Minhas queridas e meus queridos, como vocês estão neste ano 2 de pandemia?
Continuo trabalhando de casa, saindo apenas para fazer supermercado a cada
10 ou 15 dias, e confesso que o que mais me faz falta é ter o Pingo pertinho de
mim.
Antes da situação deplorável atual, em que não há sequer medicamentos nos hospitais para as pessoas que precisam de cuidados intensivos, conseguíamos nos ver ao ar livre, em um parque, aos finais de semana, com distanciamento e máscaras, mas agora nem isso. Sinto uma tristeza profunda por perder esse tempo precioso da vidinha dele.
Falando ainda em
pandemia, algo que percebi ultimamente foi que, para mim, dias úteis tem sido
um pouco mais “fáceis” de encarar: fui uma criança metódica e continuo assim na
vida adulta, portanto dias estruturados, com horários definidos, funcionam melhor
para mim.
De segunda a sexta, tenho meu horário para levantar, tomar café, me arrumar, trabalhar, almoçar, me exercitar, jantar, ver seriadinhos e filmes, dormir – parece algo mecânico e, de fato, é mesmo, e por isso são os dias em que me sinto mais produtiva e menos letárgica. Aos finais de semana, em que não há nada para fazer além de limpar o apartamento e ver TV, me sinto meio perdida – às vezes não dá nem vontade de ver um filme ou seriado, algo que amo e vocês sabem.
Por outro lado, a
falta de vontade de cozinhar parece ter dado uma trégua, e vez ou outra preparo
uma receita nova para o final de semana, ou um bolo gostoso para o café da
tarde.
Em épocas difíceis assim, comemoro as pequenas vitórias – se em um dia me falta energia para ver um dos filmes do Oscar (tô morrendo de preguiça de ver “Mank”, apesar do meu amor profundo por Gary Oldman e David Fincher), em outro tem uma receita com foto caprichada. Se em uma noite vejo, pela primeira vez na vida, “Cidadão Kane” (adorei o filme, aliás), no dia seguinte o almoço é patê de atum. E assim sigo, é o que tem pra hoje. Creio que o grande desafio durante a pandemia tem sido tentar encontrar o equilíbrio entre não me cobrar demais e não deixar a peteca cair completamente.
Em um dia corrido, mas em que eu estava com muita vontade de fotografar – há dias em que sinto uma vontade gigante de fotografar, mas zero vontade de cozinhar e/ou comer – fiz os ovos ao forno da foto para almoçar e ficaram bem gostosos. Usei o que havia na geladeira, sobrinhas disso ou daquilo, e é claro que você pode usar o que tiver em casa. É uma espécie de ovos em cocote, feitos no forno porque não tenho microondas.
Não tem receita exata: arrumei folhas de espinafre ainda cru e um pouco de salaminho apimentado em uma panelinha (eu sou a neta de alemã que não gosta de carne de porco, mas ama bacon e salaminho) - use o refratário que preferir, escolhi esse para deixar a foto bonita, confesso! :) Quebrei os ovos por cima dos ingredientes, temperei com sal e pimenta do reino moída na hora. Levei ao forno preaquecido a 180°C por alguns minutos, e antes de servir salpiquei com algumas lascas de parmesão. Servi com pão.
Que vocês estejam bem
e com saúde. Mando um beijo grande e desejo força para atravessarmos os
momentos tão difíceis.
Olá,que belo prato e blog...estou amando ler e constatar o quanto essa situação pandemica está nos deixando tristes ...mas tbm quero deixar um carinho, fortaleça seus dias com essa mágica que tem quando está juntando as letrinhas aqui é maravilhoso ler cada palavra e assim fica longe das más energias que os noticiários nos provoca..um grande e virtual abraço
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