Quando era pequena detestava Fórmula 1: naquela época a maioria das corridas acontecia na Europa, o que fazia com que fossem ao ar aqui no Brasil pela manhã, e eu morria de raiva de ver algo tão chato na TV em vez dos meus adorados desenhos animados. :) Entretanto, havia um piloto que eu achava o máximo: Niki Lauda – eu achava fantástico alguém tão queimado daquele jeito ser um piloto tão bom e ganhar tantas corridas. Cresci admirando o cara e por esta razão fui ao cinema para ver “Rush: No Limite da Emoção” – para minha surpresa, o filme é muito bom (não gosto de Ron Howard como diretor) e Daniel Brühl está excelente como Lauda: a semelhança física é incrível (há até uma prótese para que os dentes do ator ficassem como os do piloto) e a atuação é afinada. Já começaram os burburinhos de Oscar para ele como ator coadjuvante – concordo que ele mereça reconhecimento pelo papel, mas para mim ele é co-protagonista (talvez estejam tentando fazer como neste ano, quando jogaram Christoph Waltz como coadjuvante quando ele era, na verdade, co-protagonista).
Adorei “Rush: No Limite da Emoção” e nem gosto de corridas de carros, assim como adorei este gâteau breton mesmo não gostando de bolos densos – este gâteau é um bolo denso, sim, mas de um jeito gostoso, e já que ele é bem encorpado uma fatia pequena já satisfaz. Li em algum lugar que este bolo é uma mistura de bolo e cookie e achei a descrição perfeita.
Gâteau Breton de avelã
um nadinha adaptado daqui
- xícara medidora de 240ml
1 ¼ xícaras (250g) de açúcar cristal, uso dividido
½ xícara de avelãs, levemente tostadas e sem a pele – usei 40g de farinha de avelã
6 gemas
2 colheres (chá) de extrato de baunilha
1 xícara (226g) de manteiga sem sal, derretida
2 xícaras (280g) de farinha de trigo
1 pitada de sal
1 gema grande levemente batida com 2 colheres (chá) de água (para pincelar sobre o bolo)
Pré-aqueça o forno a 165°C – você vai assar o bolo no centro do forno. Unte com manteiga e enfarinhe uma forma de aro removível de 23cm de diâmetro.
No processador de alimentos, combine 2 colheres (sopa) do açúcar e as avelãs e processe até obter uma farinha (cuidado para que a mistura não vire uma pasta). Em uma tigela grande, junte as 6 gemas e o açúcar restante e bata com um batedor de arame até obter um creme claro e ligeiramente espesso, cerca de 2 minutos (não use batedeira). Junte as avelãs moídas e a baunilha e misture. Aos poucos, incorpore a manteiga. Peneire a farinha e o sal sobre a massa e misture somente até incorporar (a massa é bem espessa – não misture demais ou o bolo ficará duro).
Transfira a massa pra a forma preparada e alise a superfície. Pincele o topo do bolo generosamente com a gema batida e, usando as costas de um garfo, faça linhas sobre a superfície do bolo na horizontal e na vertical, formando uma espécie de quadriculado. Asse até que o bolo doure bem e um palito inserido no centro saia limpo, cerca de 1 hora. Deixe esfriar na forma sobre uma gradinha por 15 minutos e então remova as laterais da forma e deixe esfriar completamente (o bolo pode ser preparado com um dia de antecedência – mantenha embrulhado em filme plástico em temperatura ambiente).
Corte o bolo em fatias e sirva com morangos ou geleia de morango morna.
Rend.: 8-10 porções – fiz exatamente a receita acima usando uma forma redonda de 20cm
Eu, por outro lado, adoro corridas de F1 - meu avô era habitué de Interlagos no tempo em que podia acampar dentro do autódromo (isso em mil novecentos e Emerson Fittipaldi campeão do mundo). E também adorei Rush. Achei que o filme foi bem sacado - entretém que não curte corridas, e é respeitoso com a inteligência de quem curte.
ResponderExcluirE gâteau breton é um dos meus vícios. Gosto da versão que a Rose Levy faz no Rose's Heavenly Cakes, e vou testar essa receita com certeza :D
Eu não tenho dúvidas que iria gostar desse bolinho.. quanto ao filme... só vendo :)
ResponderExcluirBeijinhos,
http://sudelicia.blogspot.pt/
Hola, Patricia.
ResponderExcluirNo había escuchado nunca acerca de esta torta. Me ha llamado la atención la descripción entre torta y coookie. Intentaré prepararlo un día de estos.
También recuerdo los domingos por la mañana de F1, pero en mi época no había tantos canales infantiles como ahora.
¡Cariños!
Por falar em cookies,escrevo para dizer que fiz ontem os cookies de aveia com damasco e cranberies.Ficaram ótimos, além de fáceis são deliciosos.Obrigada por partilhar tantas receitas maravilhosas.Estou sempre testando alguma receita publicada em seu blog.Abraço.
ResponderExcluirNossa, 6 gemas? Costumo peneirá-las, em praticamente todas as receitas que faço, mas será que ainda não ficaria um sabor de ovo? De todo modo, não sei se me aventuraria a fazer um bolo denso (também não são meus preferidos), por mais que soe interessante uma "mistura de bolo e cookie". ;-)
ResponderExcluirQuero muito conferir "Rush: No Limite da Emoção", especialmente porque adoro Daniel Brühl. Bom saber que você gostou do filme. E torço para que Daniel Brühl tenha o reconhecimento que merece. Interessante é que ele já atuou falando inglês, alemão e espanhol (ele tem ascendência espanhola e alemã, como você deve saber). Já viu "Eva - Um Novo Começo"? É o último filme dele que conferi, ficção científica, filmado em espanhol. Vale conferir.
Em tempo: bom retorno das férias. :)
Não vi o filme mas o teu bolo conquistou-me logo.
ResponderExcluirbjns
Olá Patrícia,
ResponderExcluirnão leva fermento?
Suas receitas são lindas, dá gosto ver!
ResponderExcluirE Daniel Bruhl é um ator de primeiríssima. Comecei a gostar dele em Adeus Lenin, e fiquei maravilhada com Edukators - um filme sensacional e supreendente. Veja!
Parabéns pelo blog!
Patrícia,
ResponderExcluirEste bolo tem uma textura das nossas broas de milho brasileiras. Muito interessante! Já anotei!
Anna, você está certíssima: é um filme feito para os dois públicos, mesmo! Meu marido adora F1 e curtiu muito o filme.
ResponderExcluirAh, eu tenho esse livro da Rose e faz tempo que não o uso. Vou ver a receita dela depois.
Beijo!
Anne Trevisol, adorei saber que os cookies deram certo! Obrigada por vir me contar o resultado. Beijo!
Poli, eu não peneiro gemas porque acho que no final se perde muito. A baunilha dá conta do cheiro (uso extrato natural, feito em casa). Não fica cheiro, não. Eu queria as claras para fazer financiers, então tive de arrumar um jeito para usar as gemas. :D
Não vi esse filme com ele, vai pra lista já!
Beijo, querida, e obrigada!
Júlia, não leva, não.
Nara, esses dois filmes estão na minha lista faz tempo, preciso ver!
Beijo e obrigada!