Minha época do ano favorita está chegando ao fim: mais tarde desmontarei minha árvore de Natal e todos os enfeites voltarão para suas respectivas caixas – é uma pena, pois adoro vê-los espalhados pela casa.
Dia 6 de janeiro também é dia de celebrar os Três Reis Magos, e para isso lhes trago esta receita deliciosa, uma espécie de brioche coberto por um glacê de limão siciliano – ao contrário do Bolo de Reis que eu vira neste livro, a versão da Gourmet Traveller é bem mais bonita, e nada de bebê Jesus de plástico escondido em sua massa: apenas um pãozinho doce com amêndoas, gengibre cristalizado e cranberries secas.
Quem disse que ateus não podem apreciar algumas das tradições católicas? ;)
Bolo de Reis
um tiquinho adaptado da sempre lindíssima Gourmet Traveller
110ml de leite integral
2 ½ colheres (chá) de fermento biológico seco
60g de açúcar cristal
500g de farinha de trigo comum
1 pitada de sal
55ml de azeite de oliva
raspas da casca de 1 limão siciliano
raspas da casca de 1 laranja
2 ovos grandes
1 colher (chá) de extrato de baunilha
75g de manteiga sem sal, picada e amolecida
gengibre cristalizado, cerejas em calda e amêndoas sem pele, para decorar – troquei as cerejas por cranberries secas
Glacê de limão siciliano:
100g de açúcar de confeiteiro
suco de 1 limão siciliano
Aqueça o leite e 100ml de água em uma panelinha até amornar. Retire do fogo, junte o fermento e 1 colher (chá) do açúcar e reserve até espumar. Na tigela da batedeira, junte a farinha, o sal, o azeite, as raspas de limão e laranja e o açúcar restante e, usando o batedor em formato de pá, misture. Junte a mistura de leite aos poucos, bata por 5 minutos, junte os ovos e a baunilha e bata para incorporar. Batendo, junte a manteiga aos poucos e vá batendo até obter uma massa macia e homogênea (3-4 minutos). Cubra e deixe crescer até dobrar de volume (1 hora, 1 hora e meia).
Dê um soquinho na massa para extrair o excesso de ar, cubra e deixe descansar por 10 minutos. Unte levemente com manteiga uma forma de furo central canelada (tipo Bundt) com capacidade para 10 xícaras de massa.
Em uma superfície levemente enfarinhada, abra a massa com um rolo até obter um retângulo de 30x50cm. Enrole, formando um cilindro longo e feche bem a emenda. Faça um círculo com o cilindro e feche bem as emendas. Coloque o círculo de massa, com a emenda virada para baixo, na forma preparada. Cubra com filme plástico levemente untado com manteiga e deixe crescer até dobrar de volume, 30-40 minutos – enquanto isso, pré-aqueça o forno a 180°C.
Asse o pão por 25-30 minutos ou até que doure e ao dar batidinhas no pão com os nós dos dedos o som seja de algo oco. Deixe esfriar na forma sobre uma gradinha por 10 minutos, e então desenforme sobre a gradinha com cuidado. Deixe esfriar completamente.
Glacê de limão: peneire o açúcar em uma tigelinha e junte o suco de limão aos poucos, misturando até obter um glacê espesso com uma consistência boa para ser espalhado sobre a rosca. Espalhe sobre o pão já frio e quando o glacê estiver quase seco decore com o gengibre, as cerejas e as amêndoas.
Rend.: 8-10 porções
segunda-feira, janeiro 06, 2014
Bolo de Reis
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8 comentários:
Oi Patrícia, que bolo lindo, vou experimentar;acho que o azeite dá um fundinho tão bom nas receitas, fica aquele gostinho que voce não sabe muito bem definir mas que faz toda a diferença.
Abraços!
Lindo ... como sempre! Adorei a receita ... vou levar para a minha cozinha!!!
Ficou muito elegante!
Bom ano 2014 e tudo de bom!
Bjs, Susana
esse é um dos bolos mais bonitos que já vi, sem exageros - vou experimentar a receita!feliz ano novo patricia!
Que história é essa de bonecos de plástico na massa?
Valeria, eu tb gosto de usar azeite assim!
Beijo!
Jacqueline, obrigada! Feliz ano novo pra vc, tb!
Wair, há uma tradição de esconder o bebê Jesus no bolo, e quem ficar com esse pedaço terá sorte, etc. Coisa de católico. :D
O bolo-rei deveria ter, escondidos, uma fava e um pequeno brinde. Como já foi dito, a fava indicava o ofertante do bolo-rei seguinte.
Quanto ao brinde, destinado em geral a uma criança, era, antigamente, uma pequena peça de ouro ou prata que poderia, ou não, ser de cariz religioso.
Sorte? claro que sim!
Com o correr do tempo, passou a ser de qualquer metal barato. E a sorte... foi-se!
Logicamente, nunca poderia ser de plástico, pois o bolo vai ao forno já com a fava e o brinde incluídos.
Considero o seu um dos melhores blogues de gastronomia. Por favor, continue.
Obrigada pela atenção
Manuela Soares
Patrícia,parabéns.Suas receitas e seu jeito de explicar me fazem muito bem,um abração,Feliz Ano Novo!
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