quinta-feira, maio 15, 2025
Cookies de chocolate branco e nozes e outros assuntos
quarta-feira, março 12, 2025
Cookies de chocolate, coco e pecãs e um agradecimento
Domingo passado eu criei coragem para ligar o forno, em um dia de 31°C em São Paulo, tamanha era a minha vontade de fazer uma receita nova: fui para a cozinha, separei os ingredientes, fiz a massa destes cookies (deliciosos, por sinal), coloquei na geladeira. Depois de 30 minutos, enrolei as bolinhas e assei. Deixei esfriando enquanto fiz o almoço e, como ficaram bem gostosos, fotografei para compartilhar a receita aqui com vocês.
Pensando nisso, acabei fazendo um post nas redes sociais sobre saúde mental: quando eu estava no pico da depressão, cozinhar me dava gastura, me entristecia – eu não tinha vontade de sequer pisar na cozinha. Imaginem, algo que me deu felicidade e prazer a vida toda, desde os meus 11 anos, se tornar algo que me causava até mesmo repulsa. Muito tempo atrás escrevi sobre isso aqui no blog, e recebi uma tonelada de apoio e afeto de muitas de vocês.
O tratamento, de fato, salvou a minha vida e me devolveu a alegria de cozinhar, de trabalhar, de ver meus filmes e seriados, de fotografar: tudo aquilo que eu amava fazer e que tinha completamente se perdido para mim. Sei do meu privilégio de ter tido a oportunidade de procurar ajuda, de poder arcar com os custos (algo infelizmente inviável para grande parte da nossa população), de estar aqui, depois de tanto tempo, me sentindo saudável e ativa.
Nossa, Patricia, todo esse
textão só por conta de uma receita de cookie? Pois é, cookie acompanhado de textão
e desabafo porque vocês fizeram parte da minha caminhada e sou muito grata pelo
carinho e acolhimento que recebi. Deixo aqui o meu agradecimento cheio de afeto
junto com esses cookies que foram um sucesso absoluto no trabalho do meu
marido. 😊
Cookies de chocolate, coco e
pecãs
Um tiquinho adaptados de uma
receita no NYT
- xícara medidora de 240ml
1 xícara (140g) de farinha
de trigo
½ xícara (45g) de cacau em
pó, sem adição de açúcar - usei o alcalinizado, mas o natural tb funciona
½ colher (chá) de
bicarbonato de sódio
¼ colher (chá) de canela em pó
¼ colher (chá) de sal
½ xícara (113g) de manteiga
sem sal, derretida e morna
½ xícara (100g) de açúcar
cristal ou refinado
½ xícara (88g) de açúcar
mascavo claro – aperte-o na xícara na hora de medir
1 ovo grande, temperatura
ambiente
1 colher (chá) de extrato de
baunilha
1 xícara (100g) de coco
ralado desidratado, sem adição de açúcar
170g de chocolate amargo ou meio
amargo picado – gotas também funcionam
1 xícara (100g) de pecãs,
levemente tostadas e picadas (meça, depois pique)
Em uma tigela média, misture com um batedor de arame a farinha de trigo, o cacau (se estiver com muitos grumos, passe pela peneira), o bicarbonato, a canela e o sal. Reserve.
Em uma tigela grande, misture bem com um batedor de arame a manteiga, o açúcar cristal e o mascavo. Acrescente o ovo e misture bem até homogeneizar. Junte a baunilha e misture. Acrescente os ingredientes secos e misture até obter uma massa. Junte o coco, o chocolate e as pecãs e misture bem – neste ponto, dependendo do tamanho do seu ovo e da umidade do seu açúcar mascavo, a massa pode ficar quebradiça: se for o caso, junte 1 a 2 colheres (sopa) de leite (de vaca ou vegetal) e misture, até conseguir uma massa homogênea, que “segure” vem os pedacinhos de chocolate e de pecãs. Cubra e leve à geladeira por 30 minutos.
Preaqueça o forno a 180°C. Forre duas formas grandes e rasas com papel manteiga.
Faça bolinhas usando 2 colheres (sopa) niveladas de massa por biscoito e coloque-as nas assadeiras preparadas deixando 5cm de distância entre elas. Asse por aproximadamente 13-14 minutos ou até que os biscoitos estufem e craquelem levemente, tornando-se opacos: se você quiser cookies mais achatados, retire a assadeira do forno na metade do tempo de cozimento e solte-a sobre a pia da cozinha duas ou três vezes – cuidado para não se queimar. Volte a assadeira ao forno e termine de assar os cookies.
Deixe esfriar nas assadeiras
por 5 minutos e então deslize o papel com os biscoitos para uma gradinha e
deixe esfriar completamente.
Rend.: cerca de 30 cookies
sexta-feira, novembro 22, 2024
Brownies com macadâmias, pecãs e castanhas de caju, um dia sem carisma e o que a cozinha representa para mim
Sabem aqueles dias em que a
gente acorda meio estranha, com vontade de ficar quietinha em um canto, sem interagir
com ninguém? Vocês também se sentem assim?
Eu estava assim dias atrás, brinquei no trabalho que eu estava “sem carisma”. 😊 Quando estou em casa, tenho uma solução para dias assim: vou para a cozinha. Preparo algo gostoso, mesmo que seja bem simples, e o processo de abrir a geladeira, separar os ingredientes, picar os vegetais – tudo isso vai me dando uma energia gostosa, me sinto leve e alegre, e ao final de tudo ainda tenho algo delicioso para comer.
Enquanto escrevo isso, me lembro de um post de dezembro de 2021, quase três anos atrás, em que desabafei com vocês sobre um momento difícil que eu estava vivendo – naquela época, a cozinha tinha o efeito contrário em mim, eu só queria sumir toda vez que pensava em cozinhar alguma coisa. A pandemia realmente desgraçou a cabeça da gente.
Relendo os comentários de vocês, me emociono e derrubo algumas lágrimas na camiseta – a avalanche de afeto e apoio que recebi foi imensa, e meses depois, continuando o meu tratamento para depressão, fui saindo do buraco e até mesmo cheguei a terminar e lançar o meu livro. A cozinha voltou a ser um lugar que eu amo, meu refúgio, onde busco alegria em dias “sem carisma”. E é pra lá que vou também quando estou feliz, animada, me sentindo bem, como estava domingo passado: liguei o forno, separei alguns ingredientes e preparei estes brownies deliciosos que foram sucesso no trabalho do João.
Como eu só tinha um punhadinho de nada de oleaginosas diferentes, resolvi juntar todas no brownie e deu muitíssimo certo: usei macadâmias, pecãs e castanhas de caju, mas use as oleaginosas que tiver em casa – todas combinam lindamente com chocolate.
Brownies com macadâmias, pecãs
e castanhas de caju
receita minha
- xícara medidora de 240ml
¾ xícara (170g) de manteiga
sem sal, picada
¼ xícara (60ml) de óleo vegetal
de sabor neutro, como canola, milho, soja
2/3 xícara (60g) de cacau em
pó, sem adição de açúcar, peneirado – meça, depois peneire
1 ½ xícaras (300g) de açúcar
cristal ou refinado
3 ovos grandes, temperatura
ambiente
1 colher (chá) de extrato de
baunilha
2 colheres (chá) de Amaretto
ou Frangelico – opcional, servem para enfatizar o sabor das oleaginosas
1 xícara (140g) de farinha
de trigo
½ colher (chá) de sal
200g de oleaginosas da sua
preferência, ou uma mistura delas
Preaqueça o forno a 180°C. Unte levemente com manteiga ou óleo uma forma retangular de 20x30cm, forre-a com papel alumínio deixando sobras em dois lados opostos, formando “alças”, e unte o papel também.
Em uma tigela grande, leve a manteiga ao banho-maria em fogo baixo (sem deixar o fundo da tigela tocar a água) até derreter. Retire do fogo e junte o óleo e o cacau, misturando bem com um batedor de arame. Acrescente o açúcar, misture vigorosamente e então espere esfriar.
Junte os ovos, um a um, misturando bem a cada adição. Junte a baunilha e Amaretto/Frangelico (se for usar). Peneire a farinha e o sal sobre a mistura e incorpore gentilmente com uma espátula de silicone, mexendo de baixo para cima. Não misture demais. Incorpore as oleaginosas. Transfira a massa para a forma preparada e alise a superfície. Asse por 25-30 minutos ou até que as laterais e o topo estejam sequinhos, porém o centro ainda esteja úmido (faça o teste do palito: ele deve sair úmido com massa grudada nele).
Deixe esfriar completamente
na forma sobre uma gradinha. Corte em quadradinhos para servir. Os brownies
podem ser guardados em um recipiente hermético em temperatura ambiente por até 4
dias.
Rend.: 24 unidades
quinta-feira, outubro 31, 2024
Bolo quente de ameixa - fácil de fazer e delicioso
Queridas e queridos, tudo bem com vocês?
Faz tempo que não apareço aqui pelo blog, aquela boa e velha questão de falta de tempo: nem sempre a gente pode priorizar o que nos faz felizes, né?
Muitos e muitos domingos atrás eu estava de bobeira no sofá, vendo qualquer coisa na TV, enquanto o João tirava um cochilo pós-almoço. Bateu aquela vontade de comer um docinho, procurei no armário e até cheguei a pegar um pedaço de chocolate, mas não era bem aquilo que eu queria: a minha vontade era mais específica, algo quentinho, que me abraçasse por dentro.
Geralmente quando quero algo assim faço um crumble, mas neste dia pensei uma versão mais prática de um cobbler: frutas, uma massinha de bolo por cima e forno – modéstia à parte, ficou muito bom! Por isso, compartilho a receita com vocês – espero que gostem tanto quanto eu.
Aproveito para dizer que
ando sem tempo de fazer receitas novas e postar aqui, mas continuo mandando a
newsletter cheia de receitas deliciosas: é só clicar aqui para ler as edições
passadas e/ou se inscrever para receber as edições futuras. xx
Bolo quente de ameixa
receita minha
- xícara medidora de 240ml
Recheio e massa:
2 ameixas médias (tota de 170g)
¼ xícara (35g) de farinha de
trigo
1/3 de xícara (33g) de
farinha de amêndoa
½ colher (chá) de fermento
em pó
1/8 colher (chá) de canela
em pó
1 pitada de sal
¼ xícara (50g) de açúcar
cristal ou refinado
¼ xícara (65g) de iogurte
natural integral
2 colheres (sopa) de óleo
vegetal de sabor neutro: canola, milho, soja
1 ovo grande, temperatura
ambiente
½ colher (chá) de extrato de
baunilha
2 colheres (chá) de Amaretto
ou Frangelico – opcional; serve para intensificar o sabor das amêndoas
Cobertura:
1 colher (chá) de açúcar
cristal ou refinado
2 colheres (sopa) de amêndoas em lâminas
Preaqueça o forno a 180°C. Pincele com manteiga 1 refratário raso com capacidade para 450ml. Remova os caroços das ameixas, pique-as em cubinhos de aproximadamente 1cm e espalhe-os no refratário de maneira uniforme. Reserve.
Em uma tigela média, misture bem a farinha de trigo, a farinha de amêndoa, o fermento, a canela e o sal com um batedor de arame. Reserve. Em uma outra tigelinha, bata bem com um batedor de arame o açúcar, o iogurte, o óleo, o ovo, a baunilha e o Frangelico/Amaretto (se for usar). Despeje sobre os ingredientes secos e misture até obter uma massinha de bolo – não bata demais, ou o bolo ficará duro.
Espalhe a massinha sobre as ameixas e misture-as muito levemente com a massa. Polvilhe a massa com as amêndoas e o açúcar da cobertura, transfira o refratário para uma assadeira rasa e leve ao forno por 25-30 minutos ou até crescer e dourar bem (faça o teste do palito).
Sirva quentinho com chantilly, sorvete ou iogurte natural.
Rend.: 2 porções
quinta-feira, agosto 29, 2024
Bolo de banana com castanha de caju
Quem leu a minha newsletter de ontem sabe que eu fiz um bolo delicioso no final de semana e que não via a hora de postar a receita para vocês aqui no blog: um bolo de banana com castanha de caju, úmido e delicioso, com um glacê e castanhas tostadas picadinhas por cima. Levei o bolo para o trabalho na segunda-feira e foi um sucesso absoluto: até algumas pessoas que não são muito de doces amaram e repetiram. <3
Fazia bastante tempo que eu não fazia bolo de banana, pois toda vez que tem banana sobrando, já meio passada para comer in natura, faço uma panquequinha proteica para o lanche da tarde ou para o jantar, quando não estou a fim de comer nada à noite (dificilmente tenho fome nesse horário). A receita é bem simples, banana + ovo + farinha de aveia + whey (sem lactose, no meu caso) + canela e fermento, mas me ajuda a consumir um pouco mais de proteínas no dia. Sempre achei essa coisa de tomar whey uma bobagem, mas era ignorância minha: é um ótimo jeito de complementar a alimentação - é, gente, a fase maromba chegou mesmo, uma coisa assim meio Gracyanne Barbosa. :D
Domingo eu estava com muitas bananas aqui dando sopa, e bateu uma vontade danada de bater um bolinho... Como eu havia comprado farinha de castanha de caju e castanhas torradas e salgadas, resolvi usar os ingredientes no bolo e deu super certo: um bolo macio e saboroso, úmido e macio pela adição tanto da farinha de castanha quanto do iogurte. Receita fácil de fazer, massa preparada como massa de muffin, ou seja, não requer batedeira nem liquidificador.
O bolo rende bastante (usei
uma forma retangular de 20x30cm) e quando o vi pronto achei que era um exagero
– podem acreditar: não foi mesmo. 😊
Bolo de banana com castanha
de caju
receita minha
- xícara medidora de 240ml
Bolo:
1 ½ xícaras (210g) de
farinha de trigo
¾ xícara (75g) de farinha de
castanha de caju
1 ¼ colheres (chá) de
bicarbonato de sódio
¼ colher (chá) de canela em
pó
½ colher (chá) de sal
4 bananas médias (total com
a casca: 400g), bem maduras
1/3 xícara + 1 colher (sopa)
– total de 78g – de açúcar cristal ou refinado
2 colheres (sopa) – 26g – de
açúcar mascavo (aperte-o na colher na hora de medir)
1/3 xícara (85g) de iogurte
natural integral
½ xícara (113g) de manteiga
sem sal, derretida e fria
¼ xícara (60ml) de óleo vegetal
de sabor neutro, como canola, milho, soja
3 ovos grandes, temperatura
ambiente
1 colher (chá) de extrato de
baunilha
2 colheres (chá) de
Frangelico ou Amaretto – opcional; servem para realçar o sabor da castanha
Glacê:
1 xícara (140g) de açúcar de
confeiteiro
2 ½ colheres (sopa) de leite
Para finalizar o bolo:
½ xícara (70g) de castanhas
de caju, torradas e salgadas, picadinhas – meça, depois pique
Preaqueça o forno a 180ºC. Forre uma forma retangular de 20x30cm com papel alumínio e pincele-o com óleo.
Em uma tigela média, misture com um batedor de arame a farinha de trigo, a farinha de castanha, o bicarbonato, a canela e o sal. Reserve.
Em uma tigela grande, amasse as bananas com um garfo até obter um purê rústico. Junte o açúcar cristal, o mascavo, o iogurte, a manteiga, o óleo, os ovos, a baunilha e o Frangelico/Amaretto (se for usar) e misture bem com um batedor de arame até homogeneizar. Acrescente os ingredientes secos reservados e misture com o batedor ou uma espátula de silicone até obter uma massa uniforme – não bata demais, senão o bolo pode ficar duro.
Despeje a massa na forma, alise a superfície e leve ao forno por 30-35 minutos, ou até crescer e dourar (faça o teste do palito). Retire do forno, transfira para uma gradinha e deixe esfriar completamente.
Glacê: peneire o açúcar de confeiteiro em uma tigela, junte o leite aos poucos e vá misturando até obter a consistência desejada – talvez você precise de mais ou menos leite do que a receita pede. Espalhe o glacê sobre o bolo já frio de maneira uniforme. Salpique o glacê com as castanhas picadas.
Rend.: 24 pedaços
quinta-feira, abril 04, 2024
Brownies com chocolate ao leite e pecãs e uma cozinha de sonho
Outro dia postei um story no Instagram
de um tour em uma casa maravilhosa em Nova York com aquela brincadeira do “quando
eu ficar rica, não direi nada, mas haverá sinais” e fiquei pensando nisso agora,
escrevendo este post: eu realmente fiquei encantada com a casa, os ambientes
eram belíssimos e bem decorados, tinha um jardim lindo (e nele eu faria uma
horta, claro), sem contar que morar lá nesta situação pra lá de confortável seria
mesmo um sonho. Mas eu sendo eu, claro que o que me chama mesmo a atenção nestes
vídeos são as cozinhas: grandes, lindas, inundadas de luz natural e com aquela
ilha imensa no meio com bastante espaço, aqueles fogões iguais aos da Ina e da Martha...
Ai, ai. <3
Sendo eu uma pessoa que nasceu em
um país tropical, mas que odeia o calor, a minha cozinha teria um ar-condicionado
poderosíssimo, para que mesmo no meio do verão eu pudesse ligar o forno e fazer
todas as receitas que eu quisesse sem a menor possibilidade de derreter. Poderia
preparar um almoço agradável e saboroso sem ter que morrer cozida na hora de
escorrer a água fervente do macarrão. Prepararia um jantar gostoso sem ter que
me enfiar embaixo do chuveiro imediatamente em seguida.
Ah, sonhar é bom e não paga
imposto, né? 😊 Depois que me empolguei novamente com a
cozinha e me propus a manter o blog vivo (além da newsletter – já se inscreveu?),
estou com uma lista enorme de receitas para testar, mas com o calor insano que
fez nos últimos meses não deu mesmo. Quem suporta um verão que dura seis meses?
Eu sofri e não foi pouco.
Ainda está abafado em São Paulo,
mas semana passada o clima deu uma refrescada e eu corri ligar meu forno:
preparei estes brownies e foi uma alegria imensa poder riscar uma receita da minha
listinha. Se La Niña continuar cooperando, vocês verão muitas outras delícias
por aqui em breve.
Brownies com chocolate ao leite e
pecãs
receita minha
- xícara medidora de 240ml
150g de chocolate amargo,
picadinho ou em gotas – usei um com 64% de cacau
2/3 xícara (150g) de manteiga sem
sal, picada
1 ½ xícaras (300g) de açúcar
cristal ou refinado
3 ovos grandes, temperatura
ambiente
1 colher (chá) de extrato de
baunilha
2 colheres (chá) de Frangelico ou
Amaretto – opcional
1 xícara (140g) de farinha de
trigo
2 colheres (sopa) de cacau em pó,
sem adição de açúcar, peneirado – meça, depois peneire
½ colher (chá) de sal
150g de chocolate ao leite, em
gotas ou picadinho
Preaqueça o forno a 180°C. Unte
levemente com manteiga uma forma de metal retangular de 20x30cm, forre-a com
papel alumínio deixando sobras em dois lados opostos e unte o papel também.
Coloque as pecãs em uma frigideira
pequena antiaderente e leve ao fogo baixo, mexendo de vez em quando, até que
elas fiquem tostadas: fique de olho, pois podem queimar rapidamente. Transfira
para um prato e deixe esfriar completamente. Em seguida, pique grosseiramente.
Em uma tigela refratária grande,
junte o chocolate amargo e a manteiga e leve ao banho-maria (em fogo baixo, sem
deixar o fundo da tigela tocar a água) até que os ingredientes derretam. Retire
do fogo e deixe esfriar. Acrescente o açúcar e misture com um batedor de arame,
batendo bem – isso vai ajudar a formar a casquinha nos brownies depois de
assados. Junte os ovos, um a um, e novamente bata bem a cada adição. Junte a baunilha e o
licor (caso for usar).
Adicione a farinha, o cacau e o
sal e incorpore-os usando uma espátula de silicone, misturando até obter uma
massa homogênea. Incorpore o chocolate ao leite e as pecãs e misture bem. Espalhe
na forma preparada e alise a superfície. Asse por 25-30 minutos ou até que um
palito inserido no centro do brownie saia com migalhas úmidas. Deixe esfriar
completamente na forma sobre uma gradinha.
Corte em quadradinhos para servir.
Rend.: 24 unidades
sexta-feira, agosto 11, 2023
Cookies com chocolate, pecãs e corn flakes
Domingo estava folheando umas revistas de receita e me deu
uma vontade imensa de fazer cookies: fazia séculos que não preparava (os
brownies do post passado saíram depois de mais de um ano sem fazer um docinho sequer).
Dei de cara com uns cookies que levavam chocolate e Sucrilhos e na hora lembrei
dos cookies famosíssimos da Christina Tosi que levam esses ingredientes.
Coincidência (ou o Universo conspirando, sei lá), dias antes eu tinha comprado corn flakes – aqueles sem açúcar, pois os Sucrilhos eu acho doces demais – para comer com iogurte. Olhei para o vidro no armário e resolvi testar os tais cookies, mas em vez da receita da revista, fiz outra, que já postei aqui, mudando alguns ingredientes e adicionando pecãs, que combinaram super bem com o chocolate e o salgadinho dos corn flakes.
Já que eu estava falando de uma receita inspirada na da Christina, pensei na minha amada Nova York e quis fazer cookies gorduchos, no estilo dos da Levain Bakery – para isso, foi só fazer bolinhas da massa e deixar na geladeira por 2 horas antes de assar, assim a manteiga derrete mais devagar no forno e os cookies não espalham tanto.
Acho que o bichinho "fazedor" de receita me picou novamente – espero continuar fazendo coisas bem gostosas para compartilhar com vocês por aqui. <3
Cookies com chocolate, pecãs e corn flakes
receita minha, inspirada pelos cookies da Christina Tosi
- xícara medidora de 240ml
1 2/3 xícaras (233g) de farinha de trigo
½ colher (chá) de bicarbonato de sódio
¼ colher (chá) de canela em pó
½ colher (chá) de sal
½ xícara (113g) de manteiga sem sal, derretida e fria
¼ xícara (50g) de açúcar cristal
¾ xícara (131g) de açúcar mascavo claro – aperte-o na xícara
na hora de medir
2 ovos grandes, temperatura ambiente
2 colheres (chá) de extrato de baunilha
150g de chocolate amargo, picado grosseiramente ou em gotas
1 xícara (110g) de pecãs inteiras, tostadas e picadas
grosseiramente depois de frias
1 xícara (60g) de corn flakes, sem açúcar
Em uma tigela pequena, misture com um batedor de arame a farinha de trigo, o bicarbonato, a canela e o sal. Reserve.
Na tigela da batedeira, junte a manteiga e os açúcares e bata até obter um creme claro – raspe as laterais da tigela ocasionalmente durante todo o preparo da receita. Junte os ovos, um a um, batendo bem a cada adição. Junte a baunilha. Desligue a batedeira, junte os ingredientes secos de uma vez, e então ligue na velocidade mínima, misturando até que quase não haja traços de farinha. Desligue novamente, junte o chocolate, as pecãs e misture com uma espátula de silicone. Junte o corn flakes e misture delicadamente, para evitar que se quebrem demais. Se o dia estiver quente demais e a massa ficar molinha, leve à geladeira por 30 minutos.
Faça bolinhas usando 2 colheres (sopa) niveladas de massa por biscoito e arrume em uma assadeira – como as bolinhas serão refrigeradas antes de assar, você pode colocar uma pertinho da outra. Leve à geladeira por 2 horas – se preferir, congele as bolinhas de massa e depois transfira para um saco plástico bem fechado. Duram até 2 meses no freezer. Não precisa descongelar antes de assar, apenas aumente o tempo total de forno em 1-2 minutos.
Preaqueça o forno a 180°C. Forre duas assadeiras rasas e
grandes com papel manteiga.
Guarde os biscoitos em um recipiente hermético em temperatura ambiente por até 3 dias.
Rend.: 25 unidades
terça-feira, março 22, 2022
Cookies com gotas de chocolate e castanha de caju com farinha de centeio, um tuíte grosseiro, e posts de blogs de comida
Umas duas
semanas atrás fui marcada no Twitter pela minha leitora querida Carol Himura em
um tuíte de uma mulher chamada Catharine Richert, grossa feito um cão, que dava um
conselho aos blogueiros de comida: que tudo o que as pessoas querem é a
receita, que não estão nem aí para as histórias que a acompanham, entre outras
coisas.
(ao começar a digitar este texto, escrevi o nome dela como “Chatharine”, vão vendo). :)
A Carol,
muito linda, dizia que lia o blog por causa das minhas histórias: eu abri um
sorriso largo quando li isso, me senti super lisonjeada e feliz – obrigada, querida.
<3
Eu imagino
que nem todo mundo tenha vontade de ler as histórias, eu mesma, quando ainda
tinha tempo de ler blogs de comida (muitos anos atrás) nem sempre lia as
histórias todas, dependia muito de quem estava escrevendo e o assunto do post.
Mas achei uma atitude tão mesquinha e cretina a da Catharine, pois se ela quer
só a receita é só rolar a página até encontrá-la: não vai cair o dedo. Não
precisa fazer post grosseiro no Twitter, dando um “conselho” que, na verdade,
ninguém pediu.
O que me
conforta é o tanto de comentário que ela recebeu de volta, de pessoas argumentando
com educação (ao contrário da própria) sobre o quanto ela estava sendo egoísta,
pois muitos blogueiros recebem dinheiro dos anúncios nas páginas, e que ela
estava reclamando de um conteúdo incrível postado na internet totalmente DE GRAÇA.
Amei que teve gente falando pra ela comprar livros de receita para apoiar
escritores, alguns disseram pra ela então gastar dinheiro em uma assinatura de
revista de receitas, enquanto outros falaram para ela acessar sites como o Epicurious.
Aquele quentinho
no coração de que ainda existe gente sensata nesse mundo doido. Alegria
pensando que se eu conseguir terminar o meu livrinho e publicá-lo, vai ter gente
lendo as histórias da minha vida com prazer.
Pensando em
tudo isso, fiz um chá bem gostoso, sentei em frente ao computador e escrevi
este post, e juntei a ele a receita de uns cookies deliciosos que fiz para
levar para o trabalho tempos atrás. Sei que nem todo mundo vai ler o post em si
e vai rolar direto para a receita, e tudo bem. Vai ter gente que vai ler o
post, vai ter gente que vai ver só a receita, vai ter gente que vai fazer os
cookies em casa e vai me marcar nas redes – todas as opções me deixam feliz. Se
você ainda passa pelo meu cantinho depois de quase dezesseis anos nessa
internet de meu deos (cheguei aqui quando era tudo mato!), muito obrigada –
tenha certeza de que eu aprecio cada minuto que você passa por aqui. xx
Cookies com gotas de
chocolate e castanha de caju com farinha de centeio
receita minha
- xícara medidora de 240ml
¾ xícara
(105g) de farinha de trigo
½ xícara
(70g) de farinha de centeio fina - pode ser substituída por farinha de trigo integral
½ colher
(chá) de bicarbonato de sódio
1/8 colher
(chá) de canela em pó
¼ colher
(chá) de sal
½ xícara
(113g) de manteiga sem sal, temperatura ambiente
¼ xícara
(50g) de açúcar cristal
½ xícara
(88g) de açúcar mascavo claro – aperte-o na xícara na hora de medir
1 ovo
grande, temperatura ambiente
½ colher
(chá) de extrato de baunilha
2 colheres
(chá) de Frangelico (opcional)
1 xícara
(175g) de gotas de chocolate amargo ou meio amargo – chocolate picado também
funciona; se desejar, aumente um pouco a quantidade de chocolate para decorar
os topos dos biscoitos antes de assar
2/3 xícara
(93g) de castanhas de caju torradas sem sal, picadas – meça, depois pique
Em uma
tigela média, misture bem com um batedor de arame a farinha de trigo, a farinha
de centeio, o bicarbonato de sódio, a canela e o sal. Reserve.
Na tigela
da batedeira, junte a manteiga e os açúcares e bata em velocidade médio-alta
até obter um creme claro – raspe as laterais e o fundo da tigela algumas vezes
durante todo o preparo da receita.
Junte o ovo
e bata bem. Junte a baunilha e o Frangelico e bata.
Com a
batedeira desligada, junte os ingredientes secos e então misture em velocidade
mínima, somente até uma massa se formar. Desligue a batedeira e incorpore o
chocolate e as castanhas de caju usando uma espátula de silicone.
Separe
porções de 2 colheres (sopa) niveladas de massa por cookie e coloque em uma
assadeira forrada com papel manteiga – como a massa ainda vai para a geladeira,
as bolinhas podem ficar próximas umas das outras. Se quiser, decore o topo de
cada cookie com um pedacinho de chocolate.
Leve à
geladeira por 1 hora e, se quiser, pode refrigerar por até 24 horas.
Preaqueça o
forno a 180°C. Forre duas assadeiras grandes com papel manteiga.
Arrume as
porções de massa nas formas preparadas, deixando 5cm entre uma e outra.
Asse por
13-15 minutos ou até que comecem a dourar nas extremidades. Retire do forno,
deixe esfriar nas assadeiras por 5 minutos, e então deslize o papel com os
cookies para uma gradinha. Deixe esfriar completamente.
Os cookies
podem ser guardados em um recipiente hermético em temperatura ambiente por até
5 dias. As bolinhas de massa crua podem ser congeladas por até 2 meses –
congele em aberto, e então transfira para um saquinho plástico.
Rend.:
cerca de 22 cookies
sexta-feira, novembro 26, 2021
Brownies com chocolates amargo e branco e cranberries, costas travadas e um post do Instagram que me fez pensar
Dias atrás travei as costas e o pescoço do lado esquerdo e mal conseguia me mexer: era tanta dor que as lágrimas escorriam, mesmo eu não querendo chorar. Não conseguia ficar sentada de jeito nenhum, quando deitava e encontrava uma posição mais agradável virava uma estátua – a estátua do Quasímodo.
Por isso, fiquei off das redes sociais por uns 4 dias, mais ou menos, e confesso que não senti falta – achei que sentiria, mas não. Engraçado, né? O Instagram e o Twitter foram companheiros muito próximos durante toda a pandemia e o período de isolamento, e cheguei até mesmo a fazer algumas lives, mas hoje não me vejo assim tão dependente das redes sociais, sabe-se lá até quando.
Tem hora que o Instagram enche o saco, mas também tem hora que aparece um post que chama a atenção, faz a gente pensar. Sigo uma mulher maravilhosa chamada Larissa Guerra e ela escreveu tempos atrás sobre uma viagem à praia e sobre a aceitação do seu próprio corpo, contando que por muito tempo se privou de fazer coisas prazerosas por causa de neuras sobre sua aparência. Ao ler as palavras da Lari, mil sinos começaram a tocar na minha cabeça, e se você é mulher certamente na sua também. Quantas vezes deixamos de fazer o que gostamos por conta de cobranças com nosso corpo, com o peso? Quantas vezes deixamos de usar biquini por causa da barriga, ou shorts por causa das celulites nas pernas? Desde muito jovens somos expostas a esse tipo de cobrança, essa exigência de ter um corpo “perfeito” de acordo com o padrão estabelecido. Nossos corpos são inadequados, logo a gente tenta se enfiar dentro do quadradinho para sermos aceitas, para sermos amadas. E isso tudo eu digo sendo mulher cis e branca, porque para outras minorias a situação é muito pior: mulheres negras, mulheres trans... Nem posso imaginar pelo que elas passam.
Fiquei pensando nisso outro dia, quando comentei com uma colega que não fazia mais receitas doces, pois somos só dois e o João não é muito de doces – assim que terminei a frase, pensei em como eu estava reproduzindo o discurso que quero tanto destruir. É claro que eu não vou viver à base de sobremesas, porque não é essa a ideia: quero sim, comer meus vegetais, legumes e frutas, meu feijão com arroz. Mas também quero comer minha pizza com uma taça de vinho sem ficar pensando “ai meu deos, a calça jeans vai ficar apertada”. Quero sim, fazer um docinho quando der vontade, sem ficar calculando milimetricamente quantos pedaços o João vai comer e quantos eu vou comer. Quero fazer um brownie, e se não puder dividir com o pessoal do escritório, como fazia antigamente, não tem problema.
A receita que trago hoje é bem antiga, foram brownies que fiz e levei para o escritório uma semana antes do lockdown no ano passado: é uma variação desta receita aqui, que é ótima e rende super bem: eu não tinha gostado muito da foto e acabei não publicando à época. Este brownie foi preparado com o pessoal do trabalho em mente, todos eles adoraram e fiquei bem feliz com isso. Entretanto, da próxima vez que der vontade de comer uma sobremesa gostosa, um brownie ou uns cookies, não vou espera voltar ao escritório: faço meia receita, ¼ de receita, mas faço – sem achar que o meu valor está na minha aparência ou no tamanho do meu jeans.
Ah, aproveitando: a Larissa também tem um podcast excelente
chamado “Donas da P* Toda” – vale muito a pena ouvir.
Brownies com chocolates amargo e branco e cranberries
adaptados destes brownies
- xícara medidora de 240ml
150g de chocolate meio amargo, picadinho ou em gotas – usei
um com 53% de cacau
¾ xícara (170g) de manteiga sem sal, temperatura ambiente e
picada
1 ½ xícaras (300g) de açúcar cristal ou refinado
3 ovos grandes, temperatura ambiente
2 colheres (chá) de extrato de baunilha
½ xícara (70g) de farinha de trigo
¾ xícara (75g) de farinha de castanha de caju – pode ser
trocada por farinha de outras oleaginosas; o sabor não influencia muito, a
farinha de oleaginosas serve para deixar os brownies bem úmidos
1 colher (sopa) de cacau em pó, sem adição de açúcar,
peneirado – meça, depois peneire
¼ colher (chá) de canela em pó
½ colher (chá) de sal
100g de chocolate amargo (70% de cacau) picado ou em gotas
70g de chocolate branco, picado ou em gotas
½ xícara (70g) de cranberries secas, picadas se forem
graúdas
Preaqueça o forno a 180°C. Unte levemente com manteiga uma forma de metal retangular de 20x30cm, forre-a com papel alumínio deixando sobras em dois lados opostos e unte o papel também.
Em uma tigela refratária grande, junte o chocolate meio amargo (150g) e a manteiga e leve ao banho-maria (em fogo baixo, sem deixar o fundo da tigela tocar a água) até que os ingredientes derretam. Retire do fogo e deixe esfriar. Acrescente o açúcar e misture com um batedor de arame. Junte os ovos, um a um, e misture bem com o batedor. Junte a baunilha.
Adicione a farinha de trigo, a farinha de castanha de caju,
o cacau, a canela e o sal e incorpore-os usando uma espátula de silicone,
misturando até obter uma massa homogênea. Incorpore o chocolate amargo, o
chocolate branco e as cranberries. Espalhe na forma preparada e alise a
superfície. Asse por 25-30 minutos ou até que um palito inserido no centro do
brownie saia com migalhas úmidas. Deixe esfriar completamente na forma sobre
uma gradinha.
Corte em quadradinhos para servir.
Rend.: 24 unidades
quarta-feira, agosto 18, 2021
Bolo de iogurte, geleia de framboesa e amêndoa e mais um monte de coisas
Depois do post escrito na força do ódio da semana passada, quero hoje escrever sobre pequenas alegrias e prazeres, e alguns deles podem até parecer tolos, mas que tem me ajudado a não ficar desgraçada da cabeça vivendo uma pandemia descontrolada em um país desgovernado e a um passo de um golpe.
Percebam que eu tentei fazer um post mais alegrinho, né? Mas sendo brasileira o máximo que a gente consegue são algumas palavras de amor antes de ficar revoltada tudo de novo.
Tempos atrás comprei uns moletons pela internet, torcendo muito para que servissem quando chegassem – não tenho o hábito de comprar roupas online porque acertar o tamanho sem provar é um desafio para mim. Os moletons serviram e nestes dias gelados em São Paulo tem sido meus melhores amigos no home office.
Comprei alguns chás de sabores diferentes e eles tem alegrado as minhas tardes – sempre tomei bastante chá, mesmo no calor (daí tomo frio), mas provar coisas diferentes acaba sendo um agrado especial em tempos de distanciamento social e vários dias em casa.
Fiz o curso “Escrever Sem Medo” da minha musa linguística, a maravilhosa Jana Viscardi, e também o curso de escrita criativa da Aline Valek (outra maravilhosa) no site da Domestika, e foram tão bons! Uma oxigenação no meu cérebro cansado da mesma rotina – a vontade de escrever voltou, o que me dá muita alegria. Meus caderninhos vão se enchendo, documentos no Word vão pipocando aqui e ali... Criatividade me movendo em dias que nem sempre dá vontade de seguir o roteiro levantar da cama, trabalhar, almoçar, malhar, tomar banho, dormir, pra começar tudo de novo no dia seguinte.
E falando em criar,
bolei outra versão do agora querido também por vocês do bolo de iogurte do
Epicurious: a inspiração de juntar amêndoa e framboesa veio da combinação de
sabores clássica da Bakewell slice, receita que publiquei aqui há dez anos. O
bolo ficou super gostoso, e achei que fotogênico também – vocês não acham? :)
Bolo de iogurte, geleia
de framboesa e amêndoa
adaptado, novamente,
do bolo de iogurte do Epicurious
- xícara medidora de
240ml
1 ½ xícaras (210g) de
farinha de trigo
2 colheres (chá) de
fermento em pó
¼ colher (chá) de
canela em pó
¼ colher (chá) de sal
¾ xícara + 2 colheres
(sopa) - 175g - de açúcar, cristal ou refinado
¾ xícara (180g) de
iogurte natural integral – 1 potinho de 170g também funciona
½ xícara (120ml) de
óleo vegetal – usei de canola
2 ovos grandes,
temperatura ambiente
½ colher (chá) extrato
de baunilha
2 colheres (chá) de Amaretto
(opcional – intensifica o sabor de amêndoa)
4 colheres (sopa) de geleia
de framboesa
3 colheres (sopa) de
amêndoas em lâminas
Preaqueça o forno a 180°C. Pincele levemente com óleo uma forma de bolo inglês com capacidade para 6 xícaras de massa (1 litro e meio), forre com papel manteiga deixando sobras nos dois lados mais longos, formando “alças” que vão lhe ajudar a remover o bolo depois de assado. Pincele o papel com óleo também.
Em uma tigela média, peneire a farinha, o fermento, a canela e o sal. Reserve.
Em uma tigela grande, junte o açúcar, o iogurte, o óleo, os ovos, a baunilha e o Amaretto e misture usando um batedor de arame, até obter uma massa homogênea. Com uma espátula de silicone, incorpore os ingredientes secos – se a massa ficar muito engrumada, misture levemente com o batedor de arame, mas não bata demais para não desenvolver o glúten da farinha. Despeje a massa na forma preparada e alise a superfície.
Espalhe as colheradas de geleia sobre o bolo, com jeitinho para que não afundem demais, e então espalhe por toda a superfície da massa. Salpique as amêndoas sobre a geleia, e não se esqueça dos cantinhos.
Asse por 50-55 minutos ou até que o bolo cresça e doure (faça o teste do palito). Deixe esfriar na forma sobre uma gradinha por 15 minutos, e então remova com cuidado da forma, usando o papel como guia. Transfira para a gradinha e deixe esfriar completamente.
O bolo pode ser guardado em um recipiente hermético por até 4 dias – aqui em casa, como estava frio, 4 dias depois o bolo ainda continuava em perfeitas condições; se estiver muito quente onde você mora, guarde na geladeira depois de 1-2 dias para que não embolore.
Rend.: 8 porções
domingo, julho 04, 2021
Bolo de iogurte, pistache e limão siciliano para um blog debutante
Já faz alguns meses que andava pensando no que faria para comemorar o aniversário do TK – não é todo dia que um blog debuta! Quinze anos são uma trajetória e tanto!
Queria fazer um bolo de camadas, pois há séculos não faço nada parecido. Mas, ao mesmo tempo, não queria desperdício, e um bolo desses, só pra duas pessoas, sendo que uma delas não é chegada a doces não seria uma ideia tão boa.
Continuei pensando, e o tempo foi passando. “Ah, vou acabar não fazendo nada, até mesmo por falta de tempo”.
Semana passada eu estava no mercado e dei de cara com limões sicilianos com um preço muito bom: estavam bonitos, bem amarelinhos – separei alguns e coloquei no carrinho. Havia meses que não trazia limões sicilianos para casa, pois estavam caros demais. Continuei com as compras, lista na mão.
Em direção à geladeira para pegar iogurte e manteiga, passei pelo corredor dos ingredientes naturebas – de longe, uma etiqueta vermelha chamou a minha atenção. Na prateleira de farinhas diferentonas – de grão-de-bico, de amêndoa, de teff – a caixinha de farinha de pistache estava baratinha, pois estava a data de vencimento estava próxima. Eu sempre ficava de olho naquela farinha, mas era muito cara e eu me negava a comprar.
“Só pode ser um sinal”, pensei. Dois ingredientes que amo, por um preço decente, na semana anterior ao aniversário do blog. “Vou fazer um bolo simples, porém delicioso, para comemorar os quinze anos do TK”.
Saiu este bolo de limão siciliano e pistache, que ficou com um sabor maravilhoso e uma textura incrível – lembrou demais marzipã, apesar de não ser de amêndoa. Bem úmido, macio, saboroso, foi devorado nas poucas tardes geladas que tivemos ultimamente em São Paulo: João com seu espresso, eu com meu chá de hortelã.
Com este bolo simples de fazer, mas com sabores muito especiais para mim, comemoro quinze anos de receitas, posts, desabafos, histórias de família. Coisas engraçadas, tristezas, lambadas da vida que dividi com vocês.
Muito obrigada pela companhia tão querida por tanto tempo – saibam que trago comigo com carinho os comentários, e-mails, fotos nas redes sociais, mensagens, respostas à minha newsletter. <3
Bolo de iogurte, pistache e limão siciliano
um nadinha adaptado do
Epicurious, de novo!
- xícara medidora de 240ml
Bolo:
1 ¼ xícaras (175g) de
farinha de trigo
½ xícara (50g) de
farinha de pistache – use a farinha de oleaginosa que preferir
2 colheres (chá) de
fermento em pó
¼ colher (chá) de sal
1 xícara (200g) de
açúcar, cristal ou refinado
raspas da casca de 2
limões sicilianos
¾ xícara (180g) de
iogurte natural integral – 1 potinho de 170g também funciona
½ xícara (120ml) de
óleo vegetal – usei de canola
2 ovos grandes,
temperatura ambiente
1 colher (sopa) de Cointreau
– opcional
½ colher (chá) extrato
de baunilha
Para polvilhar:
1 colher (sopa) de açúcar cristal ou demerara - aqui, o refinado não funciona, pois é muito fininho. Se não tiver os outros açúcares em casa, pule esta etapa da receita
Preaqueça o forno a 180°C. Pincele levemente com óleo uma forma de bolo inglês de 22x11cm, com capacidade para 6 xícaras de massa (1 litro e meio), forre com papel manteiga deixando sobras nos dois lados mais longos, formando “alças” que vão lhe ajudar a remover o bolo depois de assado. Pincele o papel com óleo também.
Em uma tigela média, peneire juntos a farinha de trigo, a farinha de pistache, o fermento e o sal – se a farinha de pistache estiver empedrada (a minha estava um pouco), passe pela peneira apertando com uma espátula de silicone. Reserve.
Em uma tigela grande, junte o açúcar e as raspas de limão siciliano e esfregue com as pontas dos dedos até o açúcar aromatizar. Junte o iogurte, o óleo, os ovos, o suco de limão, Cointreau e a baunilha e misture usando um batedor de arame, até obter uma massa homogênea. Com uma espátula de silicone, incorpore os ingredientes secos – se a massa ficar muito engrumada, misture levemente com o batedor de arame, mas não bata demais para não desenvolver o glúten da farinha.
Despeje a massa na
forma preparada e alise a superfície. Salpique o açúcar de maneira uniforme
sobre o topo da massa.
Asse por 50-55 minutos ou até que o bolo cresça e doure (faça o teste do palito). Deixe esfriar na forma sobre uma gradinha por 15 minutos, e então remova com cuidado da forma, usando o papel como guia. Transfira para a gradinha e deixe esfriar completamente.
O bolo pode ser guardado em um recipiente hermético por até 4 dias.
Rend.: 8-10 fatias
terça-feira, março 09, 2021
Bolo formigueiro de iogurte, amêndoa e limão e um dia atípico
Depois de meses sem fazer um bolinho para o café, senti uma vontade enorme preparar uma receita nova, bem gostosa, para alegrar a tarde chuvosa de sexta-feira.
Em um dia atípico, acordei com uma disposição que havia muito tempo não sentia: levantei cedinho, liguei o
forno, bati a massa do bolo e, enquanto ele assava e perfumava minha casa,
escrevi uma newsletter nova com bastante carinho (se você quiser receber as
minhas cartinhas, clique aqui e se inscreva). Eram pouco mais de seis da manhã
e a luz entrando pela varanda me dava energia.
Enquanto escolhia as receitas a serem enviadas e preparava o texto, um bem-estar tomou conta de mim e foi como um bálsamo: não me lembrava mais de quando havia me sentido daquele jeito pela última vez, especialmente quando o assunto envolvia comida, receitas. A sensação era tão gostosa que, se eu pudesse, a teria guardado em um potinho.
Ao tirar o bolo do forno, tão lindo e dourado, torci para que ficasse gostoso, não somente para o nosso café da tarde, mas também para dividir com vocês a receita. Desenformei o bolo e deixei esfriando na bancada. Horas depois, cortei uma fatia e provei: estava realmente delicioso. Minha cabeça, que anda tão cansada, imediatamente já começou a pensar na foto, em qual tecidinho eu usaria, quais cores combinariam mais com o bolo. Abri meu armário de louças e fui bolando o que me agradaria mais. Preparei tudo, tirei as fotos, e novamente aquela sensação gostosa voltou. Se eu pudesse, transformaria aquela sensação em uma vela perfumada.
De coração quentinho, com bolo gostoso para o café e um dia bastante produtivo, por um momento me senti como a Patricia de outras épocas. Espero que ela apareça por aqui vez ou outra – eu estava com saudade.
Bolo formigueiro de
iogurte, amêndoa e limão
um nadinha adaptado do Epicurious, de novo!
- xícara medidora de 240ml
180g de farinha de
trigo
45g de farinha de amêndoa
– use a farinha de oleaginosa que preferir
2 colheres (chá) de
fermento em pó
¼ colher (chá) de sal
1 xícara (200g) de
açúcar, cristal ou refinado
raspas da casca de 2
limões taitis grandes
¾ xícara (180g) de
iogurte natural integral
½ xícara (120ml) de
óleo vegetal – usei de canola
2 ovos grandes,
temperatura ambiente
1 colher (sopa) de Amaretto
– opcional
1 colher (sopa) de
suco de limão
½ colher (chá) extrato
de baunilha
3 colheres (sopa) de chocolate granulado
Preaqueça o forno a 180°C. Pincele levemente com óleo uma forma de bolo inglês com capacidade para 6 xícaras de massa (1 litro e meio), forre com papel manteiga deixando sobras nos dois lados mais longos, formando “alças” que vão lhe ajudar a remover o bolo depois de assado. Pincele o papel com óleo também.
Em uma tigela média, misture com um batedor de arame a farinha de trigo, a farinha de amêndoa, o fermento e o sal. Reserve.
Em uma tigela grande, junte o açúcar e as raspas dos limões e esfregue com as pontas dos dedos até que o açúcar fique aromatizado. Junte o iogurte, o óleo, os ovos, o Amaretto (se usar), o suco de limão e a baunilha e misture usando um batedor de arame, até obter uma massa homogênea. Com uma espátula de silicone, incorpore os ingredientes secos, deixando 1 colher (sopa) deles reservada para envolver o granulado – se a massa ficar muito engrumada, misture levemente com o batedor de arame, mas não bata demais para não desenvolver o glúten da farinha. Acrescente o granulado aos ingredientes secos reservados, misture bem para envolvê-los, e então junte tudo à massa e misture.
Despeje a massa na forma preparada e alise a superfície. Asse por 50-55 minutos ou até que o bolo cresça e doure (faça o teste do palito). Deixe esfriar na forma sobre uma gradinha por 15 minutos, e então remova com cuidado da forma, usando o papel como guia. Transfira para a gradinha e deixe esfriar completamente.
O bolo pode ser guardado em um recipiente hermético por até 3 dias.
Rend.: 8 porções
terça-feira, outubro 27, 2020
Pesto de espinafre e amêndoa e o meu sumiço
Queridas e queridos, como vocês estão?
Faz tempo que não dou
as caras por aqui – ando bem ocupada com o trabalho (trabalhando muito, mas
feliz!) e também tentando retomar os hábitos saudáveis de antes da pandemia.
Voltei a me exercitar, em casa mesmo, e a frequência está tão boa que ando me
sentindo a Madonna. :)
Não tem me sobrado muito tempo para fazer receitas novas ou para escrever aqui no blog.
Por outro lado, a newsletter continua firme e forte, e todas as sextas envio minha cartinha, escrita com amor e carinho – se você também quiser receber, clique aqui para se inscrever.
Tenho algumas poucas receitas antigas ainda guardadas, como o brownies que postei tempos atrás, e o molho de hoje: gosto demais de pesto, acho que combina bem com tanta coisa! Gosto de esparramar por aí, não só no macarrão: levanta o astral do frango e do peixe, vai bem na pizza, na bruschetta.
O pesto de hoje leva
espinafre, que tem um sabor marcante, e um pouco de manjericão para equilibrar.
Se não tiver amêndoa em casa, use nozes ou castanha de caju.
Pesto de espinafre e
amêndoa
receita minha
- xícara medidora de
240ml
3 xícaras de espinafre
– aperte as folhas na xícara na hora de medir
¼ xícara de folhas de
manjericão – aperte as folhas na xícara na hora de medir
½ xícara de amêndoa,
com ou sem pele
¾ xícara de parmesão
ralado grosseiramente
1 dente de alho
pequeno, picado
100ml de azeite de
oliva extra virgem
sal e pimenta do reino moída na hora
Aqueça uma panela
grande com água em fogo alto. Tenha pronta uma tigela com água fria e gelo.
Quando a água da panela ferver, junte o espinafre e cozinhe apenas por alguns
segundos, até que murche – com uma escumadeira, retire o espinafre da água
fervente e transfira para a tigela com água gelada.
Escorra toda a água do espinafre e aperte-o em uma peneira, para extrair o excesso de água. Transfira para o liquidificador ou processador de alimentos. Junte os ingredientes restantes e pulse/processe até obter um molho homogêneo – se a mistura estiver espessa demais, junte um pouco de água fria, aos poucos, e vá batendo.
Despeje o pesto no macarrão e misture – ao preparar o macarrão, separe um pouco da água do cozimento e use-a para soltar o molho se ficar espesso demais depois de misturado ao macarrão.
Rend. 5 porções (500g
de macarrão)