sexta-feira, fevereiro 04, 2022

Um dia bom e um prato de macarrão


Domingo passado foi um dia tão bom que fiquei pensando nele o restante da semana, e mesmo tendo chegado do escritório exausta ontem à noite, não resisti a me sentar na sala com o meu caderno e escrever um pouco sobre este dia.

Depois de muitos (muitos mesmo) finais de semana sem vontade alguma de cozinhar, domingo passado eu tive vontade de fazer algo bem gostoso para o almoço. Depois de pensar um pouco, decidi que faria uma comidinha com sabor de infância, com jeitão dos domingos de quando eu era pequena e ora o almoço era na casa da minha avó, ora na casa da tia Angélica (a dona do bolo de fubá mais maravilhoso do mundo), ora na minha casa, uma receita que além de tudo isso também é o prato favorito do João e do Pingo: macarrão à bolonhesa.

Fui para a cozinha, coloquei um golinho de vinho no meu copo preferido, separei os ingredientes e os coloquei sobre a pia. Aqueci a panela, juntei o azeite e coloquei a carne para dourar. Sal e pimenta, adicionei a cebola e senti aquele cheiro delicioso tomar conta de tudo ao redor. Em seguida vieram o alho, o extrato de tomate, o vinho, e todos os outros ingredientes. E assim saboreei cada passo da receita, cada perfume, tudo sem pressa, sem correria, e se o almoço saísse às três da tarde em vez de meio-dia, tudo bem: eu estava, novamente, sentido prazer com o processo.

Finalizei o molho com um punhado generoso de manjericão, juntei a ele o espaguete e um pouquinho da água do cozimento e deixei cozinhar por um minuto, todos os sabores se misturando, a massa sugando o sabor do molho, o apartamento tomado por um cheiro maravilhoso. Macarrão no prato, chuvinha de pecorino ralado para mim, fio de azeite para o João, mais um pouquinho de vinho no copo, pão para limpar o molho do prato no final: assim tivemos um almoço de domingo gostoso, como havia muito tempo não tínhamos. Foi almoço com gostinho de infância, com gostinho de quando almoços de domingo eram especiais a ponto de eu fazer listas em pequenas cadernetas com todas as ideias de receita que queria provar.

Almoço tão gostoso que deu vontade de escrever aqui no blog. xx

terça-feira, janeiro 18, 2022

Os filmes da TV a cabo


Oi, pessoal, como vocês estão?

Apesar de não estar cozinhando quase nada, hoje senti vontade de escrever aqui no blog, mas o assunto não tem nada a ver com comida, não tem receita – hoje escrevo sobre filmes.

A inspiração para este post veio de um vídeo, um trechinho de uma entrevista do Stephen Fry no programa do Graham Norton – adoro ambos. Olhando para Stephen e toda a sua grandiosidade, tanto em tamanho mesmo quanto em talento, lembrei dele como Oscar Wilde no filme “Wilde”, que vi séculos atrás – além disso, sempre lembro do vídeo que ele gravou implorando que o brasileiros não votasse no Saco de Bosta antes das eleições de2018, o que me faz adorá-lo ainda mais. Esse filme ótimo, que nunca mais encontrei para rever, me fez pensar no quanto a TV a cabo mudou de meados dos anos 90 para cá. Meu pai colocou TV a cabo em casa em 94, se não me engano, e na época chegava uma revista com toda a programação do mês – era um calhamaço, pois além das grades de canais e do que passaria em cada um deles, no final da revista havia uma espécie de índice com os filmes, incluindo título, título original, diretor, elenco, ano de lançamento, e sinopse. Eu agarrava a revista no dia em que ela chegava, levava correndo para o meu quarto e, com uma caneta marca-texto, saía amarelando tudo quando era página, para depois me programar e assistir ao máximo de filmes que pudesse.

Durante aqueles primeiros anos, vi filmes que não existiam nas locadoras – ou eram difíceis de encontrar, pequenas obras-primas, me apaixonei por diretores, atores e atrizes, fui construindo minha lista de favoritos. Filmes incríveis que hoje são mais difíceis de achar do que na época. E eles passavam o tempo todo, ou pelo menos 1 ou 2 vezes por mês, diferentemente de hoje em dia em que são sempre os mesmos filmes, to-da se-ma-na, isso quando não é o mesmo passando em dois canais diferentes.

Naquela época vi na TV a cabo filmes como “Wilde”, de que falei no começo do post, alguns outros dos quais já tinha ouvido falar ou lido a respeito nas revistas “Set” que eu lia na biblioteca, como “O Cozinheiro, o Ladrão, sua Mulher e o Amante”, “Perdas e Danos”, “O Amante”, “Taxi Driver”, “Traídos pelo Desejo”, e outros que eu nem sabia que existiam, como “Absolute Beginners”, “Anjos e Insetos”, “Coração Selvagem”, “Um Sonho Sem Limites”, “Jamón, Jamón”, “Colcha de Retalhos”.

Até o Telecine Cult, que costuma ser um alívio para quem não gosta de filme de super-herói ou não suporta Adam Sandler, anda tão repetitivo: geralmente está passando “Flashdance”, ou “De Volta para o Futuro”. Desânimo.

Saudades de zapear a TV e ver as bizarrices do David Cronenberg em “Gêmeos: Mórbida Semelhança” ou “Mistérios e Paixões”. Imagina ir trocando de canal e dar de cara com as loucuras de Peter Greenaway, ver filmes de começo de carreira de Paul Thomas Anderson, Richard Linklater ou Cameron Crowe, descobrir que Ben Stiller já dirigiu filme bacana e que Kathryn Bigelow é fodona há tempos, muito antes de ganhar o Oscar.

Vocês também tem filmes queridos do passado que não encontra mais em lugar nenhum para rever? Me conta? xx

sexta-feira, dezembro 17, 2021

Um post difícil de escrever


Hoje não tem foto, nem receita.

Quem lê o blog deve ter percebido que ultimamente eu não ando muito animada no geral, e menos ainda com a cozinha – na verdade, falta de ânimo, cansaço e tristeza são coisas que muita gente com quem converso tem sentido, especialmente se a pessoa mora no Brasil. Lidar com uma pandemia, ver gente imbecil dizendo que não vai tomar vacina porque “causa autismo” ou porque “tem GPS na vacina” (entre outros absurdos), testemunhar o desmonte quase que completo do nosso país em tão pouco tempo é revoltante, trágico, me causa raiva, um ódio tão profundo que eu nem sabia que poderia sentir.

A gente vai levando, tocando pra frente, às vezes sem saber direito pra onde, tudo fica meio mecânico, levanta da cama, trabalha, come, toma banho, vê TV. E todo dia é assim, e foram vários meses desta forma. E eu sempre pensava que, quando estivesse vacinada, voltaria a sair, pelo menos para algumas coisas, pelo menos para comer aos finais de semana. E de fato atualmente é isso, almoço fora de vez em quando, pizza à noite em uma sexta ou sábado. E, na minha cabeça, isso resolveria a minha falta de vontade de cozinhar, pois o ranço era culpa da pandemia e de cozinhar todo santo dia por mais de um ano.

Só que algo se quebrou pelo caminho e o meu plano não funcionou.

Curiosamente, durante os últimos 14 meses, fui trabalhando em um projeto de um livro, bem aos pouquinhos, quando dava, e o danado está praticamente pronto – ainda tenho que testar novamente algumas receitas para fotografar e reescrever alguns trechos, mas o grosso, como dizem, eu já fiz. E quando eu testava essas receitas, as fotografava e as escrevia, me sentia bem, uma sensação de dever cumprido, de prazer de fazer algo com tanto carinho. E esse “combustível” foi me alimentando por meses, mais de um ano, só que acabou.

Eu achava que era preguiça e/ou cansaço de cozinhar, e continuei fazendo almoço, pão, pizza. Mesmo sem vontade, afinal de contas temos que comer.

Até o dia em que eu fui para a cozinha para preparar o almoço e, ao começar a aquecer o azeite na panela para refogar a cebola, eu quis sumir dali. Durante todo o processo de fazer o arroz, refogar a abobrinha, preparar e temperar a salada, eu queria sair correndo. Os cheiros me enjoavam, meu apetite desapareceu: comi uma colherada de arroz e uma de salada, e me obrigando a comer, só pra não ficar com dor de cabeça de fome depois.

Não era cansaço, não era preguiça, não era falta de vontade: era repulsa.

Cozinhar por obrigação já foi parte da minha vida em vários outros momentos, na adolescência, antes de casar também, e eu fazia a comida mesmo sem querer fazer, mas sentir repulsa foi a primeira vez desde os meus 11 anos (tenho 43).

O processo todo me fez entrar em uma espécie de crise: como assim eu não quero mais cozinhar? Eu cozinho há mais de trinta anos! Eu não POSSO não gostar mais de cozinhar. Quem sou eu sem a cozinha? O que eu faço agora?

Não sei o que vai ser das refeições aqui em casa, não sei o que vai ser do blog - eu não sei. Não sei de nada. De absolutamente NADA.

Tô me sentindo perdida, triste, angustiada. A única coisa que se fato sei é que precisava tirar isso do meu coração – tá sendo difícil lidar.

O blog continuará aqui, eu jamais deletaria nada. Só não sei quando vem o próximo post, SE vem. Mas as receitas já publicadas permanecem aqui, para que vocês possam reproduzi-las em casa se tiverem vontade.

Obrigada pela companhia, por tanto tempo. xx

terça-feira, dezembro 07, 2021

Escondidinho vegetariano, ideias que não dão muito certo e contagem regressiva


Escondidinho vegetariano


Estava aqui pensando em voz alta nas ideias que nos frustram, ou que não são tudo aquilo que a gente achava que seriam.

Antes de eu começar a reclamar, peço que tenham paciência comigo, pois esse ano já está durando 39 meses e eu não vejo a hora de chegar a semana de recesso entre Natal e Ano Novo. :) Uma exaustão mental imensa – e eu achando que 2020 tinha sido difícil, hein? – uma constante sensação de achar tudo um saco, tudo chatíssimo, uma falta de energia tremenda, aquela vontade de deitar sob o edredom e ficar lá por dias.

Se você está de teto baixo como eu, talvez seja melhor ler outra coisa, porque é capaz de o meu post te deixar ainda mais deprê.

Meu humor e minha vontade de fazer coisas tem variado muito ultimamente (graças ao Universo pela terapia, senão estaria pior), muitas vezes as variações acontecem todas no mesmo dia, portanto há horas em que nem eu mesma me aguento, honestamente. Há dias em que quero fazer mil coisas, para dali a algumas horas tudo se esvair em uma nuvem de frustração. Há dias chochos e dias menos chochos, há momentos em que eu vou para a cozinha animada para fazer uma comidinha gostosa, até mesmo uma coisinha diferente, como um cookie ou uma sobremesa, e em outros eu quero juntar duas fatias de pão com maionese dentro e ficar muito em paz com o meu seriadinho no sofá.

Nossa, que injeção de ânimo esse post, hein?

Noite dessas eu vi o Rodrigo Oliveira fazendo escondidinho na TV, e eram duas versões: uma com carne seca e outra vegetariana, e em ambas ele usava purê de mandioca e finalizava com queijo de coalho ralado antes de levar ao forno – fiquei com água na boca. Eu tinha uns legumes no gavetão já meio esquecidos, e também uma batatona na bancada querendo murchar, resolvi juntar tudo e fazer um escondidinho vegetariano inspirado no do Rodrigo. Refoguei cebola e alho, juntei tomate, abobrinha e berinjela e deixar cozinhar um pouco. Transferi para um refratário, cobri com purê de batata e mozarela e levei ao forno.

Entra aquele meme “expectativa vs. realidade”. :D

Não é que ficou ruim: não tem muito como ficar ruim um monte de legumes juntos, né? Mas alguma coisa ali não me deixou tão feliz. Não achei que o purê combinou com os legumes refogados, não gostei de tudo ter mais ou menos a mesma textura – achei chocho. Chocho como alguns dos dias por aqui. Enquanto comia, agradeci demais ao meu feeling de não fazer como o Rodrigo e entupir o refratário de purê por tudo quanto era lado: apenas fiz uma camada fina por cima. Na teoria a receita me parecia ótima, mas na prática não achei tudo aquilo: melhor teria sido servir o purê separado dos legumes, cada um do seu lado do prato, ou então feito uma camadinha só de queijo sobre os legumes e levado ao forno, sem o purê. Não sei.  

De qualquer forma, quis dividir com vocês esse meu momento meio frustrado na cozinha, porque acontece com todo mundo, mesmo com alguém que brinca com as panelas desde os onze anos de idade. E também dizer que se você anda se sentindo sem ânimo, sem saco, sem energia, com vontade de acampar sob as cobertas, eu tô aqui do mesmo jeito e te mando o meu carinho. xx

sexta-feira, novembro 26, 2021

Brownies com chocolates amargo e branco e cranberries, costas travadas e um post do Instagram que me fez pensar


Brownies com chocolate amargo e branco e cranberries


Dias atrás travei as costas e o pescoço do lado esquerdo e mal conseguia me mexer: era tanta dor que as lágrimas escorriam, mesmo eu não querendo chorar. Não conseguia ficar sentada de jeito nenhum, quando deitava e encontrava uma posição mais agradável virava uma estátua – a estátua do Quasímodo.

Por isso, fiquei off das redes sociais por uns 4 dias, mais ou menos, e confesso que não senti falta – achei que sentiria, mas não. Engraçado, né? O Instagram e o Twitter foram companheiros muito próximos durante toda a pandemia e o período de isolamento, e cheguei até mesmo a fazer algumas lives, mas hoje não me vejo assim tão dependente das redes sociais, sabe-se lá até quando.

Tem hora que o Instagram enche o saco, mas também tem hora que aparece um post que chama a atenção, faz a gente pensar. Sigo uma mulher maravilhosa chamada Larissa Guerra e ela escreveu tempos atrás sobre uma viagem à praia e sobre a aceitação do seu próprio corpo, contando que por muito tempo se privou de fazer coisas prazerosas por causa de neuras sobre sua aparência. Ao ler as palavras da Lari, mil sinos começaram a tocar na minha cabeça, e se você é mulher certamente na sua também. Quantas vezes deixamos de fazer o que gostamos por conta de cobranças com nosso corpo, com o peso? Quantas vezes deixamos de usar biquini por causa da barriga, ou shorts por causa das celulites nas pernas? Desde muito jovens somos expostas a esse tipo de cobrança, essa exigência de ter um corpo “perfeito” de acordo com o padrão estabelecido. Nossos corpos são inadequados, logo a gente tenta se enfiar dentro do quadradinho para sermos aceitas, para sermos amadas. E isso tudo eu digo sendo mulher cis e branca, porque para outras minorias a situação é muito pior: mulheres negras, mulheres trans... Nem posso imaginar pelo que elas passam.

Fiquei pensando nisso outro dia, quando comentei com uma colega que não fazia mais receitas doces, pois somos só dois e o João não é muito de doces – assim que terminei a frase, pensei em como eu estava reproduzindo o discurso que quero tanto destruir. É claro que eu não vou viver à base de sobremesas, porque não é essa a ideia: quero sim, comer meus vegetais, legumes e frutas, meu feijão com arroz. Mas também quero comer minha pizza com uma taça de vinho sem ficar pensando “ai meu deos, a calça jeans vai ficar apertada”. Quero sim, fazer um docinho quando der vontade, sem ficar calculando milimetricamente quantos pedaços o João vai comer e quantos eu vou comer. Quero fazer um brownie, e se não puder dividir com o pessoal do escritório, como fazia antigamente, não tem problema.

A receita que trago hoje é bem antiga, foram brownies que fiz e levei para o escritório uma semana antes do lockdown no ano passado: é uma variação desta receita aqui, que é ótima e rende super bem: eu não tinha gostado muito da foto e acabei não publicando à época. Este brownie foi preparado com o pessoal do trabalho em mente, todos eles adoraram e fiquei bem feliz com isso. Entretanto, da próxima vez que der vontade de comer uma sobremesa gostosa, um brownie ou uns cookies, não vou espera voltar ao escritório: faço meia receita, ¼ de receita, mas faço – sem achar que o meu valor está na minha aparência ou no tamanho do meu jeans. 

Ah, aproveitando: a Larissa também tem um podcast excelente chamado “Donas da P* Toda” – vale muito a pena ouvir.

 

Brownies com chocolates amargo e branco e cranberries

adaptados destes brownies

 

- xícara medidora de 240ml

 

150g de chocolate meio amargo, picadinho ou em gotas – usei um com 53% de cacau

¾ xícara (170g) de manteiga sem sal, temperatura ambiente e picada

1 ½ xícaras (300g) de açúcar cristal ou refinado

3 ovos grandes, temperatura ambiente

2 colheres (chá) de extrato de baunilha

½ xícara (70g) de farinha de trigo

¾ xícara (75g) de farinha de castanha de caju – pode ser trocada por farinha de outras oleaginosas; o sabor não influencia muito, a farinha de oleaginosas serve para deixar os brownies bem úmidos

1 colher (sopa) de cacau em pó, sem adição de açúcar, peneirado – meça, depois peneire

¼ colher (chá) de canela em pó

½ colher (chá) de sal

100g de chocolate amargo (70% de cacau) picado ou em gotas

70g de chocolate branco, picado ou em gotas

½ xícara (70g) de cranberries secas, picadas se forem graúdas

 

Preaqueça o forno a 180°C. Unte levemente com manteiga uma forma de metal retangular de 20x30cm, forre-a com papel alumínio deixando sobras em dois lados opostos e unte o papel também.

Em uma tigela refratária grande, junte o chocolate meio amargo (150g) e a manteiga e leve ao banho-maria (em fogo baixo, sem deixar o fundo da tigela tocar a água) até que os ingredientes derretam. Retire do fogo e deixe esfriar. Acrescente o açúcar e misture com um batedor de arame. Junte os ovos, um a um, e misture bem com o batedor. Junte a baunilha.

Adicione a farinha de trigo, a farinha de castanha de caju, o cacau, a canela e o sal e incorpore-os usando uma espátula de silicone, misturando até obter uma massa homogênea. Incorpore o chocolate amargo, o chocolate branco e as cranberries. Espalhe na forma preparada e alise a superfície. Asse por 25-30 minutos ou até que um palito inserido no centro do brownie saia com migalhas úmidas. Deixe esfriar completamente na forma sobre uma gradinha.

Corte em quadradinhos para servir.


Rend.: 24 unidades

quinta-feira, novembro 11, 2021

Barquinhas de abobrinha e 3 queijos para um meio-termo


Barquinhas de abobrinha e 3 queijos


“Você adora fazer barquinhas, não?” – João comentou quando me viu fazendo a foto da receita de hoje, pouco antes de a devorarmos no almoço. Eu adoro fazer barquinhas, sim, legumes recheados são deliciosos – mesmo quando o formato é outro! – e posso usar diferentes ingredientes nos recheios, criando sabores diferentes, e também usando aquelas sobrinhas rolando na geladeira. Aquele restinho de refogado do dia anterior, o cotoco de queijo no fundo da geladeira, os tomates que já estão passando do ponto: tudo pode virar um almoço bem gostoso, dentro de uma barquinha de abobrinha ou berinjela, por exemplo.

Para facilitar ainda mais a minha vida, quando faço barquinhas eu as sirvo com arroz e pronto – no máximo um salada de folhas verdes, mas só se tiver mesmo. Sem muita firula, apenas a vontade de comer algo gostoso que fique pronto rapidamente e não suje muita louça – e além de tudo eu posso fazer outras coisas enquanto as barquinhas estão no forno.

Tem dia que dá vontade de fazer torta, sopa, bolo e cookie, e tem dia que eu só quero mesmo é comer um pão com queijo – na metade desse caminho de altos e baixos, estão as barquinhas: quando as preparo, sei que ainda não desisti :)

 

Barquinhas de abobrinha e 3 queijos

receita minha

 

- xícara medidora de 240ml

 

2 abobrinhas pequenas (cerca de 250g cada)

1 colher (sopa) de azeite de oliva

2 dentes de alho grande, bem picadinhos

1 tomate grande bem maduro, sem as sementes e em cubinhos

sal e pimenta do reino moída na hora

6 ramos de tomilho fresco, só as folhinhas

raspas da casca de 1 limão taiti

2/3 xícara de ricota, esmigalhada com o garfo se estiver muito firme

3 colheres (sopa) de gorgonzola, esmigalhado ou ralado grosseiramente

1 colher (sopa) de folhas de salsinha picadinhas – pique, depois meça

4 colheres (sopa) de parmesão ralado fininho

 

Preaqueça o forno a 200°C. Forre uma assadeira grande e rasa com papel alumínio.

Com cuidado, usando uma colher, remova a polpa das abobrinhas, formando as barquinhas – não cave demais, para que não fiquem muito frágeis. Pique bem a polpa e reserve. Pincele a parte de dentro das barquinhas com o azeite, salpique com sal e pimenta do reino e arrume na forma preparada, com o lado cortado virado para cima. Asse por 20 minutos.

Enquanto isso, faça o recheio: aqueça o azeite em uma frigideira antiaderente grande em fogo médio-alto. Junte o alho e refogue por 1 minuto apenas – não deixe queimar, para não amargar. Junte o tomate, tempere com um pouquinho de sal e pimenta, e refogue, apertando com as costas da colher de pau para que o tomate comece desmanchar.

Acrescente a polpa de abobrinha e o tomilho e misture bem. Tempere com sal e pimenta do reino, junte as raspas de limão (cuidado com o sal, porque o gorgonzola já é salgadinho) e refogue, mexendo algumas vezes, por 3-4 minutos. Desligue o fogo e deixe esfriar por alguns minutos. Junte a ricota, gorgonzola e a salsinha e misture bem.

Retire as abobrinhas do forno e, com cuidado para não se queimar, acomode o recheio dentro das barquinhas (deixe o forno ligado). Salpique com o parmesão e volte ao forno por mais 20 minutos. Sirva em seguida.

Rend.: 2 porções como prato único, ou 4 servidas com acompanhamentos

sexta-feira, novembro 05, 2021

Bolo de nada com sementes de papoula e menos manteiga e açúcar, por favor


Bolo de nada com sementes de papoula


Estava vendo um programa da Nigella da série do último livro dela, “Cook, Eat, Repeat”, e percebi que não sou mais a mesma: ela preparava o que seria a cobertura e o recheio de um bolo de camadas usando 300g de manteiga, 400g de manteiga de amendoim e 600g de açúcar de confeiteiro – senti um calafrio e pensei comigo: “taí uma receita que eu provavelmente jamais farei”.


Eu gosto de doces, não é segredo nenhum (uma olhadinha rápida pelos arquivos do blog prova isso), mas de uns anos pra cá tenho fugido de receitas que levam muita gordura ou muito açúcar. Outro dia vi uma receita de brownies que pareciam deliciosos na foto, mas quando vi que levavam mais de 400g de açúcar mascavo e quase 300g de manteiga para uma forminha quadrada fechei o navegador na hora – achei exagerado demais.


Dá perfeitamente para fazer brownies com menos açúcar e gordura, e bolos também: além do bolo do Epicurious que eu já postei aqui no blog de tudo quanto foi sabor (até perdi a contas de quantas versões foram), fiz também este que trago hoje, outro bolo de nada, que precisa de menos de 1 tablete de manteiga – dá pra usar o restinho para fazer o jantar.


Eu aromatizei o bolo com Frangelico, pois funcionou muito bem da outra vez, mas fique à vontade para usar outra bebida como se fosse um extrato, ou perfumar só com baunilha mesmo. As sementes de papoula comprei nesta loja online.

 

Bolo de nada com sementes de papoula

receita minha

 

- xícara medidora de 240ml

 

1/3 xícara (80ml) de leite integral, temperatura ambiente

1 colher (sopa) de suco de limão ou vinagre

1 xícara + 1 colher (sopa) – 150g – de farinha de trigo

2 colheres (sopa) de amido de milho

¾ colher (chá) de fermento em pó

¼ colher (chá) de sal

1 colher (sopa) de sementes de papoula

¾ xícara (170g) de manteiga, temperatura ambiente

¾ xícara (150g) de açúcar cristal ou refinado

3 ovos grandes, temperatura ambiente

1 colher (chá) de extrato de baunilha

2 colheres (chá) de Frangelico – opcional, funciona como um extrato de avelã

açúcar de confeiteiro, para polvilhar

 

Preaqueça o forno a 180°C. Pincele levemente com óleo ou manteiga uma forma de bolo inglês com capacidade para 5 xícaras de massa (1,2 litro), forre com papel manteiga deixando sobras nos dois lados mais longos, formando “alças” que vão lhe ajudar a remover o bolo depois de assado. Pincele o papel com óleo ou manteiga também.


Em uma tigelinha ou xícara, misture o leite e o suco de limão ou vinagre – aguarde alguns minutos até talhar, assim você terá buttermilk caseiro.


Em uma tigela média, misture com um batedor de arame a farinha, o amido de milho, o fermento, o sal e as sementes de papoula. Reserve.


Na tigela da batedeira, junte a manteiga e o açúcar cristal (ou refinado) e bata até obter um creme claro e fofo – raspe as laterais da tigela algumas vezes durante todo o preparo da receita. Acrescente os ovos, um a um, batendo bem a cada adição. Junte a baunilha e o Frangelico (se for usar) e misture bem.

Em velocidade baixa, acrescente os ingredientes secos em três adições, alternando com o buttermilk em duas adições (comece e termine com os ingredientes secos) e bata somente até incorporar – não misture demais. Despeje a massa na forma preparada e alise a superfície.


Asse por 50-55 minutos ou até que o bolo cresça e doure (faça o teste do palito). Deixe esfriar na forma sobre uma gradinha por 15 minutos, e então remova com cuidado da forma, usando o papel como guia. Transfira para a gradinha e deixe esfriar completamente.


O bolo pode ser guardado em um recipiente hermético em temperatura ambiente por até 4 dias.

 

Rend.: 8 porções

sexta-feira, outubro 22, 2021

Socca com recheio de abobrinha e feta e a minha pesquisa no Instagram


Socca com recheio de abobrinha e feta


Dias atrás fiz uma pesquisa no Instagram para saber o que desanima as pessoas quando elas decidem preparar uma receita nova: recebi uma infinidade de respostas, mas notei que as opções abaixo foram as que mais apareceram:

- ingredientes difíceis de encontrar e/ou caros;

- utensílios específicos para determinadas receitas

- receitas que pedem batedeira ou liquidificador

- ingredientes que serão usados naquela receita apenas

- receitas com etapas de descanso

- receitas que sujam muita louça

- receitas com medidas imprecisas

Ah, houve também gente que reclamasse de receita que leva buttermilk, o que eu sinceramente não entendo, já que buttermilk caseiro é apenas leite com suco de limão ou vinagre – facílimo de fazer e com ingredientes que todo mundo tem em casa.

Devo dizer que concordo com quase tudo na lista, entretanto levando em conta que o Brasil é um país continental ingredientes difíceis de encontrar é algo um pouco vago: há coisas que são difíceis de encontrar em uma região e mais fáceis em outras. Eu não vejo problema em usar batedeira, aliás, acho que facilita demais a vida da gente, mas confesso que morro de preguiça de usar liquidificador – inclusive, com exceção do bolo de cenoura, bolos feitos no liquidificador não me agradam, não gosto da textura. Houve gente que reclamou de medidas em gramas, o que eu achei um tanto bizarro, já que medir os ingredientes de maneira precisa é o primeiro passo para ter sucesso ao reproduzirmos uma receita. E sobre as etapas de descanso... Bem, concordo que nem sempre temos tempo e/ou paciência para esperar, mas sendo assim fica impossível fazer pão ou pizza, por exemplo.

Também li um comentário sobre tipos de farinhas diferentes e por isso trago a receita de hoje:  já tive essa fase de querer fazer um milhão de receitas com ingredientes de todo o tipo, e há diversas receitas assim no blog que provam isso. Entretanto, isso faz parte do passado, e hoje em dia só compro mesmo ingredientes que sei que usarei até o fim e logo. As panquequinhas de hoje são da época em que eu provava tudo de diferente que aparecia na minha frente, e guardei a receita por tanto tempo... Mas gosto dela, é saborosa, e pode ser útil para quem não pode consumir glúten.

Socca, também chamada de "farinata" (mas não a do Doria, pelo amor de deus!) é um tipo de panqueca fininha feita de farinha de grão-de-bico comum na Itália e em alguns lugares da França. A minha versão é recheada com abobrinha e feta, mas já usei esse recheio delicioso em panquecas tradicionais, também trocando o feta por mozarela, como o recheio desta receita.

 

Socca com recheio de abobrinha e feta

receita minha, inspirada por várias que vi na internet

 

- xícara medidora de 240ml

 

Socca:

2 xícaras (260g) de farinha de grão de bico

1 colher (chá) de sal

2 xícaras (480ml) de água

2 colheres (sopa) de azeite de oliva extra-virgem

óleo de canola, para pincelar a frigideira

 

Recheio:

1 colher (sopa) de azeite

1 cebola pequena picadinha

2 dentes de alho grandes picadinhos

2 abobrinhas (400g) em cubinhos

sal e pimenta do reino moída na hora

½ xícara (120ml) de água quente

100g de feta ralado ou esmigalhado

 

Comece pela socca: junte todos os ingredientes em uma tigela grande e misture com um batedor de arame. Passe por uma peneira, cubra e deixe descansar em temperatura ambiente por 1 hora.

Aqueça uma frigideira antiaderente de 24cm em fogo médio-alto e pincele com um pouquinho de óleo. Despeje ¼ xícara (60ml) de massa na frigideira e vá girando até cobrir todo o fundo. Cozinhe por 2-3 minutos, vire e faça o mesmo do outro lado, até dourar. Repita a operação com o restante da massa – você deverá obter 8 panquecas.

Faça o recheio: em uma panela média, aqueça o azeite em fogo médio-alto. Junte a cebola e refogue até ficar transparente. Acrescente o alho e refogue até perfumar (não deixe queimar). Junte a abobrinha, tempere com sal e pimenta e doure por 2 minutos. Acrescente a água, abaixe para fogo médio e cozinhe até a água secar e a abobrinha ficar macia, cerca de 8 minutos. Desligue o fogo, junte o feta e misture.

Recheie as panquecas com a mistura de abobrinha, enrole ou dobre ao meio e sirva.

Rend.: 4 porções

 

quinta-feira, setembro 02, 2021

Bolo-pudim de ameixa e mirtilo, inspirações e um filme

Bolo-pudim de ameixa e mirtilo


Outro dia pensava em como às vezes procuro inspiração em tantos lugares, sendo que um deles, os filmes, que sempre me inspiraram, eu andava deixando de lado, por pura impaciência e uma constante sensação de saco cheio. Saco cheio de tudo, e saco cheio de nada específico ao mesmo tempo.

Os meus filmes tão amados, que me acompanham desde a minha solitária adolescência e que me ajudaram a batizar o blog de Technicolor Kitchen, nem eles andavam me animando mais.

Um domingo decidi que iria ver um filme, qualquer um que fosse, por mais tolo que fosse. Tá, tolo também não, não vamos forçar. :) Fui ao Mubi e lá encontrei “Asas do Desejo”, que havia mais de uma década que queria ver e não encontrava em lugar nenhum. Fiquei completamente arrebatada pelo filme, pelo olhar sereno de Bruno Ganz, pelas imagens de Berlim, pelos anjos debruçados sobre pessoas em uma biblioteca. Tudo é tão bonito, tão etéreo, e ao mesmo tempo melancólico – só de lembrar fico com os olhos marejados. Não é sempre que um filme me deixa assim emocionada e pensativa por tanto tempo, e quando isso acontece só posso agradecer.

Terminei o filme, fui tomar um banho e, pensando no tinha visto, comecei a cantarolar “Stay”, do U2, no chuveiro, sem perceber. Ao final de “Asas do Desejo” eu já queria ver a continuação, “Tão Longe, Tão Perto”, e meu cérebro juntou tudo e me trouxe à memória uma canção que eu não ouvia havia outra década, mas ainda me lembrava da letra o suficiente para cantar um bom trecho.

Essas conexões feitas em nossas mentes me fascinam, me alegram, me inspiram. Foi assim que, olhando para uma ameixa dando sopa na geladeira, decidi preparar uma receita com ela, mas algo diferente, novo, mas não sabia exatamente o que. Sem perceber, me veio à cabeça uma receita que eu já tinha visto em alguns livros e revistas diferentes, chamada “Eve’s pudding”, pudim da Eva, em que pedaços de maçã são cobertos por uma massinha de bolo e levados ao forno: nunca havia provado, mas não tinha como aquilo não ser incrível. :)

Adaptei diferentes receitas, usei ameixas no lugar das maçãs e como elas não eram suficientes para encher os potinhos, completei com mirtilos que estavam no freezer – se quiser, faça só com ameixas, e tenho certeza de que completar as ameixas com morangos ficaria bom demais – aliás, só o que posso dizer a vocês é façam esta receita, pois é absurdamente deliciosa.

 

Bolo-pudim de ameixa e mirtilo

adaptado de algumas receitas de Eve’s pudding

 

- xícara medidora de 240ml

 

1 ameixa grande (cerca de 130g), sem o caroço e em cubinhos de 1cm

¼ xícara (35g) de mirtilos congelados – usar sem descongelar

1/3 xícara (46g) de farinha de trigo

1 colher (sopa) de farinha de trigo integral

1/8 colher (chá) de canela em pó

¼ colher (chá) de fermento em pó

1 pitada de sal

¼ xícara (56g) der manteiga sem sal, amolecida

¼ xícara (50g) de açúcar cristal ou refinado

1 ovo grande, temperatura ambiente

¼ colher (chá) de extrato de baunilha

 

Preaqueça o forno a 180°C. Separe dois potinhos refratários com capacidade para 200ml cada e divida as ameixas e os mirtilos entre os dois potinhos.

Em uma tigela pequena, misture com um batedor de arame as farinhas, a canela, o fermento e o sal. Reserve.

Em uma tigela média, junte a manteiga e o açúcar e bata até obter um creme claro – bati na mão mesmo, preguiça de sujar a batedeira com tão pouca massa. Junte o ovo e bata bem. Acrescente a baunilha e misture. Junte os ingredientes secos reservados e misture delicadamente com uma espátula de silicone até obter uma massa lisa.

Espalhe a massa sobre as frutas e alise a superfície, cobrindo bem. Leve ao forno por cerca de 20 minutos ou até a massa dourar bem e as frutas borbulharem.

Sirva puro, com sorvete, chantilly ou creme de leite.

Rend.: 2 porções 

quarta-feira, agosto 25, 2021

Waffles de limão e sementes de papoula e lembranças boas de viagens

English version

Waffles de limão e sementes de papoula


Em tempos de pandemia, em que viajar se tornou algo complicado (pelo menos para quem segue o distanciamento social), de vez em quando dou uma espiada nas minhas fotos de viagens passadas, geralmente às quintas-feiras, dia de #tbt nas redes sociais. Em um primeiro momento pensei “que sofrimento, pra que ficar olhando foto de viagem e passando vontade?”, mas logo em seguida percebi o tamanho do meu privilégio, de ter conseguido conhecer lugares incríveis antes disso se tornar mais difícil -  mesmo com a vacina o nosso dinheiro se tornou tão desvalorizado que viajar para fora do país voltou a ser algo para poucos, como era no passado.

Olho para as fotos, passo vontade, sim, mas também me sinto feliz por ter vivido momentos tão gostosos. Penso nos lugares incríveis que visitei, nos museus maravilhosos e lindos parques, nos restaurantes e nas comidas deliciosas que provei. Dá saudade, mas também dá alegria.

Procurando as fotos de viagem, encontrei um pastinha com fotos de receitas que fiz para o blog e que, por alguma razão específica, não publiquei: não gostei da foto, ou a receita não ficou exatamente como que eu queria, ou por causa de algum ingrediente, como no caso destes waffles.

Fiz esta receita há bastante tempo, com sementes de papoula que havia trazido de viagem, e não quis postar porque não estava conseguindo encontrar o ingrediente por aqui, e muita gente sempre me pergunta onde eu compro as sementinhas. Já encontrei, no passado, no Pão de Açúcar, e também na Bombay Temperos, mas faz muito tempo que está indisponível no site deles.

Há algumas semanas alguém que sigo no Instagram indicou a Cípria Ervas & Especiarias (pena eu não lembrar quem foi para dar os devidos créditos) dizendo que eles tinham sementes de papoula, e fui correndo comprar. Aproveitei e coloquei também no carrinho a manjerona seca deles, que ficou deliciosa salpicada sobre a pizza (não é publi, viu, gente?)

Os waffles ficam deliciosos, com um perfume incrível de limão e a crocância extra das sementinhas, mas é claro que você pode fazer sem elas – eu já fiz várias vezes, quando meu estoque acabou, e ficam ótimos do mesmo jeito. Gosto de servir com mel ou só uma chuvinha de açúcar de confeiteiro, para aqueles dias em que a gente precisa de um café da manhã ou lanchinho da tarde mais especial.

  

Waffles de limão e sementes de papoula

receita minha, adaptada desta aqui

 

- xícara medidora de 240ml

 

2 colheres (sopa) de açúcar cristal

raspas da casca de 2 limões taiti grandes

1 ¼ xícaras (175g) de farinha de trigo

2 colheres (chá) de fermento em pó

1 pitada de sal

1 colher (sopa) de sementes de papoula

1 ovo grande

¼ xícara (60ml) de azeite de oliva extra virgem

¾ xícara (180ml) de leite integral, temperatura ambiente

2 colheres (chá) de suco de limão taiti

½ colher (chá) de extrato de baunilha

 

Em uma tigela média, misture o açúcar e as raspas de limão e esfregue-os juntos com as pontas dos dedos até aromatizar o açúcar. Junte a farinha, o fermento, o sal e as sementes de papoula e misture com um batedor de arame. Reserve.

Em uma tigela pequena, misture com um batedor de arame o ovo, o azeite, o leite, a baunilha e o suco de limão. Verta os líquidos sobre os ingredientes secos e misture com uma espátula de silicone somente até incorporar – não misture demais.

Preaqueça a máquina de waffle. Cozinhe porções de massa por vez, até que cada waffle doure - siga as instruções do fabricante. Sirva com mel, melado ou com o que preferir.

Rend.: 5-6 waffles