Estava outro dia pensando em 2015 e em tudo que aconteceu até agora, em como meus sentimentos e emoções flutuaram de um lado para outro o tempo todo. No começo do ano eu estava triste, pois perdera um emprego do qual gostava e não conseguia encontrar outro – vieram as eleições, depois o Natal, depois a crise... E se passaram 10 meses em que eu fazia entrevistas e os resultados se dividiam entre vagas para as quais eu deveria dormir com o celular ao lado, para que os meus supostos chefes pudessem me ligar a qualquer hora da madrugada (!!) – vagas das quais eu fugi – e vagas para as quais eu era considerada sênior demais/velha demais (aos 36 anos de idade, pasmem). E assim as coisas iam.
Daí meu sobrinho nasceu e trouxe tanto amor e tanta alegria para a minha vida, e exatamente por estar desempregada pude estar com ele desde seus primeiros dias de vida, ajudando minha cunhada – cuja família não mora aqui – a cuidar do Pinguinho, dando banho, trocando, tomando conta dele para que ela pudesse fazer outras coisas. O primeiro banho que dei nele foi em seu sexto dia de vida e me deixou tão nervosa que eu suava em bicas – depois disso, se tornou algo super natural, que eu fazia quase que por instinto. Por causa disso tudo, criamos um vínculo tão especial que ele sorri quando me vê e se joga no meu colo.
Fiquei pensando nisso, em coisas que num primeiro momento parecem ruins, mas que podem se tornar algo positivo. E pensei em minha família, em como é incrível ter meu irmão, minha cunhada e meu sobrinho por perto – me enche de alegria olhar para a mesa e ver todo mundo junto, compartilhando uma refeição, rindo, sendo uma família. Fiz o estrogonofe da Rita semanas atrás para um almoço de domingo e foi um sucesso – quando estava preparando a receita e olhei para aquela panelada de comida, achei que seria muito para 4 pessoas e que sobraria um pouquinho para a minha marmita da segunda-feira, porém todo mundo adorou e não sobrou nada – comemos tudo conversando, rindo, sendo uma família. <3
A receita está aqui, fiz metade dela e a única alteração foi usar xerez em vez de conhaque.
As vezes é importante dar um paço pra trás para conseguir ver outros lados da situação que estamos. Espero que o melhor aconteça para você, querida.
ResponderExcluirp.s.: acompanho seu blog há anos, e aprendi muito com ele, sou muito agradecida a você por isso. Esses dias resolvi fazer um pra mim, sem pensar muito. Fiz seu bolinho delicioso de leite condensado e reparei que várias das minhas receitas preferidas eu aprendi aqui. Se quiser, dá uma olhada lá.
Saudades de você, minha linda. Espero que ano que vem eu consiga ir de novo a Sampa e dê certo a gente se ver.mFico feliz de saber que você está bem. Às vezes ficamos ocupadas demais, e isso é um bom sinal. Ando assim, e não faço um doce há tempos. Faz falta, mas fazer o quê? Smaaack pra vc e pro pinguinho lindo!
ResponderExcluirPatrícia,
ResponderExcluirMe identifiquei com seus sentimentos. Passei 1 ano cuidando de 2 de meus sobrinhos, pois minha irmã precisava trabalhar e eu estava desempregada.
Foi o ano mais cansativo e gratificante da minha vida!
No começo do ano, meu cunhado foi transferido de cidade e estamos distantes 400km. A vida segue, mas a saudade só aumenta.
Curta seu pinguinho o máximo possível.
Grande abraço
Oi, Patrícia. Tem aquele discurso do Steve Jobs: "Você não consegue ligar os pontos olhando pra frente; você só consegue ligá-los olhando pra trás" mas é muito difícil continuar quando todos os pontos ainda não estão ligados. Passo por esse momento e não tenho um alívio de um bebezinho na família. É bem difícil continuar, até cozinhar que sempre foi um dos meus passatempos favoritos se perdeu em tremenda nuvem negra. Beijos. Ana Afonso
ResponderExcluirPat, este piquitito chegou no momento certo. E te trouxe alem de todo o amor muita forca, mudancas familiares, e energia. A tua vida profissional e pessoal mudou depois dele.
ResponderExcluirQue delícia ler isso! Quando a gente leva a vida com amor, é amor que ela nos manda de volta! Que continue tudo assim, lindo e gostoso e cheio de amor!
ResponderExcluirOi Patty!!!
ResponderExcluirFiquei feliz em te ver feliz!
Acredito que a família é o nosso bem mais precioso e só o amor e a união nos preenche nessas horas não tão alegres que a vida nos proporciona.
Sei bem do que você está falando, pois meu sobrinho nasceu em Setembro do ano passado e encheu a casa de alegria! meu primeiro sobrinho (da minha família, filho do meu irmão mais velho) e, agora meu afilhado também, pois sou madrinha dele de Batismo. Ele já fez uma aninho e fiquei assustada em ver como o tempo voa!
Por isso é que devemos estar sempre por perto e isso é um privilégio que você está tendo! O tempo é cruel e não volta...viver intensamente cada segundo com eles é muito bom! Ainda mais quando se é tia coruja como tenho percebido através de seus posts... E tem com não ser, com esse pinguinho tão fofo? Curta mesmo!
Quanto ao emprego, vai dar tudo certo à seu tempo! Acredite!
Enquanto isso, ficarei aqui na torcida!
Take care! <3
Super beijo!!!
Fiquei até emocionada com seu depoimento...a vida nos surpreende com coisas boas e outras nem tanto, cabe a nós dar o devido valor a cada uma delas. Bjs
ResponderExcluirPuxa, Patricia, isso é lindo! Queria eu ter essa oportunidade com a minha fofinha. Ela está com um ano e meio e só a vi 3 vezes desde que ela nasceu =(
ResponderExcluirParabéns por ter mantido a fé, e não ter se deixado abalar com essa história do emprego. E eu ri com essa de esperar o celular tocar de madrugada. A gente perde a noção, né? rs
Um beijo, querida
Lina
Querida Patrícia, estou muito feliz que você tenha conseguido um novo emprego! E fico muito feliz também por este momento "sabático" de sua vida ter lhe proporcionado momentos que resultaram nesta bela reflexão que acabei de ler. Que a sua família esteja sempre ao seu lado, que você possa acompanhar todos os passos do Pinguinho,esse pequeno que chegou em sua vida em um momento não animador, trazendo-lhe todo o auspício que precisava...
ResponderExcluirP.S. Ah, quando ouvir em outra entrevista " você é muito sênior para esta vaga" significa, na verdade "não temos dinheiro/ cacife para bancarmos uma profissional como você"... problema de semântica básico que as empresas ainda teimam em não corrigir ;)Um beijo
isso é muito lindo de ler!
ResponderExcluirOi! Acompanhei seu blog por muitos anos, fiz váaarias receitas. Depois eu diminui o ritmo e acho que perdi até a fase que você tava mais tristinha, a procura de emprego. Fico feliz q tenha conseguido, mesmo que não esteja conseguindo postar ou nem tendo vontade de cozinhar - é assim mesmo, depois volta, ou não. Sempre achei suas postagens muito delicadas e vc parece ser uma boa pessoa, então aproveite seu momento! Quando der na telha, volta, ou não. O arquivo já é uma puta biblioteca. Sorte!
ResponderExcluirque delícia de texto. Você é muito especial, Pat...
ResponderExcluirDesejando um pacote de batata palha pronta do brasil....
ResponderExcluirEstrogonofe é sempre uma ótima pedida. Esse seu ficou com uma cara ótima. Amo!!! E a vida é realmente assim, cheia de reviravoltas. O jeito é ter fé e acreditar que tudo coopera.
ResponderExcluirBeijão
Olá Patricia, apesar de sumida, você tem um estenso é magnífico legado que podemos consultar.
ResponderExcluirFaço sempre a ricota caseira que você nos ensinou e queria saber se posso aproveitar o soro que sobra, à semelhança quando se faz queijo. Queria fazer pães ou outras coisas. Sei que ele é muito nutritivo.
Um grande abraço, Maria Luíza