Ameixas são uma das minhas frutas preferidas e geralmente como todas antes de conseguir preparar alguma receita com elas. Mas desta vez as ameixas estavam azedas demais – mesmo para o meu paladar cítrico – e se tornaram esta galette ótima: a massa, super flocosa, é uma delícia e segura bem os sucos da fruta sem ficar encharcada, e as ameixas, macias e perfeitamente doces, ganham um “tchan” com as sementes de baunilha – uma combinação perfeita. Geralmente sou bem controlada com os doces que preparo mas desta vez comi duas fatias enormes de galette de uma vez só. :S
Se sou controlada com a comida – pelo menos, de vez em quando – não posso dizer o mesmo dos meus filmes favoritos: assisti a "Ilha do Medo" pela terceira vez ontem à noite. :D
Galette de ameixa e baunilha
do sempre lindo e delicioso Rustic Fruit Desserts
- xícara medidora de 240ml
Massa:
1 ¾ xícaras (245g) de farinha de trigo
1 colher (sopa) de açúcar cristal, de preferência orgânico
¼ colher (chá) de sal
¾ xícara (168g) de manteiga sem sal, gelada e em cubinhos pequenos
3 colheres (sopa) de água gelada, mais se necessário
1 colher (chá) de suco de limão ou limão siciliano espremido na hora
Recheio:
¾ xícara (150g) de açúcar cristal, de preferência orgânico
1 fava de baunilha, aberta no sentido do comprimento, sementinhas raspadas com as costas da faca
1 colher (sopa) de amido de milho
1 pitada de sal
6 ameixas, sem os caroços e cada uma delas cortada em oito fatias – aproximadamente 675g depois de descaroçadas
creme azedo (sour cream)*, crème fraîche ou sorvete de baunilha para servir
Prepare a massa: coloque a farinha, o açúcar e o sal na tigela do processador de alimentos e leve ao freezer por 10 minutos ou até os ingredientes gelarem bem.
Coloque a tigela no processador e pulse para combinar os ingredientes. Acrescente a manteiga e vá pulsando até obter uma farofa grossa. Em um copinho, misture a água e o suco de limão e vá adicionando ao processador enquanto pulsa – pulse até que a massa comece a se formar; ela não estará homogênea mas se juntará ao ser pressionada na palma das mãos – se for necessário, acrescente um pouquinho de água gelada e pulse. Transfira a massa para uma superfície levemente enfarinhada e forme um disco com ela. Embrulhe em filme plástico e leve à geladeira por pelo menos 1 hora (a massa bem embrulhada pode ser mantida na geladeira por até 3 dias ou congelada por até 3 meses).
Forre uma assadeira grande com papel alumínio.
Prepare o recheio: em uma tigela grande, junte o açúcar e as sementes de baunilha e esfregue-os com as pontas dos dedos. Acrescente o amido de milho e o sal e esfregue todos os ingredientes juntos com as pontas dos dedos. Separe 2 colheres (sopa) desta mistura e reserve. Junte as ameixas à tigela e misture bem para cobrir todas as fatias de fruta com a mistura de açúcar.
Abra a massa entre duas folhas de papel manteiga levemente enfarinhadas até obter um círculo de 32-35cm de diâmetro. Salpique a mistura de açúcar reservada no centro do círculo de massa deixando uma borda de 5cm. As ameixas soltaram suco, por isso, levante cada fatia de fruta da tigela e vá arrumando sobre a massa, formando um círculo sobre a mistura de açúcar. Regue as ameixas com 1 colher (sopa) do líquido restante na tigela – mais do que isso pode empapar a sua massa. Dobre as laterais da massa sobre o recheio.
Coloque a galette na geladeira por 20 minutos – enquanto isso, pré-aqueça o forno a 200°C.
Asse a galette por 30 minutos; abaixe a temperatura do forno para 180°C e asse a torta por mais 20-25 minutos ou até que a massa doure e o recheio esteja borbulhando – se a massa começar a dourar rápido demais cubra-a com um pedaço de papel alumínio, de maneira frouxa.
Deixe a torta esfriar por 30 minutos antes de servir.
A torta pode ser mantida por até 2 dias em temperatura ambiente coberta com um pano de prato seco.
* creme azedo (sour cream) caseiro: para preparar 1 xícara de creme azedo, misture 1 xícara (240ml) de creme de leite fresco com 2-3 colheres (chá) de suco de limão ou limão siciliano em uma tigela. Vá mexendo até que comece a engrossar. Cubra com filme plástico e deixe em temperatura ambiente por 1 hora ou até que engrosse um pouco mais (geralmente faço o meu na noite anterior e deixo sobre a pia – com exceção de noites extremamente quentes – tampadinho com filme plástico; na manhã seguinte o creme fica bem espesso – leve à geladeira para ficar mais cremoso ainda)
Rend.: 8-10 porções
segunda-feira, fevereiro 13, 2012
Galette de ameixa e baunilha
sexta-feira, fevereiro 10, 2012
Amanteigados com cranberries secas + Tilda
Há coisas que sabemos sem a necessidade de muita explicação – simplesmente sentimos. Até hoje não assisti a “O Discurso do Rei” mas sei, lá no fundo, que a sua vitória como melhor filme ano passado foi algo extremamente errado. E sei disso porque assisti a cinco dos filmes que concorriam com ele – se o mundo fosse um lugar justo isso jamais teria acontecido. E não vou nem falar em Tom Hooper ter ganhado o prêmio de melhor diretor – isso foi uma heresia.
Assisti a “Precisamos Falar Sobre o Kevin” ontem à noite e saí do cinema com uma mistura de emoções difícil de descrever. Se dependesse de mim o prêmio de melhor atriz esse ano seria de Tilda e não preciso assistir às outras performances para saber disso – apenas sinto lá no fundo do coração que ninguém pode superá-la esse ano, apesar de meu amor por Close e Streep: é humanamente impossível.
*Spoilers*
Se o filme teve esse efeito em mim ele deve ser devastador para quem tem filhos. Não consigo imaginar o que é para uma mãe, ou para qualquer outra pessoa, assistir à formação de um psicopata – todos os sinais, não importando o que se faça ou diga. Parece que não há meios de impedir. Os olhos de Kevin – em todas as idades – me causaram pavor. Um ser humano sem nenhum sentimento, alguém capaz de ser tão mau. Durante aquelas duas horas me peguei segurando a respiração diversas vezes: todo aquele barulho, todo aquele vermelho te sufocam, te deixam desconfortável. Você sente o desespero e o medo da mãe e o fato de o pai ser um idiota causa raiva. No momento em que vi o tampão no olho da menina tive certeza de que o irmão tivera algo a ver com aquilo – quanto mais do menino se vê mais maldade se espera. Conforme o filme se desenrola, de maneira não-linear, os sentimentos de Eva – e é que claro que o nome dela seria Eva – se tornaram os meus sentimentos, toda a culpa que ela carrega consigo. O breve diálogo e o abraço no final são como um soco no estômago. Não gosto de lançar mão do argumento “gênero” mas neste caso acredito fortemente que o filme só é o que é por ter sido dirigido por uma mulher – estou ansiosa para ver mais do trabalho de Lynne Ramsay e acho que ela merecia a indicação mais do que Woody Allen ou Alexander Payne este ano.
Depois de assar dois bolos meu estoque de ovos havia acabado; porém, eu ainda queria fazer biscoitos – amanteigados (shortbread) pareciam a escolha perfeita. O livro da Martha só de cookies tinha justamente o que eu queria: uma receita fácil que rendeu biscoitos deliciosos.
Amanteigados com cranberries secas
adaptados do absolutamente delicioso Martha Stewart's Cookies
- xícara medidora de 240ml
1 xícara (226g) de manteiga sem sal, temperatura ambiente
¾ xícara (105g) de açúcar de confeiteiro peneirado
1 colher (chá) de extrato de baunilha
2 xícaras (280g) de farinha de trigo peneirada
¼ colher (chá) de sal
½ xícara (55g) de cranberries secas, bem picadinhas
Pré-aqueça o forno a 160°C*. Forre duas assadeiras grandes, de beiradas baixas, com papel manteiga.
Na tigela grande da batedeira coloque a manteiga, o açúcar de confeiteiro, a baunilha, a farinha e o sal e bata em velocidade baixa somente até misturar. Com o auxílio de uma colher de pau ou espátula de silicone misture as cranberries. Embrulhe a massa em filme plástico e leve à geladeira por 20 minutos.
Coloque a massa entre duas folhas de papel manteiga levemente enfarinhadas e abra com o rolo até que a massa fique com aproximadamente 3mm de espessura. Usando um cortador quadrado de 4cm, corte os biscoitos – se for necessário, apare as arestas de cranberries com uma faquinha afiada; se a massa amolecer demais coloque-a no freezer por 5 minutos. Arrume os biscoitos nas formas preparadas deixando 5cm de distância entre um e outro. Asse até que dourem levemente nas extremidades, cerca de 20 minutos.
Deixe esfriar completamente nas assadeiras sobre uma gradinha.
Os amanteigados podem ser guardados em um pote hermético em temperatura ambiente por até 5 dias.
* assei os biscoitos a 180°C por 15 minutos
Rend.: cerca de 60 biscoitos
quarta-feira, fevereiro 08, 2012
Torta de escarola e salame
Algo que venho tentando fazer com mais freqüência é levar meu almoço para o trabalho – comer fora se torna mais caro a cada dia enquanto o sabor e a qualidade da comida despencam no mesmo ritmo.
Esta torta pode parecer trabalhosa – preparar a massa em casa! – mas acreditem, não é: vocês só precisam se planejar. Usem a criatividade no recheio: o original era uma mistura de espinafre e presunto, mas eu quis usar o que tinha na geladeira. E já que a torta é deliciosa tanto quente quanto em temperatura ambiente levei o que sobrou pro trabalho, para o meu almoço – porém, confesso, eu queria mesmo era ter almoçado em outro lugar. ;)
Torta de escarola e salame
adaptada do lindo e delicioso Jamie at Home: Cook Your Way to the Good Life
- xícara medidora de 240ml
Massa:
250g de farinha de trigo
100g de manteiga sem sal, gelada e em cubinhos
30g de parmesão ralado na hora
sal
1 ovo grande, de preferência orgânico, ligeiramente batido com um garfo
cerca de 1 colher (chá) de leite, mais se necessário
Recheio:
1 colher (sopa) de manteiga sem sal
½ colher (sopa) de azeite de oliva
1 cebola grande em fatias finas
1 dente de alho bem picadinho
300g de escarola, picada grosseiramente
alguns raminhos de tomilho fresco, folhas removidas dos cabinhos
sal e pimenta do reino moída na hora
1 xícara de crème fraîche – usei creme azedo (sour cream) caseiro*
30g de parmesão ralado na hora + um pouquinho extra para polvilhar
2 ovos grandes, de preferência orgânicos
100g de salame em fatias finas
Prepare a massa: coloque a farinha, a manteiga, o parmesão e uma pitada generosa de sal no processador de alimentos e pulse por 10-15 segundos ou até obter uma farofa grossa. Acrescente o ovo e o leite, pulsando novamente até que uma massa se forme. Transfira a massa para uma superfície levemente enfarinhada e junte-a com as mãos até formar um disco (não sove a massa). Embrulhe em filme plástico e leve à geladeira por pelo menos 1 hora.
Unte levemente com manteiga uma forma rasa de 33x23cm. Abra a massa entre duas folhas de papel manteiga levemente enfarinhadas até obter um retângulo 35x25cm. Forre a forma com a massa deixando uma sobra de 1cm. Aperte a sobre de massa com as pontas dos dedos para fazer uma espécie de borda – isso vai deixar a torta mais bonita e também evitar que a massa encolha ao assar; além disso, você não vai precisar encher a massa com feijões ou pesinhos na hora de pré-assar. Faça furinhos em toda a extensão da massa com um garfo e leve ao freezer por 30 minutos.
Pré-aqueça o forno a 190°C.
Prepare o recheio: aqueça a manteiga e o azeite em uma frigideira bem grande, junte as cebolas e uma pitada de sal e refogue-as em fogo baixo, mexendo ocasionalmente, até que fiquem macias – não deixe que dourem.
Aumente o fogo, junte o alho, a escarola (em etapas se a sua panela não for grande o bastante) e o tomilho. Tempere levemente e misture bem. Retire a panela do fogo assim que a escarola murchar – isso vai acontecer rapidamente. Reserve.
Coloque o crème fraîche (ou o creme azedo) numa tigela, junte o parmesão, os ovos, sal e pimenta e misture bem. Reserve.
Retire a assadeira do freezer e asse a massa no forno pré-aquecido por 10-12 minutos ou até que ela doure levemente – assar a massa antes de colocar o recheio vai evitar que umidade deste empape a massa.
Retire a assadeira do forno e espalhe a escarola sobre a massa. Arrume as rodelas de salame sobre a escarola e então espalhe a mistura de crème fraîche sobre o recheio, espalhando com as costas de uma colher. Polvilhe generosamente com parmesão ralado.
Asse por 20-30 minutos ou até que o topo da torta doure e o recheio esteja firme.
A torta é deliciosa tanto quente quanto em temperatura ambiente.
* creme azedo (sour cream) caseiro: para preparar 1 xícara de creme azedo, misture 1 xícara (240ml) de creme de leite fresco com 2-3 colheres (chá) de suco de limão ou limão siciliano em uma tigela. Vá mexendo até que comece a engrossar. Cubra com filme plástico e deixe em temperatura ambiente por 1 hora ou até que engrosse um pouco mais (geralmente faço o meu na noite anterior e deixo sobre a pia – com exceção de noites extremamente quentes – tampadinho com filme plástico; na manhã seguinte o creme fica bem espesso – leve à geladeira para ficar mais cremoso ainda)
Rend.: 4 porções
segunda-feira, fevereiro 06, 2012
Cupcakes de coco com cobertura de chocolate
Assisti a “A Árvore da Vida” em agosto e até hoje não consegui escrever nada sobre o filme; simplesmente não pude transformar em palavras tudo o que o filme me fez sentir – foram tantas lágrimas que os meus olhos estavam inchados na saída do cinema. A personagem de Jessica Chastain me lembrou tanto minha mãe que senti como se voltasse no tempo – foi o primeiro filme que vi com a atriz e adorei sua performance. Sem contar que adoraria ter o cabelo igual ao dela. :) E semana passada li algo que me fez gostar de Jessica Chastain ainda mais. :)
Há algumas semanas decidi fazer algo com as toneladas de coco que havia em minha despensa – adaptei, então, uma receita do fantástico "Bon Appetit Desserts" e obtive estes bolinhos macios e deliciosos e, depois de prepará-los, troquei a cobertura de cream cheese por uma de chocolate.
Cupcakes de coco com cobertura de chocolate
adaptados do sempre delicioso Bon Appetit Desserts
- xícara medidora de 240ml
Bolinhos:
1 xícara (140g) de farinha de trigo
½ colher (chá) de fermento em pó
1/8 colher (chá) de sal
1/8 colher (chá) de bicarbonato de sódio
½ xícara + 2 colheres (sopa) - 124g - de açúcar cristal, de preferência orgânico
2/3 xícara (150g) de manteiga sem sal, temperatura ambiente
½ colher (chá) de extrato de baunilha
1 ovo grande, de preferência orgânico
1/3 xícara (80ml) de creme azedo (sour cream)*
¼ xícara (60ml) de leite de coco
1/3 xícara (33g) de coco em flocos adoçados + um pouquinho extra para decorar
Cobertura:
112g de chocolate meio-amargo (não use chocolate com mais de 61% de cacau), picado
56g de chocolate ao leite, picado
2 colheres (sopa) de creme de leite fresco
2 colheres (sopa) de manteiga sem sal
½ xícara (120ml) de creme azedo (sour cream)
1 colher (chá) de extrato de baunilha
¼ xícara (35g) de açúcar de confeiteiro, peneirado
Faça os bolinhos: pré-aqueça o forno a 180°C. Forre dez cavidades - 1/3 xícara de capacidade cada - de uma forma de muffin com forminhas de papel. Encha as cavidades vazias até a metade com água.
Em uma tigela média misture a farinha, o fermento, o sal e o bicarbonato de sódio.
Na tigela grande da batedeira bata a manteiga, o açúcar e a baunilha até obter uma mistura clara e fofa. Junte o ovo. Raspe as laterais da tigela ocasionalmente. Em velocidade baixa, acrescente metade dos ingredientes secos, seguidos do creme azedo e a outra metade dos ingredientes secos. Junte o leite de coco e o coco em flocos. Encha cada forminha até 2/3 de sua capacidade. Asse por cerca de 18 minutos ou até que os cupcakes cresçam e dourem (faça o teste do palito). Deixe esfriar dentro da forma, sobre uma gradinha, por 10 minutos, e então desenforme com cuidado. Transfira para a gradinha e deixe esfriar completamente.
Prepare a cobertura: junte os dois tipos de chocolate, o creme de leite e a manteiga em uma tigela média e leve ao banho-maria (fogo baixo) mexendo até derreter todos os ingredientes. Retire a tigela da panela e misture o creme azedo e a baunilha, seguidos do açúcar de confeiteiro, mexendo até obter um creme homogêneo. Reserve em temperatura ambiente até que engrosse o suficiente para ser espalhado sobre os bolinhos, cerca de 10 minutos (eu estava com pressa e depois dos tais 10 minutos levei a cobertura à geladeira por 5 minutos).
Espalhe a cobertura sobre os cupcakes e salpique com o coco extra.
* creme azedo (sour cream) caseiro: para preparar 1 xícara de creme azedo, misture 1 xícara (240ml) de creme de leite fresco com 2-3 colheres (chá) de suco de limão ou limão siciliano em uma tigela. Vá mexendo até que comece a engrossar. Cubra com filme plástico e deixe em temperatura ambiente por 1 hora ou até que engrosse um pouco mais (geralmente faço o meu na noite anterior e deixo sobre a pia – com exceção de noites extremamente quentes – tampadinho com filme plástico; na manhã seguinte o creme fica bem espesso – leve à geladeira para ficar mais cremoso ainda)
Rend.: 10 cupcakes
sexta-feira, fevereiro 03, 2012
Macaroons de amêndoa + "J. Edgar"
A primeira vez que vi Leonardo DiCaprio foi durante os seus – e meus – anos de adolescência: alugara “O Despertar de Um Homem” para ver outra grande performance de Robert DeNiro (que naquela época ainda era um ator maravilhoso) mas o que realmente me deixou boquiaberta foi a performance de um menino, este menino do qual nunca ouvira falar e cujo nome eu não reconhecia (isso foi muito antes de toda a histeria em torno de “Romeu e Julieta”). Comecei a prestar atenção neste menino talentoso e não fui a única: depois de “Gilbert Grape - Aprendiz de Um Sonhador” todo mundo falava de Leonardo e eu tive mais certeza ainda de que ele se tornaria um dos grandes. De lá pra cá ele encarnou vários personagens fantásticos e eu me tornei fã de carteirinha – por isso assisti a “J. Edgar” ontem à noite (há spoilers abaixo para quem ainda não viu o filme).
Vamos esquecer, por pelo menos 5 minutos, a maquiagem bizarra – me irrita profundamente o fato de que a cada vez que o filme é mencionado todos começam a falar sobre como a maquiagem é ruim; sim, a maquiagem é péssima, mas não posso entender como as pessoas podem se concentrar nisso – e apenas nisso – enquanto DiCaprio e a sempre maravilhosa Judi Dench dão um show na tela – sério, gente? Tenham dó.
O modo como DiCaprio se move, sempre segurando tanto dentro de si – especialmente perto de sua mãe – me fez me sentir claustrofóbica; deve ser tão difícil esconder a própria essência o tempo todo, tão cansativo. Todos nós já passamos por isso em algum momento da vida, não? O esforço hercúleo para agradar os pais, o medo de desapontá-los. Por todo o filme vemos a necessidade de Edgar de se esconder sob uma fachada e a responsabilidade que isso traz; o poder que sua mãe tinha sobre ele e como ele respondia a isso – a cena em que ela diz a ele que prefere ter um filho morto a ter um filho homossexual e então insiste em ensiná-lo a dançar me deixou com os olhos marejados: somente um ator talentoso pode retratar sentimentos assim sem parecer exagerado ou piegas, e esse tipo de sutileza é bem difícil de encontrar. Ainda não assisti a “O Homem Que Mudou o Jogo” mas para mim Brad Pitt roubou a indicação ao Oscar de DiCaprio – porque no meu mundo Pitt nunca, JAMAIS seria superior a DiCaprio.
De um favorito a outro, ou melhor, outra: Nigella Lawson. Sou muito fã dela. E se vocês prepararem estes biscoitinhos – que são tão simples e fáceis de fazer quanto são gostosos – entenderão o porquê de eu adorar tanto essa mulher. :)
Macaroons de amêndoa
do sempre lindo e delicioso Feast: Food to Celebrate Life
- xícara medidora de 240ml
2 xícaras (200g) de farinha de amêndoas
1 xícara (200g) de açúcar refinado – usei cristal orgânico
¼ colher (chá) de cardamomo em pó
2 claras
1-2 colheres (sopa) de água de rosas
cerca de 28 amêndoas inteiras, sem casca
Pré-aqueça o forno a 200°C. Forre duas assadeiras de beiradas baixas com papel manteiga*.
Na tigela grande da batedeira misture a farinha de amêndoas,o açúcar, o cardamomo e as claras (sem batê-las antes) e misture com as mãos até obter uma pasta homogênea – a massa deste biscoitinhos é bem espessa e por isso é melhor usar a batedeira para misturar os ingredientes.
Espalhe um pouquinho de água de rosas nas palmas das mãos e faça bolinhas com a massa, do tamanho de pequenas nozes. Coloque-as nas formas preparadas, deixando 2,5cm de distância entre uma e outra, e então achate-as levemente – vá passando mais água de rosas nas palmas das mãos durante todo o tempo em que enrolar as bolinhas de massa. Pressione 1 amêndoa inteira no centro de cada bolinha de massa. Asse por 10-12 minutos ou até que comecem a dourar nas extremidades. Deixe esfriar completamente nas formas sobre uma gradinha.
Depois de frios, os biscoitos podem ser guardados em um recipiente hermético, em temperatura ambiente, por até 1 semana.
* alguns macaroons grudaram no papel manteiga – acho que usar papel alumínio seria uma boa solução
Rend.: cerca de 28 – fiz exatamente a receita acima, usei 1 colher (sopa) nivelada de massa por biscoitinho e consegui 24
quarta-feira, fevereiro 01, 2012
Bolo invertido de polenta e cereja
Não é segredo nenhum que sou super fã da Martha Stewart – suas receitas são deliciosas e dão certo sempre; às vezes gostaria de ser mais habilidosa para poder fazer os outros projetos de seu site (adoraria aprender a costurar e até comprei um livrinho sobre o assunto um tempo atrás). Vocês conhecem algum blog bom sobre isso? Certamente me seria útil. ;)
Bem, voltando à Martha: um dos primeiros bolos que vi em seu site (lá em dois mil e qualquer coisa) foi o bolo invertido de cranberries – não é lindo? Já que cranberries frescas não existem aqui no Brasil decidi imitar o bolo da Martha usando cerejas frescas; o bolo ficou tão gostoso e macio que me arrependo de não ter feito isso há anos.
Bolo invertido de polenta e cereja
adaptado do sempre ótimo e delicioso Cake Keeper Cakes
- xícara medidora de 240ml
Cobertura:
600g de cerejas frescas, inteiras e os caroços removidos
¼ xícara + 1 colher (sopa) - 70g - de manteiga sem sal
¼ xícara (44g) de açúcar mascavo claro, de preferência orgânico – aperte-o na xícara na hora de medir
Bolo:
1 xícara (140g) de farinha de trigo
1 colher (chá) de fermento em pó
½ xícara (77g) de polenta
¼ xícara (25g) de farinha de amêndoa
1 pitada de sal
85g de manteiga sem sal, amolecida
¾ xícara (150g) de açúcar granulado, de preferência orgânico
3 ovos grandes, de preferência orgânicos
1 colher (chá) de extrato de baunilha
½ xícara (120ml) de leite, temperatura ambiente
Pré-aqueça o forno a 180°C. Unte com manteiga e enfarinhe uma forma redonda de 20cm de diâmetro.
Prepare a cobertura: coloque a manteiga e o açúcar mascavo em uma panela média e leve ao fogo médio até a manteiga derreter. Junte as cerejas, aumente o fogo para médio-alto e deixe ferver. Cozinhe por 3-5 minutos ou até que as cerejas comecem a amaciar. Com o auxílio de uma escumadeira remova as cerejas do caramelo e coloque-as em um prato. Deixe esfriar completamente e reserve o caramelo na panela.
Espalhe as cerejas no fundo da forma preparada. Volte o caramelo ao fogo médio-alto até que ferva. Cozinhe por 2 minutos, sem mexer, e então despeje sobre as cerejas (o caramelo vai engrossar ligeiramente).
Prepare a massa do bolo: em uma tigela média misture a farinha de trigo, o fermento em pó, a polenta, a farinha de amêndoa e o sal. Reserve.
Na tigela grande da batedeira bata a manteiga e o açúcar até obter um creme claro e fofo, cerca de 3 minutos. Raspe as laterais da tigela ocasionalmente. Em velocidade baixa, adicione os ovos, um a um, batendo bem a cada adição. Depois de incorporar os ovos aumente a velocidade da batedeira para alta e bata até a mistura clarear e aumentar de volume, cerca de 2 minutos. Junte a baunilha.
Volte a batedeira para a velocidade baixa e acrescente os ingredientes secos, em três adições, alternando com o leite (comece e termine com os ingredientes secos). Raspe as laterais da tigela e então bata a massa em velocidade alta por 30 segundos.
Despeje a massa sobre as cerejas com jeitinho. Alise a superfície da massa.
Asse até que o bolo cresça e doure, 40-45 minutos (faça o teste do palito). Deixe esfriar na forma, sobre uma gradinha, por 10 minutos. Com cuidado, inverta o bolo em um prato de servir. Sirva morno ou em temperatura ambiente.
O bolo pode ser guardado em um recipiente hermético, em temperatura ambiente, por até 2 dias.
Rend.: 8 porções
segunda-feira, janeiro 30, 2012
Espaguete com pesto de pistache e tomates cereja assados + "Os Homens que Não Amavam as Mulheres"
Depois de meses de ansiedade e grande expectativa finalmente pude assistir a “Os Homens que Não Amavam as Mulheres”; não queria recorrer a clichês para descrever o filme mas é impossível evitar: é uma obra-prima. Perfeito em cada detalhe, visualmente maravilhoso, com um elenco fantástico e trilha sonora idem. Sombrio como o livro e como somente Fincher – e talvez Cronenberg – poderia fazê-lo. O texto abaixo pode conter spoilers para quem ainda não viu o filme – quem quiser, pule pra receita lá embaixo.
Tentei ver outro filme ontem à noite mas simplesmente não conseguia me concentrar – começava a pensar nas cenas de “Os Homens...” a cada 5 minutos, a me lembrar dos detalhes, a ligá-los ao livro, a analisar as performances... O filme fica em você, não dá pra evitar – gruda na cabeça feito cola. Rooney Mara me atordoou – que me desculpem os puristas, mas ela apaga Noomi Rapace da memória de qualquer um. Christopher Plummer é exatamente o que eu esperava que Henrik Vanger fosse. Sou muito fã do livro mas não me importei com as mudanças no roteiro – acho que a coisa toda funcionou bem. As cenas de violência não são fáceis de ver mas não são gratuitas, elas têm um propósito – a platéia torce por Lisbeth, vibramos com sua merecida vingança. Ela não é a típica heroína e seu comportamento não tem nada a ver com os das mocinhas de contos de fada mas é exatamente isso que a torna tão especial, tão única, e acho que Mara e Fincher capturaram isso perfeitamente e trouxeram a um nível totalmente diferente – esta é a Lisbeth que eu imaginei enquanto lia o livro, esta é a garota que me fez devorar 2.000 páginas.
Fui pra casa tentando me lembrar de quando fora a última vez que um filme tivera esse efeito sobre mim e depois de horas pensando cheguei à conclusão de que havia sido “A Rede Social”. Fincher, meu herói. Não me espanta o fato de ficar com o coração quentinho toda vez que leio que ele está em um novo projeto – sei que será algo fantástico. Agora tudo o que posso fazer é cruzar os dedos e torcer para que ele dirija os dois próximos filmes da trilogia.
Nossa, que post longo. Quase me esqueço de lhes contar sobre esse espaguete: este pesto é o mais verde e o mais delicioso que já fiz ou provei. Que me perdoem os puristas, mas gostei mais da versão de pistache; pra ser sincera, o que realmente me deixou curiosa nesta receita foi o manjericão ser branqueado antes de virar pesto e esta foi a primeira vez que vi isso: no lindo livro do Jean-Georges Vongerichten – há vezes em que ser uma pessoa curiosa vale a pena. :)
Espaguete com pesto de pistache e tomates cereja assados
adaptado do lindo Home Cooking with Jean-Georges: My Favorite Simple Recipes
- xícara medidora de 240ml
Tomates assados:
400g de tomates cereja, cortados ao meio no sentido do comprimento
sal e pimenta do reino moída na hora
cerca de 1 colher (sopa) de azeite extra-virgem
1 dente de alho, bem picadinho
4-5 folhas grandes de manjericão fresco
Pesto de pistache e espaguete:
3 xícaras de folhas de manjericão fresco – aperte0as na xícara na hora de medir
1 dente de alho
raspas da casca de 2 limões sicilianos
1 xícara (240ml) de azeite extra-virgem
cerca de ½ colher (chá) de sal comum ou 1 colher (chá) de sal marinho em flocos, tipo Maldon
1 xícara (130g) de pistaches sem sal, ligeiramente tostados e frios
3 colheres (sopa) de parmesão ralado na hora
400g de espaguete
Pré-aqueça o forno a 180°C. Forre uma assadeira grande, de beiradas baixas, com papel alumínio e pincele o papel com azeite.
Arrume os tomates na assadeira preparada com o lado cortado para cima e salpique com sal e pimenta e regue com o azeite. Salpique com o alho e o manjericão e asse por 30-35 minutos ou até que os tomates estejam macios.
Enquanto isso, prepare o pesto: encha uma panelinha com água pela metade e leve ao fogo até ferver. Encha uma tigela média com água e cubos de gelo. Acrescente as folhas de manjericão à água fervente, aguarde 30 segundos e retire-as com o auxílio de uma escumadeira. Transfira para a tigela com água gelada. Assim que esfriar, remova as folhas da água e esprema bem. Coloque-as entre folhas de papel toalha e aperte-as até que estejam quase completamente secas.
Coloque o manjericão no processador de alimentos e junto o alho, as raspas de limão, o azeite e o sal. Processe até obter um purê homogêneo. Junte o pistache e pulse até moer grosseiramente (ou do jeito que preferir). Transfira para uma tigela e junte o parmesão.
Cozinhe o espaguete em uma panela grande de água fervente com sal até ficar al dente. Escorra a massa reservando um pouco da água do cozimento.
Misture o macarrão ao pesto, adicionando um pouco da água do cozimento se necessário para “soltar” um pouco o molho. Transfira para os pratos e cubra com os tomates assados. Sirva imediatamente.
Rend. 4 porções
sexta-feira, janeiro 27, 2012
Cobbler de pêssego + Mr. Clooney
Um dos meus livros de receita favoritos é "Sky High: Irresistible Triple-Layer Cakes" – é lindo e cheio de ótimas receitas de bolos de camadas; já testei várias receitas dele, todas deliciosas. Por isso, quando vi que Alisa Huntsman era a mente por trás deste livro o comprei correndo – e não me arrependi.
Sendo louca por crumbles – adoro sobremesas com frutas – achei que deveria dar uma chance aos cobblers, também, e decidi começar com um de pêssegos já que é época deles. O recheio morno e suculento e os biscuits macios formam uma sobremesa perfeita – acho que os meus tão queridos crumbles encontraram um adversário à altura. :)
E falando em adversários, por mais que eu queira que Gary Oldman leve a estatueta para casa mês que vem acho que desta vez ela vai para George Clooney; assisti a “Os Descendentes” há alguns dias e não somente o filme é excelente como Clooney está perfeito nele: eu o adoro como ator e duvidava que sua brilhante performance em “Amor Sem Escalas” pudesse ser superada – pelo jeito, eu estava enganada. :)
Cobbler de pêssego
do lindo e delicioso Desserts from the Famous Loveless Cafe: Simple Southern Pies, Puddings, Cakes, and Cobblers from Nashville's Landmark Restaurant
- xícara medidora de 240ml
Recheio de fruta:
2/3 xícara (133g) de açúcar cristal, de preferência orgânico
2 colheres (sopa) de farinha de trigo
1 colher (chá) de raspas de casca de limão siciliano
¾ colher (chá) de canela em pó
½ colher (chá) de noz-moscada ralada na hora
4 xícaras de pêssegos maduros, fatiados – de 1.125g a 1.350g de pêssegos inteiros (para medir em xícaras, meça depois de fatiá-los)
Cobertura (sweet cream dumplings):
¾ xícara (105g) de farinha de trigo
2 colheres (sopa) de açúcar cristal, de preferência orgânico
1 colher (chá) de fermento em pó
2 colheres (sopa) - 28g - de manteiga sem sal, gelada e em cubinhos
½ xícara (120ml) de creme de leite fresco
açúcar demerara, para polvilhar
Pré-aqueça o forno a 190°C. Unte levemente com manteiga um refratário com capacidade para 1 litro/1 litro e meio. Coloque-o em uma assadeira firme.
Prepare o recheio de fruta: em uma tigela, misture o açúcar, a farinha, as raspas de limão, a canela e a noz-moscada. Junte os pêssegos e misture gentilmente até cobri-los com a mistura de açúcar e especiarias. Transfira toda a mistura para o refratário untado.
Prepare a cobertura: em uma tigela média, misture a farinha, o açúcar, o fermento e o sal. Junte a manteiga e incorpore os ingredientes com as pontas dos dedos até obter uma farofa grossa. Acrescente o creme de leite de uma só vez e misture com um garfo até obter uma massa macia – precisei adicionar 2 colheres (sopa) de farinha para dar ponto à massa. Transfira para uma superfície levemente enfarinhada e forme um disco de pouco mais de 1cm de espessura com a massa. Com um cortador de 5cm corte a massa, formando biscuits, e junte a massa novamente para cortar mais biscuits. Arrume os biscuits sobre o pêssego e polvilhe com açúcar demerara. Asse por 45-50 minutos ou até que os biscuits dourem e a fruta esteja borbulhando. Deixe o cobbler esfriar por 20 minutos antes de servir.
Sirva com creme de leite ou sorvete de baunilha.
Rend.: 4 porções – fiz uma porção individual usando um refratário com capacidade para 1 ½ xícaras (360ml), ¼ da receita do recheio de fruta e ½ receita da cobertura
quarta-feira, janeiro 25, 2012
Biscotti de pecã caramelada e laranja
Escrevia algo sobre a minha mais nova obsessão (biscotti) quando soube que Gary Oldman havia sido finalmente indicado ao Oscar – acabei esquecendo tudo o que estava fazendo. :) Sendo esta contradição ambulante que vocês conhecem – alguém que não dá a mínima pro Oscar mas que sempre torce para que seus favoritos vençam – fiquei com o coração quentinho. ♥
Ah, o biscotti: são absurdamente deliciosos, mais do que vocês possam imaginar. Também, pudera: praliné picado? Em forma de biscoito? Não tem como não ser fantástico. ;)
Biscotti de pecã caramelada e laranja
do delicioso The Good Cookie: Over 250 Delicious Recipes from Simple to Sublime
- xícara medidora de 240ml
Praliné de pecã:
1 xícara (200g) de açúcar cristal, de preferência orgânico
¼ xícara (60ml) de água
1 xícara (110g) de pecãs
Biscotti:
3 xícaras (420g) de farinha de trigo
1 xícara (200g) de açúcar cristal, de preferência orgânico
2 ½ colheres (chá) de fermento em pó
1 colher (chá) de canela em pó
1 pitada de sal
6 colheres (sopa) de azeite de oliva
4 ovos grandes, de preferência orgânicos
1 gema grande, de preferência orgânica
raspas da casca de 4 laranjas
Prepare o praliné: unte levemente com óleo uma assadeira. Em uma panela média, de fundo grosso, misture o açúcar e a água e leve ao fogo médio, mexendo até dissolver o açúcar. Aumente o fogo para alto e não misture mais – deixe ferver até formar um caramelo. Enquanto isso ocorre, remova quaisquer resquícios de açúcar que possam ficar nas laterais da panela com um pincel úmido (para evitar que os resquícios queimem e escureçam). Assim que o caramelo dourar bem adicione as pecãs, misturando rapidamente. Imediatamente despeje a mistura na assadeira untada, espalhando bem. Deixe esfriar por 20 minutos (ou até firmar bem) e pique finamente com uma faca afiada. Reserve.
Pré-aqueça o forno a 180°C. Forre duas assadeiras grandes, de beiradas baixas, com papel manteiga.
Na tigela grande da batedeira, usando o batedor em formato de pá, misture a farinha, o açúcar, o fermento, a canela e o sal em velocidade baixa, para incorporá-los. Em uma jarrinha medidora ou tigela pequena misture gentilmente com um garfo o azeite, os ovos, a gema e as raspas de laranja. Junte seta mistura de uma só vez à tigela da batedeira e misture, em velocidade baixa, apenas até combinar os ingredientes – não misture demais. Junte o praliné picadinho e misture por alguns segundos.
Transfira a massa para uma superfície levemente enfarinhada e divida em três partes iguais. Molde cada porção de massa como um cilindro de 30cm de comprimento. Transfira os cilindros de massa para as assadeiras preparadas deixando 7,5cm de distância entre um e outro (eles vão se espalhar). Achate-os levemente até que cada um fique com 5cm de espessura. Asse por 25 minutos ou até que a massa esteja firme. Transfira a assadeira para uma gradinha e deixe esfriar por 10-15 minutos. Reduza a temperatura do forno para 160°C.
Com o auxílio de um salva-bolos ou algo parecido remova cada cilindro de massa do papel manteiga e transfira para uma tábua de corte. Forre as assadeiras já frias com papel manteiga novo.
Com uma faca serrilhada, corte os cilindros em fatias diagonais de aproximadamente 1,25cm de espessura. Arrume-as nas formas preparadas deixando 2,5cm de distância entre uma e outra. Asse por 15 minutos ou até que os biscotti estejam sequinhos e crocantes. Transfira para uma gradinha e deixe esfriar completamente.
Guarde em um recipiente hermético, em temperatura ambiente, por até 2 semanas.
Rend.: cerca de 54 biscotti – fiz metade da receita acima, moldei a massa em um único cilindro de 30cm de comprimento e consegui 16 biscotti grandes
segunda-feira, janeiro 23, 2012
Torta de verdura
Pode parecer que eu vivo de doces, mas não – também como comida salgada e tento consumir legumes e verduras freqüentemente. :)
Esta torta é deliciosa e não é difícil de preparar – vocês só precisam se planejar para que haja tempo de a massa crescer; além disso, ela pode ser preparada com antecedência e reaquecida antes de servir.
Torta de verdura
um tiquinho adaptada do lindíssimo Home Baking: The Artful Mix of Flour and Traditions from Around the World
- xícara medidora de 240ml
Massa:
1 colher (chá) de fermento biológico seco
2 colheres (sopa) de leite integral morno
1 xícara (140g) de farinha de trigo comum
2 ovos grandes
1 colher (sopa) de açúcar, de preferência orgânico
¾ colher (chá) de sal
1 colher (sopa) de manteiga sem sal, amolecida
½ xícara (60g) de farinha para bolo*
manteiga derretida, para pincelar
Recheio:
1 maço grande de qualquer verdura amarga - o livro pede dandelion greens; usei escarola
1 maço grande de espinafre
½ colher (sopa) de azeite de oliva + um pouquinho extra, se necessário
1 dente de alho, amassado
1 cebolinha, a parte branca e quase toda a parte verde
sal, a gosto (cerca de ¾ colher (chá))
1/8 colher (chá) de noz-moscada ralada na hora
1 ½ colher (sopa)s de pignoli, levemente tostados e frios
Comece preparando a massa: dissolva o fermento no leite morno e junte 1 ½ colheres (sopa) da farinha de trigo comum.
Quebre os ovos na tigela grande da batedeira e bata-os ligeiramente com um garfo. Junte a mistura de fermento, a farinha de trigo comum restante e, usando o batedor em formato de gancho, misture em velocidade baixa até ficar bem homogêneo. Junte o açúcar, o sal e a manteiga e bata bem. Junte a farinha para bolo e sove em velocidade baixa por 5 minutos ou até homogeneizar.
Transfira a massa para uma tigela grande, levemente untada com manteiga, cubra bem com filme plástico e deixe crescer até dobrar de volume, cerca de 2 horas.
Enquanto isso, prepare o recheio: corte as verduras em pedaços de aproximadamente 2,5cm e descarte os talos mais duros. Em uma panela bem grande, aqueça o azeite em fogo médio. Junte o alho e a cebolinha e refogue por 1 minuto, até que a cebolinha comece a amaciar. Aumente para o fogo alto, junte as verduras, o sal e a pimenta e refogue rapidamente, mexendo sempre, por cerca de 1 minuto ou até que as verduras murchem (faça isso em etapas caso a panela não comporte toda a quantidade de verduras). Transfira as verduras para um prato e deixe esfriar. Corrija o sal se necessário, junte a noz-moscada e o pignoli e misture.
Pré-aqueça o forno a 230°C. Forre uma assadeira grande, de beiradas baixas, com papel alumínio e pincele o papel com azeite ou óleo.
Transfira a massa para uma superfície levemente enfarinhada e corte em dois pedaços, um ligeiramente maior do que o outro – o maior será a parte inferior da torta.
Achate o pedaço maior de massa e abra-o em um formato ovalado de aproximadamente 40x25cm. Transfira para a forma preparada. Pressione o recheio em uma peneira e aperte-o com as mãos para extrair o máximo de líquido possível. Espalhe sobre a massa na assadeira, deixando uma beirada de 2,5cm sem recheio. Abra o outro pedaço de massa em outro formato ovalado de aproximadamente 37x20cm e coloque-o sobre o recheio. Dobre as extremidades, unindo-as, para fechar bem o recheio. Com uma faca bem afiada faça cortes no topo da massa. Pincele com manteiga derretida (esqueci de fazer isso).
Asse a torta por 8 minutos, abaixe a temperatura do forno para 200°C e asse por mais 8-10 minutos ou até que a torta esteja bem dourada.
Transfira para uma gradinha e deixe esfriar por 20 minutos. Sirva morna ou em temperatura ambiente.
* farinha para bolo caseira: para preparar 1 xícara de farinha para bolo retire 2 colheres (sopa) de 1 xícara (140g) de farinha de trigo comum e adicione 2 colheres (sopa) de amido de milho
Rend.: 8-10 porções