Ando numa fase de pães (acho que vocês devem ter percebido).
Quando era adolescente, tinha um pouco de preguiça de usar fermento biológico. Demorava muito pra chegar ao resultado da receita. Acabava fazendo mais bolos.
Tempos depois, quando ainda era solteira, fui perdendo a preguiça e muitas vezes fiz esfiha em casa. Era uma missão hercúlea, porque à medida que eu ia tirando as formas do forno, meu irmão ia comendo todas as esfihas. Não estou exagerando, não. Todas, mesmo. E a minha irmã caçula ia no embalo dele. Ao final do trabalho, era olhar pro lado e encontrar 4, 5 esfihas sobrando.
Esta semana fui ao mercado e, em casa, enquanto guardava alguns alimentos na geladeira, notei que ainda tinha 1 quadradrinho de fermento fresco. E que ele iria vencer naquele dia. Como não gosto de jogar nada fora, comecei a pensar em alguma receita para poder usá-lo. É claro que a idéia de ter um pão fresquinho para o café da manhã no outro dia também me incentivou.
Procurei pela farinha de trigo no armário e, ao pegar o pacote, li o nome da receita que estava impressa nele: "pão de cenoura". Na hora imaginei um pão cor de laranja saindo do forno. Já havia testado uma receita de pão de cenoura uma vez, mas não gostei do resultado. Resolvi tentar novamente.
A massa é super molinha, usei só um pouquinho a mais de farinha de trigo do que a receita pede inicialmente - as cenouras que usei eram bem suculentas.
Assim que termina de amassar, você já modela os pães e aí, sim, deixa a massa crescer.
Depois de uns 40 minutos, a minha massa não tinha crescido quase nada. Como já eram mais de 10 horas da noite, pré-aqueci o forno e assei o pão assim mesmo.
Ele dobrou de volume enquanto assava.
O resultado foi um pão bem úmido, da cor que eu imaginava que seria. Não tão macio quanto o pão de mandioquinha, mas também gostoso. Quentinho, com manteiga, ficou delicioso. Além disso, é mais uma forma de consumir vegetais, o que acho sempre válido.
Se você gosta de pães mais secos, talvez não vá gostar deste.
Fiz metade da receita, mas vou postá-la inteira aqui:
Pão de cenoura
15g de fermento biológico
60g de açúcar
500g de cenouras cozidas
40g de manteiga ou margarina
3 colheres (sopa) de óleo
1 pitada generosa de sal
3 ovos
480g de farinha de trigo
Amasse o fermento com o açúcar até obter uma pastinha. Reserve.
Bata no liquidificador a cenoura, a manteiga, os ovos, o óleo e o sal. Despeje na tigela com o fermento e misture.
Vá juntando a farinha aos poucos e mexendo para formar uma massa uniforme. Acrescente mais farinha, se necessário (cuidado para não exagerar. O seu pão pode ficar duro).
Coloque a massa numa superfície polvilhada com farinha e sove. Modele os pães como desejar e coloque numa forma untada.
Cubra com um paninho de prato e deixe crescer até dobrar de volume.
Leve para assar em forno pré-aquecido (180ºC), por cerca de 30 minutos, ou até que doure.
Rend.: com meia receita, obtive um filão de 600g.
quinta-feira, agosto 17, 2006
segunda-feira, agosto 14, 2006
Cinnamon rolls
Semana passada estava com uma vontade louca de fazer um bolo. Porém, não conseguia escolher o sabor. Às vezes, sou muito indecisa.
Peguei umas receitas lindas da Valentina, estava de olho num bolo de iogurte que ela fez. Só que ao chegar em casa vi que não tinha fermento em pó suficiente. Que desespero, ai, ai. Imagina, uma boleira sem fermento em casa. Shame, shame, shame.
Lembrei que tinha fermento seco para pães e fui procurar uma receita para poder usá-lo. Depois de revirar uma pilha de papéis, encontrei a receita de Cinnamon Rolls da Akemi. Fui correndo pra cozinha.
Ela avisara que a massa era um pouco grudenta. Mas eu comecei a ficar (levemente) preocupada quando a massa grudou todinha no granito. Eu sovava, sovava, e a danada grudava nas minhas mãos. E na espátula. :(
Akemi, querida, não fique brava, mas até considerei a possibilidade de jogar tudo fora. Achei que eu tivesse feito algo errado no processo. Estava cismada com as medidas em gramas dos ingredientes líquidos.
Além disso, Law & Order SVU já ia começar e eu ainda estava lutando com a massa. Precisava correr.
Depois de sovar bastante ela começou a se desgrudar das minhas maos e, depois, da pia. Ufa, que alívio.
Foi a primeira vez que usei fermento seco para pães e confesso: não colocava muita fé no produto. Depois de 1 hora, fui olhar a massa e notei que havia crescido bem.
Mas a minha grande surpresa foi na segunda vez em que deixei a massa para crescer: por causa do jeito que enrolei a massa, obtive rolls meio magrinhos, pobrinhos mesmo. Só que eles cresceram tanto que ficaram juntinhos dentro da forma.
Queimei a língua. O tal fermento funciona muito bem.
Não tinha cream cheese em casa, então deixei meus rolinhos sem cobertura. Mas recomendo fazer - cliquem aqui e vejam como ficaram lindos os rolls da Akemi. Iguaizinhos aos que compramos nos shoppings.
Vou postar a receita já dobrada, que rendeu a forma retangular cheia.
Cinnamon rolls
Massa:
400g de farinha de trigo
32g de açúcar
6g de sal
60g de margarina
180g de leite
64g de ovo
8g de fermento seco para pão
40g de água morna
Recheio:
50g de açúcar mascavo
8g de canela em pó
uma pitada generosa de noz moscada
margarina amolecida para espalhar na massa - cerca de 2 colheres (sopa)
Cobertura:
70g de margarina
30g de cream cheese
40g de açúcar
algumas gotas de essência de baunilha
Coloque numa tigela a farinha, o açúcar, o sal, a margarina e o ovo batido com o leite. Dissolva o fermento na água morna e coloque na tigela também. Misture com colher de pau até absorver toda a farinha. Jogue a massa numa superfície e vá sovando e batendo a massa na mesa até ficar uma massa lisa e homogênea.
No começo não estranhe se ficar tudo grudado na mesa e nas mãos. Não coloque mais farinha do que o pedido. Conforme vai sovando, a água vai se evaporando e a massa começa a desgrudar das mãos.Faça uma bola com a massa e feche bem as pontas formando um umbiguinho. Coloque a massa com o umbigo para baixo na tigela novamente. Cubra com filme plástico e deixe crescer em lugar abafado por cerca de uma hora ou até que dobre de volume.Depois disso, coloque a massa numa superfície enfarinhada e amasse gentilmente formando uma tira comprida. Use o rolo de massa para esticar até o tamanho de 9x40cm (aqui, você vai obter uma massa maior, por causa das quantidades que postei). Espalhe margarina amolecida na superfície da massa, deixando 5cm sem untar no final da massa. Misture o açúcar, a canela e a noz moscada e polvilhe em cima da margarina.
Enrole a massa gentilmente, sem puxar ou forçar. No final, aperte-a. Vai parecer um rocambole. Fatie a massa, formando os rolls. A cada fatia que eu cortava, escolhia o lado que ficava mais fechadinho e terminava de fechar com as pontas dos dedos - essa parte era colocada para baixo, em contato com a forma. Use uma forma untada.
Cubra com filme plástico e deixe crescer novamente. Essa segunda "crescida" da massa demorou uns 25 minutos.
Pincele com ovo (eu optei por não fazer isso) e leve para assar em forno pré-aquecido a 180ºC por 20 minutos ou até que doure.
Misture bem os ingredientes da cobertura e espalhe nos rolinhos ainda quentes.
quinta-feira, agosto 10, 2006
Filé com cogumelos
Domingo é um dia em que gosto de caprichar mais no almoço e fazer alguma comidinha diferente. Durante a semana é tudo tão corrido e na maioria das vezes faço o jantar em 30 minutos, uma coisa mais básica, mesmo.
O problema é que temos uma espécie de impasse em casa. Eu não gosto de carne vermelha, meu marido não é muito chegado a frango e peixe. Então, de vez em quando, um ou o outro cede um pouquinho e vou variando o cardápio e os tipos de carne.
Domingo passado fiz este filé com cogumelos. Tenho que ser sincera com vocês e dedurar o João: ele não comeu o molho. Só a carne e o brócolis. Eu provei tudo, mas confesso que não consegui gostar. Tento comer, tento gostar, mas não dá, é mais forte do que eu (clichês novelísticos à parte).
Ele adorou e repetiu. Eu preferi ficar com o arroz, brócolis e puxei os cogumelos pro meu prato.
Usei filé mignon, porque sou extremamente ignorante em se tratando de cortes de carne. Escolhi algo que com certeza ficaria macio. Pedi que o açougueiro fizesse medalhões, mais ou menos altos. Você pode optar por outra carne, se quiser.
Cozinhei as arvorezinhas de brócolis no vapor. Gosto porque ficam super verdinhas. Para variar, você pode aquecer uma panela com um pouco de azeite, dourar fatias bem finas de alho (cuidado para não dourar demais, senão elas ficam amargas) e passar rapidamente o brócolis (cozido, mas firminho). Fica ótimo também.
Fiz algumas alterações nos ingredientes, acabei descaracterizando um pouco a receita... Vou postá-la completa para vocês verem. Minhas mudanças estarão entre parênteses.
A receitinha saiu deste livro - é o segundo que compro da mesma coleção (o primeiro foi este aqui). Fotos em todas as receitas, todas mesmo. Deixa qualquer um com água na boca.
Ah, a pimentinha no prato foi idéia do João. Ele a colheu da nossa mini horta, olha que luxo. :D
Filé com cogumelos
4 xícaras de buquês de brócolis
225g de de vagem (não usei)
1 colher (sopa) de óleo vegetal
60g de manteiga
4 filés, com cerca de 2,5cm de espessura
3 dentes de alho, bem picadinhos
3 xícaras de cogumelos variados (usei só champignon)
2 colheres (sopa) de tomilho fresco picado (usei cebolinha)
120ml de xerez seco (usei vinho branco seco)
Tempere os filés com um pouquinho de sal (e pimenta, se gostar). Reserve.
Cozinhe o brócolis e a vagem em água fervente, por 3 a 4 minutos, até que estejam cozidos mas ainda crocantes.
Derreta 1 colher (sopa) da manteiga, junte o óleo e frite os filés, deixando-os de acordo com o seu gosto (mal-passados ou mais ao ponto). Coloque numa travessa e cubra com papel alumínio.
Na mesma panela, em fogo médio, adicione mais 1 colher de manteiga e refogue o alho e os cogumelos. Tempere a gosto. Cozinhe até os cogumelos ficarem macios. Adicione o tomilho e retire da panela.
Despeje o vinho na panela, algum suco que a carne reservada tenha soltado e mexa até "limpar" o fundo da panela. Deixe ferver, abaixe o fogo e deixe reduzir para 1/3 xícara, mais ou menos. O livro diz que o líquido fica um pouquinho mais espesso, mas não foi bem assim que aconteceu. O fundo da minha panela não tinha muitos resíduos da carne, acho que foi por isso que o molho ficou mais ralinho. Mesmo assim, ficou saboroso.
Junte o restante da manteiga, aos poucos - o molho ficará mais brilhante.
Para servir: coloque os filés nos pratos, cubra com os cogumelos e regue com o molho. Sirva com o brócolis e a vagem.
Rend.: 4 porções
O problema é que temos uma espécie de impasse em casa. Eu não gosto de carne vermelha, meu marido não é muito chegado a frango e peixe. Então, de vez em quando, um ou o outro cede um pouquinho e vou variando o cardápio e os tipos de carne.
Domingo passado fiz este filé com cogumelos. Tenho que ser sincera com vocês e dedurar o João: ele não comeu o molho. Só a carne e o brócolis. Eu provei tudo, mas confesso que não consegui gostar. Tento comer, tento gostar, mas não dá, é mais forte do que eu (clichês novelísticos à parte).
Ele adorou e repetiu. Eu preferi ficar com o arroz, brócolis e puxei os cogumelos pro meu prato.
Usei filé mignon, porque sou extremamente ignorante em se tratando de cortes de carne. Escolhi algo que com certeza ficaria macio. Pedi que o açougueiro fizesse medalhões, mais ou menos altos. Você pode optar por outra carne, se quiser.
Cozinhei as arvorezinhas de brócolis no vapor. Gosto porque ficam super verdinhas. Para variar, você pode aquecer uma panela com um pouco de azeite, dourar fatias bem finas de alho (cuidado para não dourar demais, senão elas ficam amargas) e passar rapidamente o brócolis (cozido, mas firminho). Fica ótimo também.
Fiz algumas alterações nos ingredientes, acabei descaracterizando um pouco a receita... Vou postá-la completa para vocês verem. Minhas mudanças estarão entre parênteses.
A receitinha saiu deste livro - é o segundo que compro da mesma coleção (o primeiro foi este aqui). Fotos em todas as receitas, todas mesmo. Deixa qualquer um com água na boca.
Ah, a pimentinha no prato foi idéia do João. Ele a colheu da nossa mini horta, olha que luxo. :D
Filé com cogumelos
4 xícaras de buquês de brócolis
225g de de vagem (não usei)
1 colher (sopa) de óleo vegetal
60g de manteiga
4 filés, com cerca de 2,5cm de espessura
3 dentes de alho, bem picadinhos
3 xícaras de cogumelos variados (usei só champignon)
2 colheres (sopa) de tomilho fresco picado (usei cebolinha)
120ml de xerez seco (usei vinho branco seco)
Tempere os filés com um pouquinho de sal (e pimenta, se gostar). Reserve.
Cozinhe o brócolis e a vagem em água fervente, por 3 a 4 minutos, até que estejam cozidos mas ainda crocantes.
Derreta 1 colher (sopa) da manteiga, junte o óleo e frite os filés, deixando-os de acordo com o seu gosto (mal-passados ou mais ao ponto). Coloque numa travessa e cubra com papel alumínio.
Na mesma panela, em fogo médio, adicione mais 1 colher de manteiga e refogue o alho e os cogumelos. Tempere a gosto. Cozinhe até os cogumelos ficarem macios. Adicione o tomilho e retire da panela.
Despeje o vinho na panela, algum suco que a carne reservada tenha soltado e mexa até "limpar" o fundo da panela. Deixe ferver, abaixe o fogo e deixe reduzir para 1/3 xícara, mais ou menos. O livro diz que o líquido fica um pouquinho mais espesso, mas não foi bem assim que aconteceu. O fundo da minha panela não tinha muitos resíduos da carne, acho que foi por isso que o molho ficou mais ralinho. Mesmo assim, ficou saboroso.
Junte o restante da manteiga, aos poucos - o molho ficará mais brilhante.
Para servir: coloque os filés nos pratos, cubra com os cogumelos e regue com o molho. Sirva com o brócolis e a vagem.
Rend.: 4 porções
terça-feira, agosto 08, 2006
Pão de mandioquinha
Tenho uma prima de segundo grau (prima do meu pai) que adoro. O nome dela é Soraia.
Passei vários finais de semana na casa dela na infância e adolescência, era sempre muito gostoso.
A mãe dela, minha tia Angélica, cozinha maravilhosamente bem. Foi com ela que aprendi a fazer meu primeiro bolo, pão-de-ló de fubá.
Minha prima tem três filhos (na época, ela só tinha dois) e costumava tratá-los com homeopatia. E uma vez fui com ela a uma farmácia de manipulação enorme - se não me falha a memória, era em Moema.
A farmácia era bem diferenciada: além dos remedinhos e cremes manipulados, havia também alimentos naturais e brinquedos educativos feitos em madeira (entre eles, uma casa de bonecas gigante pela qual eu tinha um enorme fascínio). Lá, minha prima comprou, algumas vezes, um pão de mandioquinha divino. Tinha o formato de pão de forma, aliás, vinha fatiado e embalado como tal, mas era incrivelmente macio e fofinho, amarelinho, delicioso. Impossível resistir. Se estivesse quentinho e com um pouquinho de manteiga espalhada por cima, então, era se segurar para não devorar tudo em questão de segundos.
Hoje é aniversário da Talita, uma das filhas da Sô, e ontem me lembrei destes momentos. Procurei na Internet uma receita, queria muito tentar reproduzir o saboroso pãozinho. Encontrei aqui.
Voltei no tempo saboreando este pão... :D
Fiz meia receita e gostei do rendimento. Obtive um filão de 560g e mais 4 pãezinhos redondos de 120g cada um.
A massa é boa para trabalhar, não fica grudenta. E também não me preocupei com o "ponto" do pão: a quantidade dada de farinha foi perfeita.
Depois do tempo de crescimento, achei que a massa não tinha crescido tanto quanto eu desejava. Mas quando coloquei os pãezinhos pra assar, eles aumentaram bastante de tamanho.
Não pincelei a massa com gema (esqueci, mesmo), mas achei que o pão ficou com uma cor dourada bonita, você decide se pincela ou não.
Tali, princesinha, se você estiver lendo, feliz aniversário e um beijo enorme, te adoro!
Pão de mandioquinha
90g de açúcar
200ml de óleo
50g de fermento biológico
4 ovos
500g de mandioquinha
1kg de farinha de trigo
sal - acho que 1/2 colher (chá) é suficiente
gema para pincelar
Cozinhe a mandioquinha, escoe, amasse e deixe esfriar. As minhas ficaram bastante tempo na pressão, quando as escorri já viraram um purê. Bem prático.
Bata no liqüidificador o açúcar, o óleo, o fermento e o ovos. Peneire a farinha numa tigela, faça uma cova no centro e despeje a mistura do liqüidificador e o purê de mandioquinha. Acrescente o sal e misture até a massa se desprender das mãos. Modele os pães da forma como desejar, coloque-os em uma forma untada e enfarinhada e deixe-os crescer por 45 minutos.
Leve ao forno pré-aquecido e asse a 180ºC até que dourem. Os meus demoraram uns 30 minutos para assar.
Rend.: um filão de 560g + 4 pãezinhos redondos de 120g cada um.
Passei vários finais de semana na casa dela na infância e adolescência, era sempre muito gostoso.
A mãe dela, minha tia Angélica, cozinha maravilhosamente bem. Foi com ela que aprendi a fazer meu primeiro bolo, pão-de-ló de fubá.
Minha prima tem três filhos (na época, ela só tinha dois) e costumava tratá-los com homeopatia. E uma vez fui com ela a uma farmácia de manipulação enorme - se não me falha a memória, era em Moema.
A farmácia era bem diferenciada: além dos remedinhos e cremes manipulados, havia também alimentos naturais e brinquedos educativos feitos em madeira (entre eles, uma casa de bonecas gigante pela qual eu tinha um enorme fascínio). Lá, minha prima comprou, algumas vezes, um pão de mandioquinha divino. Tinha o formato de pão de forma, aliás, vinha fatiado e embalado como tal, mas era incrivelmente macio e fofinho, amarelinho, delicioso. Impossível resistir. Se estivesse quentinho e com um pouquinho de manteiga espalhada por cima, então, era se segurar para não devorar tudo em questão de segundos.
Hoje é aniversário da Talita, uma das filhas da Sô, e ontem me lembrei destes momentos. Procurei na Internet uma receita, queria muito tentar reproduzir o saboroso pãozinho. Encontrei aqui.
Voltei no tempo saboreando este pão... :D
Fiz meia receita e gostei do rendimento. Obtive um filão de 560g e mais 4 pãezinhos redondos de 120g cada um.
A massa é boa para trabalhar, não fica grudenta. E também não me preocupei com o "ponto" do pão: a quantidade dada de farinha foi perfeita.
Depois do tempo de crescimento, achei que a massa não tinha crescido tanto quanto eu desejava. Mas quando coloquei os pãezinhos pra assar, eles aumentaram bastante de tamanho.
Não pincelei a massa com gema (esqueci, mesmo), mas achei que o pão ficou com uma cor dourada bonita, você decide se pincela ou não.
Tali, princesinha, se você estiver lendo, feliz aniversário e um beijo enorme, te adoro!
Pão de mandioquinha
90g de açúcar
200ml de óleo
50g de fermento biológico
4 ovos
500g de mandioquinha
1kg de farinha de trigo
sal - acho que 1/2 colher (chá) é suficiente
gema para pincelar
Cozinhe a mandioquinha, escoe, amasse e deixe esfriar. As minhas ficaram bastante tempo na pressão, quando as escorri já viraram um purê. Bem prático.
Bata no liqüidificador o açúcar, o óleo, o fermento e o ovos. Peneire a farinha numa tigela, faça uma cova no centro e despeje a mistura do liqüidificador e o purê de mandioquinha. Acrescente o sal e misture até a massa se desprender das mãos. Modele os pães da forma como desejar, coloque-os em uma forma untada e enfarinhada e deixe-os crescer por 45 minutos.
Leve ao forno pré-aquecido e asse a 180ºC até que dourem. Os meus demoraram uns 30 minutos para assar.
Rend.: um filão de 560g + 4 pãezinhos redondos de 120g cada um.
segunda-feira, agosto 07, 2006
Scones com gotas de chocolate
Não sei se é porque me formei tradutora, mas adoro procurar palavras no dicionário.
O problema é que sempre demoro muito porque, enquanto procuro determinada palavra, vou encontrando outras interessantes pelo caminho e não me contenho: leio todas.
Sabia que scones eram um tipo de pãozinho originário da Escócia. Mas achei melhor dar uma olhadinha no Oxford antes de postar. Lá dizia que eram pãezinhos achatados e macios, feitos de farinha de trigo e cevada, assados rapidamente. Até aí, nada muito extravagante.
O que me chamou a atenção foi o verbete anterior, "Scone" - assim mesmo, com letra maiúscula.
Scone era uma aldeia de Tayside, antiga capital da Escócia. E nesta vila havia uma pedra sobre a qual os reis escoceses eram coroados.
A pedra hoje está sob o trono da Abadia de Westminster, onde são coroados os monarcas ingleses.Achei muito interessante a história.
Imagine, uma pedra ser um símbolo tão especial, local de algo tão importante. Excalibur me veio à mente.
Acabei me lembrando de umas aulas deliciosas que tive na faculdade, com o Leandro Karnal.
Ele foi nosso professor de Cultura e Civilização Inglesas (no terceiro ano) e Cult. e Civ. Norte-Americanas (no quarto). Ele era hilário. O modo de falar de história nos fazia rir muito e memorizar um mundo de informação. Seus comentários nas provas e trabalhos eram, por vezes, um tanto ácidos.
Uma vez, uma colega respondeu uma questão em poucas linhas. Ele escreveu: "hum... que pobrinho..."
Ainda me recordo de muita coisa que aprendi nas aulas - que eram muito bacanas, apesar de ele arrancar nossas peles nas provas.
Infelizmente, esqueci bastante coisa também. Sabia de cor todas as dinastias, quem matou quem para subir ao trono, etc.
Para quem quiser conhecer o método único do Leandro, ele dá aulas na Casa do Saber, em São Paulo. Os cursos são meio caros, mas para quem gosta de História são um prato cheio (desculpem, mas não resisti ao trocadilho). :)
Os meus scones têm gotinhas de chocolate e a receita foi tirada daqui. Gostei da textura, bem macia.
Usei metade das gotas que a receita pede e achei mais do que suficiente. Vai depender do quão chocólatra você é.
Mesmo no dia seguinte ainda estavam gostosos (aquecidos no microondas).
Não coloquei a cobertura de açúcar e canela, para não ficar muito doce. Mas posto aqui para quem quiser provar.
Scones com gotas de chocolate
280g de farinha de trigo
50g de açúcar
1 1/4 colher (chá) de fermento em pó
1/4 colher (chá) de bicarbonato
1/4 colher (chá) de sal
115g de manteiga gelada e em cubinhos
90g de gotas de chocolate
1 colher (chá) de essência de baunilha
160ml de coalhada
Para pincelar os scones:
1 ovo (meio seria suficiente, mas...)
1 colher (sopa) de leite
Cobertura de canela:
50g de açúcar
1 colher (chá) de canela em pó
Pré-aqueça o forno a 200ºC. Forre uma assadeira com papel manteiga.
Numa tigela, misture a farinha, o açúcar, o fermento, o bicarbonato e o sal. Junte a manteiga e vá misturando com as pontas dos dedos, até tudo ficar com uma consistência de farelo grosso. Adicione as gotas de chocolate.
Misture bem a coalhada com a baunilha e despeje nos ingredientes secos. Misture até obter uma massa (não mexa demais).
Transfira-a para uma superfície enfarinhada e amasse 3 ou 4 vezes com as mãos. Todos os farelinhos que estavam na tigela vão grudar na massa e você vai ter uma bola.Modele-a em formato de disco, como uma pizza. O meu disco de massa tinha aprox. 20cm de diâmetro de uns 3,5cm de espessura.
Corte triângulos (como a foto abaixo), coloque-os na forma preparada e pincele com o ovo misturado ao leite.
Se você optar por usar a cobertura de canela, este é o momento. Misture a canela e o açúcar e salpique sobre os scones logo depois de pincelá-los com o ovo.
Leve ao forno por 20 minutos, aproximadamente, ou até que estejam dourados.
Rend.: 8 scones
O problema é que sempre demoro muito porque, enquanto procuro determinada palavra, vou encontrando outras interessantes pelo caminho e não me contenho: leio todas.
Sabia que scones eram um tipo de pãozinho originário da Escócia. Mas achei melhor dar uma olhadinha no Oxford antes de postar. Lá dizia que eram pãezinhos achatados e macios, feitos de farinha de trigo e cevada, assados rapidamente. Até aí, nada muito extravagante.
O que me chamou a atenção foi o verbete anterior, "Scone" - assim mesmo, com letra maiúscula.
Scone era uma aldeia de Tayside, antiga capital da Escócia. E nesta vila havia uma pedra sobre a qual os reis escoceses eram coroados.
A pedra hoje está sob o trono da Abadia de Westminster, onde são coroados os monarcas ingleses.Achei muito interessante a história.
Imagine, uma pedra ser um símbolo tão especial, local de algo tão importante. Excalibur me veio à mente.
Acabei me lembrando de umas aulas deliciosas que tive na faculdade, com o Leandro Karnal.
Ele foi nosso professor de Cultura e Civilização Inglesas (no terceiro ano) e Cult. e Civ. Norte-Americanas (no quarto). Ele era hilário. O modo de falar de história nos fazia rir muito e memorizar um mundo de informação. Seus comentários nas provas e trabalhos eram, por vezes, um tanto ácidos.
Uma vez, uma colega respondeu uma questão em poucas linhas. Ele escreveu: "hum... que pobrinho..."
Ainda me recordo de muita coisa que aprendi nas aulas - que eram muito bacanas, apesar de ele arrancar nossas peles nas provas.
Infelizmente, esqueci bastante coisa também. Sabia de cor todas as dinastias, quem matou quem para subir ao trono, etc.
Para quem quiser conhecer o método único do Leandro, ele dá aulas na Casa do Saber, em São Paulo. Os cursos são meio caros, mas para quem gosta de História são um prato cheio (desculpem, mas não resisti ao trocadilho). :)
Os meus scones têm gotinhas de chocolate e a receita foi tirada daqui. Gostei da textura, bem macia.
Usei metade das gotas que a receita pede e achei mais do que suficiente. Vai depender do quão chocólatra você é.
Mesmo no dia seguinte ainda estavam gostosos (aquecidos no microondas).
Não coloquei a cobertura de açúcar e canela, para não ficar muito doce. Mas posto aqui para quem quiser provar.
Scones com gotas de chocolate
280g de farinha de trigo
50g de açúcar
1 1/4 colher (chá) de fermento em pó
1/4 colher (chá) de bicarbonato
1/4 colher (chá) de sal
115g de manteiga gelada e em cubinhos
90g de gotas de chocolate
1 colher (chá) de essência de baunilha
160ml de coalhada
Para pincelar os scones:
1 ovo (meio seria suficiente, mas...)
1 colher (sopa) de leite
Cobertura de canela:
50g de açúcar
1 colher (chá) de canela em pó
Pré-aqueça o forno a 200ºC. Forre uma assadeira com papel manteiga.
Numa tigela, misture a farinha, o açúcar, o fermento, o bicarbonato e o sal. Junte a manteiga e vá misturando com as pontas dos dedos, até tudo ficar com uma consistência de farelo grosso. Adicione as gotas de chocolate.
Misture bem a coalhada com a baunilha e despeje nos ingredientes secos. Misture até obter uma massa (não mexa demais).
Transfira-a para uma superfície enfarinhada e amasse 3 ou 4 vezes com as mãos. Todos os farelinhos que estavam na tigela vão grudar na massa e você vai ter uma bola.Modele-a em formato de disco, como uma pizza. O meu disco de massa tinha aprox. 20cm de diâmetro de uns 3,5cm de espessura.
Corte triângulos (como a foto abaixo), coloque-os na forma preparada e pincele com o ovo misturado ao leite.
Se você optar por usar a cobertura de canela, este é o momento. Misture a canela e o açúcar e salpique sobre os scones logo depois de pincelá-los com o ovo.
Leve ao forno por 20 minutos, aproximadamente, ou até que estejam dourados.
Rend.: 8 scones
sexta-feira, agosto 04, 2006
Almôndegas à minha moda
Evito ao máximo fazer frituras em casa. Porque o cheiro e a fumaça tomam conta do apartamento inteiro, é um horror. Não há Liza que resolva.
Como agora também estou evitando comer coisas muito calóricas (não é sempre que consigo, a carne é fraca...), o forno se torna um ótimo aliado.
Em vez de fritar, opto por assar. Sempre que possível, faço a troca.
A receita que usei como base dizia para cozinhar as almôndegas no vapor. Por mais que eu esteja interessada em comidinhas light, carne moída no vapor é um pouco demais. :P
Vamos ser honestos: esse negócio de contar calorias é uma chatice. Não é à toa que as pessoas começam as dietas na segunda e na quarta já desistiram.
E, para piorar, entro aqui e aqui e fico babando nos doces das meninas... hum...
Cuidado ao entrar, porque elas são sádicas mesmo - a cada dia postam uma receita mais deliciosa do que a outra. Aviso que são altamente viciadoras ("viciantes" o Houaiss não permite).
Enfim... Vamos às almôndegas.
Formei bolinhas grandes com a massa, coloquei um pedacinho de bacon no meio, como recheio (a pedido do marido) e levei ao forno alto.
Depois de assadas, arrumei as almôndegas num refratário, cobri com molho de tomate e deixei no forno, desligado mesmo, só para manter o prato aquecido.
Está muito frio aqui por estes dias e os alimentos esfriam rápido demais.
Outra alteração que fiz foi passar as bolinhas na farinha de rosca antes de assar, pra tentar formar uma casquinha. Funcionou bem.
Se quiser, varie o recheio das almôndegas. Da próxima vez quero colocar um pedacinho de queijo e um de azeitona.
Almôndegas à minha moda
500g de carne moída (use a de sua preferência)
2 colheres (sopa) cheias de cebolinha picada
1 cebola média picada
2 dentes de alho amassados
1 ovo
2 colheres (sopa) de farinha de trigo
2 colheres (sopa) de azeite de oliva
sal a gosto
molho de tomate
Coloque todos os ingrendientes no processador e bata por 2 minutos, ou até obter uma pasta homogênea - o meu processador é pequenininho, então fiz uma pasta com a cebola, o azeite, o alho e o sal e misturei à carne numa tigela, juntando a farinha e o ovo. Misturei bem com as mãos (usei luvas plásticas, mania minha).
Não se assuste com a consistência da massa. A cebola que usei tinha bastante suco, então achei que a massa estava mole demais e que nunca ficaria no formato que eu queria. Ficou, sim.
Molde as bolinhas do tamanho que preferir. Se quiser, recheie as almôndegas.
Tentei fazer um tamanho médio, porque achei que muito pequenas iam ressecar no forno e muito grandes demorariam muito para assar, correndo o risco de não ficarem bem cozidinhas por dentro.
Coloque as almôndegas numa assadeira levemente untada (eu uso anti-aderente) e leve ao forno por cerca de 30 minutos.
Retire do forno, arrume-as numa travessa bonita e cubra com o molho de tomate. Se quiser, polvilhe queijo ralado. Mantenha-as aquecidas até a hora de servir.
Rend.: 10 almôndegas (as minhas tinham cerca de 5cm de diâmetro de 4cm de altura).
Como agora também estou evitando comer coisas muito calóricas (não é sempre que consigo, a carne é fraca...), o forno se torna um ótimo aliado.
Em vez de fritar, opto por assar. Sempre que possível, faço a troca.
A receita que usei como base dizia para cozinhar as almôndegas no vapor. Por mais que eu esteja interessada em comidinhas light, carne moída no vapor é um pouco demais. :P
Vamos ser honestos: esse negócio de contar calorias é uma chatice. Não é à toa que as pessoas começam as dietas na segunda e na quarta já desistiram.
E, para piorar, entro aqui e aqui e fico babando nos doces das meninas... hum...
Cuidado ao entrar, porque elas são sádicas mesmo - a cada dia postam uma receita mais deliciosa do que a outra. Aviso que são altamente viciadoras ("viciantes" o Houaiss não permite).
Enfim... Vamos às almôndegas.
Formei bolinhas grandes com a massa, coloquei um pedacinho de bacon no meio, como recheio (a pedido do marido) e levei ao forno alto.
Depois de assadas, arrumei as almôndegas num refratário, cobri com molho de tomate e deixei no forno, desligado mesmo, só para manter o prato aquecido.
Está muito frio aqui por estes dias e os alimentos esfriam rápido demais.
Outra alteração que fiz foi passar as bolinhas na farinha de rosca antes de assar, pra tentar formar uma casquinha. Funcionou bem.
Se quiser, varie o recheio das almôndegas. Da próxima vez quero colocar um pedacinho de queijo e um de azeitona.
Almôndegas à minha moda
500g de carne moída (use a de sua preferência)
2 colheres (sopa) cheias de cebolinha picada
1 cebola média picada
2 dentes de alho amassados
1 ovo
2 colheres (sopa) de farinha de trigo
2 colheres (sopa) de azeite de oliva
sal a gosto
molho de tomate
Coloque todos os ingrendientes no processador e bata por 2 minutos, ou até obter uma pasta homogênea - o meu processador é pequenininho, então fiz uma pasta com a cebola, o azeite, o alho e o sal e misturei à carne numa tigela, juntando a farinha e o ovo. Misturei bem com as mãos (usei luvas plásticas, mania minha).
Não se assuste com a consistência da massa. A cebola que usei tinha bastante suco, então achei que a massa estava mole demais e que nunca ficaria no formato que eu queria. Ficou, sim.
Molde as bolinhas do tamanho que preferir. Se quiser, recheie as almôndegas.
Tentei fazer um tamanho médio, porque achei que muito pequenas iam ressecar no forno e muito grandes demorariam muito para assar, correndo o risco de não ficarem bem cozidinhas por dentro.
Coloque as almôndegas numa assadeira levemente untada (eu uso anti-aderente) e leve ao forno por cerca de 30 minutos.
Retire do forno, arrume-as numa travessa bonita e cubra com o molho de tomate. Se quiser, polvilhe queijo ralado. Mantenha-as aquecidas até a hora de servir.
Rend.: 10 almôndegas (as minhas tinham cerca de 5cm de diâmetro de 4cm de altura).
terça-feira, agosto 01, 2006
Muffins-doughnuts de geléia (ou Nigella strikes again)
Vocês vão achar que tenho mania de geléia de goiaba. Na verdade, tenho mania de geléias em geral.
Adoro. Acho que é a "coisa" mais gostosa para se passar no pão, na torrada. E, para ser sincera, a de goiaba é uma das minhas preferidas.
A idéia de um muffin que ao mesmo tempo era um doughnut me pareceu muito interessante.
Fiz metade da receita com geléia de goiaba e a outra metade com Nutella. Para meu espanto, os de geléia ficaram bem mais saborosos. E olha que amo Nutella (who doesn't???)
Não sei que tamanho de forminhas a Nigella usa, mas os meus muffins renderam metade do que está no livro.
Confesso que tenho uma parcela de culpa - acabei exagerando na hora de colocar massa nas forminhas, queria que os muffins ficassem com um topo bem pomposo. Não funcionou. :( Mas ficaram gostosos.
A massa lembra um doughnut mesmo, é mais porosa do que massa de muffin.
Da próxima vez, entretanto, não vou colocar a cobertura de açúcar, porque fica doce demais pro café da manhã - e também preciso economizar um pouco nas calorias.
Bem feito, né? Quem mandou ir procurar receita no capítulo "children" do livro...
Muffins-doughnuts de geléia
1/2 xícara de leite
7 colheres (sopa) de óleo de milho ou outro vegetal (usei soja, mesmo)
1 ovo grande
1/2 colher (chá) de extrato de baunilha
1 1/3 xícaras de farinha de trigo com fermento
1/3 xícara de açúcar
12 colheres (chá) de geléia
Cobertura:
1/2 xícara de manteiga sem sal derretida
1/2 xícara de açúcar
Pré-aqueça o forno a 190ºC.
Peneire a farinha numa tigela e misture o açúcar. Com um garfo, bata juntos o leite, óleo, ovo e baunilha. Faça uma "cova" nos ingredientes secos e despeje os líquidos nela, mexendo tudo rapidamente (sem misturar demais). Coloque um pouquinho de massa no fundo de cada forminha, adicione 1 colher (chá) de geléia (ou outro recheio que vc preferir) e cubra com mais massa.
Asse por cerca de 20 minutos ou até que estejam completamente assados.
Retire-os do forno e proceda da seguinte forma para a cobertura: passe os muffins na manteiga e, em seguida, no açúcar.
Como eu usei forminhas de papel, só fiz isso no topo deles.
Se você usar forminhas de metal, pode passar o muffin todo na cobertura.
Rend.: 12 muffins (a minha receita rendeu 6) :(
quarta-feira, julho 26, 2006
Carne grelhada com molho chimichurri (adaptada)
Não sou nada fã de carne vermelha. Nunca gostei.
Na infância, era o bife no meu prato, eu olhando para ele (com cara de nojo) e a minha mãe com o chinelo na mão. Comia obrigada, mesmo, só sob ameaça.
Mas meu marido é carnívoro e dizem que por amor fazemos sacrifícios... :D
Esta receita peguei no Trem Bom. Parecia gostosa, suculenta, e o molho verdinho me chamou a atenção (adoro salsinha). Decidi testar.
Dei uma adaptadinha de leve, para que ficasse mais ao nosso gosto. Sou exagerada por natureza e comprei um pedaço de carne muito grande/grosso. Então ela nunca ficaria boa "por dentro" apenas grelhando (ou demoraria séculos, quem sabe?). Depois de grelhar o pedaço inteiro, fatiei e voltei a grelhar os steaks.
A carinha do prato estava ótima (olhem a foto e concordem comigo, por favor). :D
Resolvi experimentar. Surpresa: a carne estava super macia, suculenta, como eu imaginei que ficaria. Parece que o processo de cozimento manteve todos os sucos dentro da carne e, conforme cortávamos os pedacinhos, aquilo ia se transformando num molho de cor bonita, apetitosa.
No dia seguinte, fatiei o restante da carne e fiz na wok, com manteiga e um montão de cebola em rodelas. É uma outra opção, fica bem gostoso.
É uma receita que farei novamente, mas da próxima vou tirar o coentro do molho, pois não gostamos muito do sabor...
Carne grelhada com molho chimichurri (adaptada)
1 kg de miolo de alcatra (confesso que não sei se outro corte ficaria bom)
2 colheres (sopa) de azeite de oliva
1/2 colher (chá) de cominho em pó
1/2 colher (chá) de coentro em pó
pitadinha de pimenta de cayenne ou outra pimenta em pó - eu não tinha em casa e usei duas pimentinhas dedo de moça, minúsculas, da hortinha que fiz na minha varanda
sal a gosto
Molho chimichurri
2 dentes de alho grandes, amassados
1 maço de coentro picadinho
1 maço de salsinha picadinho
3 colheres (sopa) de vinagre de vinho branco
75ml de azeite de oliva
Molho: ponha todos os ingredientes numa tigela e misture bem. Reserve.
Misture bem o azeite de oliva, cominho, coentro, a pimenta e sal numa vasilha. Coloque a carne neste tempero, virando dos dois lados para que ela fique toda recoberta.
Esquente bem a grelha e ponha a carne. Se gostar de mal passada é só deixar por 3 min de cada lado; no ponto só precisa de 4 min de cada lado; e a bem passada por 5 minutos. Retire e coloque numa tábua. Fatie a carne e sirva imediatamente.
O molho pode ser regado sobre a carne ou você pode mergulhar as fatias no molho à medida que for comendo.
Na infância, era o bife no meu prato, eu olhando para ele (com cara de nojo) e a minha mãe com o chinelo na mão. Comia obrigada, mesmo, só sob ameaça.
Mas meu marido é carnívoro e dizem que por amor fazemos sacrifícios... :D
Esta receita peguei no Trem Bom. Parecia gostosa, suculenta, e o molho verdinho me chamou a atenção (adoro salsinha). Decidi testar.
Dei uma adaptadinha de leve, para que ficasse mais ao nosso gosto. Sou exagerada por natureza e comprei um pedaço de carne muito grande/grosso. Então ela nunca ficaria boa "por dentro" apenas grelhando (ou demoraria séculos, quem sabe?). Depois de grelhar o pedaço inteiro, fatiei e voltei a grelhar os steaks.
A carinha do prato estava ótima (olhem a foto e concordem comigo, por favor). :D
Resolvi experimentar. Surpresa: a carne estava super macia, suculenta, como eu imaginei que ficaria. Parece que o processo de cozimento manteve todos os sucos dentro da carne e, conforme cortávamos os pedacinhos, aquilo ia se transformando num molho de cor bonita, apetitosa.
No dia seguinte, fatiei o restante da carne e fiz na wok, com manteiga e um montão de cebola em rodelas. É uma outra opção, fica bem gostoso.
É uma receita que farei novamente, mas da próxima vou tirar o coentro do molho, pois não gostamos muito do sabor...
Carne grelhada com molho chimichurri (adaptada)
1 kg de miolo de alcatra (confesso que não sei se outro corte ficaria bom)
2 colheres (sopa) de azeite de oliva
1/2 colher (chá) de cominho em pó
1/2 colher (chá) de coentro em pó
pitadinha de pimenta de cayenne ou outra pimenta em pó - eu não tinha em casa e usei duas pimentinhas dedo de moça, minúsculas, da hortinha que fiz na minha varanda
sal a gosto
Molho chimichurri
2 dentes de alho grandes, amassados
1 maço de coentro picadinho
1 maço de salsinha picadinho
3 colheres (sopa) de vinagre de vinho branco
75ml de azeite de oliva
Molho: ponha todos os ingredientes numa tigela e misture bem. Reserve.
Misture bem o azeite de oliva, cominho, coentro, a pimenta e sal numa vasilha. Coloque a carne neste tempero, virando dos dois lados para que ela fique toda recoberta.
Esquente bem a grelha e ponha a carne. Se gostar de mal passada é só deixar por 3 min de cada lado; no ponto só precisa de 4 min de cada lado; e a bem passada por 5 minutos. Retire e coloque numa tábua. Fatie a carne e sirva imediatamente.
O molho pode ser regado sobre a carne ou você pode mergulhar as fatias no molho à medida que for comendo.
segunda-feira, julho 24, 2006
Brioches de laranja
Não sei se é uma característica dos escorpianos, mas sou extremamente curiosa. No sentido de pesquisar, querer descobrir razões e porquês, como se faz alguma coisa. E enquanto não souber, não sossego.
Confesso que desde que descobri o maravilhoso mundo dos food blogs, não parei mais de clicar, ler, clicar, ler...
Alguns estão aí na coluna ao lado. Eu os visito regularmente. Adoro ver as novidades, ler as histórias, admirar as fotos. Já testei algumas receitas e outras estão aguardando um tempinho livre para sair do papel.
A receita de hoje é do Delicious Days.
Fui conquistada na primeira "clicada". Logo de cara, uma foto de maravilhosos pãezinhos se abriu. Pareciam ótimos!!
Imprimi a receita, pensando: "Vou guardá-la para experimentar no final de semana". Mas não precisei esperar tanto. O passo-a-passo me pareceu simples e eu tinha todos os ingredientes à mão.
Fiz a massa e, enquanto crescia, fui preparando o jantar. Depois de comer, enrolei as bolinhas de pão e levei ao forno. Em pouco tempo os brioches estavam prontos!
Não usei as raspinhas de laranja porque queria um pãozinho mais neutro.
No final de semana seguinte, fiz novamente a receita, desta vez recheando os brioches com presunto e queijo, para o aniversário do meu pai (aumentei um pouquinho a quantidade de sal). Ficaram gostosos, mas acho que por causa do queijo no recheio estavam muito melhores quentinhos.
Acho que é uma receita bárbara para quem tem criança em casa. Rende bem e os brioches ficam gostosos mesmo no dia seguinte. Podem virar um ótimo lanche para a escola.
Uau, me ocorreu algo agora: lancheiras ainda existem?? Lembro da que eu tinha quando estava na pré-escola... Era tão linda!
A tampa da garrafinha térmica ficava aparecendo, fora da lancheira. E era cor-de-rosa - como TUDO o que me pertencia quando criança...
Brioches de laranja
250ml de leite morno
20g de fermento biológico (fresco)
500g de farinha de trigo
75g de açúcar
1 pitada de sal
1 ovo
75g de manteiga, derretida e fria
raspas da casca de meia laranja
manteiga derretida para pincelar os brioches - cerca de 1 colher (sopa)
Peneire a farinha em uma tigela grande e faça uma cova no meio. Despeje o leite, adicione o fermento (esfareladinho) e uma colher (chá) de açúcar. Misture duas ou três vezes - você vai incorporar só um pouco da farinha nesta misturinha, deixando a maior parte nas beiradas da tigela.
Cubra com um pano de prato e deixe crescer por aprox. 15 minutos (eu coloco a tigela coberta dentro de uma sacolinha plástica de supermercado e fecho bem para servir como uma espécie de estufa).
A superfície deve ficar cheia de bolhas.
Junte os ingredientes restantes (a farinha da tigela, o açúcar, as raspas de laranja, o sal, o ovo e a manteiga) e misture bem, até a bola de massa se desgrudar da tigela. Se necessário, adicione um pouquinho de farinha - eu precisei de 1 colher (sopa) cheia. Cuidado com o excesso de farinha, pois isso pode deixar o pãozinho duro.
Cubra e deixe crescer novamente, desta vez por 45 minutos. A massa quase dobra de volume.
Misture novamente e coloque a massa numa superfície enfarinhada. Corte pedaços iguais e faça bolinhas. Coloque-as em forminhas para muffins e leve para assar até dourarem (o forno deve estar a 200ºC). Retire do forno e pincele com a manteiga derretida.
Rend.: 14 unidades.
Obs.: da primeira vez, fiz meia receita e minhas bolinhas tinham 65g cada (ainda cruas). Enchi 8 forminhas e uma última com uma bolinha um pouco menor (50g).
Confesso que desde que descobri o maravilhoso mundo dos food blogs, não parei mais de clicar, ler, clicar, ler...
Alguns estão aí na coluna ao lado. Eu os visito regularmente. Adoro ver as novidades, ler as histórias, admirar as fotos. Já testei algumas receitas e outras estão aguardando um tempinho livre para sair do papel.
A receita de hoje é do Delicious Days.
Fui conquistada na primeira "clicada". Logo de cara, uma foto de maravilhosos pãezinhos se abriu. Pareciam ótimos!!
Imprimi a receita, pensando: "Vou guardá-la para experimentar no final de semana". Mas não precisei esperar tanto. O passo-a-passo me pareceu simples e eu tinha todos os ingredientes à mão.
Fiz a massa e, enquanto crescia, fui preparando o jantar. Depois de comer, enrolei as bolinhas de pão e levei ao forno. Em pouco tempo os brioches estavam prontos!
Não usei as raspinhas de laranja porque queria um pãozinho mais neutro.
No final de semana seguinte, fiz novamente a receita, desta vez recheando os brioches com presunto e queijo, para o aniversário do meu pai (aumentei um pouquinho a quantidade de sal). Ficaram gostosos, mas acho que por causa do queijo no recheio estavam muito melhores quentinhos.
Acho que é uma receita bárbara para quem tem criança em casa. Rende bem e os brioches ficam gostosos mesmo no dia seguinte. Podem virar um ótimo lanche para a escola.
Uau, me ocorreu algo agora: lancheiras ainda existem?? Lembro da que eu tinha quando estava na pré-escola... Era tão linda!
A tampa da garrafinha térmica ficava aparecendo, fora da lancheira. E era cor-de-rosa - como TUDO o que me pertencia quando criança...
Brioches de laranja
250ml de leite morno
20g de fermento biológico (fresco)
500g de farinha de trigo
75g de açúcar
1 pitada de sal
1 ovo
75g de manteiga, derretida e fria
raspas da casca de meia laranja
manteiga derretida para pincelar os brioches - cerca de 1 colher (sopa)
Peneire a farinha em uma tigela grande e faça uma cova no meio. Despeje o leite, adicione o fermento (esfareladinho) e uma colher (chá) de açúcar. Misture duas ou três vezes - você vai incorporar só um pouco da farinha nesta misturinha, deixando a maior parte nas beiradas da tigela.
Cubra com um pano de prato e deixe crescer por aprox. 15 minutos (eu coloco a tigela coberta dentro de uma sacolinha plástica de supermercado e fecho bem para servir como uma espécie de estufa).
A superfície deve ficar cheia de bolhas.
Junte os ingredientes restantes (a farinha da tigela, o açúcar, as raspas de laranja, o sal, o ovo e a manteiga) e misture bem, até a bola de massa se desgrudar da tigela. Se necessário, adicione um pouquinho de farinha - eu precisei de 1 colher (sopa) cheia. Cuidado com o excesso de farinha, pois isso pode deixar o pãozinho duro.
Cubra e deixe crescer novamente, desta vez por 45 minutos. A massa quase dobra de volume.
Misture novamente e coloque a massa numa superfície enfarinhada. Corte pedaços iguais e faça bolinhas. Coloque-as em forminhas para muffins e leve para assar até dourarem (o forno deve estar a 200ºC). Retire do forno e pincele com a manteiga derretida.
Rend.: 14 unidades.
Obs.: da primeira vez, fiz meia receita e minhas bolinhas tinham 65g cada (ainda cruas). Enchi 8 forminhas e uma última com uma bolinha um pouco menor (50g).
quarta-feira, julho 19, 2006
Cookies com gotas de chocolate
Adoro biscoitos.
Quando eu era criança, minha avó materna (que era alemã) fazia umas bolachinhas de nata deliciosas. Eu me lembro de ficar enchendo a paciência dela pra cortar a massa em forma de bichinhos... O problema é que não tínhamos cortadores de biscoito e tudo tinha que ser "desenhado" à mão livre - que netinha mais adorável, não? Vai ver que era por isso que ela me obrigava a tomar ovo de pata batido no liquidificador com Biotônico e leite condensado... :P
O dilema com biscoitos é que não dá pra comer um só (com licença, Elma Chips).
Até evito comprar. Porque se pego um pacote de Oreos é covardia.
Fiz os cookies da foto usando uma receita do livro Sweet Food.
É um livrinho que comprei sem muita expectativa e que acabou me surpreendendo. Todas as receitas têm foto - característica extremamente importante para mim.
E é bem grossinho - 400 páginas.
Talvez, da próxima vez, eu os faça mais fininhos, ainda não sei. Ou mais soft no centro e mais crocantes apenas nas beiradas. Para saber de que jeito ficam mais gostosos, vou ter que repetir a receita. Que sacrifício... :D
Cookies com gotas de chocolate
90g de manteiga
100g de açúcar mascavo
1 colher (chá) de essência de baunilha
1 ovo, levemente batido
1 colher (sopa) de leite
200g de farinha de trigo
1 colher (chá) de fermento em pó
170g de gotas de chocolate
Pré-aqueça o forno a 175ºC. Forre duas assadeiras grandes com papel manteiga.
Bata a manteiga com o açúcar numa tigela até obter um creme. Junte a baunilha e o ovo, aos poucos, batendo bem. Misture o leite. Peneire a farinha e o fermento e junte ao creme com uma colher. Adicione as gotas de chocolate.
Molde os biscoitos às colheradas e deixe uma distância de 3,5cm entre eles. Aperte as bolinhas levemente com um garfo enfarinhado.
Asse por 20 minutos ou até que estejam dourados.
Rend.: 23 unidades de 25g cada
Quando eu era criança, minha avó materna (que era alemã) fazia umas bolachinhas de nata deliciosas. Eu me lembro de ficar enchendo a paciência dela pra cortar a massa em forma de bichinhos... O problema é que não tínhamos cortadores de biscoito e tudo tinha que ser "desenhado" à mão livre - que netinha mais adorável, não? Vai ver que era por isso que ela me obrigava a tomar ovo de pata batido no liquidificador com Biotônico e leite condensado... :P
O dilema com biscoitos é que não dá pra comer um só (com licença, Elma Chips).
Até evito comprar. Porque se pego um pacote de Oreos é covardia.
Fiz os cookies da foto usando uma receita do livro Sweet Food.
É um livrinho que comprei sem muita expectativa e que acabou me surpreendendo. Todas as receitas têm foto - característica extremamente importante para mim.
E é bem grossinho - 400 páginas.
Talvez, da próxima vez, eu os faça mais fininhos, ainda não sei. Ou mais soft no centro e mais crocantes apenas nas beiradas. Para saber de que jeito ficam mais gostosos, vou ter que repetir a receita. Que sacrifício... :D
Cookies com gotas de chocolate
90g de manteiga
100g de açúcar mascavo
1 colher (chá) de essência de baunilha
1 ovo, levemente batido
1 colher (sopa) de leite
200g de farinha de trigo
1 colher (chá) de fermento em pó
170g de gotas de chocolate
Pré-aqueça o forno a 175ºC. Forre duas assadeiras grandes com papel manteiga.
Bata a manteiga com o açúcar numa tigela até obter um creme. Junte a baunilha e o ovo, aos poucos, batendo bem. Misture o leite. Peneire a farinha e o fermento e junte ao creme com uma colher. Adicione as gotas de chocolate.
Molde os biscoitos às colheradas e deixe uma distância de 3,5cm entre eles. Aperte as bolinhas levemente com um garfo enfarinhado.
Asse por 20 minutos ou até que estejam dourados.
Rend.: 23 unidades de 25g cada
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