segunda-feira, fevereiro 17, 2014

Blondies de manteiga de amendoim e geleia com um toque de sal, dois ótimos caras deixados de fora do Oscar e um filme medíocre

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Salted peanut butter and jelly blondies / Blondies de manteiga de amendoim e geleia com um toque de sal

Quando o assunto é Oscar aparentemente todo ano tem sempre alguém talentoso (ou mais de um) deixado de fora da competição, e até já escrevi sobre isso. Este ano tanto Tom Hanks quanto Paul Greengrass foram “esquecidos” por seu trabalho incrível em “Capitão Phillips”, o que eu acho realmente injusto. Eu não diria que a performance de Hanks é a melhor dentre os indicados – esse título ainda pertence a Leo – mas é certamente superior à de Christian Bale no medíocre “Trapaça” e à de Matthew McConaughey em “Clube de Compras Dallas”.

No quesito diretores, a indicação de David O. Russel é uma piada de mau gosto e pensar que ele foi incluído no jogo às custas de Greengrass faz a competição deste ano ainda mais ridícula (acho que deu para perceber o quanto detestei “Trapaça”). :D

Depois de desperdiçar 138 minutos da minha vida em um filme tão ruim eu precisava de algo saboroso e rapidinho de fazer – o vidro de geleia de framboesa pela metade na geladeira (sobra dos biscoitos que preparei um tempo atrás) e o pote de manteiga de amendoim recém-comprado foram combinados para criar estas blondies. Enquanto as cortava em quadradinhos e pensava no filme, me toquei de que Bradley Cooper – o ator pobrinho que estrela coisas como “Se Beber, Não Case!” – já tem duas indicações ao Oscar em um período de dois anos (e por dois filmes abaixo da média) enquanto que a Academia levou mais de vinte anos para indicar o melhor ator do mundo pela primeira vez – fiquei tão passada que tive que comer uma barrinha na hora. :D

Blondies de manteiga de amendoim e geleia com um toque de sal
um nadinha adaptadas da revista Bon Appétit

- xícara medidora de 240ml

½ xícara (113g) de manteiga sem sal, derretida
1¼ xícaras (175g) de farinha de trigo
1 colher (chá) de fermento em pó
¼ colher (chá) de sal comum
2 ovos grandes
200g de açúcar mascavo claro
¾ xícara de manteiga de amendoim do tipo crunchy
1 colher (chá) de extrato de baunilha
2 ½ colheres (sopa) de geleia de framboesa
sal marinho em flocos, como o Maldon

Pré-aqueça o forno a 180°C. Unte levemente com manteiga uma forma quadrada de 20cm, forre-a com papel alumínio deixando sobras em dois lados opostos, formando “alças”, e unte o papel também.
Em uma tigela média, misture com um batedor de arame a farinha, o fermento e o sal comum. Em uma tigela grande, com o batedor de arame, misture os ovos, o açúcar mascavo, a manteiga de amendoim, a manteiga e a baunilha. Acrescente os ingredientes secos e misture de baixo para cima. Transfira a massa para a forma e alise a superfície. Espalhe colheradinhas de geleia sobre a massa e asse por 30 minutos (faça o teste do palito). Salpique com um pouquinho de sal marinho e deixe esfriar completamente a forma, sobre uma gradinha. Corte em quadradinhos para servir.

Rend.: 16 unidades

sexta-feira, fevereiro 14, 2014

Bolo de laranja e sour cream, a Internet e calças de cintura alta

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Orange sour cream Bundt cake / Bolo de laranja e sour cream

Dias atrás uma amiga fez a seguinte pergunta no Facebook: “como era a sua vida antes da Internet?” – não respondi, entretanto tenho pensado nisso desde então. Adoro a Internet e não há um dia em que eu não use a rede, mesmo que seja por cinco minutos: é ótimo não precisar ir ao banco pagar contas, poder comprar ingresso para o cinema com antecedência (e sem filas!), ver filmes e seriados que demoram séculos para chegar ao Brasil (quando chegam) e, bem, eu adoro escrever um blog, também. :D

Claro que há coisas horríveis online, mas é a vida, não? Há coisas boas e coisas ruins – acho que é a natureza humana (infelizmente).

Sou desavergonhadamente curiosa, por isso a Internet é uma ferramenta bastante útil; por exemplo, enquanto assisti a “Ela” outro dia fiquei pensando sobre as calças de cintura alta usadas pelos personagens masculinos do filme: eu tinha certeza de que significavam algo, e alguns cliques me ajudaram a descobrir tudo sobre isso (Spike Jonze disse que as calças “te fazem se sentir abraçado”, o que tem tudo a ver com o tema do filme, e me fez amá-lo ainda mais). <3

A Internet também é bem útil quando preciso substituir ingredientes: há muito tempo li em algum lugar como fazer creme azedo (sour cream) em casa (o produto só começou a ser comercializado recentemente por aqui). Tenho usado esta dica preciosa há anos em diversas receitas, tais como a do bolo de laranja delicioso, úmido e irresistível da foto: se vocês gostam de bolos bem molhadinhos com calda e que ficam ainda mais gostosos no dia seguinte esta receita é para vocês – e quem for doido por cítricos como eu também vai amar. :D

Bolo de laranja e sour cream
um nadinha adaptado daqui

- xícara medidora de 240ml

Bolo:
1 xícara (226g) de manteiga sem sal, amolecida
1 ¼ xícaras (250g) de açúcar cristal, uso dividido
4 ovos, claras e gemas separadas
raspas da casca de 2 laranjas grandes
1 colher (chá) de extrato de baunilha
2 xícaras (280g) de farinha de trigo
1 ½ colheres (chá) de fermento em pó
1 ½ colheres (chá) de bicarbonato de sódio
¼ colher (chá) de sal
1 ½ xícaras de creme azedo (sour cream)*

Calda:
¼ xícara (50g) de açúcar cristal
¼ xícara (60ml) de suco de laranja
2 colheres (sopa) de Cointreau ou outro licor de laranja

Glacê:
¾ xícara (105g) de açúcar de confeiteiro
3-4 colheres (chá) de suco de laranja

Pré-aqueça o forno a 180°C. Unte com manteiga e enfarinhe uma forma de furo central canelada (tipo Bundt) com capacidade para 10 xícaras de massa.
Na batedeira, bata a manteiga com 1 xícara (200g) do açúcar até obter um creme claro e fofo. Junte os ovos, um a um, batendo bem a cada adição. Raspe as laterais da tigela ocasionalmente. Junte as raspas de casca de laranja e a baunilha.
Em uma tigela média, misture com um batedor de arame a farinha, o fermento, o bicarbonato e o sal. Em velocidade baixa, adicione estes ingredientes em três adições, alternando com o sour cream em duas adições. Em outra tigela, com batedores limpos e bem secos, bata as claras até que comecem a espumar. Acrescente o ¼ xícara (50g) de açúcar restante, sendo 1 colher (sopa) por vez, e continue batendo até que picos firmes se formem. Com uma espátula, gentilmente incorpore 1/3 das claras à massa, e em seguida incorpore o restante, mexendo de baixo para cima. Transfira a massa para a forma preparada e alise a superfície.
Asse no centro do forno por cerca de 1 hora ou até que o bolo cresça e doure (faça o teste do palito). Deixe esfriar na forma por 20 minutos e então desenforme com cuidado sobre uma gradinha.

Enquanto o bolo esfria na forma prepare a calda: em uma panelinha, misture o açúcar, o suco de laranja e o Cointreau e leve ao fogo médio até começar a ferver. Abaixe o fogo e ferva em fogo baixo até a mistura reduzir para 1/3 xícara (80ml). Deixe esfriar por 5 minutos e então pincele o bolo quente com a calda. Deixe esfriar completamente.

Glacê: peneire o açúcar em uma tigelinha e adicione o suco aos poucos, misturando, até obter uma consistência boa para espalhar sobre o bolo – se necessário, junte mais suco. Espalhe o glacê sobre o bolo. Deixe o glacê secar, cerca de 30 minutos.

* creme azedo (sour cream) caseiro: para preparar 1 xícara de creme azedo, misture 1 xícara (240ml) de creme de leite fresco com 2-3 colheres (chá) de suco de limão ou limão siciliano em uma tigela. Vá mexendo até que comece a engrossar. Cubra com filme plástico e deixe em temperatura ambiente por 1 hora ou até que engrosse um pouco mais (geralmente faço o meu na noite anterior e deixo sobre a pia – com exceção de noites extremamente quentes – coberto com filme plástico; na manhã seguinte o creme fica bem cremoso – leve à geladeira para ficar mais espesso ainda)

Rend.: 10-12 porções

quarta-feira, fevereiro 12, 2014

Espaguete siciliano com tomates, alho e amêndoas e "Ela"

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Sicilian pasta with tomatoes, garlic and almonds / Espaguete siciliano com tomates, alho e amêndoas

Continuando com a maratona para ver os filmes indicados ao Oscar deste ano, fiquei extremamente surpresa com o quão tocada fiquei com “Ela” – apesar de às vezes genial, o estilo de Spike Jonze, para mim, beira a loucura (lá juntinho com Michel Gondry), por isso eu realmente não esperava amar tanto o filme.

Joaquin Phoenix é um ator fantástico – a Academia deveria ter serrado o troféu ao meio em 2001 para que ele e Benicio o dividissem – e sua performance em “Ela” é tão sublime que fica difícil encontrar palavras para descrevê-la. Eu facilmente abriria um lugarzinho para ele na categoria Melhor Ator este ano, facilmente votaria em “Ela” para Melhor Filme (apesar de meu amor por “Gravidade”) e definitivamente o escolheria como Melhor Roteiro Original. Depois de ler a sinopse do filme fiquei pensando em como seria possível para Jonze encontrar um meio aceitável de terminá-lo, mas ele o fez e para mim foi perfeito.

Surpresa também, para mim, foi esta receita: quando vi a Nigella preparando o macarrão na TV não pensei que algo tão simples ficaria tão bom – tudo o que você precisa fazer é cozinhar um pouco de espaguete e bater todos os ingredientes do molho do processador. O molho não é cozido, o que torna este prato perfeito para este calor infernal (menos tempo na frente do fogão).

Espaguete siciliano com tomates, alho e amêndoas
um nadinha adaptado do maravilhoso Nigellissima: Easy Italian-Inspired Recipes

200g espaguete (ou outra massa da sua preferência)
100g de tomate cereja
2 colheres (sopa) de parmesão ralado bem fininho
10g de passas claras
1 dente de alho pequeno
1 colher (sopa) de alcaparras (drenadas)
25g de amêndoas sem a pele
1 ½ colheres (sopa) de azeite de oliva extra-virgem
1 punhado de manjericão fresco

Cozinhe o espaguete em uma panela grande de água salgada até que fique al dente (siga as instruções da embalagem).
Enquanto isso, prepare o molho: coloque todos os ingredientes restantes (exceto o manjericão) no processador de alimentos e processe até obter um molho pedaçudo.
Antes de escorrer o macarrão, reserve ½ xícara da água do cozimento e adicione ½ colher (sopa) de água ao molho, e pulse ao adicioná-la.
Retorne o macarrão à panela quente, despeje o molho por cima e misture para cobrir toda a massa com ele (junte mais água do cozimento se necessário). Salpique com o manjericão e sirva.

Rend.: 2 porções


segunda-feira, fevereiro 10, 2014

Biscoitinhos cítricos com semente de papoula, Matthew e Leo

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Citrus and poppy seed slice and bakes / Biscoitinhos cítricos com sementes de papoula

Admiro atores que são comprometidos com sua arte e estão dispostos a ir além por um papel, mas engordar/emagrecer/ficar feio para um personagem deve ser parte da preparação, não o único destaque – a transformação física e o talento devem seguir de mãos dadas. Nicole Kidman ganhou um Oscar por causa de um nariz postiço e não muito mais do que isso, enquanto que a impressionante perda de peso de Christian Bale em “O Vencedor” foi parte de sua interpretação de Dicky Eklund, não toda ela.

Assisti a “Clube de Compras Dallas” semana passada e apesar de não ter achado nada de incrível – é um filme OK com excelentes performances, como “Monster – Desejo Assassino” – o nível de dedicação de Matthew McConaughey e Jared é espetacular. Leto deveria ter tido mais tempo de tela, simplesmente maravilhoso como Rayon, e a performance contida, porém forte de Matthew é algo completamente diferente do seus filmes do passado, mas ainda acho que um roteiro melhor e um diretor mais talentoso conseguiriam tê-lo feito render mais (ele está ainda mais brilhante em “True Detective”, por exemplo).

Dito isso, se fosse eu a responsável por escolher o vencedor do Oscar de Melhor Ator este ano a estatueta iria para as mãos de Leonardo DiCaprio: ele é dez vezes mais ator do que Matthew jamais será (mesmo este tendo evoluído muito nos últimos anos) e seu personagem é detestável, mesmo com o tom de comédia (ou quase isso) que Scorsese escolheu para o filme, enquanto que o personagem de Matthew tem o fator empatia/compaixão a seu favor; o Lobo é um personagem complexo que expressa e desperta diversos sentimentos e emoções diferentes durante todas as três horas do filme e DiCaprio adicione camadas e camadas a ele, tornando-o odioso mas interessante, e eu não vi isso em Ron Woodroof – acho que o personagem poderia ter chegado a um nível bem diferente nas mãos de alguém mais talentoso como o próprio Leo ou Christian Bale.

Estes biscoitinhos são gostosos, amanteigados e simples de fazer – a receita original pedia por limão siciliano apenas, mas decidi usar laranjas, também, e incrementei com as sementes de papoula para deixá-los mais interessantes: elas dão uma carinha bonita e um toque crocante aos cookies. Entretanto, são opcionais já que por aqui nem sempre são fáceis de encontrar – digamos que os biscoitinhos sem elas são uma versão Matthew McConaughey enquanto que com elas são uma versão Leonardo DiCaprio. ;)

Biscoitinhos cítricos com semente de papoula
um nadinha adaptados do Epicurious

- xícara medidora de 240ml

Biscoitos:
2 ½ xícaras (350g) de farinha de trigo
¼ colher (chá)s de sal
2 ½ colheres (sopa) de sementes de papoula (opcionais)
1 xícara (226g) de manteiga sem sal, temperatura ambiente
¾ xícara (150g) de açúcar cristal
raspas da casca de 1 limão siciliano grande
raspas da casca de 1 laranja grande
1 colher (chá) de extrato de baunilha
4 gemas grandes

Glacê:
¾ xícara (105g) de açúcar de confeiteiro
½ colher (sopa) de suco de limão siciliano, mais se necessário
½ colher (sopa) de suco de laranja, mais se necessário

Biscoitos: em uma tigela média misture com um batedor de arame a farinha, o sal e as sementes de papoula. Na batedeira, bata a manteiga, o açúcar, as raspas de limão e laranja e a baunilha até obter um creme claro, cerca de 3 minutos (raspe as laterais da tigela ocasionalmente). Junte as gemas, bata somente até incorporar. Em velocidade baixa, adicione os ingredientes secos e misture somente até incorporar. Divida a massa em duas partes iguais e coloque cada metade em um pedaço grande de papel manteiga; forme um cilindro de aproximadamente 3,5cm de diâmetro com a massa, fechando-a dentro do papel manteiga usando uma régua – como a Martha faz aqui. Feche as pontas e leve à geladeira até firmar bem, mais ou menos 2 horas.
Pré-aqueça o forno a 180°C; forre duas assadeiras grandes com papel manteiga. Desembrulhe um dos cilindros de massa (mantenha o outro no freezer). Corte em fatias de 5mm e coloque-as nas assadeiras preparadas deixando um espaço de 2,5cm entre uma e outra. Asse até que os biscoitos firmem e as extremidades dourem, 12-14 minutos. Deixe esfriar um pouco nas assadeiras sobre gradinhas, depois retire, transfira para as gradinhas e deixe esfriar completamente. Repita com o outro cilindro de massa.

Glacê: peneire o açúcar em uma tigelinha e adicione os sucos, misturando, até obter um glacê – se necessário, junte mais suco aos pouquinhos. Espalhe o glacê sobre toda a superfície dos biscoitos ou apenas regue com um garfo em (foi o que fiz). Deixe o glacê secar, cerca de 10 minutos.
Os biscoitos podem ser guardados em recipiente hermético por até 3 dias.

Rend.: cerca de 50 unidades

sexta-feira, fevereiro 07, 2014

Charutinhos de repolho - diferentes dos que minha mãe costumava fazer

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Stuffed cabbage parcels / Charutinhos de repolho

Ainda no assunto gostos que mudam, há alimentos que eu hoje adoro e que não suportava quando criança (ou até mesmo no começo da vida adulta). Já escrevi sobre isso, mas estes charutinhos de repolho me fizeram pensar nisso novamente, pois minha mãe costumava fazer uma versão deles que eu, quando pequena, odiava. Vocês podem achar que eu não gostava do prato por ser criança e crianças odeiam verduras e legumes, mas não era isso, não: eu comia baciadas de repolho cru só com limão e sal. O problema, para mim, era que os charutinhos eram molengas e aguados, e o recheio (feito com uma mistura de carne moída e arroz) virava uma coisa compacta dentro das folhas de repolho – e a minha mãe era uma cozinheira de mão cheia, o que me deixa com pena de todo mundo que comia charutinhos preparados daquele jeito. :S

Estes charutinhos, entretanto, uma receita que adaptei ligeiramente de Anna Del Conte (de quem a Nigella tanto fala), são outra história, e foi por isso que quis fazê-los assim que li a receita: em vez do arroz, a carne moída é combinada com linguiça e parmesão – um ótimo começo, não? E eu adicionei um punhado generoso de salsinha, pois tudo fica mais gostoso com ervas frescas. Os rolinhos são assados em vez de cozidos em água na panela de pressão – outro ótimo passo para evitar que o prato fique aguado. E, para tornar tudo ainda mais saboroso, há molho de tomate, e eu sou louca por molho de tomate.

Os charutinhos ficaram uma delícia e para mim esta se tornou A forma de prepará-los – meu marido, que também cresceu comendo charutinhos feitos do outro jeito, adorou, também. :)

Charutinhos de repolho
da sempre apetitosa revista Delicious UK

400g de repolho verde, as folhas externas removidas (podem ser usadas em outra receita)
350g de carne bovina moída magra
2 linguiças, sem as pele, esmigalhadas
3 colheres (sopa) de parmesão ralado
1 ovo grande
sal e pimenta do reino moída na hora
1 pitada de noz-moscada ralada na hora
30g de pão de forma branco, sem as cascas
5 colheres (sopa) de leite integral
1 cravo-da-índia
1 punhado generoso de salsinha picada
2 dentes de alho cortados ao meio
azeite de oliva para untar
4 tomates bem maduros
25g de manteiga sem sal

Corte o talo inferior do repolho e, com cuidado, remova e separe as folhas. Lave-as.
Leve uma panela grande de água salgada ao fogo até ferver, e então adicione as folhas de repolho, cozinhando-as por 3 minutos. Retire-as com jeitinho da panela usando uma escumadeira e arrume-as sobre uma camada dupla de papel toalha.
Recheio: em uma tigela grande, misture a carne moída, a carne das linguiças, o parmesão e ovo. Tempere com sal, pimenta do reino, a noz-moscada e misture. Em uma panelinha, junte o pão, o leite e o cravo e leve ao fogo baixo, mexendo, até o pão absorver o leite. Descarte o cravo e incorpore o pão à mistura de carne. Tempere novamente se necessário e junte a salsinha.
Pré-aqueça o forno a 190°C. Separe um refratário raso grande (um em que caibam os rolinhos um ao lado do outro) e esfregue-o com um dos dentes de alho e um pouco de azeite. Enxugue as folhas de repolho com papel toalha e remova a parte mais dura do talo. Coloque 1 colher (sopa) cheia de recheio em cada folha e enrole, formando um pacotinho, e deixe a emenda virada para baixo. Assume os charutinhos lado a lado no refratário. Corte os tomates ao meio, retire as sementes e coloque no processador com sal, pimenta e os dentes de alho (incluindo o que você passou no refratário). Processe até obter um purê e então derrame sobre o repolho. Coloque um pedacinho de manteiga sobre cada charutinho, cubra o refratário com papel alumínio e leve ao forno por 25 minutos. Sirva imediatamente.

Rend.: 4 porções – com esta quantidade de recheio consegui 16 charutinhos