domingo, fevereiro 23, 2025
Bolo de iogurte - versão Floresta Negra
terça-feira, dezembro 17, 2024
Potinhos de banana e doce de leite: no forno ou na Air Fryer
O ano está chegando ao fim, todo mundo em uma correria danada, tentando entregar todas as demandas, quem tem filho já no ritmo de inventar distração para eles, pois estão de férias...
É, gente, tá puxado, né? Estamos cansados, a prisão do Coisa Ruim não acontece nunca, todo mundo doido pra tomar um porre e fazer um Carnaval fora de época... Portanto, vamos tocando.
Quero deixar aqui um agradecimento enorme a todo mundo que me leu aqui no blog, que me acompanhou nas redes sociais, que comprou o meu livro (e também deixou avaliação lá no site da Hotmart) <3, que fez minhas receitas... O meu obrigada, de coração, e que em 2025 continuemos cozinhando juntos, falando de filmes e seriados (ando devendo nessa parte, eu sei), dando risadas e passando nervoso juntos. Que o novo ano que se inicia seja generoso conosco.
Para encerrar, deixo aqui uma receita facílima de fazer, deliciosa, com poucos ingredientes e que funciona bem tanto no forno quanto na Air Fryer: já preparei estes potinhos diversas vezes nos últimos meses e, finalmente, venci a preguiça de fazer uma foto para poder compartilhar com vocês a receita. Na Air Fryer, além de assarem mais rapidamente, os potinhos ficam com o topo bem mais dourado, como os da foto.
Um beijo e obrigada por
tanto. <3
receita minha
- xícara medidora de 240ml
¼ xícara (35g) de farinha de
trigo
1/3 xícara (33g) de farinha
de castanha de caju ou de amêndoa
¼ colher (chá) de canela em
pó
½ colher (chá) de fermento
em pó
1 pitada de sal
1 banana grande (100g ainda
com a casca), bem madura
1 ovo grande, temperatura
ambiente
3 colheres (sopa) de óleo
vegetal de sabor neutro: soja, canola, milho
2 colheres (sopa) de açúcar
cristal ou refinado
1 colher (chá) de extrato de
baunilha
4 colheres (sopa) de doce de
leite cremoso
Preaqueça o forno a 200°C ou a Air Fryer a 180°C. Pincele com óleo 4 potinhos refratários com capacidade para 1 xícara (240ml) cada.
Em uma tigela pequena,
misture bem com um batedor de arame a farinha de trigo, a farinha de castanha
de caju, a canela, o fermento e o sal. Reserve.
Em uma tigela média, amasse bem a banana com um garfo, junte o açúcar, o óleo, o ovo e a baunilha e misture bem. Acrescente os ingredientes secos e misture até obter uma massa de bolo – não misture demais, para não deixar a massa dura depois de assada.
Coloque uma colherada de massa em cada potinho. Em seguida, coloque 1 colher (sopa) de doce de leite no meio da massa em cada potinho. Cubra o recheio com o restante da massa, distribuindo igualmente.
Forno: transfira os potinhos
para uma assadeira rasa e asse por cerca de 15 minutos ou até dourar bem (faça
o teste do palito).
Air Fryer: transfira os potinhos para a Air Fryer, com cuidado para não se queimar, e asse por 8-10 minutos ou até dourar bem (faça o teste do palito).
Sirva mornos, e se desejar
acompanhe com sorvete, chantilly ou iogurte natural.
Rend.: 4 porções
quarta-feira, dezembro 04, 2024
Bolo banoffee - mais uma variação do bolo de iogurte do Epicurious
Outro dia, depois de postar uma das minhas versões do bolo do Epicurious nas redes sociais, fiquei com a receita na cabeça por um bom tempo: tão prática de fazer e tão deliciosa, pensei que deveria tentar ao menos criar mais uma versão para esse bolinho tão querido.
Eu já tinha preparado uma versão com banana (que ficou muito boa), mas e se eu fosse um pouco além e fizesse um bolo banoffee? Pronto – ideia na cabeça, comprei os ingredientes e, no final do dia, um bolo delicioso estava esfriando na minha bancada.
Ficou lindo, todo pontilhado com pedaços de chocolate, perfumadíssimo por conta da banana e do toque de canela e, conforme fui fatiando, as porções de doce de leite escondidas pela massa iam aparecendo: sem qualquer modéstia, preciso dizer que este bolo é perfeito! 😊
Reconheço que é um bolo um
pouco mais doce do que as versões anteriores e talvez sirva melhor como
sobremesa do que para o café da manhã ou da tarde: de qualquer maneira, espero
que vocês façam a receita e me contem depois. xx
Bolo banoffee
mais uma versão minha para o excelente bolo de iogurte do Epicurious
- xícara medidora de 240ml
3 bananas médias (aproximadamente
100g cada)
1 ½ xícaras (210g) de
farinha de trigo
2 colheres (chá) de fermento
em pó
½ colher (chá) de canela em
pó
½ colher (chá) de sal
¾ xícara + 2 colheres (sopa)
- 175g - de açúcar, cristal ou refinado
¾ xícara (180g) de iogurte
natural integral – 1 potinho de 170g também funciona
½ xícara (120ml) de óleo
vegetal de sabor neutro, como canola, milho, soja
2 ovos grandes, temperatura
ambiente
2 colheres (chá) extrato de
baunilha
70g de chocolate amargo ou
meio amargo, picado grosseiramente ou em gotas
100g de doce de leite
cremoso
Preaqueça o forno a 180°C. Pincele levemente com óleo uma forma de bolo inglês com capacidade para 6 xícaras de massa (1 litro e meio), forre com papel manteiga deixando sobras nos dois lados mais longos, formando “alças” que vão lhe ajudar a remover o bolo depois de assado. Pincele o papel com óleo também.
Corte uma das bananas ao meio no sentido do comprimento e reserve. Corte as outras 2 bananas em cubinhos de aproximadamente 1cm. Reserve.
Em uma tigela média, peneire
a farinha, o fermento, a canela e o sal. Reserve.
Em uma tigela grande, junte o açúcar, o iogurte, o óleo, os ovos e a baunilha e misture usando um batedor de arame, até obter uma massa homogênea. Com uma espátula de silicone, incorpore os ingredientes secos deixando 1 colher (sopa) reservada (para envolver o chocolate picado) – se a massa ficar muito engrumada, misture levemente com o batedor de arame, mas não bata demais para não desenvolver o glúten da farinha. Incorpore os cubinhos de banana e o chocolate com o restinho dos ingredientes secos e misture delicadamente. Despeje 1/3 da massa na forma preparada e alise a superfície. Espalhe metade do doce de leite, em pequenas porções, sobre a massa. Cubra com mais 1/3 da massa e repita o processo com o doce de leite restante. Despeje o restante da massa na forma e alise a superfície. Arrume as metades de banana reservados sobre massa e afunde-os levemente nela.
Asse por 50-55 minutos ou até que o bolo cresça e doure (faça o teste do palito). Deixe esfriar na forma sobre uma gradinha por 15 minutos, e então remova com cuidado da forma, usando o papel como guia. Transfira para a gradinha e deixe esfriar completamente.
O bolo pode ser guardado em
um recipiente hermético por até 3 dias; se estiver muito quente onde você mora,
guarde na geladeira depois de 1-2 dias para que não embolore.
Rend.: 8-10 porções
quinta-feira, outubro 31, 2024
Bolo quente de ameixa - fácil de fazer e delicioso
Queridas e queridos, tudo bem com vocês?
Faz tempo que não apareço aqui pelo blog, aquela boa e velha questão de falta de tempo: nem sempre a gente pode priorizar o que nos faz felizes, né?
Muitos e muitos domingos atrás eu estava de bobeira no sofá, vendo qualquer coisa na TV, enquanto o João tirava um cochilo pós-almoço. Bateu aquela vontade de comer um docinho, procurei no armário e até cheguei a pegar um pedaço de chocolate, mas não era bem aquilo que eu queria: a minha vontade era mais específica, algo quentinho, que me abraçasse por dentro.
Geralmente quando quero algo assim faço um crumble, mas neste dia pensei uma versão mais prática de um cobbler: frutas, uma massinha de bolo por cima e forno – modéstia à parte, ficou muito bom! Por isso, compartilho a receita com vocês – espero que gostem tanto quanto eu.
Aproveito para dizer que
ando sem tempo de fazer receitas novas e postar aqui, mas continuo mandando a
newsletter cheia de receitas deliciosas: é só clicar aqui para ler as edições
passadas e/ou se inscrever para receber as edições futuras. xx
Bolo quente de ameixa
receita minha
- xícara medidora de 240ml
Recheio e massa:
2 ameixas médias (tota de 170g)
¼ xícara (35g) de farinha de
trigo
1/3 de xícara (33g) de
farinha de amêndoa
½ colher (chá) de fermento
em pó
1/8 colher (chá) de canela
em pó
1 pitada de sal
¼ xícara (50g) de açúcar
cristal ou refinado
¼ xícara (65g) de iogurte
natural integral
2 colheres (sopa) de óleo
vegetal de sabor neutro: canola, milho, soja
1 ovo grande, temperatura
ambiente
½ colher (chá) de extrato de
baunilha
2 colheres (chá) de Amaretto
ou Frangelico – opcional; serve para intensificar o sabor das amêndoas
Cobertura:
1 colher (chá) de açúcar
cristal ou refinado
2 colheres (sopa) de amêndoas em lâminas
Preaqueça o forno a 180°C. Pincele com manteiga 1 refratário raso com capacidade para 450ml. Remova os caroços das ameixas, pique-as em cubinhos de aproximadamente 1cm e espalhe-os no refratário de maneira uniforme. Reserve.
Em uma tigela média, misture bem a farinha de trigo, a farinha de amêndoa, o fermento, a canela e o sal com um batedor de arame. Reserve. Em uma outra tigelinha, bata bem com um batedor de arame o açúcar, o iogurte, o óleo, o ovo, a baunilha e o Frangelico/Amaretto (se for usar). Despeje sobre os ingredientes secos e misture até obter uma massinha de bolo – não bata demais, ou o bolo ficará duro.
Espalhe a massinha sobre as ameixas e misture-as muito levemente com a massa. Polvilhe a massa com as amêndoas e o açúcar da cobertura, transfira o refratário para uma assadeira rasa e leve ao forno por 25-30 minutos ou até crescer e dourar bem (faça o teste do palito).
Sirva quentinho com chantilly, sorvete ou iogurte natural.
Rend.: 2 porções
quinta-feira, agosto 29, 2024
Bolo de banana com castanha de caju
Quem leu a minha newsletter de ontem sabe que eu fiz um bolo delicioso no final de semana e que não via a hora de postar a receita para vocês aqui no blog: um bolo de banana com castanha de caju, úmido e delicioso, com um glacê e castanhas tostadas picadinhas por cima. Levei o bolo para o trabalho na segunda-feira e foi um sucesso absoluto: até algumas pessoas que não são muito de doces amaram e repetiram. <3
Fazia bastante tempo que eu não fazia bolo de banana, pois toda vez que tem banana sobrando, já meio passada para comer in natura, faço uma panquequinha proteica para o lanche da tarde ou para o jantar, quando não estou a fim de comer nada à noite (dificilmente tenho fome nesse horário). A receita é bem simples, banana + ovo + farinha de aveia + whey (sem lactose, no meu caso) + canela e fermento, mas me ajuda a consumir um pouco mais de proteínas no dia. Sempre achei essa coisa de tomar whey uma bobagem, mas era ignorância minha: é um ótimo jeito de complementar a alimentação - é, gente, a fase maromba chegou mesmo, uma coisa assim meio Gracyanne Barbosa. :D
Domingo eu estava com muitas bananas aqui dando sopa, e bateu uma vontade danada de bater um bolinho... Como eu havia comprado farinha de castanha de caju e castanhas torradas e salgadas, resolvi usar os ingredientes no bolo e deu super certo: um bolo macio e saboroso, úmido e macio pela adição tanto da farinha de castanha quanto do iogurte. Receita fácil de fazer, massa preparada como massa de muffin, ou seja, não requer batedeira nem liquidificador.
O bolo rende bastante (usei
uma forma retangular de 20x30cm) e quando o vi pronto achei que era um exagero
– podem acreditar: não foi mesmo. 😊
Bolo de banana com castanha
de caju
receita minha
- xícara medidora de 240ml
Bolo:
1 ½ xícaras (210g) de
farinha de trigo
¾ xícara (75g) de farinha de
castanha de caju
1 ¼ colheres (chá) de
bicarbonato de sódio
¼ colher (chá) de canela em
pó
½ colher (chá) de sal
4 bananas médias (total com
a casca: 400g), bem maduras
1/3 xícara + 1 colher (sopa)
– total de 78g – de açúcar cristal ou refinado
2 colheres (sopa) – 26g – de
açúcar mascavo (aperte-o na colher na hora de medir)
1/3 xícara (85g) de iogurte
natural integral
½ xícara (113g) de manteiga
sem sal, derretida e fria
¼ xícara (60ml) de óleo vegetal
de sabor neutro, como canola, milho, soja
3 ovos grandes, temperatura
ambiente
1 colher (chá) de extrato de
baunilha
2 colheres (chá) de
Frangelico ou Amaretto – opcional; servem para realçar o sabor da castanha
Glacê:
1 xícara (140g) de açúcar de
confeiteiro
2 ½ colheres (sopa) de leite
Para finalizar o bolo:
½ xícara (70g) de castanhas
de caju, torradas e salgadas, picadinhas – meça, depois pique
Preaqueça o forno a 180ºC. Forre uma forma retangular de 20x30cm com papel alumínio e pincele-o com óleo.
Em uma tigela média, misture com um batedor de arame a farinha de trigo, a farinha de castanha, o bicarbonato, a canela e o sal. Reserve.
Em uma tigela grande, amasse as bananas com um garfo até obter um purê rústico. Junte o açúcar cristal, o mascavo, o iogurte, a manteiga, o óleo, os ovos, a baunilha e o Frangelico/Amaretto (se for usar) e misture bem com um batedor de arame até homogeneizar. Acrescente os ingredientes secos reservados e misture com o batedor ou uma espátula de silicone até obter uma massa uniforme – não bata demais, senão o bolo pode ficar duro.
Despeje a massa na forma, alise a superfície e leve ao forno por 30-35 minutos, ou até crescer e dourar (faça o teste do palito). Retire do forno, transfira para uma gradinha e deixe esfriar completamente.
Glacê: peneire o açúcar de confeiteiro em uma tigela, junte o leite aos poucos e vá misturando até obter a consistência desejada – talvez você precise de mais ou menos leite do que a receita pede. Espalhe o glacê sobre o bolo já frio de maneira uniforme. Salpique o glacê com as castanhas picadas.
Rend.: 24 pedaços
terça-feira, abril 16, 2024
Bolo de iogurte, pera e chocolate, nostalgia e uma receita que merece a própria tag
Semana passada postei uma foto de #tbt no meu Instagram e no meu Twitter, em que eu, pré-adolescente, estou na cozinha da minha tia-avó Angélica:
A cozinha onde fiz meu primeiro bolo, onde comecei a aprender a cozinhar. Tenho tantas lembranças queridas de lá, fui tão feliz naquela casa! Eu fugia pra lá aos finais de semana e feriados para escapar da realidade triste da minha casa. A tia e a filha dela, minha prima Soraia, me davam carinho, apoio, orientações... Elas ajudaram a formar o meu caráter e a me tornar a adulta que sou hoje. Fiquei tão nostálgica com a foto que me deu uma vontade danada de fazer um bolo! <3
De uns tempos
pra cá tem sido inevitável: sempre que penso em fazer um bolo penso na receita
do bolo de iogurte do Epicurious! Fácil de fazer, não preciso sujar nem a batedeira
nem o liquidificador, os ingredientes são simples, e o resultado é um bolo
macio, úmido e absolutamente delicioso!
Outro dia, ao
separar os ingredientes para fazer o bolo, quis inventar mais uma versão para a
receita, além das várias que já fiz e postei aqui no blog: separei umas
perinhas que eu tinha comprado e não estavam tão doces para adicioná-las ao
bolo. Peguei o vidrinho de noz-moscada – especiaria que eu acho que combina
muito bem com pera – e coloquei sobre a bancada da pia. Enquanto preparava a
forma, fiquei pensando em algo mais que poderia deixar o bolo ainda melhor, e
nisso decidi picar um pouco de chocolate amargo e não deixar os pedaços tão
pequeninos assim. Pronto: o bolo de pera virou um bolo de pera e chocolate.
Os sabores
combinaram lindamente, os pedaços de chocolate derretido no meio do bolo são um
presente e as perinhas no topo eu coloquei para fazer uma graça: caso você não
queira, não precisa fazer este passo da receita.
Este bolo é tão
maravilhoso e tão versátil que ele merece a sua própria tag: é só clicar para ver todas as minhas versões para esta receita tão especial.
Bolo de iogurte, pera e chocolate
mais uma versão
minha para o excelente bolo de iogurte do Epicurious
- xícara
medidora de 240ml
3 peras
pequenas (220g no total)
1 ½ xícaras
(210g) de farinha de trigo
2 colheres
(chá) de fermento em pó
¼ colher (chá)
de noz moscada ralada na hora
½ colher (chá)
de sal
¾ xícara + 2
colheres (sopa) - 175g - de açúcar, cristal ou refinado
¾ xícara (180g)
de iogurte natural integral – 1 potinho de 170g também funciona
½ xícara
(120ml) de óleo vegetal – usei de canola
2 ovos grandes,
temperatura ambiente
1 colher (chá)
extrato de baunilha
100g de
chocolate amargo, picado grosseiramente – gotas também funcionam
Preaqueça o
forno a 180°C. Pincele levemente com óleo uma forma de bolo inglês com
capacidade para 6 xícaras de massa (1 litro e meio), forre com papel manteiga
deixando sobras nos dois lados mais longos, formando “alças” que vão lhe ajudar
a remover o bolo depois de assado. Pincele o papel com óleo também.
Retire os
miolos e as sementes das peras e corte-as em cubinhos de aproximadamente 1cm –
caso queira fazer a decoração que eu fiz, corte 2 das 3 peras no sentido
vertical bem rente ao miolo, deixando este intacto com o cabinho, e pique o
restante de cada pera em cubinhos.
Em uma tigela
média, peneire a farinha, o fermento, a noz moscada e o sal. Reserve.
Em uma tigela
grande, junte o açúcar, o iogurte, o óleo, os ovos e a baunilha e misture
usando um batedor de arame, até obter uma massa homogênea. Com uma espátula de
silicone, incorpore os ingredientes secos deixando 1 colher (sopa) reservada
(para envolver o chocolate picado) – se a massa ficar muito engrumada, misture
levemente com o batedor de arame, mas não bata demais para não desenvolver o
glúten da farinha. Incorpore os cubinhos de pera e o chocolate com o restinho
dos ingredientes secos e misture delicadamente. Despeje a massa na forma
preparada e alise a superfície. Caso tenha separado os dois miolinhos das
peras, arrume-os sobre a massa e afunde-os levemente nela.
Asse por 50-55
minutos ou até que o bolo cresça e doure (faça o teste do palito). Deixe
esfriar na forma sobre uma gradinha por 15 minutos, e então remova com cuidado
da forma, usando o papel como guia. Transfira para a gradinha e deixe esfriar
completamente.
O bolo pode ser
guardado em um recipiente hermético por até 3 dias –se estiver muito quente
onde você mora, guarde na geladeira depois de 1-2 dias para que não embolore.
Rend.: 8-10
porções
sexta-feira, fevereiro 23, 2024
Crumble de nectarina com cobertura de manteiga queimada e tomilho (na air fryer), a Internet e gente dodói da cabeça
Já expressei aqui no blog e também
nas redes sociais o meu amor pela Internet: sou fã, uso muito e para fazer
várias coisas diferentes - a felicidade imensa que é não ter que ir mais a uma
agência de banco, por exemplo... Não fosse a Internet, eu não teria o blog e
não teria conhecido um montão de gente que, como eu, adora cozinhar. Não teria
encontrado nesse mundão as minhas amigas maravilhosas Valentina e Tania, por
exemplo, que moram em outros países. A lista é imensa, mesmo.
Só que a Internet também tem um
lado ruim e isso se deve, na maioria dos casos, às pessoas que não sabem usá-la
para o bem. Nós sabemos o que o país passou e ainda passa por conta das fake
news, gente imbecil disseminando absurdos como a mamadeira de piroca e o chip
dentro da vacina.
Dias atrás postei minha opinião no
Twitter sobre maquiagens nacionais, pois eu adoraria não ter que pagar caro em
produtos importados caso os nossos fossem tão bons quanto. Isso tomou
proporções completamente absurdas e pessoas que nunca vi na vida me ofenderam e
me chamaram dos mais diversos palavrões. Gente completamente fora da casinha
surtando para defender uma marca ou a outra – e ainda por cima fazendo publi de
graça. Pessoas que têm 500 mil seguidores e não produzem conteúdo algum, apenas
são famosas por falar mal dos outros. Até o Grupo Boticário, que eu achava ser
sério, surfou na onda do hate em cima de mim para se promover – se eu antes não
usava a marca porque achava os cheiros enjoativamente doces, nunca mais gasto
um centavo do meu dinheiro com eles.
Recebi um montão de mensagens de
apoio e de carinho e agradeço todas elas: gente querida que ficou preocupada
comigo, se eu estava bem. Muito obrigada mesmo, de coração: eu estou bem, sim.
Já passei por cada uma nessa vida, não vai ser tuiteiro tosco que vai me
derrubar. Um monte de gente que nem coragem de colocar a própria foto no perfil
tem. Eles passarão... Eu passarinho!
Como eu continuo achando a
Internet um lugar muito incrível, resolvi escrever esse pequeno desabafo aqui
no blog, mas não apareceria aqui com as mãos abanando, né? 😊
Trouxe um crumble, a minha sobremesa amada, feito com umas nectarinas que
pareciam pedras e estavam super azedas: para incrementar, usei manteiga
queimada (beurre noisette) na farofinha e juntei umas folhinhas de tomilho
fresco: ficou uma delícia! Não dá pra sentir o sabor do tomilho em si, e sim um
toque de “algo a mais” na cobertura: talvez eu aumente a quantidade de tomilho
da próxima vez.
Ah, e como está um calor horroroso
nos últimos dias fiz o crumble na air fryer e deu super certo! Na receita vou
deixar instruções para quem quiser fazer no forno também.
Se vocês testarem, me contem o que
acharam, por favor?
Um beijo enorme e bom final de
semana!
Crumble de nectarina com cobertura
de manteiga queimada e tomilho (na air fryer)
receita minha
- xícara medidora de 240ml
Cobertura:
3 colheres (sopa) – 42g – de
manteiga sem sal, picada
½ xícara + 1 ½ colheres (sopa) –
total de 85g – de farinha de trigo comum
2 colheres (sopa) de açúcar
demerara ou cristal
1/8 colher (chá) de fermento em pó
1 pitada de sal
folhas frescas de 2 raminhos de
tomilho – ou use a gosto
Recheio:
4 nectarinas grandes (aproximadamente
450g no total)
1 ½ colheres (sopa) de açúcar
1 colher (chá) de suco de limão –
siciliano, taiti, cravo, o que você quiser
Comece preparando a manteiga
queimada: coloque a manteiga em uma panelinha e leve ao fogo médio – evite usar
panela antiaderente escura, pois assim você não conseguirá controlar a cor da
manteiga. Cozinhe a manteiga, girando a panela algumas vezes, até que fique com
um tom marrom claro/dourado e o cheiro fique amendoado – vigie de pertinho,
pois a manteiga pode queimar rapidamente. Transfira para um potinho refratário
e deixe esfriar completamente.
Preaqueça o forno a 180°C. Separe 2
potinhos refratários com capacidade para 1 xícara (240ml) cada – eu preferi
usar três com capacidade para 150ml cada.
Cobertura: em um tigela pequena
junte a farinha de trigo, o açúcar, o fermento, o sal e o tomilho e misture com
um garfo. Acrescente a manteiga e misture com um garfo até obter uma farofa
grossa. Leve a mistura ao freezer por 5 minutos enquanto você prepara o recheio
– se for usar a air fryer, preaqueça a 180°C por 5 minutos.
Corte as nectarinas ao meio e
remova os caroços. Em seguida, corte-as em cubos de cerca de 1cm. Junte o
açúcar e o suco de limão e misture. Divida as frutas entre os potinhos. Aqui,
se for usar a air fryer, leve as frutas, ainda sem a cobertura, para assar por 7
minutos. Se for usar o forno, cubra as frutas com a farofinha. Leve ao forno
por cerca de 30 minutos ou até que a cobertura fique bem dourada.
Retire a gaveta da air fryer e, com
cuidado para não se queimar, espalhe a cobertura sobre as frutas. Volte à
air fryer por 12-13 minutos ou até que a cobertura doure bem.
Sirva puro, com creme de leite,
chantilly ou sorvete.
Rend.: 2 porções
quarta-feira, março 16, 2022
Crumble Peach Melba com um toque de fubá e apego
Quem me segue no Instagram deve saber que sou fã da Alison Roman: as receitas
parecem deliciosas e fáceis de fazer (como a berinjela que postei aqui no blog tempos atrás), ela é divertida, linda, gosta mesmo de comida e os vídeos dela são tão
bacanas que, sempre que estou tendo um dia meio bunda, corro para revê-los, pois
sempre me deixam mais alegrinha (é isso ou uma bebidinha, e tem dias que faço o
combo, porque né, o Brasil deixa qualquer um desgraçado da cabeça).
Reparei nos vídeos da Alison que ela sempre, ou quase sempre, usa uma
colher de pau para preparar as receitas, uma colher que parece meio velhinha
(pelo vídeo tenho a impressão de que falta um pedacinho na ponta). Ela usa a
colher para misturar um ensopado, um macarrão com couve-flor (que estou doida
pra fazer), entre outras coisas, e além disso sempre prova as receitas usando
uma colher dourada: pois bem, Alison é apegada às colherinhas dela, e eu me
identifiquei demais com isso.
Eu me apego. Eu me apego a muitas coisas. Ou “me agarro”, como diz o meu
amigo querido Fellipe.
Assim com a Alison Roman, também tenho minha colher de pau preferida,
que uso para todas as receitas salgadas (para doces, uso espátulas de silicone que
nunca uso em nada salgado). Tenho minha assadeira preferida, já toda manchada
com os efeitos do tempo, e o copo favorito que uso para tudo: vinho, água com
gás, um drinkinho. Tenho minha almofada favorita pra ver TV no sofá, e o um
cobertorzinho pequenino que comprei há anos, no qual me enrolo sempre que esfria
– quase o Lino da turma do Charlie Brown.
Eu me apego a comidas, também: não pode faltar macarrão nesta casa, sempre
tem pão no freezer, o pote de arroz nunca está vazio. Um bolinho para tomar
café da tarde, hábito que se intensificou na pandemia, e uma leva de almôndegas
no freezer que podem virar almoço ou sanduba. E crumbles: mesmo em dias
extremamente quentes já fui louca o suficiente para ligar o forno para fazer um
crumble, para depois comer suando, mas feliz. É uma sobremesa que amo, tão
caseira e simples e mesmo assim tão deliciosa, que posso fazer com uma
variedade enorme de frutas, inclusive congeladas, que é fácil de preparar e
leva ingredientes básicos que eu sempre tenho em casa: farinha, açúcar,
manteiga.
A receita de hoje foi resultado de uns pêssegos lindos que o João trouxe
do supermercado no começo de janeiro: alguns estavam maduros e doces e eu os
devorei logo de cara. Outros estavam mais sequinhos e meio sem gosto, então
foram para o forno em forma de crumble com framboesas que eu tinha no freezer, para
lembrar os sabores do Peach Melba, sobremesa inventada por Auguste Escoffier.
Testei também usar geleia de framboesa no lugar das framboesas, pois sei
que nem todo mundo encontra as frutinhas para comprar, e deu certo: não fica
exatamente a mesma coisa, mas fica bom também, desde que a geleia usada não seja
doce demais.
Vocês também se apegam?
Crumble Peach Melba com um toque de fubá
receita minha
- xícara medidora de 240ml
Cobertura:
¼ xícara (35g) de farinha de trigo comum
¼ xícara (35g) de farinha de fubá mimoso (bem fininho)
2 colheres (sopa) de açúcar demerara ou cristal
1/8 colher (chá) de fermento em pó
1 pitada de canela em pó
1 pitada de sal
3 colheres (sopa) – 42g – de manteiga sem sal, derretida e fria
¼ xícara (22g) de aveia em flocos grossos
Recheio:
6 pêssegos grandes (500g no total)
½ xícara de framboesas, frescas ou congeladas – se for usar congeladas,
não descongelar antes*
Preaqueça o forno a 180°C. Separe 4 potinhos refratários com capacidade
para 150ml cada.
Cobertura: em um tigela pequena junte a farinha de trigo, o fubá, o
açúcar, o fermento , a canela e o sal e misture com um batedor de arame.
Acrescente a manteiga e misture com um garfo até obter uma farofa grossa. Incorpore
a aveia com o garfo, e então leve a mistura ao freezer por 5 minutos enquanto
você prepara o recheio.
Corte os pêssegos ao meio e remova os caroços. Em seguida, corte-os em cubos de cerca de 1,5cm. Junte as framboesas e misture levemente – se
os pêssegos estiverem muito azedos, junte um pouquinho de açúcar e misture. Divida
as frutas entre os potinhos e cubra com a farofinha.
Leve ao forno por cerca de 30 minutos ou até que a cobertura fique bem
dourada e a fruta borbulhe.
Sirva puro, com creme de leite, chantilly ou sorvete.
* se preferir usar geleia em vez das framboesas, considere cerca de 1
colher (sopa) por potinho e distribua em pequenas porções sobre os pedaços de pêssego
Rend.: 4 porções
quinta-feira, setembro 02, 2021
Bolo-pudim de ameixa e mirtilo, inspirações e um filme
Outro dia pensava em como às vezes procuro inspiração em tantos lugares, sendo que um deles, os filmes, que sempre me inspiraram, eu andava deixando de lado, por pura impaciência e uma constante sensação de saco cheio. Saco cheio de tudo, e saco cheio de nada específico ao mesmo tempo.
Os meus filmes tão amados, que me acompanham desde a minha solitária adolescência e que me ajudaram a batizar o blog de Technicolor Kitchen, nem eles andavam me animando mais.
Um domingo decidi que iria ver um filme, qualquer um que fosse, por mais tolo que fosse. Tá, tolo também não, não vamos forçar. :) Fui ao Mubi e lá encontrei “Asas do Desejo”, que havia mais de uma década que queria ver e não encontrava em lugar nenhum. Fiquei completamente arrebatada pelo filme, pelo olhar sereno de Bruno Ganz, pelas imagens de Berlim, pelos anjos debruçados sobre pessoas em uma biblioteca. Tudo é tão bonito, tão etéreo, e ao mesmo tempo melancólico – só de lembrar fico com os olhos marejados. Não é sempre que um filme me deixa assim emocionada e pensativa por tanto tempo, e quando isso acontece só posso agradecer.
Terminei o filme, fui tomar um banho e, pensando no tinha visto, comecei a cantarolar “Stay”, do U2, no chuveiro, sem perceber. Ao final de “Asas do Desejo” eu já queria ver a continuação, “Tão Longe, Tão Perto”, e meu cérebro juntou tudo e me trouxe à memória uma canção que eu não ouvia havia outra década, mas ainda me lembrava da letra o suficiente para cantar um bom trecho.
Essas conexões feitas em nossas mentes me fascinam, me alegram, me inspiram. Foi assim que, olhando para uma ameixa dando sopa na geladeira, decidi preparar uma receita com ela, mas algo diferente, novo, mas não sabia exatamente o que. Sem perceber, me veio à cabeça uma receita que eu já tinha visto em alguns livros e revistas diferentes, chamada “Eve’s pudding”, pudim da Eva, em que pedaços de maçã são cobertos por uma massinha de bolo e levados ao forno: nunca havia provado, mas não tinha como aquilo não ser incrível. :)
Adaptei diferentes
receitas, usei ameixas no lugar das maçãs e como elas não eram suficientes para
encher os potinhos, completei com mirtilos que estavam no freezer – se quiser,
faça só com ameixas, e tenho certeza de que completar as ameixas com morangos
ficaria bom demais – aliás, só o que posso dizer a vocês é façam esta receita,
pois é absurdamente deliciosa.
Bolo-pudim de ameixa e
mirtilo
adaptado de algumas
receitas de Eve’s pudding
- xícara medidora de
240ml
1 ameixa grande (cerca
de 130g), sem o caroço e em cubinhos de 1cm
¼ xícara (35g) de
mirtilos congelados – usar sem descongelar
1/3 xícara (46g) de farinha
de trigo
1 colher (sopa) de
farinha de trigo integral
1/8 colher (chá) de
canela em pó
¼ colher (chá) de
fermento em pó
1 pitada de sal
¼ xícara (56g) der manteiga
sem sal, amolecida
¼ xícara (50g) de açúcar
cristal ou refinado
1 ovo grande,
temperatura ambiente
¼ colher (chá) de
extrato de baunilha
Preaqueça o forno a 180°C. Separe dois potinhos refratários com capacidade para 200ml cada e divida as ameixas e os mirtilos entre os dois potinhos.
Em uma tigela pequena,
misture com um batedor de arame as farinhas, a canela, o fermento e o sal. Reserve.
Em uma tigela média,
junte a manteiga e o açúcar e bata até obter um creme claro – bati na mão
mesmo, preguiça de sujar a batedeira com tão pouca massa. Junte o ovo e bata
bem. Acrescente a baunilha e misture. Junte os ingredientes secos reservados e
misture delicadamente com uma espátula de silicone até obter uma massa lisa.
Espalhe a massa sobre as frutas e alise a superfície, cobrindo bem. Leve ao forno por cerca de 20 minutos ou até a massa dourar bem e as frutas borbulharem.
Sirva puro, com sorvete, chantilly ou creme de leite.
Rend.: 2 porções
quarta-feira, agosto 25, 2021
Waffles de limão e sementes de papoula e lembranças boas de viagens
Em tempos de pandemia, em que viajar se tornou algo complicado (pelo menos para quem segue o distanciamento social), de vez em quando dou uma espiada nas minhas fotos de viagens passadas, geralmente às quintas-feiras, dia de #tbt nas redes sociais. Em um primeiro momento pensei “que sofrimento, pra que ficar olhando foto de viagem e passando vontade?”, mas logo em seguida percebi o tamanho do meu privilégio, de ter conseguido conhecer lugares incríveis antes disso se tornar mais difícil - mesmo com a vacina o nosso dinheiro se tornou tão desvalorizado que viajar para fora do país voltou a ser algo para poucos, como era no passado.
Olho para as fotos, passo vontade, sim, mas também me sinto feliz por ter vivido momentos tão gostosos. Penso nos lugares incríveis que visitei, nos museus maravilhosos e lindos parques, nos restaurantes e nas comidas deliciosas que provei. Dá saudade, mas também dá alegria.
Procurando as fotos de viagem, encontrei um pastinha com fotos de receitas que fiz para o blog e que, por alguma razão específica, não publiquei: não gostei da foto, ou a receita não ficou exatamente como que eu queria, ou por causa de algum ingrediente, como no caso destes waffles.
Fiz esta receita há bastante tempo, com sementes de papoula que havia trazido de viagem, e não quis postar porque não estava conseguindo encontrar o ingrediente por aqui, e muita gente sempre me pergunta onde eu compro as sementinhas. Já encontrei, no passado, no Pão de Açúcar, e também na Bombay Temperos, mas faz muito tempo que está indisponível no site deles.
Há algumas semanas alguém que sigo no Instagram indicou a Cípria Ervas & Especiarias (pena eu não lembrar quem foi para dar os devidos créditos) dizendo que eles tinham sementes de papoula, e fui correndo comprar. Aproveitei e coloquei também no carrinho a manjerona seca deles, que ficou deliciosa salpicada sobre a pizza (não é publi, viu, gente?)
Os waffles ficam
deliciosos, com um perfume incrível de limão e a crocância extra das
sementinhas, mas é claro que você pode fazer sem elas – eu já fiz várias vezes,
quando meu estoque acabou, e ficam ótimos do mesmo jeito. Gosto de servir com
mel ou só uma chuvinha de açúcar de confeiteiro, para aqueles dias em que a
gente precisa de um café da manhã ou lanchinho da tarde mais especial.
Waffles de limão e
sementes de papoula
receita minha,
adaptada desta aqui
- xícara medidora de
240ml
2 colheres (sopa) de
açúcar cristal
raspas da casca de 2
limões taiti grandes
1 ¼ xícaras (175g) de
farinha de trigo
2 colheres (chá) de fermento
em pó
1 pitada de sal
1 colher (sopa) de
sementes de papoula
1 ovo grande
¼ xícara (60ml) de
azeite de oliva extra virgem
¾ xícara (180ml) de
leite integral, temperatura ambiente
2 colheres (chá) de
suco de limão taiti
½ colher (chá) de
extrato de baunilha
Em uma tigela média, misture o açúcar e as raspas de limão e esfregue-os juntos com as pontas dos dedos até aromatizar o açúcar. Junte a farinha, o fermento, o sal e as sementes de papoula e misture com um batedor de arame. Reserve.
Em uma tigela pequena, misture com um batedor de arame o ovo, o azeite, o leite, a baunilha e o suco de limão. Verta os líquidos sobre os ingredientes secos e misture com uma espátula de silicone somente até incorporar – não misture demais.
Preaqueça a máquina de waffle. Cozinhe porções de massa por vez, até que cada waffle doure - siga as instruções do fabricante. Sirva com mel, melado ou com o que preferir.
Rend.: 5-6 waffles
quarta-feira, agosto 11, 2021
Ameixas assadas e mais uma reclamação
Hoje volto aqui pra reclamar, mas desta vez não será do frio, prometo. :)
Ando vendo uns vídeos pelo Instagram que estão me deixando cabreira: pessoas fazendo dancinhas sobre como “era para ser apenas quinze dias”, e então elas começam a apontar para vários lados, e as caixinhas de texto aparecem com as diversas realizações que obtiveram durante a pandemia.
Seguro a vontade de jogar o celular na parede, afinal de contas quem vai ter que pagar por outro sou eu.
Entendo que a pandemia tem impacto diferente para cada um de nós, eu todos os dias agradeço ao Universo por não ter perdido ninguém que amo para esta doença maldita, mas daí a fazer vídeo com dancinha comemorando, enquanto são quase 600 mil mortos e não há vacina para todos... Realmente não entra na minha cabeça.
Não sei se o problema sou seu, mas algumas pessoas me parecem vazias demais e essa casca oca ficou mais evidente desde que a pandemia começou.
Como estou azeda hoje (de novo!) e não tinha nenhuma receita docinha para dividir com vocês, trago as ameixas assadas que faço de vez em quando, divinas para comer com iogurte, sorvete de baunilha ou para deixar o arroz doce ainda mais especial (eu e o arroz doce, vocês sabem...). :)
Corto as ameixas ao meio, retiro os caroços, transfiro as frutas para um refratário raso e polvilho com um pouco de açúcar (provo as ameixas antes de assar e ajusto a quantidade de açúcar dependendo do quanto as frutas estão maduras e doces). Uma ou duas rama de canela – se gostar, pode colocar um anis estrelado também – e uns 20-30 minutos de forno, dependendo do tamanho das frutas, virando na metade do tempo.
Depois de esfriar, você pode guardar na geladeira, em um recipiente hermético
bem fechado, por até uma semana, mas eu gosto mesmo é de comer enquanto ainda
estão pelando, saindo do forno.
quinta-feira, agosto 05, 2021
Bolo-pudim de maracujá e coco para adoçar a minha reclamação constante
Começo o post já pedindo desculpas, mas vou novamente reclamar do frio – ando me sentindo tão travada, o corpo, as costas, deixei de me exercitar diariamente porque não aguento lavar o cabelo depois (a dor de cabeça ferrenha vem com tudo, obrigada, sinusite), o pés gelados o dia todo, não importa quantas meias eu consiga fazer caber umas sobre as outras, as mãos trincando, os dedos dormentes batendo nas teclas do computador.
Desculpem, desculpem, desculpem: tô de mau humor, acho que já deu pra perceber. O frio excessivo me deixa chata.
Hoje mais cedo enviei uma newsletter com receitas de sopa (não assina a minha cartinha ainda? Clica aqui!) e tô dando graças ao Universo por ter uma porção de sopa de legumes na geladeira: vou aquecer e colocar macarrãozinho miúdo, jantar já no jeito.
Mas nem só de sopas a
gente vive, né? Vez em quando, um docinho vai tão bem... Se for quentinho,
então, é perfeito – como o bolo-pudim de maracujá e coco que trago hoje. Fiz apenas
meia receita, pois dois potinhos são mais do que suficientes aqui em casa (eu
comi um e meio sozinha em um dia de teto-baixo, confesso), mas posto abaixo a
receita toda, que rende 4 potinhos.
Bolo-pudim de maracujá
e coco
adaptados de uma receita do Waitrose – se você entende inglês, o site é uma ótima fonte de receitas
- xícara medidora de
240ml
¼ xícara (35g) de
farinha de trigo
¼ colher (chá) de
fermento em pó
¼ xícara (25g) de coco
ralado seco, sem adição de açúcar
1 pitada de sal
2 ovos grandes, temperatura ambiente, claras e gemas separadas
¼ xícara (56g) de manteiga
sem sal, amolecida
¼ xícara + 2 colheres (sopa)
- 75g - de açúcar cristal ou refinado
200ml de leite integral,
temperatura ambiente
½ xícara (120ml) de polpa
de maracujá passada pela peneira
Preaqueça o forno a 180°C e pincele levemente com manteiga 4 potinhos refratários com capacidade para 1 xícara (240ml) cada. Coloque uma leiteira ou panela com água para ferver – vamos usá-la para fazer um banho-maria.
Em uma tigelinha, misture bem com um batedor de arame a farinha, o fermento, o coco e o sal. Reserve.
Bata as claras na batedeira em velocidade alta até que fiquem em neve, com picos firmes. Reserve.
Em outra tigela (ou na mesma das claras, se você preferir transferi-las para outra tigela, como eu fiz), bata a manteiga e o açúcar até obter um creme claro – raspe as laterais da tigela algumas vezes durante todo o preparo da receita. Junte as gemas, uma a uma, batendo bem a cada adição. Com a batedeira em velocidade baixa, adicione os ingredientes secos em três adições, alternando com o leite, em duas adições, e misture apenas até uma massa se formar. Adicione a polpa de maracujá e misture em velocidade baixa até incorporar. Desligue a batedeira e junte 1/3 das claras à massa e misture bem. Em seguida, junte o restante das claras e desta vez misture delicadamente, de baixo para cima, para que a massa fique bem leve e aerada.
Divida a massa igualmente entre os potinhos preparado e alise a superfície. Transfira os potinhos para uma assadeira funda e despeje água na assadeira até que ela chegue à metade da altura dos potinhos. Leve ao forno por cerca de 15 minutos ou até que o topo esteja firme, como um bolo (a calda estará por baixo). Sirva imediatamente.
Rend.: 4 porções
terça-feira, julho 13, 2021
Espaguete com molho de limão siciliano - comida na mesa em pouquíssimo tempo
Dias atrás eu
perguntei para vocês no Instagram a sua receita favorita com limão – coloquei
uma foto de limões sicilianos, mas na verdade penso que pode ser qualquer limão.
Antes de comprar o pacotão de limão siciliano em promoção, eu andava usando
limão cravo com bastante frequência e com resultados deliciosos.
Muitos de vocês são como eu, apaixonados e apaixonadas por esta fruta azedinha maravilhosa, e amamos bolos, tortas, barrinhas – só de pensar nestas barrinhas, por exemplo, eu fico com água na boca! Teve bastante gente também que falou macarrão com limão e sim, como é gostoso! Além de facílimo e rápido de fazer.
Já publiquei uma receita de macarrão com molho de limão siciliano há séculos no blog, mas resolvi dividir com vocês a forma como tenho feito de uns tempos pra cá: alterei um pouco a receita, pois acho que fica mais saboroso juntar o macarrão ao molho na frigideira e deixar que se misturem um pouquinho ainda no fogo.
Prático demais, suja
pouca louça e o que mais demora na receita é esperar a água ferver – depois do
bolo de aniversário do blog, foi a receita em que mais usei os meus limões da
promoção. :)
Espaguete com molho de
limão siciliano
receita minha,
adaptada de várias versões que existem por aí
200g de espaguete, ou
a massa da sua preferência
1 colher (sopa) de
azeite de oliva extra virgem
1 colher (sopa) – 14g –
de manteiga sem sal
raspas da casca de 1
limão siciliano grande
1 colher (sopa) de
suco de limão siciliano
2 colheres (sopa) de folhas
de salsinha, bem picadinhas – pique, depois meça
sal e pimenta do reino
moída na hora
¼ xícara de parmesão
ralado bem fininho – com pecorino também fica uma delícia
Para servir:
parmesão ralado
Em uma panela grande, aqueça água até ferver. Acrescente sal. Quando ferver, adicione o macarrão e cozinhe pelo tempo indicado na embalagem – enquanto a água ferve e o macarrão cozinha, prepare o molho.
Em uma frigideira antiaderente grande, junte o azeite, a manteiga, as raspas e o suco de limão e a salsinha. Tempere com sal e pimenta do reino e então leve ao fogo médio-alto, mexendo até que a manteiga derreta e os ingredientes estejam bem misturados.
Escorra o macarrão, reservando ¼ xícara (60ml) da água do cozimento. Transfira o macarrão escorrido para a panela com o molho, polvilhe com o parmesão e misture bem, cozinhando por 1 minuto – se o molho estiver seco demais, junte a água reservada, aos poucos. Sirva imediatamente polvilhado com queijo ralado.
Rend.: 2 porções
domingo, julho 04, 2021
Bolo de iogurte, pistache e limão siciliano para um blog debutante
Já faz alguns meses que andava pensando no que faria para comemorar o aniversário do TK – não é todo dia que um blog debuta! Quinze anos são uma trajetória e tanto!
Queria fazer um bolo de camadas, pois há séculos não faço nada parecido. Mas, ao mesmo tempo, não queria desperdício, e um bolo desses, só pra duas pessoas, sendo que uma delas não é chegada a doces não seria uma ideia tão boa.
Continuei pensando, e o tempo foi passando. “Ah, vou acabar não fazendo nada, até mesmo por falta de tempo”.
Semana passada eu estava no mercado e dei de cara com limões sicilianos com um preço muito bom: estavam bonitos, bem amarelinhos – separei alguns e coloquei no carrinho. Havia meses que não trazia limões sicilianos para casa, pois estavam caros demais. Continuei com as compras, lista na mão.
Em direção à geladeira para pegar iogurte e manteiga, passei pelo corredor dos ingredientes naturebas – de longe, uma etiqueta vermelha chamou a minha atenção. Na prateleira de farinhas diferentonas – de grão-de-bico, de amêndoa, de teff – a caixinha de farinha de pistache estava baratinha, pois estava a data de vencimento estava próxima. Eu sempre ficava de olho naquela farinha, mas era muito cara e eu me negava a comprar.
“Só pode ser um sinal”, pensei. Dois ingredientes que amo, por um preço decente, na semana anterior ao aniversário do blog. “Vou fazer um bolo simples, porém delicioso, para comemorar os quinze anos do TK”.
Saiu este bolo de limão siciliano e pistache, que ficou com um sabor maravilhoso e uma textura incrível – lembrou demais marzipã, apesar de não ser de amêndoa. Bem úmido, macio, saboroso, foi devorado nas poucas tardes geladas que tivemos ultimamente em São Paulo: João com seu espresso, eu com meu chá de hortelã.
Com este bolo simples de fazer, mas com sabores muito especiais para mim, comemoro quinze anos de receitas, posts, desabafos, histórias de família. Coisas engraçadas, tristezas, lambadas da vida que dividi com vocês.
Muito obrigada pela companhia tão querida por tanto tempo – saibam que trago comigo com carinho os comentários, e-mails, fotos nas redes sociais, mensagens, respostas à minha newsletter. <3
Bolo de iogurte, pistache e limão siciliano
um nadinha adaptado do
Epicurious, de novo!
- xícara medidora de 240ml
Bolo:
1 ¼ xícaras (175g) de
farinha de trigo
½ xícara (50g) de
farinha de pistache – use a farinha de oleaginosa que preferir
2 colheres (chá) de
fermento em pó
¼ colher (chá) de sal
1 xícara (200g) de
açúcar, cristal ou refinado
raspas da casca de 2
limões sicilianos
¾ xícara (180g) de
iogurte natural integral – 1 potinho de 170g também funciona
½ xícara (120ml) de
óleo vegetal – usei de canola
2 ovos grandes,
temperatura ambiente
1 colher (sopa) de Cointreau
– opcional
½ colher (chá) extrato
de baunilha
Para polvilhar:
1 colher (sopa) de açúcar cristal ou demerara - aqui, o refinado não funciona, pois é muito fininho. Se não tiver os outros açúcares em casa, pule esta etapa da receita
Preaqueça o forno a 180°C. Pincele levemente com óleo uma forma de bolo inglês de 22x11cm, com capacidade para 6 xícaras de massa (1 litro e meio), forre com papel manteiga deixando sobras nos dois lados mais longos, formando “alças” que vão lhe ajudar a remover o bolo depois de assado. Pincele o papel com óleo também.
Em uma tigela média, peneire juntos a farinha de trigo, a farinha de pistache, o fermento e o sal – se a farinha de pistache estiver empedrada (a minha estava um pouco), passe pela peneira apertando com uma espátula de silicone. Reserve.
Em uma tigela grande, junte o açúcar e as raspas de limão siciliano e esfregue com as pontas dos dedos até o açúcar aromatizar. Junte o iogurte, o óleo, os ovos, o suco de limão, Cointreau e a baunilha e misture usando um batedor de arame, até obter uma massa homogênea. Com uma espátula de silicone, incorpore os ingredientes secos – se a massa ficar muito engrumada, misture levemente com o batedor de arame, mas não bata demais para não desenvolver o glúten da farinha.
Despeje a massa na
forma preparada e alise a superfície. Salpique o açúcar de maneira uniforme
sobre o topo da massa.
Asse por 50-55 minutos ou até que o bolo cresça e doure (faça o teste do palito). Deixe esfriar na forma sobre uma gradinha por 15 minutos, e então remova com cuidado da forma, usando o papel como guia. Transfira para a gradinha e deixe esfriar completamente.
O bolo pode ser guardado em um recipiente hermético por até 4 dias.
Rend.: 8-10 fatias