Como vocês estão, queridos?
Aqui continuamos em casa, isolamento quase que total, só saindo mesmo para o supermercado, pouquíssimas vezes (a cada dez dias, se minha memória não me prega peças) - tenho trabalhado de casa, mas mesmo tendo uma rotina até que normal de segunda à sexta às vezes me perco nos dias. Semana passada, com o feriado na terça, meu cérebro fez um bololô e na quinta eu já nem lembrava que dia era.
O fato de não poder ir ao supermercado tanto quanto gostaria e também a falta de produtos tem ditado o ritmo das comidas aqui em casa: havia anos só usava farinha de trigo orgânica em minhas receitas, tive que ceder e comprar farinha comum, de marcas de que não gosto, porque eram as únicas que pude encontrar – se João e eu ficarmos sem pizza o mau humor vai reinar aqui em casa, sem contar que ele viciou no pão sem sova do Jim Lahey e tenho feito toda semana (alô, Marcinha, minha querida!). :) Houve um dia em que precisei do delivery de um supermercado e percebi o quanto sou chata, pois os legumes e frutas que vieram eu jamais teria escolhido para comprar. Encontrei uma cesta orgânica que entrega aqui em São Caetano, está ajudando bastante e assim precisamos sair ainda menos.
Desculpem as frivolidades, mas é tanta notícia ruim, tanta merda acontecendo neste país que eu precisava desopilar um pouco e compartilhar com vocês o meu momento #classemédiasofre, dar uma reclamadinha básica – quando eu falo essas coisas para o João ele só ri. :D
Em uma das duas compras do delivery pedi brócolis, estava aguada para comer e não encontrava nem congelado, nem na cesta orgânica. Os brócolis vieram já indo pro amarelo (subi no elevador xingando muito, haha), então tive que consumir logo. Fiz um leva assada, que postei no Instagram e ficou deliciosa – recomendo muito! – e o resto virou macarrão. Eu vejo tanta gente, incluindo a Rica Wolf, comentando que o cheiro do brócolis cozinhando é ruim e tal, mas confesso que não ligo – para mim, não é um problema, pois eu simplesmente amo brócolis de tudo quanto é jeito. Só não deixei um restinho dos floretes para colocar na pizza porque ia amarelar totalmente antes disso.
Macarrão com brócolis
receita minha
- xícara medidora de 240ml
3 colheres (sopa) de azeite de oliva
½ cebola grande, picadinha
2 dentes de alho grandes, bem picadinhos
4 tomates maduros, sem pele e sem as sementes, em cubos
sal e pimenta do reino moída na hora
3 raminhos de tomilho fresco, só as folhas, ou a erva que você quiser/tiver em casa
1 maço de brócolis, só os floretes – eu gosto do ramoso, mas quem preferir o ninja pode substituir
400g de macarrão – use a massa curta da sua preferência; com orecchiette fica muito gostoso também
2 colheres (chá) de vinagre balsâmico – também fica gostoso com molho inglês
¼ xícara de parmesão ou pecorino, passados pelo ralador fininho ou triturados no processador (rale, depois meça)
Em uma panela grande, aqueça água até ferver. Acrescente sal.
Enquanto a água ferve, aqueça o azeite em uma frigideira ou panela grande em fogo médio-alto. Junte a cebola e refogue, mexendo às vezes, até murchar. Junte o alho a refogue por 1 minuto – não deixe o alho queimar para não amargar a receita.
Acrescente os tomates, tempere com sal e pimenta, e junte as folhinhas do tomilho (ou da erva que quiser). Refogue, mexendo algumas vezes, até que os tomates comecem a desmanchar e formar um molho, cerca de 5 minutos – se a mistura de tomates estiver sequinha demais, junte 1 ou 2 colheres (sopa) da água do cozimento do macarrão.
Enquanto isso, cozinhe os brócolis na água por 2 minutos – escorra os floretes, transfira para a tábua e corte grosseiramente com a faca. Ao retirar os brócolis da água, coloque o macarrão para cozinhar pelo tempo indicado na embalagem.
Transfira os brócolis picados para o molho (depois dos 5 minutos necessários para ele encorpar). Acrescente o vinagre balsâmico e cheque o tempero. Reserve ½ xícara da água do cozimento e então escorra o macarrão. Incorpore ao molho. Acrescente o queijo ralado, misturando bem – ele deve deixar o molho mais cremoso. Se estiver muito sequinho, junte um pouco da água do cozimento reservada, misturando sempre. Sirva imediatamente polvilhado com mais parmesão ou pecorino.
Rend.: 4 porções
terça-feira, abril 28, 2020
Macarrão com brócolis e meu momento #classemédiasofre
quarta-feira, março 25, 2020
Empanadas de frango com massa de centeio, mas pra quê?
Oi, gente, tudo bem?
Que tempos loucos estamos vivendo, não?
Além de termos que lidar com um vírus, temos que ligar com uma desgraça na presidência do país. Milhões morrerão graças a este asno. Espero que vocês estejam em segurança.
Faz séculos que estou para publicar receita nova aqui, mas não estava tempo livre suficiente e nem vontade de ficar no computador, confesso (a mesma história de sempre, eu viro o disco, mas continuo tocando a mesma). E agora, me pergunto – pra quê? No momento precisamos improvisar na cozinha, usar o que temos em casa para minimizar as idas ao mercado, feira. Estou em isolamento completo há 8 dias, meu marido há 9. Ser a louca da cozinha que faz um monte de comida e congela, ou que tem sempre atalhos na despensa (como grão-de-bico enlatado e tomate pelado, por exemplo) está tendo serventia. Mas daqui a alguns dias terei de comprar vegetais, pois os que temos aqui estão acabando. Cozinho só para duas pessoas, fico pensando em quem tem que alimentar uma família maior, o desespero de ter que fazer render para sair menos de casa – mando meu carinho a vocês.
Depois de refletir por alguns dias, decidi postar, sim, a receita destas empanadas deliciosas que fiz há tanto tempo que nem me lembro mais, porque isso vai passar. Temos que acreditar que vai passar, para mantermos nossa saúde mental boa. E quando sairmos desta situação quem quiser fazer empanada já terá a receita em mãos.
A massa leva um tiquinho de farinha de centeio, o que a deixa com um sabor amendoado delicioso. O recheio aqui foi frango, mas você pode usar o que bem entender: carne (tem receita aqui no blog), queijo, vegetais... Fica à sua escolha. Você usará metade do frango para o recheio apenas – eu posto completa, pois acho bobagem sujar a panela de pressão (a minha é grandalhona) para cozinhar meio peito de frango, sendo que a gente pode usar metade em outras coisas e aproveitar também o caldo.
Empanadas de frango com massa de centeio
receita da massa adaptada destas empanadas, recheio receita minha
- xícara medidora de 240ml
Massa:
1 ½ xícaras (210g) de farinha de trigo
1 xícara (140g) de farinha de centeio fina
½ colher (sopa) de açúcar
1 colher (chá) de sal
½ xícara (113g) de manteiga sem sal, gelada e em cubinhos de pouco mais de 1cm
1 ovo grande
1/3 (80ml) de água gelada
1 colher (sopa) de vinagre de vinho branco
Recheio: (lembrando que só metade será usada nas empanadas; use o restante em outras receitas, ou congele para outro dia; e não se esqueça de congelar também o caldo para usar em sopas, polentas e risotos)
1 peito de frango inteiro, com o osso (aprox. 800g)
1 cebola cortada em quartos
2 dentes de alho cortados ao meio
1 cenoura grande cortada em 4 pedaços
5 grãos de pimenta do reino
2 folhas de louro
½ colher (chá) de páprica defumada
1 colher (chá) de cominho em pó
½ colher (chá) de cúrcuma em pó
½ colher (chá) de sal
5 xícaras (1,2l) de água
1 punhado de salsinha picada
Para pincelar:
1 ovo batido com 1 colher (chá) de água fria
Massa: peneire as farinhas, o açúcar e o sal em uma tigela grande e junte a manteiga, misturando com as pontas dos dedos até obter uma farofa grossa. Em um potinho, bata juntos com um garfo o ovo, a água e o vinagre. Adicione aos ingredientes secos, mexendo com um garfo, até que uma massa comece a se formar – a massa vai parecer despedaçada, mas ao sovar levemente ela se forma. Eu fiz a massa no processador de alimentos e foi fácil e rápido.
Transfira a mistura para uma superfície levemente enfarinhada e junte a massa com as mãos, sovando levemente, apenas o suficiente para que a massa se forme. Molde-a em um retângulo, embrulhe em filme plástico e leve à geladeira por pelo menos 1 hora.
Recheio: na panela de pressão, junte todos os ingredientes, com exceção da salsinha picada, e misture bem. Tampe a panela e leve ao fogo algo. Quando começar a apitar, baixe para o fogo mínimo e conte 20 minutos. Desligue a panela e aguarde a pressão sair completamente. Retire o frango do caldo e desfie com um garfo ou na batedeira planetária – lembrando que usará apenas metade. Junte a salsinha, verifique se precisa de mais tempero e ajuste. Deixe esfriar completamente antes de montar as empanadas, ou o calor do recheio derreterá a manteiga na massa.
Pré-aqueça o forno a 200°C. Forre duas assadeiras grandes e rasas com papel alumínio.
Retire a massa da geladeira e abra com um rolo até que fique com aproximadamente 6mm de espessura. Corte círculos de 10cm de diâmetro com a massa e coloque cerca de 1 colher (sopa) de recheio em cada um – o que eu faço: abro e corto todos os círculos de massa, enfileirando na bancada/pia, e então distribuo o recheio de maneira uniforme entre todos os eles – meio que linha de produção mesmo. Dobre a massa, formando uma meia-lua, e aperte bem as pontas para selar o recheio. Transfira para a assadeira preparada.
Quando terminar de formatar todas as empanadas, pincele-as com o ovo batido e leve ao forno por 25-30 minutos ou até dourarem.
Rend.: cerca de 20 unidades
segunda-feira, julho 02, 2018
Gozleme de brócolis, feta e pinoli e inspiração vinda da TV
Obrigada a todos que me escreveram sobre os livros – fiquei muito feliz com os e-mails de vocês! Vou enviar os preços a todos e espero que os Correios não deixem os fretes muito salgados... :)
Falando em salgado, por muitos anos eu preferi fazer receitas doces – especialmente de baking – a receitas salgadas: sou, sim, uma formiga confessa. Entretanto, de uns tempos para cá, depois que comecei a testar as receitas do livro, me peguei apaixonada por receitas salgadas: mal podia esperar para preparar uma sopa ou um macarrão diferentes.
Assim como o maravilhoso Ottolenghi me apresentou à pide, novamente fui inspirada pelos programas de comida da TV e descobri o gozleme – se minha memória não me falha, foi com o Ainsley Harriott e seu delicioso “Temperos pelo Mundo” (canal Discovery World). A massa é uma delícia e dá para variar os recheios infinitamente – o céu é o limite, ou como diz a Rita Lobo, “você é uma pessoa livre”. :D
Faço esses brócolis refogados com Marsala com frequência e achei que ficariam gostosos no gozleme – o salgadinho do feta e o crocante do pinoli tornam o recheio extremamente saboroso.
Gozleme de brócolis, feta e pinoli
receita minha, massa inspirada em várias receitas que vi online
- xícara medidora de 240ml
Massa:
1 colher (chá) de fermento biológico seco
½ colher (chá) de açúcar
¾ xícara (180ml) de água morna
1 colher (chá) de azeite de oliva extra virgem
2 xícaras (280g) de farinha de trigo comum
1 colher (sopa) de iogurte natural integral
1 colher (chá) de sal
Recheio:
1 colher (sopa) de azeite
1 dente de alho, picadinho
200g de floretes de brócolis
sal e pimenta do reino moída na hora
1 colher (sopa) de Marsala ou outro vinho fortificado – o Marsala dá um sabor caramelizado delicioso ao recheio, porém é opcional e pode ser omitido ou substituído por vinho branco seco
100g de queijo feta, picado ou esmigalhado
1 ½ colheres (sopa) de pinoli – pode ser substituído por nozes picadas
Na tigela da batedeira planetária, ou em uma tigela grande caso vá sovar a massa com as mãos, junte o fermento biológico, o açúcar e a água. Misture com um garfo e reserve por cerca de 5 minutos ou até que a mistura espume. Acrescente o azeite, a farinha, o iogurte e o sal. Bata com o batedor em formato de gancho em velocidade média por 6-8 minutos ou até obter uma massa lisa e homogênea – se sovar na mão, 10-12 minutos. Transfira a massa para uma tigela grande pincelada com azeite, cubra com filme plástico e deixe crescer em um lugar livre de correntes de ar até que a massa dobre de volume, cerca de 1 hora e meia – em dias muito frios eu ligo o forno e deixo a cozinha mais morninha para que a massa cresça bem.
Enquanto isso, prepare o recheio: em uma frigideira antiaderente grande aqueça o azeite em fogo médio-alto. Junte o alho e refogue por apenas 1 minuto, até perfumar. Acrescente os floretes de brócolis e misture, refogando por todos os lados, num total de 3 minutos. Tempere com sal e pimenta do reino (cuidado com o sal, pois o feta é salgado), acrescente o Marsala e cozinhe por mais 1 minuto ou até o vinho secar. Retire do fogo, deixe esfriar e misture o feta e o pinoli.
Divida a massa em 4 partes iguais. Em uma superfície levemente enfarinhada, abra cada pedaço de massa com um rolo até obter um círculo de 22-25cm de diâmetro. Coloque ¼ do recheio em um dos lados do círculo e depois dobre a outra metade sobre o recheio, fechando bem as laterais para que o recheio não escape (mais ou menos como fazemos com pastel).
Aqueça uma frigideira antiaderente grande em fogo alto. Pincele um dos lados do gozleme com azeite e coloque na frigideira com o lado pincelado para baixo, grelhando por 2-3 minutos ou até que doure e fique com queimadinhos saborosos. Antes de virar, pincele com azeite o lado que ainda não foi grelhado e vire. Grelhe do outro lado por mais 2-3 minutos. Repita o processo com os gozlemes restantes. Sirva em seguida.
Rend.: 4 unidades
quinta-feira, dezembro 14, 2017
Piadina
Não tenho cozinhado muito ultimamente, mas ainda gusto de fazer coisinhas gostosas nos finais de semana e testar receitas novas. E apesar de meu marido e eu não sermos grandes fãs de sanduíche há sábados em que faço piadina para o almoço: a massa fica pronta rapidinho e como leva fermento em pó em vez de fermento biológico não precisa de muitas horas para crescer – ela só precisa descansar por meia horinha, enquanto você resolve outras coisas na cozinha.
A piadina também é ótima por ser super democrática: dá para rechear com o que quiser ou o que houver na geladeira.
Piadina
receita minha
- xícara medidora de 240ml
Massa:
3 xícaras (420g) de farinha de trigo
1 colher (chá) de sal
1 ½ colheres (chá) de fermento em pó
3 colheres (sopa) de azeite de oliva extra virgem
2/3 xícara (160ml) de leite integral, temperatura ambiente
½ xícara (120ml) de água, temperatura ambiente
Para rechear:
queijo, embutidos, folhas, o que você preferir
Em uma tigela grande, misture a farinha, o sal e o fermento em pó com um batedor de arame – é importante distribuir bem o sal e o fermento na farinha. Junte o azeite, o leite e a água e vá misturando com uma colher de pau até que uma massa comece a se formar. Comece a sovar – pode ser na mão ou na batedeira planetária com o batedor de gancho – até obter uma massa homogênea e elástica, cerca de 8 minutos na batedeira ou 12 sovando na mão. Forme uma bola com a massa, transfira para uma tigela média pincelada com azeite e cubra com filme plástico. Deixe descansar por 30 minutos em temperatura ambiente.
Divida a massa em 6 partes iguais – cada uma terá aproximadamente 120g. Forme uma bola com cada uma delas. Aqueça uma frigideira antiaderente grande em fogo alto.
Trabalhando em uma superfície levemente enfarinhada, abra cada bolinha de massa com um rolo até obter um círculo de aproximadamente 22cm – enquanto abre uma das bolinhas, deixe as outras cobertas para que não ressequem. Transfira o círculo de massa para frigideira e doure por 2-3 minutos de cada lado – transfira para um prato e cubra com um pano de prato limpo e seco. Continue grelhando o restante de massa.
Para servir, recheie a piadina com o que mais gostar e dobre-a ao meio – quando recheio com queijo, volto a piadina para a frigideira em fogo médio, espalho o queijo e deixo derreter.
Sirva imediatamente.
Rend.: 6 porções
terça-feira, novembro 14, 2017
Tarte tatin de cebola roxa com massa de centeio
Nunca fui muito de fazer tortas (uma olhadela no índice de receitas do blog prova isso), apesar de adorá-las: acho que o problema mesmo é arrumar tempo para prepará-las. Duas coisas que tem me ajudado com isso são preparar a massa em um dia e montar e assar a torta em outro, e também ter sempre uma porção de massa no freezer – nada como já ter a base pronta quando encontramos legumes e frutas bonitos na feira: meio caminho andado para o almoço, jantar ou sobremesa.
Esta massa é deliciosa e leve, parecida com a massa de fubá que postei tempos atrás. As cebolas não só deixam a torta linda, como também saborosa: o tempo na chama do fogão e depois no forno transformam o sabor ácido em algo adocicado e suave.
Tarte tatin de cebola roxa com massa de centeio
receita minha
- xícara medidora de 240ml
Massa:
¾ xícara (105g) de farinha de trigo
3 colheres (sopa) – 30g – de farinha de centeio fina
¼ colher (chá) de sal
¼ xícara (56g) de manteiga sem sal, gelada e em cubinhos
3 colheres (sopa) de creme azedo (sour cream) gelado*
1 colher (sopa) de água gelada
Recheio:
2 cebolas roxas (aproximadamente 250g)
2 colheres (sopa) de manteiga sem sal
1 fio de azeite de oliva
5 galhinhos de tomilho
½ colher (sopa) de açúcar demerara
2 colheres (chá) de vinagre balsâmico
2 colheres (chá) de vinho tinto seco
sal e pimenta do reino moída na hora
Comece pela massa: no processador de alimentos, junte a farinha de trigo, a farinha de centeio e o sal. Pulse algumas vezes para misturar bem os ingredientes secos. Junte a manteiga e pulse algumas vezes até obter uma farofa grossa. Em uma tigelinha, misture o creme azedo e a água. Aos poucos, junte estes ingredientes ao processador e vá pulsando algumas vezes até que uma massa comece a se formar. Retire do processador e forme um disco com a massa – trabalhe rapidamente para manter a massa fria. Embrulhe em filme plástico e leve à geladeira por 1 hora.
Quando faltarem 20 minutos para terminar o tempo de descanso da massa, preaqueça o forno a 180°C e comece a preparar as cebolas: descasque as cebolas e corte-as ao meio. Em seguida, fatie em meias-luas de 1cm – se cortar em fatias muito finas elas derreterão antes de a torta ficar pronta. Reserve.
Aqueça uma frigideira de 22cm de diâmetro em fogo médio – para esta receita você precisa de uma frigideira que possa ir ao forno. Derreta a manteiga com o fio de azeite e junte os galhinhos de tomilho – desta forma eles ficarão no topo da torta quando você desenformar. Retire a frigideira do fogo por alguns minutos e então arrume as meias-luas de cebola por toda ao fundo, com jeitinho, para que a torta fique bem bonita – deixe-as bem juntinhas, pois elas diminuirão levemente ao cozinhar. Volte ao fogo e então cozinhe por 10 minutos, dando leve sacudidas na frigideira de vez em quando, mas sem mexer demais para que as fatias de cebola não saiam do lugar. Salpique com o açúcar demerara, regue com o balsâmico e o vinho tinto, tempere com sal e pimenta, cozinhe por mais 1 minuto e desligue o fogo. Reserve.
Coloque o disco de massa entre duas folhas de papel manteiga e abra usando o rolo até obter um círculo de aproximadamente 24cm – novamente, trabalhe de maneira rápida para manter a massa gelada, assim ela não vai grudar no papel. Se a massa começar a grudar, polvilhe-a com um pouquinho de farinha de trigo, porém evite o excesso para que a massa não resseque. Com o auxílio do rolo, transfira a massa para a frigideira e cubra as cebolas, e rapidamente arrume o excesso de massa para dentro da frigideira, usando o cabo de um garfo ou colher para não se queimar. Faça um furinho no centro da massa para que o vapor possa sair e leve ao forno por 30-35 minutos ou até que a massa doure bem.
Retire do forno e, com jeitinho, solte a massa das laterais da frigideira usando uma faquinha sem ponta ou o cabo de uma colher ou garfo. Coloque um prato sobre a frigideira e vire – cuidado para não se queimar. Se algum pedacinho de cebola ficar grudado na frigideira, não se preocupe: retire e arrume sobre a torta.
Sirva com salada verde.
* creme azedo (sour cream) caseiro: para preparar 1 xícara de creme azedo, misture 1 xícara (240ml) de creme de leite fresco com 2-3 colheres (chá) de suco de limão ou limão siciliano em uma tigela. Vá mexendo até que comece a engrossar. Cubra com filme plástico e deixe em temperatura ambiente por 1 hora ou até que engrosse um pouco mais (geralmente faço o meu na noite anterior e deixo sobre a pia – com exceção de noites extremamente quentes – coberto com filme plástico; na manhã seguinte o creme fica bem espesso – leve à geladeira para ficar mais espesso ainda)
Rend.: 4 porções
quarta-feira, setembro 13, 2017
Galette de aspargo e gorgonzola com massa de fubá e dias criativos
Eu poderia começar diversos posts com “quando ainda estava trabalhando no projeto do livro”, pois durante aquele período exercitei a minha criatividade quase que diariamente. Tudo o que eu via era fonte de inspiração e um pulo no mercado ou na feira se tornava uma ideia, que se tornava uma receita, que virava um montão de testes na minha cozinha. Muitas vezes eu e o João almoçamos os testes e quem nos visitava provava os bolos e biscoitos nos quais eu andava trabalhando – todo mundo virou cobaia. :)
Um dia estava no mercado quando vi um maço lindo de aspargos: eu os trouxe para casa pensando em fazer uma frittata, mas acabei mudando os planos e decidi fazer uma galette – amo galettes, são o meu tipo favorito de torta: são fáceis de fazer (nada de pré-assar a massa com feijões secos!) e sempre ficam lindíssimas.
Fiz esta galette para o almoço três vezes – eu ia mesmo repetir a receita para testá-la como fazia com todas as outras, entretanto ficou tão saborosa que fazê-la novamente foi mais um prazer do que uma tarefa.
Galette de aspargo e gorgonzola com massa de fubá
receita minha
- xícara medidora de 240ml
Massa:
1 xícara + 1 colher (sopa) - 150g - de farinha de trigo
¼ xícara (35g) de fubá
¼ colher (chá) de sal
100g de manteiga sem sal, gelada e em cubinhos
¼ xícara (60ml) de creme azedo (sour cream)*, bem gelado
2 colheres (sopa) de água gelada
Recheio:
100g de ricota fresca – uso sempre caseira
50g de gorgonzola, ralado grosseiramente ou esmigalhado
1 colher (sopa) de creme azedo
sal e pimenta do reino moída na hora
200g de aspargos frescos, já com as pontas duras removidas
Para pincelar:
1 gema batida com 1 colher (chá) de creme azedo
Comece preparando a massa: no processador de alimentos, pulse a farinha, o fubá e o sal até misturar bem. Junte a manteiga e pulse algumas vezes até a mistura pareça farofa grossa. Em uma tigelinha misture bem o creme azedo com a água e com o processador ligado vá juntando a mistura aos poucos, somente até que uma massa se forme. Forme uma bola com a massa, embrulhe em filme plástico e leve à geladeira por 1 hora.
Coloque a massa no centro de um pedaço grande de papel manteiga, cubra com outro pedaço grande de papel e abra a massa com um rolo até obter um retângulo de aproximadamente 20x35cm – se necessário, enfarinhe levemente a massa para que o papel não grude, mas não exagere para que a massa não fique seca e dura.
Deslize o papel com a massa para uma assadeira grande e rasa e remova o papel de cima.
Em uma tigela pequena, misture bem a ricota, o gorgonzola e o creme azedo até obter uma pasta. Tempere com sal e pimenta (cuidado com o sal, pois o gorgonzola pode ser salgadinho). Espalhe a pasta na massa deixando uma borda de 2,5cm sem recheio. Arrume os aspargos sobre o recheio, pressionando levemente para firmá-los na pastinha de queijo.
Com cuidado, vá dobrando a massa da beirada sobre parte do recheio. Leve a galette montada ao freezer por 15 minutos – enquanto isso, preaqueça o forno a 200°C.
Pincele a massa com o ovo batido com creme azedo e asse por 30- 40 minutos ou até que a massa fique dourada. Sirva a galette morna.
* creme azedo (sour cream) caseiro: para preparar 1 xícara de creme azedo, misture 1 xícara (240ml) de creme de leite fresco com 2-3 colheres (chá) de suco de limão ou limão siciliano em uma tigela. Vá mexendo até que comece a engrossar. Cubra com filme plástico e deixe em temperatura ambiente por 1 hora ou até que engrosse um pouco mais (geralmente faço o meu na noite anterior e deixo sobre a pia – com exceção de noites extremamente quentes – coberto com filme plástico; na manhã seguinte o creme fica bem espesso – leve à geladeira para ficar mais espesso ainda)
Rend.: 4 porções servidas com uma salada verde
segunda-feira, março 28, 2016
Espaguete com almôndegas de carne e berinjela
Eu já lhes disse o tamanho do sucesso que almôndegas fazem aqui em casa: eu as preparo com bastante frequência e sempre congelo algumas ainda cruas – elas podem ir direto para o forno deste jeito mesmo, fazendo a minha vida mais fácil nos dias úteis (+ meu marido pode fazer isso sozinho, o que é sempre um “plus”). :)
Já postei aqui receita de almôndegas de carne bovina e também de almôndegas feitas de berinjela, e hoje trago uma junção dos dois tipos: as berinjelas são assadas, e a polpa delas é misturada à carne, criando almôndegas incrivelmente úmidas e deliciosas – elas tornaram o espaguete algo ainda mais especial.
Receita do Antonio Carluccio, e o danado nunca erra.
Espaguete com almôndegas de carne e berinjela
um nadinha adaptado do sempre lindo e delicioso Pasta
400g de espaguete
parmesão ou pecorino ralado fininho, para servir
Molho:
2 colheres (sopa) de azeite de oliva
1 cebola grande, bem picadinha
2 dentes de alho grandes, bem picadinhos
100ml de vinho tinto seco
2 colheres (sopa) de extrato de tomate
1 vidro de passata (680g)
sal e pimenta do reino moída na hora
2 colheres (chá) de açúcar cristal ou refinado
1 punhado de folhas de manjericão fresco
Almôndegas:
2 berinjelas
azeite de oliva, para regar as berinjelas e para dourar as almôndegas
300g de carne bovina moída crua
1 dente alho amassado até virar um purê
¼ colher (chá) de noz-moscada ralada na hora
50g de parmesão ralado fininho
1 ovo, ligeiramente batido com um garfo
100g de farelo de pão – não use farinha de rosca, ela resseca as almôndegas e não dá um sabor gostoso; use pão amanhecido passado pelo processador ou liquidificador
1 colher (chá) de sal
pimenta do reino moída na hora
Preaqueça o forno a 180°C. Forre uma assadeira rasa com papel alumínio e pincele-o com azeite. Corte as berinjelas ao meio no sentido do comprimento e coloque-as sobre o papel alumínio com o lado cortado virado para cima. Regue com 2 colheres (sopa) de azeite e leve ao forno por 30-40 minutos ou até que fiquem bem macias. Retire a polpa com a ajuda de uma colher, transfira para uma tigela grande e amasse bem. Deixe esfriar. Descarte as cascas.
Enquanto as berinjelas estão assando, prepare o molho: aqueça o azeite em uma panela grande e refogue a cebola até que ela fique transparente, cerca de 5 minutos. Junte o alho e refogue somente até perfumar. Acrescente o vinho e cozinhe por 1 minuto. Junte o extrato de tomate e a passata, tempere com sal e pimenta, junte o açúcar e misture bem. Deixe cozinhar em fogo brando por 30-40 minutos, mexendo de vez em quando para não grudar no fundo da panela. Junte o manjericão e retire do fogo.
Enquanto o molho cozinha, prepare as almôndegas: junte à polpa de berinjela a carne, o alho, a noz-moscada, o parmesão e o farelo de pão. Tempere com o sal e a pimenta, misture bem e faça bolinhas. Frite-as em um fiozinho de azeite até que dourem de todos os lados. Acrescente-as ao molho e mantenha quente.
Cozinhe o macarrão em bastante água salgada até que fique al dente. Escorra. Incorpore ao molho gentilmente para não despedaçar as almôndegas. Sirva imediatamente polvilhado com parmesão ou pecorino.
Rend.: 4 porções
domingo, março 01, 2015
Farfalle com molho de tomate e vodca - comida simples e deliciosa
Anos atrás vi esta receita em vários blogs, alguns deles favoritos meus, e tinha a intenção de fazê-la, mas por alguma razão nunca fui adiante e acabei esquecendo completamente.
Lembrei-me dela estes dias ao comprar uma garrafa de vodca para fazer um vidro de extrato de baunilha e anotei a ideia para que ela não me fugisse novamente. A receita original pede por chalotas (coisa que raramente vejo para comprar), mas resolvi usar um alho-poró esquecido na geladeira e que implorava por um fim digno.
Não sei se foi o alho-poró, a vodca, o creme de leite ou os três juntos, mas este foi um dos molhos de tomate mais gostosos que já fiz – realmente bom. É saboroso, cremoso sem ser pesado e levemente apimentado, sem contar que é bem simples de fazer.
Não tinha ideia do quão delicioso ficaria o molho quando resolvi prepará-lo e agora o recomendo fortemente a vocês. Espero que gostem!
Farfalle com molho de tomate e vodca
um tiquinho adaptado deste livro e da Rachel Ray
1 colher (sopa) de manteiga sem sal
½ colher (sopa) de azeite de oliva
1 alho-poró pequeno, a parte clara apenas
1 dente de alho grande, amassado e picadinho
1 pitada de pimenta calabresa
½ xícara (120ml) de vodca
1 lata (400g) de tomates pelados picados
2 colheres (chá) de açúcar
sal e pimenta do reino moída na hora
225g de pasta seca curta, como farfalle ou penne
¼ xícara (60ml) de creme de leite fresco
1 punhado de folhas de manjericão fresco, picadas ou rasgadas
parmesão ralado, para servir
Aqueça uma panela média em fogo médio-alto. Junte o azeite e amanteiga e enquanto ela derrete corte o alho-poró ao meio no sentido comprimento e então corte cada metade em fatias fininhas. Adicione à panela e refogue até que fique transparente. Junte o alho e a pimenta calabresa e refogue até perfumar. Acrescente a vodca aos poucos, misture e então cozinhe até reduzir pela metade, 3-4 minutos. Junte os tomates, o açúcar, tempere com sal e pimenta e deixe começar a ferver. Abaixe o fogo e cozinhe com a panela parcialmente tampada por 10 minutos ou até que engrosse, mexendo ocasionalmente.
Enquanto isso, cozinhe o macarrão em água fervente e salgada até que fique al dente.
Junte o creme de leite ao molho, cozinhe por 5 minutos, junte o manjericão e desligue o fogo. Escorra o macarrão e incorpore-o ao molho. Sirva imediatamente polvilhado com o queijo.
Rend.: 2 porções
quarta-feira, junho 04, 2014
Canelone de carne e cogumelo e coisas que vale a pena experimentar
Quando vejo esta receita penso naquele ditado “se a vida te der limões, faça uma limonada”, só que um pouquinho diferente: se o seu marido prova cogumelos pela primeira vez e gosta, adicione-os às refeições sempre que puder. :D
Depois do sucesso que tive com o bolonhesa vegetariano, mal podia esperar para cozinhar com cogumelos novamente, e a inspiração veio logo das primeiras páginas deste ótimo livro – sim, eu sou aquela pessoa doida por carne moída que compra um livro inteiro sobre o assunto. :)
Quando terminei de preparar o recheio, o cheiro e o sabor eram tão bons que me deu vontade de mergulhar um pão nele e comê-lo feito buraco-quente, e também daria para misturar um espaguete ali para uma refeição rápida (algumas ideias para quem não estiver a fim de enrolar canelones).
Por anos meu marido não entendeu o meu amor por seriados de TV e é claro que ele não conseguiria entender já que nunca dera uma chance às séries. Isso mudou quando ele começou a ver “The Blacklist” comigo: ele viciou nas aventuras de Raymond Reddington tanto quanto eu, e gostou tanto que agora nós também assistimos a “Resurrection” juntos.
Acho que na vida é melhor experimentar antes de descartar, seja comida ou seriado de TV – e a receita que lhes trago hoje vale a pena mesmo provar.
Canelone de carne e cogumelo
um tiquinho adaptado do ótimo Mincespiration!
molho de tomate feito com 1 ½ latas de tomate pelado picado (400g cada lata) – guarde a ½ lata restante para usar no recheio
azeite de oliva
200g de cogumelos de Paris, limpos e picados
sal e pimenta do reino moída na hora
300g de carne moída
1 cebola bem picadinha
3 dentes de alho, amassados e bem picadinhos
1/3 xícara (80ml) de vinho branco
½ lata de tomates pelados picados
1 punhado de orégano fresco
500g de massa fresca para lasanha
cerca de 50g de parmesão ralado fininho
Pré-aqueça o forno a 200°C.
Aqueça 1 colher (chá) de azeite em uma frigideira antiaderente grande e refogue os cogumelos até dourarem. Tempere com sal e pimenta, retire do fogo e reserve. Usando a mesma panela, junte um pouquinho de azeite e refogue a carne por 4-5 minutos ou até que doure. Junte a cebola e o alho e continue refogando por mais 2-3 minutos. Tempere com sal e pimenta. Regue com o vinho e cozinhe até o líquido reduzir pela metade. Adicione os tomates pelados picados e o orégano e cozinhe por 5 minutos, mexendo ocasionalmente. Retorne os cogumelos à panela, misture, prove e corrija o tempero se necessário, e então cozinhe por 1 minuto ou até que quase todo o líquido seja absorvido. Retire do fogo e deixe esfriar um pouquinho.
Espalhe metade do molho de tomate em uma forma ou pirex de 20x30cm.
Coloque uma folha de lasanha sobre a tábua, coloque uma colherada de recheio, cubra com um pouquinho de parmesão e então enrole, formando um canelone. Repita com o restante de massa e recheio. Arrume os canelones sobre o molho de tomate, cubra com o molho restante e salpique com o que sobrou de parmesão. Leve ao forno por cerca de 30 minutos ou até que o molho borbulhe e a massa esteja macia.
Rend.: 5-6 porções
sexta-feira, novembro 15, 2013
Bolo de carne com molho de tomate e espaguete
O programa de TV “Jamie’s Money Saving Meals” ainda não está no ar aqui no Brasil, mas por sorte há alguns episódios disponíveis no You Tube – já assisti a seis deles (não sei se há mais do que isso) e adorei o conceito: a comida parece deliciosa e nada difícil de fazer, e quandp o vi preparando um bolo de carne com molho de tomate e espaguete soube direitinho qual seria o cardápio do próximo almoço de domingo lá em casa. :)
Encontrei esta receita no site do Jamie e a modifiquei um tiquinho para torná-la mais apetitosa para o marido e eu – consumimos pouca carne de porco, mas não suportamos a ideia de viver em um mundo sem bacon. :) O bolo de carne combina super bem com a massa e sobras dele (se houver) ficam uma delícia em forma de sanduíche (eu gosto do meu com uma colherada de mostarda de Dijon).
Bolo de carne com molho de tomate e espaguete
um tiquinho adaptado daqui
Bolo de carne:
3 cenouras
azeite de oliva extra-virgem
½ cebola, bem picadinha
500g de carne bovina moída
60g de farelo de pão (toste o pão, deixe esfriar e então processe)
1 colher (chá) cheia de orégano seco
1 punhado de orégano fresco
1 punhado de salsinha picada
30g de queijo feta ralado fininho
1 ovo grande
algumas gotinhas de Tabasco
sal e pimenta do reino moída na hora
Molho:
½ colher (sopa) de azeite de oliva
1 cebola bem picadinha
1 colher (chá) de orégano seco
2 dentes de alho amassados e picadinhos
1 garrafa (700ml) de passata
1 colher (chá) de açúcar
sal e pimenta do reino moída na hora
1 punhado de folhas de manjericão rasgadas
1 punhado de orégano fresco
Para montar o prato:
30g de queijo Cheddar – usei mozarela
400g de espaguete seco
Pré-aqueça o forno a 200°C. Descasque as cenouras, corte-as em quatro partes no sentido do comprimento e coloque em uma assadeira de 20x30cm. Regue com o azeite e asse por 10 minutos – enquanto isso, aqueça 2 colheres (chá) do azeite em uma panela pequena e refogue as cebolas, acrescentando uma pitada de sal, até que fiquem transparentes. Deixe esfriar e transfira para uma tigela grande. Acrescente o carne, o farelo de pão, o orégano seco e fresco, a salsinha, o feta, o ovo, o Tabasco, sal e pimenta do reino. Misture levemente com as mãos (não mexa demais ou o bolo de carne ficará com uma textura dura) e molde em um cilindro de aproximadamente 20cm de comprimento. Abra um espaço no meio das cenouras e acomode aí o bolo de carne. Asse por cerca de 25 minutos ou até que esteja dourado e assado por dentro.
Enquanto o bolo de carne assa, faça o molho: em uma panela média, aqueça o azeite. Adicione a cebola e o orégano e refogue até que comece a dourar. Junte o alho e refogue até perfumar. Acrescente a passata (coloque um pouco de água na garrafa vazia, agite e junte à panela), o açúcar, tempere com sal e pimenta e cozinhe por 15-20 minutos ou até que engrosse um pouquinho. Junte as ervas, cubra e retire do fogo.
Ferva uma panela grande de água salgada (para cozinhar o espaguete).
Retire o bolo de carne do forno e, com cuidado, despeje o molho ao redor dele. Cubra o bolo de carne com uma colherada de molho, salpique com o queijo e volte ao forno por 5-10 minutos ou até que o queijo derreta e o molho esteja borbulhando. Enquanto isso, cozinhe o espaguete conforme as instruções da embalagem e escorra. Sirva com o molho da assadeira e o bolo de carne.
Rend.: 4 porções
quarta-feira, agosto 07, 2013
Manicotti de ricota e espinafre e cozinhar = poder
Foi há relativamente pouco tempo que comecei a pensar no ato de cozinhar como algo empoderador e libertador, e isso me vem à mente quando penso em algumas passagens de minha infância.
No período entre a morte de minha mãe e meu pai casar novamente minha avó paterna morou conosco e fazia toda a comida em casa. Ela era uma cozinheira fantástica – ainda é aos 88 anos de idade – mas raramente fazia os pratos dos quais eu gostava – sei que isso vai soar amargo e “oh, minha avó gostava mais do meu irmão do que de mim” mas é verdade: ela preparava qualquer coisa que meu irmão pedisse sem hesitar, entretanto nunca prestou muita atenção ao que eu gostava de comer – as “vantagens” de ser a irmã mais velha, creio eu.
Um dos pratos que ela fazia com frequência eram panquecas de carne com molho de tomate. Sabem, eu não gostava de carne bovina quando era pequena e ainda assim tinha que comer as benditas panquecas. Meu irmão, porém, não gostava de molho de tomate, mas ele não precisava comer as tais panquecas – em vez disso, ele pedia que as suas panquecas fossem recheadas com batata frita (!) e minha avó não dizia uma palavra. E isso é apenas uma das situações daquela época.
Agora, adulta, cozinho o que quero, quando quero. Minhas panquecas são recheadas de ricota e espinafre e não preciso implorar a ninguém por isso.
Manicotti de ricota e espinafre
um tiquinho adaptados do lindo e delicioso Homemade with Love: Simple Scratch Cooking from In Jennie's Kitchen
- xícara medidora de 240ml
Crepes:
1 ½ xícaras (360ml) de leite integral
1 ovo grande
½ colher (chá) de sal
1 xícara (140g) de farinha de trigo
óleo de canola, o necessário para pincelar a frigideira na hora de preparar os crepes
Recheio:
2 colheres (chá) de azeite extra virgem
1 dente de alho gorducho, picadinho
200g de espinafre, talinhos removidos
sal e pimenta do reino moída na hora
1 pitada de noz-moscada moída na hora
450g de ricota – usei caseira (receita aqui), usando 5 xícaras de leite
1 punhado de salsinha picada
¼ xícara de parmesão ralado fininho
Montagem:
1 ½ xícaras de molho de tomate, receita aqui
¼ xícara de parmesão ralado fininho
Prepare os crepes: coloque o leite, o ovo, o sal e a farinha no liquidificador e bata até homogeneizar. Deixe em temperatura ambiente por 1 hora (ou por pelo menos 30 minutos).
Aqueça uma frigideira antiaderente de 20cm de diâmetro em fogo médio-baixo. Pincele-a com o óleo de canola (se necessário). Despeje uma porção de massa no centro da frigideira (o bastante para cobrir todo o fundo dela) e vá girando até cobrir todo o fundo. Cozinhe por 30-45 segundos, vire e cozinhe por mais 15 segundos, ou até dourar. Transfira para um prato raso e repita o procedimento com a massa restante.
Recheio: em uma frigideira grande, aqueça o azeite em fogo médio-alto. Junte o alho, seguido do espinafre e refogue até murchar. Tempere com sal, pimenta e noz-moscada. Deixe esfriar um pouquinho, pique, e então transfira para uma peneira e aperte para retirar o excesso de líquido. Transfira para uma tigela média, junte os outros ingredientes do recheio e misture para incorporar. Cheque os temperos e ajuste se necessário.
Pré-aqueça o forno a 200°C. Espalhe cerca de ½ xícara do molho de tomate em um refratário de 22x32cm.
Coloque cada crepe sobre uma superfície lisa e espalhe parte do recheio na extremidade inferior do crepe, formando um cilindro. Enrole o crepe e coloque-o no refratário com a emenda virada para baixo. Repira o procedimento com os crepes restantes. Cubra com o molho de tomate restante, salpique com o queijo e asse por 20 minutos ou até que doure e o molho esteja borbulhando. Sirva imediatamente.
Rend.: cerca de 10 crepes – consegui 9; os dois primeiros rasgaram no centro, então servi 7 no total
sexta-feira, junho 07, 2013
O melhor nhoque que já fiz + livros de receita que vão além da comida
Não é segredo nenhum o meu vício em livros de receita, entretanto, depois de descobrir o ótimo “Eat Your Books” não me sinto mais culpada por comprar tantos livros – eu realmente os uso regularmente. Alguns livros são queridos por causa de suas receitas enquanto outros ganharam o meu coração por outras razões além da comida. Alguns livros me emocionam, enquanto outros são divertidíssimos de ler, como o “Urban Italian” de Andrew Carmellini: não somente a comida é ótima mas os textos são igualmente maravilhosos. Como não amar um livro de receita que menciona “Law & Order” e que pede alho fatiado à moda de “Os Bons Companheiros”? :) Para completar, é de Carmellini a receita do melhor nhoque que já fiz.
O melhor nhoque que já fiz
do delicioso e ótimo Urban Italian: Simple Recipes and True Stories from a Life in Food
- xícara medidora de 240ml
900g de batatas Asterix (aquela da casca cor-de-rosa), bem lavadas, ainda com as cascas
1 ovo, ligeiramente batido com um garfo
1 xícara (140g) de farinha de trigo + farinha extra para enrolar o nhoque
2 colheres (sopa) de parmesão ralado bem fininho
1 colher (sopa) de azeite de oliva extra-virgem
1 colher (sopa) de manteiga sem sal, derretida
1 colher (chá) de sal
¼ colher (chá) de pimenta do reino moída na hora
Pré-aqueça o forno a 200°C – você vai assar as batatas no centro dele. Faça vários furos nas batatas usando um garfo e arrume-as em uma assadeira formando uma camada única. Asse até que as batatas estejam bem macias, cerca de 1 hora – teste furando-as com uma faquinha.
Retire as batatas do forno e deixe esfriar por alguns minutos, somente o necessário para que você consiga manuseá-las – não deixe as batatas esfriarem demais ou as proteínas do ovo não se unirão às batatas, fazendo com que o nhoque esfarele e não dê o ponto). Corte cada batata ao meio e remova toda a polpa com uma colher. Passe a polpa por um espremedor de batatas diretamente para uma tigela grande. Com uma colher de pau, gentilmente incorpore o ovo, o parmesão, o azeite, a manteiga, o sal, a pimenta e 1 xícara de farinha. Mexa somente até combinar os ingredientes – não mexa demais ou o nhoque ficará duro. Sobre uma superfície levemente enfarinhada, forme uma bola com a massa – caso a massa esteja ainda úmida demais, incorpore um pouquinho de farinha (a quantidade de água difere de batata para batata, daí a necessidade de acrescentar farinha – eu já fiz essa receita várias vezes usando batatas Asterix e nunca precisei usar mais farinha do que a 1 xícara inicial).
Trabalhando rapidamente, divida a massa em 6 partes iguais. Com as palmas das mãos, role cada porção de massa formando um cilindro de aproximadamente 30cm de comprimento. Corte cada cilindro em porções formando os nhoques e transfira-os para uma assadeira grande levemente polvilhada com farinha – arrume-os lado a lado em uma única camada. Cubra com filme plástico ou um pano de prato limpo e seco para que os nhoques não ressequem.
Para cozinhar o nhoque: encha uma panela grande com água e deixe ferver. Salgue a água. Coloque os nhoques na água em levas e cozinhe até que eles boiem (1-2 minutos). Aguarde 1 minuto e retire-os da água com uma escumadeira – eu os coloco diretamente no molho bem quente, assim não grudam e absorvem o sabor do molho.
Rend.: 4 porções – na minha casa rendeu apenas 3
quarta-feira, outubro 24, 2012
Macarrão com provolone e limão siciliano
Não sei se o mesmo acontece com vocês, mas às vezes fico com certas receitas na cabeça por um bom tempo – não é algo intencional e muitas vezes demoro séculos para colocá-las em prática. Vi este macarrãozinho com provolone e limão siciliano há muitos messe (acho até que foi ano passado) e achei a idéia uma delícia: um molhinho de queijo com limão? Perfeito. Avancem para algumas semanas atrás: comprava queijo para uma determinada salada e ali, bem na minha frente, no balcão, estava um pacote de provolone dolce, um tipo de queijo que eu jamais provara. Minha mente começou a funcionar feito louca e imediatamente me lembrei desta receita, que acabou sendo uma massinha deliciosa e super rápida de preparar – o único problema foi não devorar o queijo todo antes de fazer o almoço. :D
Macarrão com provolone e limão siciliano
da sempre fantástica Australian Gourmet Traveller
- xícara medidora de 240ml
Farofinha de tomilho e limão siciliano:
2 colheres (sopa) de azeite
1 dente de alho, bem picadinho
50g de farelo de pão – toste o pão, deixe esfriar e bata no processador de alimentos, apenas pulsando, para que o farelo não fique tão fininho
raspas da casca de 1 limão siciliano
2 colheres (sopa) de folhas de tomilho
sal e pimenta do reino moída na hora
Massa e molho:
2 colheres (sopa) de azeite
½ cebola grande bem picadinha
1 dente de alho, bem picadinho
1 xícara (240ml) de vinho branco seco
raspas da casca e o suco de 2 limões sicilianos
1 ¼ xícaras (300ml) de creme de leite fresco
160g de provolone dolce, ralado fininho*
2 colheres (sopa) de folhas de tomilho
sal e pimenta do reino moída na hora
400g de casarecce, capunti, strozzapreti ou outra massa curta seca
Comece pela farofinha: aqueça o azeite em uma frigideira em fogo médio-alto, junte o alho e refogue até perfumar (1 minuto). Junte o farelo de pão, refogue até dourar (2-3 minutos), junte as raspas de limão e o tomilho, tempere com sal e pimenta, retire do fogo e reserve.
Massa e molho: cozinhe o macarrão em uma panela grande com água salgada até que fique al dente (6-8 minutos) – enquanto a massa cozinha, prepare o molho: aqueça o azeite em uma panela em fogo médio-alto, junte a cebola e o alho e refogue até amaciar (2-3 minutos). Junte o vinho, as raspas e o suco de limão e cozinhe em fogo baixo até reduzir pela metade (2-3 minutos). Junte o creme de leite, cozinhe até reduzir pela metade novamente (2-3 minutos), junte o provolone e o tomilho, misture até homogeneizar (1-2 minutos), tempere com sal e pimenta e mantenha aquecido.
Escorra o macarrão reservando ¼ xícara (60ml) de água do cozimento. Volte a massa à panela e junte o molho, misturando para incorporar. Junte um pouquinho da água reservada para “soltar” o molho (talvez você nem precise usar toda a água). Sirva quente, polvilhado com a farofinha.
* encontrei o provolone dolce na filial de Moema do St. Marché – ele é infinitamente mais suave do que o provolone mais comum e menos salgado também, por isso, caso queira substituir, cuidado com o sal.
Rend.: 4 porções
sábado, junho 16, 2012
Espaguete com gorgonzola + um vídeo que vale a pena ver
Hoje lhes trago uma receita de massa estupidamente rápida e que ficou deliciosa; na verdade, preparei este espaguete para usar o gorgonzola que sobrara desta linda salada e a receita se tornou uma favorita - eu não esperava menos da maravilhosa Stephanie Alexander.
E para tornar este post um pouquinho mais interessante compartilho o link de um dos vídeos mais lindos que já vi,"roubado" do sempre ótimo Awards Daily.
Espaguete com gorgonzola
um nadinha adaptado da bíblia culinária de Stephanie Alexander
- xícara medidora de 240ml
125g de queijo gorgonzola + um pouquinho extra para servir
½ xícara (120ml) de leite integral
1 ½ colheres (sopa) de manteiga sem sal
sal e pimenta do reino moída na hora
¼ xícara (60ml) de creme de leite fresco
400g de espaguete
2 tablespoons de parmesão ralado
Em uma frigideira grande, junte o gorgonzola, o leite, a manteiga, o sal e a pimenta e leve ao fogo baixo, mexendo com uma colher de pau, até que a mistura engrosse e fique cremosa. Junte o creme de leite, aumente um pouquinho o fogo e cozinhe, mexendo, até o molho começar a engrossar, cerca de 5 minutos. Enquanto isso, cozinhe o espaguete até ficar al dente. Escorra bem e misture-o rapidamente ao molho. Salpique com o parmesão e o gorgonzola extra e sirva.
Rend.: 4 porções
segunda-feira, abril 23, 2012
Tortinhas de frangipane e geléia de cereja + "Hanna"
Há vezes em que fico uma arara com coisas que parecem não perturbar outras pessoas; odeio quando ótimos filmes vão direto pra DVD aqui no Brasil, depois de eu ter esperado meses e meses para vê-los no cinema. Isso tem acontecido com freqüência – “O Abrigo”, “Jane Eyre”, entre outros – e foi o caso de “Hanna”. É realmente uma pena que poucas pessoas tenham ouvido falar de um filme tão fantástico: roteiro brilhante, trilha sonora maravilhosa, e um elenco...
* spoilers *
Cate Blanchett é uma de minhas atrizes favoritas – adoro o quão versátil ela é e aqui, como vilã, ela está fabulosa: seu tom de voz, a cor de seu cabelo, o modo como seus olhos se movem... Soberba. Eric Bana prova que beleza e talento podem andar juntos: ele ganhou o meu coração há bastante tempo interpretando o Hulk – sei que nem todo mundo gostou da versão de Ang Lee para o herói mas eu, sim; Bana interpretou Banner como um homem contido, o que é o contraponto perfeito para seu alter ego explosivo. Ele interpretou um Henrique VIII perfeito e interpretará outro Rei – aguardo ansiosamente. Tom Hollander, vivendo tão brilhantemente um vilão que parece saído de um filme barato dos anos 1970. E Saoirse Ronan... ela é a alma do filme e tendo visto “Desejo e Reparação” e “Um Olhar do Paraíso” eu esperava muito dela, mas ela transcende como Hanna – a parte física do papel parece algo bem difícil de realizar mas o que me deixou mesmo de queixo caído foi o quão perfeitamente ela interpreta as emoções de Hanna, seus momentos de descoberta: a primeira vez vendo um avião ou ouvindo música – o brilho em seus olhos... Seu desempenho é poético.
Tenho dito a todos que conheço para verem “Hanna” o mais rapidamente possível e agora digo a vocês, também. :)
***
Lavar louça é algo que não me incomoda em nada mas detesto lavar as peças do processador de alimentos: geralmente acabo cortando os dedos ao lavar a lâmina e isso não é nada bom. Por isso, quando tiro o processador do armário para preparar massas de torta – doces ou salgadas – faço o dobro da quantidade de que preciso e congelo o restante: fiz isso quando preparei as tortinhas de crème brûlée de chocolate e, alguns finais de semana depois, usei a massa congelada para preparar estas deliciosas tortinhas de frangipane, cortesia do sempre maravilhoso Jamie Oliver.
Tortinhas de frangipane e geléia de cereja
um tiquinho adaptadas do Jamie Oliver's Meals in Minutes: A Revolutionary Approach to Cooking Good Food Fast (comprei o meu aqui)
- xícara medidora de 240ml
6 bases para tortinhas, prontas*
1 ovo, de preferência orgânico
1 xícara (100g) de farinha de amêndoa
100g de manteiga sem sal, amolecida
½ xícara (100g) de açúcar cristal, de preferência orgânico
raspas da casca de ½ laranja
2 colheres (chá) de extrato de baunilha
½ xícara de geléia de cereja ou do sabor que preferir
Pré-aqueça o forno a 190°C.
Coloque a 6 bases de tortinhas em uma assadeira. Em uma tigela média, faça o frangipane: junte o ovo, a farinha de amêndoa, a manteiga, o açúcar, as raspas de laranja e a baunilha em uma tigela média e misture bem até homogeneizar. Coloque 1 colher (chá) de geléia em cada base de torta; cubra com 1 colher (chá) cheia de frangipane, outra colherinha (chá) de geléia e uma última de frangipane. Leve ao forno até que o recheio das tortinhas estufe e doure, cerca de 20 minutos.
Sirva morninhas ou em temperatura ambiente, com creme de leite batido ou crème fraîche.
* usei esta receita de massa de torta para fazer as bases das tortinhas; assei em uma forma de muffin com capacidade para 1/3 xícara (80ml) cada (conforme explicado aqui) e consegui 8 bases – metade da receita acima foi suficiente para rechear as 8 bases de torta
Rend.: 6 unidades
domingo, julho 10, 2011
Rigatoni com brócolis - comida deliciosa e rapidíssima
Adoro ficar na cozinha preparando coisas gostosas mas isso não me impede de gostar de refeições rápidas também – elas têm sido bem úteis nestes dias super frios em que tudo o que quero é me enrolar nas cobertas e ler ou ver TV.
Depois de assistir a vários episódios do maravilhoso “Refeições de Jamie Oliver em 30 minutos” acabei comprando o livro – que é absolutamente lindo – e a primeira receita testada foi esta: é época de brócolis e o marido adora. Logo de cara o prato se tornou um dos favoritos dele – e só eu sei o quão raramente isso acontece. :)
Rigatoni com brócolis
um pouquinho adaptado do fantástico Jamie Oliver's Meals in Minutes; comprei o livro pela amazon.co.uk
250g de brócolis ou brócolis ninja
½ cebola pequena
1 dente de alho
1 colher (sopa) de alcaparras, enxaguadas e drenadas
1 colher (sopa) de azeite de oliva
sal e pimenta do reino moída na hora
raspas da casca de ½ limão siciliano
alguns galhinhos de tomilho fresco - remova as folhinhas para usar
200g de rigatoni
1 punhado generoso de parmesão ralado, e um pouquinho extra para servir
1 punhado de folhas de manjericão
Remova todos os talinhos dos brócolis e reserve os buquês. Coloque os talinhos no processador de alimentos com a cebola, o alho, e as alcaparras e processe até obter uma pasta pedaçuda.
Aqueça o azeite em uma panela grande e adicione a pasta do processador. Refogue em fogo médio, mexendo ocasionalmente. Acrescente ¼ de água quente, tempere com sal, pimenta do reino, as raspas de limão e as folhinhas de tomilho e misture.
Enquanto isso, cozinhe o rigatoni em uma panela grande de água fervente com um pouco de sal até o macarrão ficar al dente. Adicione os buquês de brócolis no final do cozimento do macarrão para que os brócolis fiquem cozidos al dente também. Escorra o macarrão e os brócolis, reservando ½ xícara (120ml) da água do cozimento. Transfira o macarrão e os brócolis para a panela com o refogado, junte o parmesão e o manjericão e misture gentilmente para combinar. Se necessário, acrescente um pouco da água reservada para diluir um pouco o molho.
Regue com azeite, salpique com mais parmesão e sirva imediatamente.
Rend.: 2 porções
quarta-feira, novembro 24, 2010
Torta de tomate, rúcula e grana padano e um milagre de domingo
Aconteceu um milagre na minha casa domingo passado: eu disse pro João que faria esta torta para o almoço e ele respondeu que a comeria, também. :D
Depois do almoço, ouvi do marido que a torta estava ótima, o que me deixou surpresa e contente – quem tem gente enjoada pra comer em casa sabe bem do que estou falando... :)
A receita é bem simples, a cobertura é crua, mas eu tinha que compartilhá-la com vocês.
Torta de tomate, rúcula e grana padano
da Australian Gourmet Traveller
- xícara medidora de 240ml
Massa de grana padano*:
1 xícara (140g) de farinha de trigo
100g de manteiga sem sal, gelada e picada
1/3 xícara (34g) de queijo grana padano finamente ralado – ou use parmesão, como na receita original
Molho de mostarda:
½ colher (sopa) de azeite de oliva
suco de 1 limão
½ colher (chá) de mostarda de Dijon
sal e pimenta do reino moída na hora
Cobertura:
500g de tomate cereja e/ou tomatinhos pequenos – deixe os menores inteiros e corte os maiores ao meio
1 maço pequeno de rúcula
grana padano em lascas, para servir
Prepare a massa: processe a farinha e manteiga num processador de alimentos até obter uma farofa fina. Junte o grana padano, processe para incorporar, junte 2 colheres (sopa) de água gelada (ou um tantinho mais, se necessário) e vá pulsando até obter uma massa. Transfira para uma superfície ligeiramente enfarinhada, sove levemente para formar um disco, embrulhe em filme plástico e leve à geladeira por 1 hora. Abra a massa com um rolo sobre uma superfície ligeiramente enfarinhada até obter um círculo de 35cm. Forre uma forma para tortas levemente untada com manteiga com a massa, remova o excesso e fure a base com um garfo. Leve ao freezer por 1 hora.
Pré-aqueça o forno a 180°C. Unte com manteiga o lado brilhante de um pedaço grande de alumínio e coloque-o sobre a massa da torta, fazendo com que fique bem grudadinho nela. Encha com feijões secos e asse até que a massa comece a dourar, 15-25 minutos. Remova o papel e os feijões com cuidado e asse a base por mais 5-10 minutos ou até que termine de assar, fique dourada e sequinha. Deixe esfriar completamente.
Faça o molho de mostarda: misture bem os ingredientes numa tigelinha, tempere com sal e pimenta do reino a gosto e reserve.
Coloque os tomates numa tigela, regue com o molho de mostarda e misture bem. Arrume-os sobre a base da torta. Passe as folhas de rúcula pelo molho de mostarda e arrume algumas folhas sobre os tomates (você vai servir as folhas restantes ao lado dos pedaços da torta). Cubra com as lascas de grana padano e sirva imediatamente.
* congelei a massa (crua) por 1 semana (bem embrulhada em filme plástico) e descongelei de véspera na geladeira antes de usar – funcionou perfeitamente
Rend.: 4 porções para uma refeição leve – eu e o marido comemos a torta inteira sozinhos. :D
quinta-feira, outubro 07, 2010
Mini lasagna + ótimas pessoas
Posso estar um tantinho desapontada com o Twitter, mas por outro lado estou cercada de pessoas maravilhosas – e isso é ótimo.
Nem todo mundo sabe, mas trabalho como assistente executiva e dia 30 de setembro é Dia da Secretária; as lindas cocottes que vocês vêm na foto foram um presente de um dos meus chefes – o mesmo que me deu o maçarico no Natal; nem preciso dizer que fiquei completamente sem palavras quando abri o pacote – não esperava algo tão bonito e especial.
Falando em pessoas maravilhosas, toda vez que publico receita salgada aqui me lembro do meu querido amigo Ivan – só não tenho certeza se ele gosta de lasagna. :D
Mini lasagna
Não há uma receita exata aqui: é apenas uma questão de se fazer camadas de massa, molho de tomate – à bolonhesa, se preferirem – e queijo; há um passo-a-passo excelente no blog da Tati – foi de lá que tirei a idéia de fazer este prato.
terça-feira, agosto 17, 2010
Torta de morangos com creme de limão siciliano
Temo que vocês começarão a pensar em mim como a moça cujas massas de tortas dão sempre errado – depois do problema de encolhimento, fiz outra torta e esta massa parecia super promissora por causa da combinação de manteiga e cream cheese. Foi fácil de preparar, tenho de admitir, mas tanto em textura quanto em sabor já fiz outras infinitamente melhores.
Antes que vocês cliquem no quadradinho vermelho com um “x” no canto da página, peço-lhes que façam este creme de limão siciliano e o sirvam com morangos – vocês não vão acreditar no quão gostoso ele é.
Torta de morangos com creme de limão siciliano
adaptada do The Craft of Baking
- xícara medidora de 240ml
Massa de cream cheese:
½ xícara (113g) de manteiga sem sal, em temperatura ambiente, em pedacinhos
113g de cream cheese
1 ½ colheres (sopa) de açúcar refinado
1 xícara (140g) de farinha de trigo, e um pouquinho extra para polvilhar
1 pitada de sal
Recheio:
½ xícara (120ml) de creme de leite fresco
¾ xícara de curd de limão siciliano*
450g de morangos frescos, sem os cabinhos (morangos muito grandalhões cortados ao meio)
Comece preparando a massa: na batedeira, usando o batedor em formato de pá, bata a manteiga, o cream cheese e o açúcar em velocidade média até a mistura ficar homogênea, sem pedacinhos visíveis de manteiga ou cream cheese, cerca de 5 minutos. Junte a farinha e o sal e mistura apenas até incorporar os ingredientes.
Transfira a massa para uma superfície levemente enfarinhada e forme um disco com ela. Embrulhe com filme plástico e leve à geladeira por no mínimo 1 hora, ou de um dia para o outro – a massa pode ser congelada por até 1 mês; descongele na geladeira de um dia para o outro antes de usar.
Em uma superfície levemente enfarinhada, abra a massa com um rolo até conseguir um círculo de 27,5cm. Acomode a massa em uma forma de torta de 24cm de fundo removível, levemente untada com manteiga. Pressione as massas nas extremidades da forma e use uma faquinha para remover o excesso de massa. Faça furinhos em toda a massa com o auxílio de um garfo e leve ao freezer até firmar, cerca de 1 minuto.
Enquanto isso, pré-aqueça o forno a 180°C.
Forre a massa da torta com um pedaço de papel alumínio, deixando uma sobra de aprox. 2,5cm. Encha o papel com pesinhos próprios/feijões secos e leve ao forno por 15-20 minutos ou até que as beiradinhas da massa comecem a dourar. Remova os pesos/feijões e o papel alumínio e volte a massa ao forno até que doure completamente, mais 15-20 minutos. Transfira para uma gradinha e deixe esfriar completamente.
Numa tigela média, bata o creme de leite fresco até conseguir picos suaves. Com o auxílio de uma espátula de silicone, misture metade da curd de limão siciliano ao creme batido, com movimentos delicados, de baixo para cima. Junte o restante da curd e misture da mesma forma. Espalhe o recheio na massa já fria de maneira homogênea.
Arrume os morangos sobre o creme de limão, juntinhos uns aos outros, em círculos, começando pelo centro da torta – caso haja morangos cortados ao meio coloque o lado cortado virado para baixo. Cubra a torta levemente com um pedaço de filme plástico (de maneira bem folgada) e leve à geladeira até gelar, cerca de 1 hora, ou até 4 horas – na hora de servir, remova o anel da forma.
A torta fica mais gostosa no dia em que é preparada.
* metade desta receita de curd dá a quantidade exata necessária para a torta
Rend.: 8 porções
quinta-feira, junho 10, 2010
Doughnuts com canela recheados com chocolate ao leite
Ainda no lado possível de promessas e resoluções, tenho tentando fazer mais receitas com fermento biológico – falo pra todo mundo que adoro mexer com fermento de pão mas dando uma olhadela no meu blog isso não soa muito verdadeiro.
Peguei a receita aqui – a mesma revista de onde vieram estes pãezinhos – e recomendo muito: os doughnuts são macios, gostosos e não precisam obrigatoriamente do recheio de chocolate.
Só preciso avisá-los de que o rendimento é enorme – nada mau para uma família grande, mas não é o meu caso. :)
Doughnuts com canela recheados com chocolate ao leite
da Australian Gourmet Traveller
- xícara medidora de 240ml
2 ¼ colheres (chá) - 7g - de fermento biológico seco
1 xícara de buttermilk, em temperatura ambiente
¼ xícara + ½ colher (sopa) - 56g - de açúcar refinado
5 xícaras + 1 colher (sopa) - 710g - de farinha de trigo
¼ xícara + 3 colheres (sopa) - 98g - de manteiga sem sal, derretida
3 ovos
1 pitada de sal
100g de chocolate ao leite, picado em pedaços graúdos
leite, para pincelar
óleo vegetal, para fritar
açúcar e canela, para polvilhar
Misture o fermento, o buttermilk, o açúcar e ¼ xícara (60ml) de água morna na tigela grande da batedeira e deixe por 10 minutos ou até espumar. Junte a farinha, a manteiga, os ovos e o sal e bata em velocidade baixa usando o batedor em formato de gancho. Transfira para uma superfície levemente enfarinhada e sove até obter uma massa homogênea e macia – fiz tudo isso na batedeira. Faça uma bola com a massa e coloque-a numa tigela grande, untada com óleo, vire-a para untar os dois lados, cubra com filme plástico e deixe crescer por 1 hora ou até que dobre de tamanho.
Vire a massa numa superfície levemente enfarinhada e abra com o rolo até que fique com 3mm de espessura. Com o auxílio de um cortador redondo de 7,5cm, corte vários círculos de massa – mergulhe o cortador em farinha de trigo entre um corte e outro para evitar que grude na massa. Abra as sobras de massa e corte mais círculos delas. Divida o chocolate picado entre metade dos círculos, colocando o recheio no centro, pincele as extremidades com leite e cubra com os círculos de massa restantes. Usando um cortador de 6,5cm, corte os círculos recheados, selando bem. Coloque em uma bandeja ou assadeira grande polvilhada com farinha e deixe crescer por 30 minutos ou até que dobrem de volume.
Aqueça o óleo numa panela funda ou numa fritadeira elétrica até a temperatura de 160°C e frite os doughnuts, poucos de cada vez (para não diminuir demais a temperatura do óleo), por 2-3 minutos ou até que cresçam mais ainda e dourem dos dois lados. Transfira para uma travessa forrada com papel toalha. Passe os doughnuts pelo açúcar com canela e sirva imediatamente.
Rend.: 15 porções – fiz metade da receita acima e consegui 22 doughnuts