Estava aqui pensando em voz alta nas ideias que nos frustram, ou que não são tudo aquilo que a gente achava que seriam.
Antes de eu começar a reclamar, peço que tenham paciência comigo, pois esse ano já está durando 39 meses e eu não vejo a hora de chegar a semana de recesso entre Natal e Ano Novo. :) Uma exaustão mental imensa – e eu achando que 2020 tinha sido difícil, hein? – uma constante sensação de achar tudo um saco, tudo chatíssimo, uma falta de energia tremenda, aquela vontade de deitar sob o edredom e ficar lá por dias.
Se você está de teto baixo como eu, talvez seja melhor ler outra coisa, porque é capaz de o meu post te deixar ainda mais deprê.
Meu humor e minha vontade de fazer coisas tem variado muito ultimamente (graças ao Universo pela terapia, senão estaria pior), muitas vezes as variações acontecem todas no mesmo dia, portanto há horas em que nem eu mesma me aguento, honestamente. Há dias em que quero fazer mil coisas, para dali a algumas horas tudo se esvair em uma nuvem de frustração. Há dias chochos e dias menos chochos, há momentos em que eu vou para a cozinha animada para fazer uma comidinha gostosa, até mesmo uma coisinha diferente, como um cookie ou uma sobremesa, e em outros eu quero juntar duas fatias de pão com maionese dentro e ficar muito em paz com o meu seriadinho no sofá.
Nossa, que injeção de ânimo esse post, hein?
Noite dessas eu vi o Rodrigo Oliveira fazendo escondidinho na TV, e eram duas versões: uma com carne seca e outra vegetariana, e em ambas ele usava purê de mandioca e finalizava com queijo de coalho ralado antes de levar ao forno – fiquei com água na boca. Eu tinha uns legumes no gavetão já meio esquecidos, e também uma batatona na bancada querendo murchar, resolvi juntar tudo e fazer um escondidinho vegetariano inspirado no do Rodrigo. Refoguei cebola e alho, juntei tomate, abobrinha e berinjela e deixar cozinhar um pouco. Transferi para um refratário, cobri com purê de batata e mozarela e levei ao forno.
Entra aquele meme “expectativa vs. realidade”. :D
Não é que ficou ruim: não tem muito como ficar ruim um monte de legumes juntos, né? Mas alguma coisa ali não me deixou tão feliz. Não achei que o purê combinou com os legumes refogados, não gostei de tudo ter mais ou menos a mesma textura – achei chocho. Chocho como alguns dos dias por aqui. Enquanto comia, agradeci demais ao meu feeling de não fazer como o Rodrigo e entupir o refratário de purê por tudo quanto era lado: apenas fiz uma camada fina por cima. Na teoria a receita me parecia ótima, mas na prática não achei tudo aquilo: melhor teria sido servir o purê separado dos legumes, cada um do seu lado do prato, ou então feito uma camadinha só de queijo sobre os legumes e levado ao forno, sem o purê. Não sei.
De qualquer forma, quis dividir com vocês esse meu momento
meio frustrado na cozinha, porque acontece com todo mundo, mesmo com alguém que brinca com as panelas desde os onze anos de idade. E também dizer que se você
anda se sentindo sem ânimo, sem saco, sem energia, com vontade de acampar sob
as cobertas, eu tô aqui do mesmo jeito e te mando o meu carinho. xx
Oi Pat, segurando na sua mão. Que acabe logo 2021 e leve junto tudo que nos puxa pra baixo.
ResponderExcluirHoje feliz um franguinho que tava lindowwww aí fui comer tá doido puro sal. Tem dia que não dá né. Seu cuida minha querida.
Você descreveu exatamente como eu tenho me sentido...�� Hoje é um dos dias bem bem chochos, só tenho vontade de chorar e me esconder debaixo da coberta.
ResponderExcluirPat, parecia que eu estava lendo a descrição do meu estado de espírito nos últimos (muitos) meses. Tempos muito difíceis... Força, sorte, bom humor e saúde para nós! Beijo grande.
ResponderExcluirNossa, tô assim também...se não fosse minha filha, acho que nem levantaria da cama...
ResponderExcluirSim os tempos são difíceis… Mas precisamos teimar em ver o lado bom e preferir acreditar… Abraços
ResponderExcluirLi em algum lugar que se tem alguém feliz no Brasil agora, tem algo errado com a pessoa. É bem o que eu sinto. Tá tudo tão cagado que, até eu que não moro no Brasil, fico deprimida de ver como estão as coisas no nosso país. Mas vai passar. E torço pra que você encontre ferramentas pra se sentir um cadinho melhor todos os dias. Você traz muita coisa boa pra muita gente (eu, pelo menos?) através desse blog. Até o post "deprê" vem cheio de empatia com os seus leitores. Espero que a troca conosco te traga um pouquinho de energia positiva também. E uma coisa: eu nunca comi pão com maionese???? hahahahah Tem algo errado comigo? Minha versão disso é pão com manteiga. Meu marido, quando me vê mais pra baixo, sempre fala "hoje é dia de café da manhã pra janta" = pão, manteiga e leite com cacau. Aqueles pequenos confortos da vida. Um abraço enorme pra você, Pati.
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