de tomates cereja cortados ao meio
1 punhado grande de salsinha picada grosseiramente
12 folhinhas de manjericão, rasgadas
30g de cebolinha picada - não usei
suco de 1 limão siciliano
raspas da casca de 1 limão siciliano (opcional)
Cozinhe o fettuccine em bastante água (com sal) até que fique al dente.
Enquanto isso, aqueça o azeite numa panela (usei a wok), junte o alho e os camarões. Quando eles ficarem rosados, junte os tomates e cozinhe por mais 1 minuto e retire do fogo (deixei mais tempo para que ficasse um caldinho dos tomates).
Escorra o macarrão, junte ao molho, adicione as ervas e o limão e misture.
Corrija o sal e sirva.
Rend.: 4 porções
terça-feira, novembro 14, 2006
Pane Alla Cioccolata
Semana passada, desencantei.
Não tenho processador, por isso fiz sem mesmo.
O pão me deu um baile, tenho que dizer. A massa era líquida como massa de bolo e não tinha a menor possibilidade de ser sovada com as mãos! Adicionei mais farinha - contra a minha vontade - e aí, sim, consegui mexer na massa. Xinguei até a 15ª geração da pessoa que escreveu a receita.
A massa rendeu bastante (1kg!!!), o pão ficou delicioso e muito macio - creio que tenha sido o mais fofinho que fiz. Comi um pedaço ainda quente e no outro dia levei uma fatia para o trabalho.
Ao chegar em casa, entretanto... Mal conseguia olhar pro pão. Só de imaginá-lo sentia embrulhos no estômago. Um absurdo, né? Era a minha crise de enxaqueca chegando com tudo. Dei o pão quase que inteiro para a minha assistente do lar (que ficou feliz da vida).
O pão tem o formato de trança - mas isso não se nota muito devido à cobertura de chocolate. Achei mais bonito - e mais saboroso - sem a cobertura. Caso queira usar, talvez fique mais bonito derreter o chocolate, colocar num cartuchinho de papel manteiga e confeitar (daí você obterá um pão parecido com o do site).
Pane Alla Cioccolata
350g de farinha de trigo (usei mais uns 100g, aprox.)
67g de açúcar
45g + 2 colheres (sopa) de cacau em pó
10g de fermento biológico seco
1 colher (chá) de sal
320ml de água morna
1 gema de ovo grande, em temperatura ambiente
15g de manteiga sem sal, em temperatura ambiente
1 colher (sopa) de óleo
125g de chocolate meio-amargo picado
Prepare a massa: em uma tigela grande ou no processador (use a lâmina), combine a farinha, o açúcar, o cacau, o fermento e o sal. Em uma tigela média, misture a gema e a água. Adicione aos ingredientes secos e mexa (ou processe) para formar uma massa macia. Coloque a massa numa superfície levemente enfarinhada e, usando as mãos, acrescente a manteiga e sove; continue sovando até que a massa fique macia e flexível - mais ou menos 10 minutos. No processador, misture por 45 segundos.
Coloque a massa numa tigela pincelada com óleo e vire-a para que fique toda untada. Cubra com um pano e deixe crescer até que dobre de tamanho - aprox. 1 hora.
Dê um soquinho na massa e coloque-a novamente numa superfície enfarinhada. Sove um pouquinho e divida em 3 partes iguais. Modele-as em bolas bem justas, cubra e deixe descansar por 15 minutos.
Depois, transforme as bolas em cordões, coloque-os numa forma forrada com papel manteiga e faça uma trança. Cubra e deixe crescer de novo.
Pré-aqueça o forno a 176ºC. Polvilhe a trança com o cacau restante. Asse no centro do forno até ficar com uma cor de mogno bem escura - aprox. 40 minutos. Retire do forno e salpique o chocolate picado sobre o pão ainda quente. Deixe esfriar e sirva em temperatura ambiente.
Rend.: 1 pão de 1kg
segunda-feira, novembro 13, 2006
Happy birthday to me... :D
Este é um dos meus minibolos favoritos - gostei bastante do resultado, pois foi a primeira vez que modelei flores em pasta americana.
Vou postar a receita do bolo - uma espécie de brownie "abrasileirado", pois não é tão maciço quanto o brownie original (leva fermento em pó) e também da pasta.
A receita do brownie é do livro da Patricia Schmidt e também já a encontrei na net como sendo do Açúcar União. É ótimo pois tem uma duração bacana (por causa da gordura presente na manteiga, no chocolate e nas nozes) e suporta bem o peso da pasta e das modelagens.
Se desejar fazer os bolinhos redondos, pegue um cortador da medida desejada (o da foto tem 10cm de diâmetro) e corte o bolo ainda quente, pois assim você pode juntar as rebarbas e formar um novo bolo (e obter aproveitamento máximo).
A receita da pasta americana é da Flávia Millás (com quem fiz um curso de bolo de dois andares e também de minibolos). A receita menor cobre cerca de 10 bolinhos (mas não sobra muito pra fazer modelagens). Para cobrir bolos (tanto pequenos quanto grandes) deve-se usar a massa feita na hora (pois ela endurece). Para modelagens, você pode "reavivar" a massa por pouquíssimos segundos no microondas e sová-la até que ela volte a ter elasticidade.
Use colheres de faqueiro para medir a receita da pasta (ao invés de colheres medidoras)
Espero que gostem!
Brownie
360g de farinha de trigo
280g de chocolate em pó
640g de açúcar
1 pitada de sal
220g de nozes picadas
8 ovos
240ml de óleo
200g de margarina ou manteiga sem sal, derretida
1 colher (sopa) de fermento em pó
essência de nozes ou baunilha a gosto
Misture tudo usando uma colher de pau e asse em forno moderado (160 - 180ºC) por mais ou menos 35 minutos, em forma untada e enfarinhada (medida da forma: 23 x 34,5cm).
Faça o teste do palito: ele deve sair seco nas beiradas da forma e com um pouco de massa grudada no meio.
Rend.: 8 a 9 bolinhos redondos de 10cm ou 16 porções retangulares - como as da foto abaixo:
4 colheres (sopa) cheias de água
1 colher (sopa) rasa de gelatina em pó sem sabor e incolor
1 colher (sopa) cheia (volume de um ovo) de glucose incolor
1 colher (sopa) de margarina forno e fogão - não usar manteiga
1 colher (chá) de essência de amêndoa, baunilha ou outra que desejar
açúcar impalpável o quanto baste
Em uma panelinha, coloque a água e salpique a gelatina por cima - a água vai hidratá-la. Leve ao banho-maria e mexa até a gelatina derreter. Desligue o fogo, pois o calor em excesso destrói as propriedades da gelatina.
Junte a glucose e mexa bem para dissolver; junte a margarina e a essência. Misture.
Coloque uma quantidade de açúcar numa superfície boa para trabalhar (granito, mármore, etc) e faça uma cova no centro. Jogue os líquidos e comece a trabalhar com uma espátula, como se estivesse fazendo pão. Adicione mais açúcar se necessário até formar uma massa (cuidado com o excesso ou sua massa ficará dura e ressecada). Sove vigorosamente para que ela se torne elástica - até que, ao apertar a massa, seus dedos fiquem marcados nela mas sem grudar em excesso. A cor é marfim (nunca branco absoluto).
Tinja da cor que preferir (use corante alimentício em gel). Use imediatamente, pois ela resseca em contato com o ar. A massa que sobrar deve ser guardada em saco plástico por até 15 dias.
Nunca coloque a massa e nem os bolos cobertos com ela em geladeira. Pasta americana teme umidade.
A receita acima cobre bolos de 15 a 20cm.
Para bolos de 25 a 30cm:
7 colheres (sopa) cheias de água
2 colheres (sopa) rasa de gelatina em pó sem sabor e incolor
2 colheres (sopa) cheia (volume de um ovo) de glucose incolor
2 colheres (sopa) de margarina forno e fogão - não usar manteiga
2 colheres (chá) de essência de amêndoa, baunilha ou outra que desejar
açúcar impalpável o quanto baste
Para bolos de 35 a 40cm:
10 colheres (sopa) cheias de água
3 colheres (sopa) rasa de gelatina em pó sem sabor e incolor
3 colheres (sopa) cheia (volume de um ovo) de glucose incolor
3 colheres (sopa) de margarina forno e fogão - não usar manteiga
3 colheres (chá) de essência de amêndoa, baunilha ou outra que desejar
açúcar impalpável o quanto baste